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terça-feira, 30 de novembro de 2021

Chico e Maria Dolores: 'Dezembro' (Pai-nosso Espírita)

"Estamos às portas de Dezembro!  Dezembro é o mês grácil que nos traz o Natal, e nos abre a porta do Dois Mil.  Pedimos, assim, aos nossos irmãos, para saudarmos dezembro com a nossa prece tradicional:     Pai Nosso que estais nos Céus,  Santificado seja o vosso nome,  Venha a nós o vosso Reino,  Seja feita a vossa Vontade,  Assim na Terra, como no mar e nos Céus;  O pão nosso de cada dia dai-nos hoje, Senhor,  Perdoai as nossas dívidas e faltas  Como perdoamos aos nossos devedores,  E não nos deixeis cair em tentação  E livrai-nos do mal,  Livrai-nos de todos os males,  Assim seja.     Com Jesus e por Jesus.  Deus nos abençoe!" - Chico Xavier, Maria Dolores e Jesus

"Estamos às portas de Dezembro!

Dezembro é o mês grácil que nos traz o Natal, e nos abre a porta do Dois Mil.

Pedimos, assim, aos nossos irmãos, para saudarmos dezembro com a nossa prece tradicional:

 

Pai Nosso que estais nos Céus,

Santificado seja o vosso nome,

Venha a nós o vosso Reino,

Seja feita a vossa Vontade,

Assim na Terra, como no mar e nos Céus;

O pão nosso de cada dia dai-nos hoje, Senhor,

Perdoai as nossas dívidas e faltas

Como perdoamos aos nossos devedores,

E não nos deixeis cair em tentação

E livrai-nos do mal,

Livrai-nos de todos os males,

Assim seja.

 

Com Jesus e por Jesus.

Deus nos abençoe!"


Francisco Cândido Xavier e Maria Dolores
Do livro 'Chico Xavier, coração missionário'. Lição 24: Dezembro


Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, na noite de 27.11.1999, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece em Uberaba - MG. Nota: Veja em que ocasião essa prece foi dita pela primeira vez, numa mensagem muitíssimo interessante de Maria Dolores, recebida no Grupo Espírita da Prece em 29/08/1998 e intitulada: 'Somos todos viajores para a Luz', conto espírita publicado na postagem anterior do blog. Img: Pixabay







quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Chico e Maria Dolores: 'Somos todos viajores para a Luz'

"...Senhoras sensíveis oravam e alguns chamavam por Jesus. Os brados eram muitos:  — Socorro Jesus!…  — Jesus valei-nos!…  E alguns executivos choravam abraçando as crianças desoladas.  A aeromoça apareceu às portas da equipagem e em nome do comandante pedia calma, dizendo que o comandante avisava aos viajantes que estavam atravessando grande tempestade, mas que o fenômeno era passageiro.  Nestes instantes caiam pastas e embrulhos diversos, derramando documentos e miudezas sobre o piso.  Algumas senhoras disseram ver o Senhor, caminhando sobre as águas encapeladas.  A agitação da máquina era intensa pois, quase descontrolada, não sabia se voava ou navegava.  Após duas horas de angústia, o Comando mandava notificar que a grande Cancun estava à vista.  O Sol iniciava a sua carreira divina sobre as águas, quando por fim, o grande anfíbio parou em plena praia.  O comandante chorou de emoção e tudo determinou para a descida.  Um guarda da praia avisou em voz alta. Os senhores e as senhoras estão salvos. Estamos sob a força do Bonnie,  †  um furacão tradicional nas águas de Cancun.  O guarda chamou outros guardas para a recepção.  O Sol já brilhava nas areias. Antes, porém de descarregar a bagagem, o comandante entregou o serviço a dois aviadores de auxílio e olhou para a nave com o enternecimento de um homem que se apiedasse de um cavalo e sentiu-se extremamente sensibilizado.  Fitou o mar que tentava invadir a praia e gritou para o oceano:  — “Pára! Pára em nome de Jesus!…”  As águas revoltas se acalmaram e qual se ele mesmo fosse o Divino Mestre, bradou para os passageiros assustados exclamando:  — Agora, vamos agradecer!…  E ele próprio ajoelhou-se sobre a praia e externou:  — Oremos juntos.  Todos se ajoelharam nas areias brilhando ao Sol e o audaz condutor do aeroplano, passou a recitar com humildade:  — Pai nosso que estais nos céus,  Santificado seja o vosso nome,  Venha a nós o vosso Reino,  Seja feita a vossa vontade       e sublinhou:  Assim é na Terra, como no Mar e como nos Céus.  O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje, Senhor!  Perdoa as nossas dívidas e faltas, assim como perdoamos aos nossos devedores  E não nos deixeis cair em tentação,  E livrai-nos do mal.  Assim seja!  Com Jesus e por Jesus!…  Terminada a oração, os oitenta passageiros se recolheram no hotel convenientemente, enquanto, Bonnie prosseguia urrando sobre a Terra..." - Chico Xavier e Maria Dolores

Conto Espírita de Maria Dolores (psicografia de Chico Xavier)


"Esta ocorrência que registra o poder da prece é acontecimento em nosso corrente mês de agosto, conforme o que posso assinalar.

Um grande avião anfíbio pousou no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Oitenta passageiros, integrando vinte executivos e suas famílias, constituídas de senhoras, de jovens e crianças, foram chamados a ocupar a nave.

Era um grande avião fretado por chefes do comércio de São Paulo, que premiavam assim os seus cooperadores, antigos funcionários, abnegados que por dez anos consecutivos desistiram de férias e se achavam cansados e abatidos, exigindo repouso integral, segundo os médicos que os assistem.

Quase no momento da largada, o Comandante da máquina pediu as fichas de todos os que se dispunham a viajar. Todos eram cristãos declarados e o generoso oficial exclamou jovial:

— Se todos somos cristãos, procuremos entrelaçar as nossas mãos e Nosso Senhor Jesus será comigo o Comandante Verdadeiro.

Foi um instante de alegria recíproca, todos se abraçaram e trocaram votos de fé em Jesus, com pleno êxito.

O grande avião fez a decolagem e partiu devassando a noite clara. Tudo ia bem sem novidades de realce e a máquina singrou os céus, serenamente.

A partida do Galeão foi às nove da noite.

