Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura. Ficai sempre ao meu lado para que possa enfrentar de fronte erguida e rosto sereno todas as tempestades e batalhas de minha vida, para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora, e render graças a Deus, criador do céu, da terra e da natureza: Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras. Santa Bárbara, ora por nós.
Pedido de proteção à Iansã / Santa Bárbara
Gloriosa virgem e mártir Santa Bárbara, que pelo vosso ardente zelo da honra de Deus padecestes, em tenebroso cárcere, fome, sede e cruéis açoites; que antes de serdes degolada pelo vosso próprio pai, milagrosamente, pudestes ainda serdes confortada pelo santo Viático no caminho para a eternidade; nos vos rogamos, ó santa virgem-mártir, nos alcanceis de Deus onipotente a mercê de nos indicar sempre o verdadeiro modo de praticar o bem, a fim de que, vivendo no seu santo temor e amor e sofrendo nesta vida com paciência as tribulações que nos acometerem, possamos um dia expirar santamente no ósculo de Deus, confortados pelo Pão da Vida, no caminho para a bem-aventurança eterna./ Obtende-nos, ó Santa Bárbara, / Não ter morte repentina; / E que nossa alma contrita/ Entre na mansão divina. Assim Seja.
PAI-NOSSO, AVE-MARIA e GLÓRIA AO PAI.
YANSÃ, (Inhaçã ou Iansã) é sintetizada com Santa Bárbara
COR: amarelo escuro / alaranjado
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AMALÁ: 7 velas brancas e 7 amarelo escuro, água mineral, acarajé ou milho em espiga coberto com mel ou ainda canjica amarela, fitas branca e amarelo escuro e flores. Local de entrega em pedra ao lado de um rio. | |
BANHO DE DESCARREGO: Catinga de mulata – Cordão de frade – Gerânio (cor-de-rosa ou vermelho) - Açucena – Folhas de Rosa Branca – Erva de Santa Bárbara. SAUDAÇÃO: Eparrei Oyá! FESTA: Dia 04 de Dezembro | |
Iansã, Yansan (ou Inhaçã) é sincretizada por Santa Barbara. É a Senhora dos Raios. Seu símbolo é uma taça ou cálice. Também conhecida como a Dona dos Ventos e das Tempestades, é a Iabá (Orixá feminino) de temperamento mais forte, dotada de uma força bélica que encontra correspondência no lado masculino em Ogum.
Nas lendas provenientes do Candomblé, Iansã foi mulher de Ogum e depois de Xangô, seu verdadeiro amor. Xangô roubou-a de Ogum. Dona de temperamento forte, é uma guerreira, e não vem a ser uma mãe como Oxum e Yemanjá, e sim uma rainha, mesmo tendo 9 filhos. Ela é a senhora dos eguns, das almas, e não é raro que seus filhos tenham mais entidades diferentes lhes acompanhando do que os filhos de outros orixás.
Suas Guias são amarelas, diferentemente das de Candomblé, que podem ser vermelhas ou corais, dependendo da qualidade de Iansã a que se refiram. Dia da semana: quarta-feira Saudação: Eparrei
Seus maiores símbolos são os chifres de búfalo, o alfanje, a adaga, e o eruesin.
Iansã Guerreira, batalhadora e valente, Iansã possui como símbolos o cálice, a espada e o leque. Na umbanda, costuma vestir a cor Azulão.
Em geral, costuma ser sincretizada com Santa Bárbara, havendo, no entanto, variações a depender da qualidade considerada. Oyá Funã, por exemplo, é sincretizada com Santa Madalena, enquanto Oyá Iybalé com Santa Joana D'Arc.
História de Santa Bárbara
Santa Bárbara nasceu em Nicomédia, na Ásia Menor, pertencendo a uma família de certa posição social. Às ocultas dos pais, fanáticos pagãos, conseguiu instruir-se na religião cristã.
Devia ter tido especiais dotes de beleza e inteligência, porque seu pai, Dióscoro, depositava nela as mais radiosas esperanças em vista de um casamento honroso. Mas Bárbara apresentava indiferença às solicitações do pai, até que este descobriu sua condição de cristã. Ficou, então, furioso e seu amor paterno se transformou em ódio desumano. Ameaçou-a com torturas e, finalmente, denunciou-a ao prefeito da província, Martiniano.
O coração da Jovem Bárbara sentia-se dilacerado entre amores opostos: o dos pais de uma parte e o de Cristo, amor supremo. Verificou-se nela a palavra do Divino Mestre: "Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, e os inimigos do homem serão as pessoas da própria casa" (Mt.10,34-36).
Bárbara suportou o processo com firmeza e altivez cristã, protestando sua fidelidade a Cristo, a quem tinha consagrado sua virgindade. Era o tempo do imperador Maximiano, nos primeiros anos do século IV. O juiz, vendo a obstinação da jovem cristã em professar a fé, mandou aplicar-lhe cruéis torturas, mas suas feridas sempre apareciam curadas. Pronunciou, então, sua sentença de morte.
