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domingo, 30 de maio de 2021

'Culto Doméstico': Chico e Casimiro Cunha, em 'Gotas de Luz'

"Quando o culto do Evangelho  Brilha no centro do lar,  A luta de cada dia  Começa a santificar.    Onde a língua tresloucada  Dilacera e calunia,  Brotam flores luminosas  De sacrossanta alegria.    No lugar em que a mentira  Faz guerra de incompreensão,  A verdade estabelece  O império do amor cristão.    Onde a ira ruge e morde,  Qual rude e invisível fera,  Surge o silêncio amoroso  Que entende, respeita e espera.    A mente dos aprendizes  Bebe luz, em pleno ar.  Todos disputam contentes  A glória de auxiliar.      À bênção do culto aberto,  Na divina diretriz,  Conversa Jesus com todos  E a casa vive feliz.    Quem traz a igreja consigo,  Combatendo a treva e o mal,  Encontra a porta sublime  Do Reino Celestial."    Chico Xavier e Casimiro Cunha, em 'Gotas de Luz', Capítulo 7: 'Culto Doméstico'


"Quando o culto do Evangelho

Brilha no centro do lar,

A luta de cada dia

Começa a santificar.


Onde a língua tresloucada

Dilacera e calunia,

Brotam flores luminosas

De sacrossanta alegria.


No lugar em que a mentira

Faz guerra de incompreensão,

A verdade estabelece

O império do amor cristão.


Onde a ira ruge e morde,

Qual rude e invisível fera,

Surge o silêncio amoroso

Que entende, respeita e espera.


A mente dos aprendizes

Bebe luz, em pleno ar.

Todos disputam contentes

A glória de auxiliar.

  

À bênção do culto aberto,

Na divina diretriz,

Conversa Jesus com todos

E a casa vive feliz.


Quem traz a igreja consigo,

Combatendo a treva e o mal,

Encontra a porta sublime

Do Reino Celestial."


Chico Xavier e Casimiro Cunha, em 'Gotas de Luz', Capítulo 7: 'Culto Doméstico'



quinta-feira, 27 de maio de 2021

Chico Xavier e Cerinto: 'Em prece a Jesus'

"Senhor Jesus!  Divino condenado sem culpa!…  Enquanto te rememoramos o madeiro de ignomínia, lança tua bênção sobre nós, os que nos enfileiramos, junto à rebeldia do Mau Ladrão..  Tu que te deixaste sacrificar pelos que morriam no cativeiro do mundo, lembra-te daqueles que ainda escravizam.  Tu que te confiaste à extrema renúncia pelos que padeciam na miséria, não te esqueças daqueles que ainda estendem na Terra o sofrimento e a ignorância, a fome e a nudez!  Muitos, ó Eterno Benfeitor, te rogarão socorro para os que foram relegados à intempérie, entretanto, nós sabemos que a tua presença sublime aquece todos os que foram abandonados à noite da provação e, por isso, rogar-te-emos abrigo para as mãos que erguem templos em tua memória, esquecendo fora das portas os que soluçam de frio…  Ah! Senhor! quantos te pedirão pela ovelha estraçalhada, longe do aprisco!… Nós, no entanto, não desconhecemos que o teu olhar vela, poderoso e vigilante, ao pé de todos os vencidos, convertendo-lhes a dor em pão de tua graça, nos celeiros da eterna vitória!… Suplicar-te-emos, assim, abençoes o lobo que se julga triunfante.  Mestre da Cruz, compadece-te, pois, de todos nós, os que te buscamos com a oração do arrependimento, crucificados ainda no madeiro de nossa crueldade, algemados ao cárcere de nossos próprios crimes, garroteados pelas recordações dolorosas que nos entenebrecem a consciência!  Ampara-nos, Senhor, a nós, os que abusamos da inteligência, os que exploramos as viúvas e os órfãos, os que deliberadamente fugimos ao amor que nos ensinaste!  Excelso Benfeitor, estende sobre nós teu olhar compassivo, tu, Senhor, que, enquanto recebias as manifestações de solidariedade e pesar das mulheres piedosas de Jerusalém, pensavas em como haverias de converter a fraqueza de Pedro em resistência e como haverias de levantar o Espírito de Judas, nosso irmão!…  Ó Senhor, compadece-te, ainda, das cruzes que talhamos, das aflições criadas por nós mesmos e lança do lenho que não merecias o teu olhar de perdão sobre as nossas dores, para que sejamos, ainda, hoje como ontem, aliviados por tuas sublimes palavras: — “Perdoa-lhes, meu Pai, porque efetivamente não sabem o que fazem.”" - Chico Xavier e Cerinto
Trecho do livro 'Vozes do Grande Além', de Chico Xavier - Foto: Ronald Sanson

"Senhor Jesus!