Na intimidade o ambiente era de paz e de alegrias. Todos queriam falar do destino, que, pela escolha dos viajantes, seria a Ilha de Cancun, no Mar do Caribe, pela sua fama de conforto e de beleza, verdadeiro santuário da natureza.

Pouco depois da meia-noite, o grande anfíbio pousou no Aeroporto de Lima, para descanso e distração. O comando determinou quarenta minutos de parada e os passageiros se dirigiram ao salão principal do aeroporto e se abasteceram de chá e leite e adquiriram preciosas frutas originárias do Chile. Dava gosto observar-lhes o encantamento, quando retornaram à nave que se pôs a rumo do México.

A madrugada vinha surpreendê-los e o avião deslizou no Caribe.

Eram talvez mais ou menos quatro horas antes do amanhecer, quando a nave foi atacada por ondas agressivas…

O grande anfíbio tremeu, como que pressentindo perigos duros e começou a se agitar sob forte ventania.

As ondas cresciam quais leões sobre a máquina que parecia assustar-se ao ímpeto dos vagalhões.

Aviadores exímios que assessoravam o Comando lançavam sinais de luz, implorando socorro, acompanhados dos guizos de buzinas que se perdiam na imensidão, sem qualquer resposta.

Senhoras sensíveis oravam e alguns chamavam por Jesus. Os brados eram muitos:

— Socorro Jesus!…

— Jesus valei-nos!…

E alguns executivos choravam abraçando as crianças desoladas.

A aeromoça apareceu às portas da equipagem e em nome do comandante pedia calma, dizendo que o comandante avisava aos viajantes que estavam atravessando grande tempestade, mas que o fenômeno era passageiro.

Nestes instantes caiam pastas e embrulhos diversos, derramando documentos e miudezas sobre o piso.

Algumas senhoras disseram ver o Senhor, caminhando sobre as águas encapeladas.

A agitação da máquina era intensa pois, quase descontrolada, não sabia se voava ou navegava.

Após duas horas de angústia, o Comando mandava notificar que a grande Cancun estava à vista.

O Sol iniciava a sua carreira divina sobre as águas, quando por fim, o grande anfíbio parou em plena praia.

O comandante chorou de emoção e tudo determinou para a descida.

Um guarda da praia avisou em voz alta. Os senhores e as senhoras estão salvos. Estamos sob a força do Bonnie,  †  um furacão tradicional nas águas de Cancun.

O guarda chamou outros guardas para a recepção.

O Sol já brilhava nas areias. Antes, porém de descarregar a bagagem, o comandante entregou o serviço a dois aviadores de auxílio e olhou para a nave com o enternecimento de um homem que se apiedasse de um cavalo e sentiu-se extremamente sensibilizado.

Fitou o mar que tentava invadir a praia e gritou para o oceano:

— “Pára! Pára em nome de Jesus!…”

As águas revoltas se acalmaram e qual se ele mesmo fosse o Divino Mestre, bradou para os passageiros assustados exclamando:

— Agora, vamos agradecer!…

E ele próprio ajoelhou-se sobre a praia e externou:

— Oremos juntos.

Todos se ajoelharam nas areias brilhando ao Sol e o audaz condutor do aeroplano, passou a recitar com humildade:

— Pai nosso que estais nos céus,

Santificado seja o vosso nome,

Venha a nós o vosso Reino,

Seja feita a vossa vontade

     e sublinhou:

Assim é na Terra, como no Mar e como nos Céus.

O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje, Senhor!

Perdoa as nossas dívidas e faltas, assim como perdoamos aos nossos devedores

E não nos deixeis cair em tentação,

E livrai-nos do mal.

Assim seja!

Com Jesus e por Jesus!…

Terminada a oração, os oitenta passageiros se recolheram no hotel convenientemente, enquanto, Bonnie prosseguia urrando sobre a Terra.

***

Assim a prece do Pai Nosso foi renovada, pedindo a bênção do Senhor sobre o mar.

Irmãos, aqui termino.

Somos todos viajores.

Nossos lares e nossas instituições são barcos em viagem.

Viagem na qual todos temos a bússola de paz, amor e luz, que todos necessitamos usar para estar na presença de Jesus. Com Jesus e por Jesus!…"


Francisco Cândido Xavier e Maria Dolores
Do livro 'Chico Xavier, exemplo de amor'. Lição: 2


Mensagem recebida no Grupo Espírita da Prece em 29/08/1998 - Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais - Imagem: Hidroavião da West Coast Air / Wikimedia Commons (CC SA 1.0)







terça-feira, 23 de novembro de 2021

C. W. Leadbeater: 'O quê é o Nirvana?'

"Os orientalistas ocidentais traduziram a palavra Nirvana por aniquilamento, mas nada poderia ser uma antítese mais completa da verdade. É apenas a aniquilação de tudo que aqui conhecemos como homem, porque não mais há o homem, mas Deus no homem, um Deus entre outros Deuses, embora menor do que eles.  Imaginemos o Universo inteiro cheio de uma imensa torrente de vívida luz que com determinado propósito fluísse irresistivelmente para adiante, e que fosse compreensível e estivesse enormemente concentrada, mas absolutamente sem esforço nem violência.  No princípio, só notaríamos um sentimento de bem-aventurança e veríamos unicamente a intensidade da luz; mas pouco a pouco perceberíamos que ainda naquela constante refulgência há pontos ou núcleos mais brilhantes, nos quais a luz adquire uma nova qualidade para percebê-la dos planos inferiores, cujos habitantes não poderiam sentir esta refulgência sem tal auxílio.  Depois passaríamos a ver que aqueles núcleos de maior brilho, à maneira de sóis subsidiários, são os Excelsos Seres, os Espíritos Planetários, os potentes Devas, os Senhores do Karma, os Dhyan Chohans, Buddhas, Cristos, Mestres e muitos outros de quem nem sequer sabemos os nomes, por cujo meio fluem a luz e a vida aos planos inferiores.  E percebemos que somos parte do Uno residente em todos estes Seres, ainda que estejamos muito abaixo do pico de seu esplendor. O Iniciado que atinge tal consciência está muito longe da aniquilação e nada perde do sentimento de sua individualidade. Sua memória é perfeitamente contínua e pode realmente dizer: “Eu Sou”, sabendo o que o “Eu” efetivamente significa." - C. W. Leadbeater

"Os orientalistas ocidentais traduziram a palavra Nirvana por aniquilamento, mas nada poderia ser uma antítese mais completa da verdade. É apenas a aniquilação de tudo que aqui conhecemos como homem, porque não mais há o homem, mas Deus no homem, um Deus entre outros Deuses, embora menor do que eles.