O próprio pai, Dióscoro, furioso em seu cego paganismo, decepcionado em seus interesses, num excesso de barbárie, prontificou-se para executar a sentença: atirou-se contra a filha, que se colocou de joelhos em atitude de oração, e lhe decepou a cabeça. Logo após ter praticado seu hediondo crime, desencadeou-se formidável tempestade e o pai, atingido por um raio, caiu morto.
O culto de veneração desta santa do Oriente passou para o Ocidente, sobretudo, Roma, onde desde o século VII se multiplicaram as igrejas e oratórios dedicados a seu nome.
Esta santa é invocada, sobretudo, como protetora contra a morte trágica e contra os perigos de explosões, de raios e tempestades. Na iconografia cristã Santa Bárbara é geralmente apresentada como uma virgem, alta, majestosa, com uma palma significando o martírio, um cálice como símbolo de sua proteção em favor dos moribundos e ao lado uma espada, instrumento de sua morte.
Características dos Filhos de Iansã
Compartilhado de "Minha Umbanda Querida"
Para os filhos de Iansã, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem seus caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão à luta e conquistam o que desejam.
São pessoas atiradas, extrovertidas e diretas, que jamais escondem seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza. Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam.
Essas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; seu gênio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se torne os senhores da situação.
Os filhos de Iansã, na condição de amigos, revelam-se pessoas confiáveis, mas cuidado, os mais prudentes, no entanto, não ousariam lhe confiar um segredo, pois, se mais tarde acontecer uma desavença, um filho de Iansã não pensará antes de usar tudo que lhe foi contado como arma.
Seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde. Só uma coisa o tira do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer um, crescem no corpo e na raiva, matam se for preciso.
Nascidos da Luz da Manhã, os Filhos de Iansã são a própria majestade do Orixá. Sua principal característica exterior é ser sempre uma entidade dominante. Ocupam naturalmente posição de destaque e nunca passam despercebidos. Gostam de vestir-se sempre na moda e de estarem sempre atualizados, embora haja sempre uma pitada de exagero em quase tudo o que fazem. Têm personalidade marcante, que dificilmente é esquecida. Brilham em quase tudo o que fazem. São temperamentais por excelência, mudam de opinião com facilidade, amando ou desprezando objetos e pessoas ou, ainda, coisas, absolutamente sem motivos aparente. São inconstantes e sentimentais, arrependendo-se com facilidade por atos praticados, mas, também, esquecendo-os e, não raras vezes, repetindo-os. O Filho de Iansã herda do Orixá suas características Guerreiras; empenha-se em discussões estéreis, às vezes, só pelo prazer de contestar, não se preocupando absolutamente com os resultados finais. Todavia, quase em tudo o que toca consegue levar a bom termo. É também muito dedicado e prestimoso e além de tudo, alegre.
As Filhas de Iansã são sempre extremadas: ou amam apaixonadamente ou simplesmente esquecem. Incapazes de odiar, não hesitam em se reaproximar de alguém que lhes tenha magoado, sentindo, não raras vezes, uma real piedade e amor por essa mesma pessoa se, por qualquer razão, estiver em posição de dor ou inferioridade. Não raras vezes, também, assumem as causas alheias, trazem parentes enfermos para dentro das próprias casas, depois, brigam com maridos e filhos por causa desses parentes, posteriormente, invertem toda a situação, mandando embora quem haviam trazido e buscando a paz familiar, como se nada tivesse acontecido. Fazendo tudo em escala maior, amam com intensidade, dá-se com facilidade, produzem ou promovem e depois, pura e simplesmente, esquecem. Quer seja homem ou mulher, o Filho de Iansã será sempre alguém que dificilmente consegue passar despercebido.
Será sempre um temporal num copo d’água, passando da tranquilidade de um lago sereno a incerteza de um mar tempestuoso. Sua principal característica positiva reside na sua capacidade de não apenas perdoar quem eventualmente lhe haja ofendido, como principalmente, esquecer a ofensa. Talvez nenhum outro consiga realmente esquecer o Filho de Iansã. Quando lideres em alguma atividade, quase sempre marcam, de maneira indelével, suas administrações, mesmo que isso lhes custe sacrifícios. As Filhas de Iansã são extremadas como as chamadas “supermães”. Lutam pela felicidade e progresso de seus filhos e não admitem erros ou faltas, embora, quase nunca tenham coragem de punir as crianças. Como pessoas são exageradamente ciumentas, às vezes, chegando a infernizar a vida de seus companheiros por causa do ciúme.
Clique aqui e faça agora mesmo uma prece pedindo a proteção da mãe Iansã: http://floresemcasa.blogspot.com.br/2009/12/prece-yansa.html
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