Divino condenado sem culpa!…

Enquanto te rememoramos o madeiro de ignomínia, lança tua bênção sobre nós, os que nos enfileiramos, junto à rebeldia do Mau Ladrão...

Tu que te deixaste sacrificar pelos que morriam no cativeiro do mundo, lembra-te daqueles que ainda escravizam.

Tu que te confiaste à extrema renúncia pelos que padeciam na miséria, não te esqueças daqueles que ainda estendem na Terra o sofrimento e a ignorância, a fome e a nudez!

Muitos, ó Eterno Benfeitor, te rogarão socorro para os que foram relegados à intempérie, entretanto, nós sabemos que a tua presença sublime aquece todos os que foram abandonados à noite da provação e, por isso, rogar-te-emos abrigo para as mãos que erguem templos em tua memória, esquecendo fora das portas os que soluçam de frio…

Ah! Senhor! quantos te pedirão pela ovelha estraçalhada, longe do aprisco!… Nós, no entanto, não desconhecemos que o teu olhar vela, poderoso e vigilante, ao pé de todos os vencidos, convertendo-lhes a dor em pão de tua graça, nos celeiros da eterna vitória!… Suplicar-te-emos, assim, abençoes o lobo que se julga triunfante.

Mestre da Cruz, compadece-te, pois, de todos nós, os que te buscamos com a oração do arrependimento, crucificados ainda no madeiro de nossa crueldade, algemados ao cárcere de nossos próprios crimes, garroteados pelas recordações dolorosas que nos entenebrecem a consciência!

Ampara-nos, Senhor, a nós, os que abusamos da inteligência, os que exploramos as viúvas e os órfãos, os que deliberadamente fugimos ao amor que nos ensinaste!

Excelso Benfeitor, estende sobre nós teu olhar compassivo, tu, Senhor, que, enquanto recebias as manifestações de solidariedade e pesar das mulheres piedosas de Jerusalém, pensavas em como haverias de converter a fraqueza de Pedro em resistência e como haverias de levantar o Espírito de Judas, nosso irmão!…

Ó Senhor, compadece-te, ainda, das cruzes que talhamos, das aflições criadas por nós mesmos e lança do lenho que não merecias o teu olhar de perdão sobre as nossas dores, para que sejamos, ainda, hoje como ontem, aliviados por tuas sublimes palavras: — “Perdoa-lhes, meu Pai, porque efetivamente não sabem o que fazem.”¹"


Francisco Cândido Xavier e Cerinto, em 'Vozes do Grande Além'


1- “Então ele ergueu seus olhos para o céu e disse: 'Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem'” (Lucas 23.34)

 

Nota: "Nas tarefas da noite de 29 de março de 1956 justamente quando a Cristandade comemorava o sacrifício de Jesus, foi Cerinto, o amigo espiritual que já apresentamos aos nossos leitores, quem veio orar conosco. Emocionando-nos intensamente com a sua inflexão de voz, que lhe denunciava a profunda renovação íntima, pronunciou Cerinto a sua prece em lágrimas."

Leia o livro na íntegra, clicando aqui...




domingo, 23 de maio de 2021

Chico e Meimei: 'Esse o Caminho'

"Rogaste a Deus acesso à felicidade.  Entretanto, hoje mesmo, ofereceste aos próprios irmãos o veneno do pessimismo no prato da intolerância.  Gritaste maldição para os que te feriram e acusaste por desertores os amigos que a vida arredou para longe de teu afeto.  Assinalaste companheiros sofredores com adjetivos amargos e fugiste à presença dos que te rogavam consolação.  Para e pensa. Cada pessoa necessitada, quanto cada problema, constituem degraus para a Grande Subida.  A ingratidão dos familiares e o azedume dos que mais amas são convites e apelos à revelação de tua própria bondade.  Suportando o buril, o mármore desvela a obra prima e tolerando os golpes do arado é que a terra produz. Esse é o nosso caminho para o triunfo.  É por isso talvez que Jesus escolheu a cruz da renunciação à maneira de trono para a suprema vitória. Nem conforto entre os homens, nem piedade para si mesmo. Somente o amor puro, embora sangrando, mas de braços abertos."    Chico Xavier e Meimei, em 'Visão Nova' (Capítulo 7) - Foto: 'Porta da Igreja do Rosário', em Curitiba, por Ronald Sanson
Trecho do livro 'Visão Nova', de Chico Xavier - Capítulo 7 - Foto: Ronald Sanson (Instagram)


"Rogaste a Deus acesso à felicidade.