Imaginemos o Universo inteiro cheio de uma imensa torrente de vívida luz que com determinado propósito fluísse irresistivelmente para adiante, e que fosse compreensível e estivesse enormemente concentrada, mas absolutamente sem esforço nem violência.

No princípio, só notaríamos um sentimento de bem-aventurança e veríamos unicamente a intensidade da luz; mas pouco a pouco perceberíamos que ainda naquela constante refulgência há pontos ou núcleos mais brilhantes, nos quais a luz adquire uma nova qualidade para percebê-la dos planos inferiores, cujos habitantes não poderiam sentir esta refulgência sem tal auxílio.

Depois passaríamos a ver que aqueles núcleos de maior brilho, à maneira de sóis subsidiários, são os Excelsos Seres, os Espíritos Planetários, os potentes Devas, os Senhores do Karma, os Dhyan Chohans, Buddhas, Cristos, Mestres e muitos outros de quem nem sequer sabemos os nomes, por cujo meio fluem a luz e a vida aos planos inferiores.

E percebemos que somos parte do Uno residente em todos estes Seres, ainda que estejamos muito abaixo do pico de seu esplendor. O Iniciado que atinge tal consciência está muito longe da aniquilação e nada perde do sentimento de sua individualidade. Sua memória é perfeitamente contínua e pode realmente dizer: “Eu Sou”, sabendo o que o “Eu” efetivamente significa."


C. W. Leadbeater


Charles Webster Leadbeater (Londres, Inglaterra, 16 de fevereiro de 1847 — Perth, Austrália, 1º de março de 1934), foi sacerdote da Igreja Anglicana e Bispo da Igreja Católica Liberal, escritor, orador, maçom e uma das mais influentes personalidades da Sociedade Teosófica. Passou sua infância até a o final da adolescência morando no Brasil, aonde seu pai foi empreiteiro de obras de estradas de ferro, por volta de 1860 a 1870. As informações sobre sua vida não se encontram reunidas, mas espalhados em muitas fontes, incluindo as Biografias de Krishnamurti, escritas por Pupul Jayakar e Mary Luytens. Ao voltar do Brasil à Inglaterra ingressou na Universidade de Oxford.






domingo, 21 de novembro de 2021

O quê é Espiritismo? Os Nove Pontos Fundamentais do Espiritismo



O pensamento filosófico e religioso de Allan Kardec — que hoje em dia é um dos pilares fundamentais de imensos movimentos religiosos de natureza Espírita — é imensamente complexo, contudo podemos afirmar que consiste em nove pontos fundamentais:

 

1. O ser humano é constituído por um corpo material aliado a um espírito.

2. O corpo físico é mortal, contudo o espírito é imortal

3. O fenômeno da vida, seja ela física ou espiritual, não é exclusivo do planeta Terra, sendo que ocorre por todo o Universo e é parte da grande Criação de Deus.

4. Jesus, era um ser espiritual imensamente evoluído, que atingiu as metas da virtude e da bondade, emanando luz e iluminação para o mundo. Jesus foi por isso, o "Espírito mais perfeito que Deus ofereceu aos homens para servir-lhes de modelo e guia".

5. O corpo físico é um receptáculo do espírito, que através de um processo de reencarnações, vem a este mundo a fim de realizar um aprendizagem espiritual.

6. O objetivo deste processo de reencarnações, é a evolução espiritual até que seja alcançada a plenitude do ser espiritual. O ciclo de reencarnações e aperfeiçoamento visa atingir a virtude e o bem, um estado celestial de luz e iluminação.

7. A alma, é o espírito enquanto ligado a um corpo físico.

8. O espírito encontra-se ligado ao corpo físico na forma de um invólucro denominado perispírito, sendo que esse é muitas vezes observado e chamado de "fantasma".

9. Os Espíritos desencarnados, - comumente conhecidos por "Espíritos dos mortos" -, e os Espíritos encarnados, - vulgarmente conhecidos pelos "vivos" -,  podem comunicar-se através do processo denominado "channeling", ou em português: "mediunidade".


Curiosidade: "Fora da Caridade não há salvação" é um retruque de Kardec à sentença dos católicos: "Fora da Igreja não há salvação". De fato, a Doutrina Católica Romana prega a necessidade dos sacramentos ministrados pela sua Igreja para a salvação da alma, diante do Juízo Final (desencarne). O Espiritismo Cristão prega apenas a prática do Amor, na livre expressão da Caridade Cristã.


Leia "O Evangelho segundo o Espiritismo" e faça dele seu livro de cabeceira!





quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Emmanuel: 'Companheiros e Caminhos' (Psicografia: Chico Xavier)

"Quando te dispuseres a reclamar contra certos traços psicológicos daqueles que o Senhor te confiou ao ministério familiar, medita na diversidade das criações que compõem a Natureza.  Cada estrela se destaca por determinada expressão.  Cada planta mostra finalidade particular. A rosa e a violeta são diferentes, conquanto ambas sejam flores.  Os caminhos do mundo guardam linhas diversas entre si.  Também nós, as criaturas de Deus somos seres que se identificam pela semelhança, mas não somos rigorosamente iguais.  Conforme os princípios de causa e efeito, que nos traçam a lei da reencarnação, cada qual de nós traz consigo a soma de tudo o que já fez de si, com a obrigação de subtrair os males que tenhamos colecionado até a completa extinção, multiplicando os bens que já possuamos, para dividi-los com os outros, na construção da felicidade geral.  Não queira transformar os entes queridos sob o martelo da força.  Ninguém precisa apagar a luz do vizinho, para iluminar a própria casa. Uma vela acende outra sem alterar-se.  Ama os teus, aqueles com quem Deus te permite compartilhar a existência, entretanto, respeita o caminho de realização a que se ajustem.  Esse escolheu a senda do burilamento próprio; aquele procurou a via do trabalho constante; outro escolheu a trilha de responsabilidade intransferíveis a fim de produzir o melhor; e outro, ainda, indicou a si mesmo, para elevar-se, a vereda espinhosa das provações e das lágrimas.  Auxilia a cada um, como puderes, entretanto, não busques transfigurar-lhes o espírito, de repente, reconhecendo que também nós não aceitaríamos a nossa própria renovação em bases de violência.  Ama os entes queridos, tais quais são e quando nas provas a que sejam chamados para efeito de promoção na Espiritualidade Maior, se não consegues descobrir o melhor processo de auxiliá-los, acalma-te e ora pelo fortalecimento e paz deles todos, na certeza de que Deus está velando por nós e de que nós todos somos filhos de Deus." - Chico Xavier e Emmanuel

"Quando te dispuseres a reclamar contra certos traços psicológicos daqueles que o Senhor te confiou ao ministério familiar, medita na diversidade das criações que compõem a Natureza.

Cada estrela se destaca por determinada expressão.

Cada planta mostra finalidade particular. A rosa e a violeta são diferentes, conquanto ambas sejam flores.

Os caminhos do mundo guardam linhas diversas entre si.

Também nós, as criaturas de Deus somos seres que se identificam pela semelhança, mas não somos rigorosamente iguais.

Conforme os princípios de causa e efeito, que nos traçam a lei da reencarnação, cada qual de nós traz consigo a soma de tudo o que já fez de si, com a obrigação de subtrair os males que tenhamos colecionado até a completa extinção, multiplicando os bens que já possuamos, para dividi-los com os outros, na construção da felicidade geral.

Não queira transformar os entes queridos sob o martelo da força.

Ninguém precisa apagar a luz do vizinho, para iluminar a própria casa. Uma vela acende outra sem alterar-se.

Ama os teus, aqueles com quem Deus te permite compartilhar a existência, entretanto, respeita o caminho de realização a que se ajustem.

Esse escolheu a senda do burilamento próprio; aquele procurou a via do trabalho constante; outro escolheu a trilha de responsabilidade intransferíveis a fim de produzir o melhor; e outro, ainda, indicou a si mesmo, para elevar-se, a vereda espinhosa das provações e das lágrimas.

Auxilia a cada um, como puderes, entretanto, não busques transfigurar-lhes o espírito, de repente, reconhecendo que também nós não aceitaríamos a nossa própria renovação em bases de violência.

Ama os entes queridos, tais quais são e quando nas provas a que sejam chamados para efeito de promoção na Espiritualidade Maior, se não consegues descobrir o melhor processo de auxiliá-los, acalma-te e ora pelo fortalecimento e paz deles todos, na certeza de que Deus está velando por nós e de que nós todos somos filhos de Deus."


Francisco Cândido Xavier e Emmanuel
Lição número 4 do livro 'Companheiro', de Chico Xavier




domingo, 14 de novembro de 2021

O quê acontece com o nosso espírito enquanto dormimos?

"Todos os encarnados são também espíritos. A diferença é que, enquanto alguns estão livres da matéria, mesmo que de forma temporária, outros estão a ela ligados, através do cárcere de carne, de forma igualmente temporária.  Porém, é possível a todos os encarnados realizar o intercâmbio com os desencarnados, mesmo sem atuações mediúnicas. Isto se dá no momento do sono, do descanso do corpo físico.  Ao dormir, os encarnados estão temporariamente libertos da matéria, porém mantêm com ela um vínculo através do conhecido como cordão de prata. E assim os espíritos são diferenciados. Aqueles que possuem cordão de prata, estão encarnados. E aqueles que não o possuem, estão desencarnados.  Mesmo que não se recordem de suas experiências depois, ao acordar, e isto é o padrão, os espíritos encarnados vivem experiências das mais variadas no mundo espiritual, enquanto seus corpos físicos repousam desfrutando o sono.  E é no recolhimento do sono que os encarnados podem escolher melhorar-se nas suas atuações do dia-a-dia ou, de forma livre, podem optar por adentrar em regiões tenebrosas e se afundar em charcos fluídicos pesados e contrair tendências de atuação para suas vidas na matéria.  Muitos encarnados se perguntam os motivos que os levam a praticar determinadas ações. E não entendem como não podem ter forças para vencer tendências degenerativas. E a resposta pode estar no recolhimento do sono. Suas escolhas neste momento podem lançar luz a atitudes na carne.  Portanto, é de extrema importância o momento de preparação para o sono, antes do recolhimento do corpo físico ao descanso. Boas leituras e orações. Pedidos ao Pai que estejam em boas companhias, de preferência sob orientação de seu guia espiritual."  Ermance Dufaux

"Todos os encarnados são também espíritos. A diferença é que, enquanto alguns estão livres da matéria, mesmo que de forma temporária, outros estão a ela ligados, através do cárcere de carne, de forma igualmente temporária.

Porém, é possível a todos os encarnados realizar o intercâmbio com os desencarnados, mesmo sem atuações mediúnicas. Isto se dá no momento do sono, do descanso do corpo físico.

Ao dormir, os encarnados estão temporariamente libertos da matéria, porém mantêm com ela um vínculo através do conhecido como cordão de prata. E assim os espíritos são diferenciados. Aqueles que possuem cordão de prata, estão encarnados. E aqueles que não o possuem, estão desencarnados.

Mesmo que não se recordem de suas experiências depois, ao acordar, e isto é o padrão, os espíritos encarnados vivem experiências das mais variadas no mundo espiritual, enquanto seus corpos físicos repousam desfrutando o sono.

E é no recolhimento do sono que os encarnados podem escolher melhorar-se nas suas atuações do dia-a-dia ou, de forma livre, podem optar por adentrar em regiões tenebrosas e se afundar em charcos fluídicos pesados e contrair tendências de atuação para suas vidas na matéria.

Muitos encarnados se perguntam os motivos que os levam a praticar determinadas ações. E não entendem como não podem ter forças para vencer tendências degenerativas. E a resposta pode estar no recolhimento do sono. Suas escolhas neste momento podem lançar luz a atitudes na carne.

Portanto, é de extrema importância o momento de preparação para o sono, antes do recolhimento do corpo físico ao descanso. Boas leituras e orações. Pedidos ao Pai que estejam em boas companhias, de preferência sob orientação de seu guia espiritual."