Entretanto, hoje mesmo, ofereceste aos próprios irmãos o veneno do pessimismo no prato da intolerância.

Gritaste maldição para os que te feriram e acusaste por desertores os amigos que a vida arredou para longe de teu afeto.

Assinalaste companheiros sofredores com adjetivos amargos e fugiste à presença dos que te rogavam consolação.

Para e pensa. Cada pessoa necessitada, quanto cada problema, constituem degraus para a Grande Subida.

A ingratidão dos familiares e o azedume dos que mais amas são convites e apelos à revelação de tua própria bondade.

Suportando o buril, o mármore desvela a obra prima e tolerando os golpes do arado é que a terra produz. Esse é o nosso caminho para o triunfo.

É por isso talvez que Jesus escolheu a cruz da renunciação à maneira de trono para a suprema vitória. Nem conforto entre os homens, nem piedade para si mesmo. Somente o amor puro, embora sangrando, mas de braços abertos."


Chico Xavier e Meimei, em 'Visão Nova' (Capítulo 7)



quinta-feira, 20 de maio de 2021

Emmanuel: 'A Prece Recompõe'

 “E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos.” (Atos, 4:31)


"Na construção de simples casa de pedra, há que despender longo esforço para ajustar ambiente próprio, removendo óbices, eliminando asperezas e melhorando a paisagem. Quando não é necessário acertar o solo rugoso, é preciso, muitas vezes, aterrar o chão, formando leito seguro, à base forte.  Instrumentos variados movimentam-se, metódicos, no trabalho renovador.  Assim também na esfera de cogitações de ordem espiritual.  Na edificação da paz doméstica, na realização dos ideais generosos, no desdobramento de serviços edificantes, urge providenciar recursos ao entendimento geral, com vistas à cooperação, à responsabilidade, ao processo de ação imprescindível. E, sem dúvida, a prece representa a indispensável alavanca renovadora, demovendo obstáculos no terreno duro da incompreensão.  A oração é divina voz do Espírito no grande silêncio.  Nem sempre se caracteriza por sons articulados na conceituação verbal, mas, invariavelmente, é prodigioso poder espiritual comunicando emoções e pensamentos, imagens e ideias, desfazendo empecilhos, limpando estradas, reformando concepções e melhorando o quadro mental em que nos cabe cumprir a tarefa a que o Pai nos convoca.  Muitas vezes, nas lutas do discípulo sincero do Evangelho, a maioria dos afeiçoados não lhe entende os propósitos, os amigos desertam, os familiares cedem à sombra e à ignorância; entretanto, basta que ele se refugie no santuário da própria vida, emitindo as energias benéficas do amor e da compreensão, para que se mova, na direção de mais alto, o lugar em que se demora com os seus.  A prece tecida de inquietação e angústia não pode distanciar-se dos gritos desordenados de quem prefere a aflição e se entrega à imprudência, mas a oração tecida de harmonia e confiança é força imprimindo direção à bússola da fé viva, recompondo a paisagem em que vivemos e traçando rumos novos para a vida superior."    Francisco Cândido Xavier e Emmanuel, em 'Vinha de Luz'
Trecho de 'A Prece Recompõe', do livro 'Vinha de Luz' - Foto: 'Ruínas de São Francisco', por Ronald Sanson

"Na construção de simples casa de pedra, há que despender longo esforço para ajustar ambiente próprio, removendo óbices, eliminando asperezas e melhorando a paisagem.

Quando não é necessário acertar o solo rugoso, é preciso, muitas vezes, aterrar o chão, formando leito seguro, à base forte.

Instrumentos variados movimentam-se, metódicos, no trabalho renovador.

Assim também na esfera de cogitações de ordem espiritual.

Na edificação da paz doméstica, na realização dos ideais generosos, no desdobramento de serviços edificantes, urge providenciar recursos ao entendimento geral, com vistas à cooperação, à responsabilidade, ao processo de ação imprescindível. E, sem dúvida, a prece representa a indispensável alavanca renovadora, demovendo obstáculos no terreno duro da incompreensão.

A oração é divina voz do Espírito no grande silêncio.