Ermance Dufaux








sexta-feira, 12 de novembro de 2021

'Como entrar em contato com um santo', por Swami Shraddhananda

"Uma das maneiras de entrar em contato com um santo (espírito superior) é manter a atenção em Kutastha (seu olho espiritual, ou terceiro olho), visualizá-lo e pensar em suas qualidades. À medida que se faz isso, você recebe as bênçãos do santo que visualiza em Kutastha.   Você receberá suas bênçãos, mesmo que não o sinta. Talvez as bênçãos não sejam algo fenomenal e extraordinário, mas algo que muda você interiormente, que transforma sua vida. Devemos nos interessar apenas pela transformação espiritual.  Experiências podem ser criadas pela mente consciente e frequentemente não são reais. Podem ser imaginárias. Não nos transformam. As verdadeiras experiências são transformadoras e estão além de nossa mente consciente."    Swami Shraddhananda

"Uma das maneiras de entrar em contato com um santo (espírito superior) é manter a atenção em Kutastha (seu olho espiritual, ou terceiro olho), visualizá-lo e pensar em suas qualidades. À medida que se faz isso, você recebe as bênçãos do santo que visualiza em Kutastha. 

Você receberá suas bênçãos, mesmo que não o sinta. Talvez as bênçãos não sejam algo fenomenal e extraordinário, mas algo que muda você interiormente, que transforma sua vida. Devemos nos interessar apenas pela transformação espiritual.

Experiências podem ser criadas pela mente consciente e frequentemente não são reais. Podem ser imaginárias. Não nos transformam. As verdadeiras experiências são transformadoras e estão além de nossa mente consciente."


Swami Shraddhananda







quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Emanuel: 'Prece da União com Jesus' (Psicografia de Chico Xavier)

"Senhor Jesus, concedeste-nos o abençoado caminho da união contigo, desde a manjedoura iluminada até a ressurreição divina, com passagem pela cruz do trabalho e da renunciação, da fé viva e do testemunho santificante. 2 Viajores que somos na estrada redentora que a tua misericórdia nos desdobra, no campo da vida eterna, rogamos-te, ainda, luz para as nossas sombras, certeza para as nossas dúvidas, esclarecimento às nossas hesitações!  Auxilia-nos a aceitar o roteiro que teu amor infinito nos traça a benefício da paz e da felicidade de nós mesmos…  Que o sacrifício seja para nós uma bênção, a luta uma escola de aperfeiçoamento sublime, o serviço a oportunidade salvadora, o obstáculo o ensinamento maior, o sofrimento um mestre sábio e eficaz; que as nossas dores sejam emissárias de alegrias, que os espinhos da estrada permaneçam adornados de flores para os nossos corações e que os percalços e lágrimas da senda constituam renovadas esperanças para nossa alma sequiosa de tua luz!…  Assim te suplicamos, porque a nossa união é alegria para os tristes, vitória para os vencidos, consolo para os desesperados, sementeira de imperecível ventura para quantos prosseguem à retaguarda, aspirando a um mundo melhor!…  Desse modo, Senhor, agradecendo-te a caridade divina da paz com que nos felicitas a alma, neste dia de abençoada luz, esperamos que o teu amor viva em nós infinitamente e que a tua misericórdia nos acompanhe, em todos os passos da redenção espiritual, convictos, quanto estamos, de que em ti encontramos o Caminho, a Verdade e a Vida com eterna libertação.  Cumpra-se em nós a tua vontade, hoje e sempre."  -  Francisco Cândido Xavier e Emmanuel

"Senhor Jesus, concedeste-nos o abençoado caminho da união contigo, desde a manjedoura iluminada até a ressurreição divina, com passagem pela cruz do trabalho e da renunciação, da fé viva e do testemunho santificante. 2 Viajores que somos na estrada redentora que a tua misericórdia nos desdobra, no campo da vida eterna, rogamos-te, ainda, luz para as nossas sombras, certeza para as nossas dúvidas, esclarecimento às nossas hesitações!

Auxilia-nos a aceitar o roteiro que teu amor infinito nos traça a benefício da paz e da felicidade de nós mesmos…

Que o sacrifício seja para nós uma bênção, a luta uma escola de aperfeiçoamento sublime, o serviço a oportunidade salvadora, o obstáculo o ensinamento maior, o sofrimento um mestre sábio e eficaz; que as nossas dores sejam emissárias de alegrias, que os espinhos da estrada permaneçam adornados de flores para os nossos corações e que os percalços e lágrimas da senda constituam renovadas esperanças para nossa alma sequiosa de tua luz!…

Assim te suplicamos, porque a nossa união é alegria para os tristes, vitória para os vencidos, consolo para os desesperados, sementeira de imperecível ventura para quantos prosseguem à retaguarda, aspirando a um mundo melhor!…

Desse modo, Senhor, agradecendo-te a caridade divina da paz com que nos felicitas a alma, neste dia de abençoada luz, esperamos que o teu amor viva em nós infinitamente e que a tua misericórdia nos acompanhe, em todos os passos da redenção espiritual, convictos, quanto estamos, de que em ti encontramos o Caminho, a Verdade e a Vida com eterna libertação.

Cumpra-se em nós a tua vontade, hoje e sempre."


Francisco Cândido Xavier e Emmanuel
'Prece da União' - Lição 30 do livro 'Cartas do Coração'


Citação parcial do. livro para estudo (e oração), de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais. Para adquirir o livro 'Cartas do Coração' siga o link abaixo, ou procure na sua livraria preferida. Imagem: Pixabay (CC0)







segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Padre Eustáquio: 'A Oração Curativa' - Psicografia de Chico Xavier

"E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus"  Mateus 5:15,16" - "... O mundo permanece coberto de males de toda a sorte. Há epidemias de ódio, desequilíbrio, perversidade e ignorância, como em outro tempo conhecíamos a infestação de peste bubônica e febre amarela.  Em toda parte, vemos enfermidades, aflições, descontentamentos, desarmonias…  Tudo é doença do corpo e da alma. Tudo é ausência do Espírito do Senhor.  Não ignoramos, porém, que todos temos a prece à nossa disposição como força de recuperação e de cura..." - Chico Xavier e Padre Eustáquio

"A reunião da noite de 11 de novembro de 1954 trouxe-nos a confortadora visita do Espírito de Padre Eustáquio.¹ Sacerdote extremamente consagrado ao bem, nosso amigo residiu, por alguns anos, em Belo Horizonte, onde, através de seu nobre coração e de sua mediunidade curadora, inúmeros sofredores encontraram alívio. Sempre rodeado por verdadeira multidão de infelizes, Padre Eustáquio foi o apóstolo das curas, das quais se ocuparam largamente os jornais de nosso país.

E, continuando, além-túmulo, o seu ministério sublime, conforme a observação dos médiuns clarividentes de nosso grupo, compareceu às nossas preces acompanhado por uma pequena multidão de Espíritos conturbados e infelizes a lhe pedirem socorro.

O prezado visitante senhoreou as faculdades psicofônicas do médium com todas as características de sua personalidade, inclusive a mímica oratória e a voz que lhe eram peculiares quando encarnado. Sua alocução, de grande beleza para nós, em vista da simplicidade em que foi vazada, é portadora de expressivos apontamentos com respeito à oração."

 

A Oração Curativa

 

"Meus amigos.

Que a paz do Cristo permaneça em nossos corações, conduzindo-nos para a luz.

Fui padre católico romano, naturalmente limitado às concepções do meu ambiente, mas não tanto que não pudesse compreender todos os homens como tutelados de Nosso Senhor.

A morte do corpo veio dilatar os horizontes de meu entendimento e agora vejo com mais clareza a necessidade do esforço conjunto de todas as nossas escolas de interpretação do Evangelho, para que nos confraternizemos com fervor e sinceridade, à frente do Eterno Amigo.

Com esse novo discernimento, visito-vos o núcleo de ação cristianizante, tomando por tema a oração como poder curativo e definindo a nossa fé como dom providencial.

O mundo permanece coberto de males de toda a sorte. Há epidemias de ódio, desequilíbrio, perversidade e ignorância, como em outro tempo conhecíamos a infestação de peste bubônica e febre amarela.

Em toda parte, vemos enfermidades, aflições, descontentamentos, desarmonias…

Tudo é doença do corpo e da alma. Tudo é ausência do Espírito do Senhor.

Não ignoramos, porém, que todos temos a prece à nossa disposição como força de recuperação e de cura.

É necessário orientar as nossas atividades, no sentido de adaptar-nos à Lei do Bem, acalmando nossos sentimentos e sossegando nossos impulsos, para, em seguida, elevar o pensamento ao manancial de todas as bênçãos, colocando a nossa vida em ligação com a Divina Vontade.

Sabemos hoje que outras vibrações escapam à ciência terrestre, além do ultravioleta e aquém do infravermelho.

À medida que se desenvolve nos domínios da inteligência, compreende o homem com mais força que toda matéria é condensação de energia.

Disse o Senhor: — “Brilhe vossa luz” (Mt. 5:16) — e, atualmente, a experimentação positiva revela que o próprio corpo humano é um gerador de forças dinâmicas, constituído assim como um feixe de energias radiantes, em que a consciência fragmentária da criatura evolui ao impacto dos mais diversos raios, a fim de entesourar a Luz Divina e crescer para a Consciência Cósmica.

Vibra, a luz em todos os lugares e, por ela, estamos informados de que o Universo é percorrido pelo fluxo divino do Amor Infinito, em frequência muitíssimo elevada, através de ondas ultracurtas que podem ser transmitidas de Espírito a Espírito, mais facilmente assimiláveis por intermédio da oração.

Cada aprendiz do Evangelho necessita, assim, afeiçoar-se ao culto da prece, no próprio mundo íntimo, valorizando a oportunidade que lhe é concedida para a comunhão com o Infinito Poder.

Para isso, contudo, é indispensável que a mente e o coração da criatura estejam em sintonia com o amor que domina todos os ângulos da vida, porque a lei do amor é tão matemática como a lei da gravitação.

Mentalizemos a eletricidade, por exemplo, na rede iluminativa. Caso apareça qualquer hiato na corrente, ninguém se lembrará de acusar a usina, como se o fluxo elétrico deixasse de existir. Certificar-nos-emos sem dificuldade de que há um defeito na lâmpada ou na tomada de força.

Derrama-se o amor de Nosso Senhor Jesus Cristo para todos os corações, no entanto, é imprescindível que a lâmpada de nossa alma se mostre em condições de receber-lhe o Toque Sublime.

Os materiais que constituem a lâmpada são apetrechos de exteriorização da luz, mas a eletricidade é invisível.

Assim também, nós vemos o Amor de Deus em nossas vidas, por intermédio do Grande Mediador, Jesus Cristo, em forma de alegria, paz, saúde, concórdia, progresso e felicidade; entretanto, acima de todas essas manifestações, abordáveis ao nosso exame, permanece o invisível manancial do Ilimitado Amor e da Ilimitada Sabedoria.

Usando imagens mais simples, recordemos o serviço da água no abrigo doméstico. Logicamente, as fontes são alimentadas por vivas reservas da Natureza, mas, para que a água atinja os recessos do lar, não prescindiremos da instalação adequada. A canalização deve estar bem disposta e bem limpa.

Em vista disso, é necessário que todas as atitudes em desacordo com a Lei do Amor sejam extirpadas de nossa existência, para que o Inesgotável Poder penetre através de nossos humildes recursos.

O canal de nossa mente e de nosso coração deve estar desimpedido de todos os raciocínios e sentimentos que não se harmonizem com os padrões de Nosso Senhor.

Alcançada essa fase preparatória, é possível utilizar a oração por medida de reajuste para nós e para os outros, incluindo quantos se encontram perto ou longe de nós.

Ninguém pode calcular no mundo o valor de uma prece nascida do coração humilde e sincero diante do Todo-Misericordioso.

Certamente as tinturas e os sais, as vitaminas e a radioatividade são elementos que a Providência Divina colocou a serviço dos homens na Terra.

É também compreensível que o médico seja indispensável, muitas vezes, à cabeceira dos doentes, porque, em muitas situações, assim como o professor precisa do discípulo e o discípulo do professor, o enfermo precisa do médico, tanto quanto o médico necessita do enfermo, na permuta de experiência.

Isso, porém, não nos impede usar os recursos de que dispomos em nós mesmos. E estejamos convictos de que, ligando o fio de nossa fé à usina do Infinito Bem, as fontes vivas do Amor Eterno derramar-se-ão através de nós, espalhando saúde e alegria.

Assim como há lâmpadas para voltagens diversas, cada criatura tem a sua capacidade própria nas tarefas do auxílio. Há quem receba mais, ou menos força.

Desse modo, conduzamos nossa boa vontade aos companheiros que sofrem, suplicando a Infinita Bondade em favor de nós mesmos.

É indispensável compreender que a oração opera uma verdadeira transfusão de plasma espiritual, no levantamento de nossas energias.

Se nos sentimos fracos, peçamos o concurso de um companheiro, de dois companheiros ou mais irmãos, porque as forças reunidas multiplicam as forças e, dessa forma, teremos maiores possibilidades para a eclosão do Amparo Divino que está, simplesmente esperando que a nossa capacidade de transmissão e de sintonia se amplie e se eleve, em nosso próprio favor.

Mentalizemos o órgão enfermo, a pessoa necessitada ou a situação difícil, à maneira de campos em que o Divino Amor se manifestará, oferecendo-lhes nosso coração e nossas mãos, por veículos de socorro, e veremos fluir, por nós, os mananciais da Vida Eterna, porque o Pai Todo-Compassivo e Jesus Nosso Senhor nunca se empobrecem de bondade. A indigência é sempre nossa.

Muitos dizem “não posso ajudar porque não sou bom”, mas, se já fôssemos senhores da virtude, estaríamos noutras condições e noutras Esferas.

Consola-nos saber que somos discípulos do bem e, nessa posição, devemos exercitá-lo. Movimentemos a boa vontade.

Não temos ainda as árvores da generosidade e da compreensão, da fé irrepreensível e da perfeita caridade, mas possuímos as sementes que lhes correspondem. E toda semente bem plantada recolhe do Alto a graça do crescimento.

Assim, pois, para que tenhamos assegurado o êxito da nossa plantação de qualidades superiores, é preciso nos disponhamos a fazer da própria vida um canal de manifestação do Constante Auxílio.

Todos temos provas, dificuldades, moléstias, aflições e impedimentos, contudo, dia a dia, colocando nosso espírito à disposição do Divino Amor que flui do centro do Universo para todos os recantos da vida, desenvolver-nos-emos em entendimento, elevação e santificação.

Trabalhemos, portanto, estendendo a oração curativa. A vossa assembleia de socorro aos irmãos conturbados na sombra é uma exaltação da prece desse teor, porque trazeis ao vosso círculo de serviço aquilo que guardais de melhor e contais simplesmente com o Divino Poder, já que nós, de nós mesmos, nada detemos ainda de bom senão a migalha de nossa confiança e de nossa boa vontade.

Em nome do Evangelho, sirvamos e ajudemos. E que Nosso Senhor Jesus Cristo nos assista e abençoe."


Chico Xavier e Pe. Eustáquio
Lição 36 de 'Instruções Psicofônicas'


Nota:

1- Padre Eustáquio — Sacerdote católico, extremamente devotado aos enfermos, que podemos considerar como tendo sido grande médium curador (Desencarnou em 1947) — Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais — Para dar uma olhada no livro e adquirir, siga o link abaixo...


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sábado, 6 de novembro de 2021

Swami Atulananda: 'Como Viver em Maya'

Swami Atulananda (1870/1966)

Swami Atulananda (imagem acima), era um holandês que vivia nos Himalayas. Ele escreveu esta carta a uma senhora americana:

 

"A vida é um mistério; não estamos certos de nada, não podemos prever nada, estamos quase sempre errados ao julgarmos os outros, não podemos acreditar em nada – nem mesmo em nossos sentidos – não podemos desacreditar em nada. Maya de fato! 

Mas há um caminho de saída, que leva para fora de Maya. Esse é nosso consolo. Olho a vida de um modo mais impessoal. Os erros dos outros não me angustiam em absoluto.

Alguns de nossos swamis são santos, outros tiveram de ser expulsos da Missão Ramakrishna. Tudo é igualmente interessante, tudo é fonte de estudo, tudo é o jogo da Mãe Divina. Ninguém para se louvar, ninguém para se criticar – todos são filhos da Mãe. Um passo correto, um passo falso – tudo é parte do jogo. 

É por isso que me divirto quando você esconde coisas, quando quer proteger a reputação das pessoas. Eu nem acredito, nem desacredito. Vejo e ouço, e tudo já se foi. Deixo os outros formarem opiniões, julgar, criticar. Para mim a vida é um filme. Veja e esqueça. Não feche os olhos, não tome partido.

O que quero agora é ser capaz de me incluir no jogo, ser uma mera testemunha de mim mesmo também – na dor, no prazer, na saúde e na doença, nas boas ações e nas más ações. E sei que não sou nada disso – sou livre, o Atman. Todos são livres, o Atman.

O que vemos são os atores representando – hoje mendigo, amanhã rei, hoje pecador, amanhã santo. É sempre a mesma pessoa representando diferentes papeis. Portanto é difícil chocar-me ou fazer-me sentir diferente com relação a outras pessoas, mesmo se cometeram um erro.

Veja M. por exemplo. Estou convencido de que ele representa o papel de uma criatura irresponsável. Então me protejo. Mas meus sentimentos para com ele não mudam. Eu o recebo quando vem, como antes. Se você me perguntar se posso confiar nele, digo: seja cuidadosa. Ele pode enganá-la. Mas isso não significa que lhe desejo o mal. Apenas sei que se emprestar-lhe algum dinheiro, há uma boa chance de não ver mais o dinheiro. Mas se poupar algum, posso dar a ele. Por que não? Deixe-o divertir-se, ter sua experiência. Filho da Mãe, jogo da Mãe.

Fico contente de encontrar todo tipo de gente, os maus e os bons. Deixe o jogo continuar. Turiyananda certa vez me disse que leu no Mahabharata que Krishna, ao desenhar sua capital, reservou uma parte da cidade para as prostitutas viverem. E ele ficou horrorizado. Por que Krishna permitiu prostitutas em sua cidade ideal?

Mais tarde, ele entendeu. Elas também têm o direito de viver, têm de ocupar seu lugar no jogo, representar seu papel na peça teatral. Sem elas, a peça não seria completa. Deixe cada um escolher seu próprio papel; e que ele o represente bem. E quando escolher mudar sua parte, tudo bem: outros tomarão seu lugar. Cada papel traz seus próprios resultados, cada papel tem seu próprio pagamento.

Nenhum swami afirma ser perfeito. Muitos dizem, 'Apenas pela graça da Mãe Divina não sou pior do que sou.' Isto é sabedoria, conhecimento da vida. Mas apenas as almas velhas e experientes sabem disso.

Por que as pessoas se sentem atraídas por um patife e fogem dum santo? Porque o patife é sincero; e uma pessoa toda santificada é um mito. Se ela é considerada perfeita por seus amigos e protetores, sabemos que estamos sendo enganados.

Swami Vivekananda não se importava se uma pessoa era boa ou má, mas odiava pessoas dissimuladas. Certa vez realizei que somos todos Atman, almas, e que nossas individualidades terrenas são apenas reflexos das almas. E veio-me o conhecimento de que esta vida é irreal, e que somos tolos em leva-la a sério, odiar, invejar e disputar, etc. Vi que é tudo loucura, pois na realidade somos todos iguais, Espíritos, bem-aventurados, além do amor e do ódio, todos igualmente livres, perfeitos, além de todos os desejos.

Pense como a vida seria para mim um paraíso, se eu conseguisse reter aquela consciência. Teria havido apenas amor, amor por todos e por tudo. Nenhum mal, nenhum bem, a vida apenas um jogo de sombra para desfrutar, se a percebermos como tal.

Sou a alma, sou imortal; a vida é minha própria sombra neste mundo de Maya. Esta é a verdade e esta é minha religião, a única coisa da religião de que estou certo. Tenho tido momentos em que você poderia cortar meu corpo em pedaços, e ainda assim eu estaria rindo. Eu estaria sendo uma testemunha, desapegado do corpo, desfrutando do jogo. E agora, quando tenho uma dor de dente ou uma dor de cabeça, fico perdido. Este mundo se tornou real novamente.

Mesmo assim, sei que esse mundo é relativo, enquanto que o Espírito-Realidade é absoluto. A religião significa apenas a tentativa de conseguir a consciência do Espírito e retê-la. Tudo o mais na religião é um disparate, ou como Swami Vivekananda diz, 'uma verdade menor'."


Swami Atulananda







terça-feira, 2 de novembro de 2021

Emmanuel: 'Oração no Dia dos Mortos'

Medite a respeito da questão n.° 823 de 'O Livro dos Espíritos':  "823. Donde nasce o desejo que o homem sente de perpetuar sua memória por meio de monumentos fúnebres?  'Último ato de orgulho.'  a — Mas a suntuosidade dos monumentos fúnebres não é antes devida, as mais das vezes, aos parentes do defunto, que lhe querem honrar a memória, do que ao próprio defunto?  'Orgulho dos parentes, desejosos de se glorificarem a si mesmos. Oh! sim, nem sempre é pelo morto que se fazem todas essas demonstrações. Elas são feitas por amor-próprio e para o mundo, bem como por ostentação de riqueza. Supões, porventura, que a lembrança de um ser querido dure menos no coração do pobre, que não lhe pode colocar sobre o túmulo senão uma singela flor? Supões que o mármore salva do esquecimento aquele que na Terra foi inútil?'" - Allan Kardec e Espíritos Superiores

"Senhor Jesus!

Enquanto nossos irmãos na Terra se consagram hoje à lembrança dos mortos-vivos que se desenfaixaram da carne, oramos também pelos vivos-mortos que ainda se ajustam à teia física…

Pelos que jazem sepultados em palácios silenciosos, fugindo ao trabalho, como quem se cadaveriza, pouco a pouco, para o sepulcro;

pelos que se enrijeceram gradativamente na autoridade convencional, adornando a própria inutilidade com títulos preciosos, à feição de belos epitáfios inúteis;

pelos que anestesiaram a consciência no vício, transformando as alegrias desvairadas do mundo em portões escancarados para a longa descida às trevas;

pelos que enterraram a própria mente nos cofres da sovinice, enclausurando a existência numa cova de ouro;

pelos que paralisaram a circulação do próprio sangue, nos excessos da mesa;

pelos que se mumificaram no féretro da preguiça, receando as cruzes redentoras e as calúnias honrosas; pelos que se imobilizaram no paraíso doméstico, enquistando-se no egoísmo entorpecente, como desmemoriados, descansando no espaço estreito do esquife…

E rogamos-te ainda, Senhor, pelos mortos das penitenciárias que ouviram as sugestões do crime e clamam agora na dor do arrependimento;

pelos mortos dos hospitais e dos manicômios, que gemem, relegados à solidão, na noite da enfermidade; pelos mortos de desânimo, que se renderam, na luta, às punhaladas da ingratidão;

pelos mortos de desespero, que caíram em suicídio moral, por desertores da renúncia e da paciência;

pelos mortos de saudade, que lamentam a falta dos seres pelos quais dariam a própria vida;

e por esses outros mortos, desconhecidos e pequeninos, que são as crianças entregues à via pública, exterminadas na vala do esquecimento…

Por todos esses nossos irmãos, não ignoramos que choras também como choraste sobre Lázaro morto…

E trazendo igualmente hoje a cada um deles a flor da esperança e o lume da oração, sabemos que o teu amor infinito clarear-nos-á o vale da morte, ensinando-nos o caminho da eterna ressurreição."


Chico Xavier e Emmanuel
Reunião pública de 2 de Novembro de 1959


Medite a respeito da questão n.° 823 de 'O Livro dos Espíritos':

"823. Donde nasce o desejo que o homem sente de perpetuar sua memória por meio de monumentos fúnebres?

'Último ato de orgulho.'

a — Mas a suntuosidade dos monumentos fúnebres não é antes devida, as mais das vezes, aos parentes do defunto, que lhe querem honrar a memória, do que ao próprio defunto?

'Orgulho dos parentes, desejosos de se glorificarem a si mesmos. Oh! sim, nem sempre é pelo morto que se fazem todas essas demonstrações. Elas são feitas por amor-próprio e para o mundo, bem como por ostentação de riqueza. Supões, porventura, que a lembrança de um ser querido dure menos no coração do pobre, que não lhe pode colocar sobre o túmulo senão uma singela flor? Supões que o mármore salva do esquecimento aquele que na Terra foi inútil?'"


Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais. Esta oração foi transcrita do livro 'Religião dos Espíritos', de Francisco Cândido Xavier (encarnado) e Emmanuel (espírito). Para adquirir o livro e ler na íntegra siga o link abaixo...



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