Nem sempre se caracteriza por sons articulados na conceituação verbal, mas, invariavelmente, é prodigioso poder espiritual comunicando emoções e pensamentos, imagens e ideias, desfazendo empecilhos, limpando estradas, reformando concepções e melhorando o quadro mental em que nos cabe cumprir a tarefa a que o Pai nos convoca.

Muitas vezes, nas lutas do discípulo sincero do Evangelho, a maioria dos afeiçoados não lhe entende os propósitos, os amigos desertam, os familiares cedem à sombra e à ignorância; entretanto, basta que ele se refugie no santuário da própria vida, emitindo as energias benéficas do amor e da compreensão, para que se mova, na direção de mais alto, o lugar em que se demora com os seus.

A prece tecida de inquietação e angústia não pode distanciar-se dos gritos desordenados de quem prefere a aflição e se entrega à imprudência, mas a oração tecida de harmonia e confiança é força imprimindo direção à bússola da fé viva, recompondo a paisagem em que vivemos e traçando rumos novos para a vida superior."


Francisco Cândido Xavier e Emmanuel, em 'Vinha de Luz'






segunda-feira, 17 de maio de 2021

Emmanuel: 'Oração do Discípulo'

"Senhor Jesus!  Do pesado madeiro de minha consciência, em que as minhas fraquezas te crucificaram, ouve-me os rogos e não me negues teu socorro constante.  Vidente Divino, dá-me a graça de ver os favores com que me enriqueces, em forma de lutas e sofrimentos.  Benfeitor Eterno, faze-me sentir a alegria do Céu, em minhas dores terrestres.  Oleiro Paciente, aquece a argila do meu frágil coração para que se transforme em vaso proveitoso ao teu serviço.  Sábio Juiz, infunde-me respeito às leis divinas que esperam a minha regeneração para a eternidade.  Companheiro Atencioso, auxilia-me a ser irmão de todas as criaturas.  Médico Infalível, cura-me as chagas íntimas, alimentadas por minha própria imprevidência.  Amigo Admirável, sela meus lábios para o mal e inspira-me o amor infatigável ao bem.  Mestre Abnegado, não me faltes com as tuas lições de cada dia.  Semeador Celeste, protege a terra de minh'alma contra os vermes da má vontade e da preguiça para que eu te encontre incessantemente no trabalho que me concedeste.  Senhor das Bênçãos, não me relegues aos inconscientes desejos que nascem de mim e sustenta-me no abençoado caminho da vida reta em que devo negar a mim mesmo, tomar a cruz salvadora de minhas próprias obrigações e marchar ao teu encontro, hoje e sempre. Assim seja."    Chico Xavier e Emmanuel
Imagem: 'A Santa Ceia' / Pixabay - Legendas: Orações e Magia

"Senhor Jesus!

Do pesado madeiro de minha consciência, em que as minhas fraquezas te crucificaram, ouve-me os rogos e não me negues teu socorro constante.

Vidente Divino, dá-me a graça de ver os favores com que me enriqueces, em forma de lutas e sofrimentos.

Benfeitor Eterno, faze-me sentir a alegria do Céu, em minhas dores terrestres.

Oleiro Paciente, aquece a argila do meu frágil coração para que se transforme em vaso proveitoso ao teu serviço.

Sábio Juiz, infunde-me respeito às leis divinas que esperam a minha regeneração para a eternidade.

Companheiro Atencioso, auxilia-me a ser irmão de todas as criaturas.

Médico Infalível, cura-me as chagas íntimas, alimentadas por minha própria imprevidência.

Amigo Admirável, sela meus lábios para o mal e inspira-me o amor infatigável ao bem.

Mestre Abnegado, não me faltes com as tuas lições de cada dia.

Semeador Celeste, protege a terra de minh'alma contra os vermes da má vontade e da preguiça para que eu te encontre incessantemente no trabalho que me concedeste.

Senhor das Bênçãos, não me relegues aos inconscientes desejos que nascem de mim e sustenta-me no abençoado caminho da vida reta em que devo negar a mim mesmo, tomar a cruz salvadora de minhas próprias obrigações e marchar ao teu encontro, hoje e sempre. Assim seja."


Chico Xavier e Emmanuel, em 'Relicário de Luz' (109)




sábado, 15 de maio de 2021

André Luiz: Como Funciona a Oração no Espiritismo

Explicação extraída do livro 'Mecanismos da Mediunidade', por F. C. Xavier, Waldo Vieira e André Luiz (Espírito). Capítulo 25: 'Oração'.

EQUILÍBRIO E PRECE  "É indispensável compreender que a Inteligência encarnada conta com múltiplos meios de preservar o corpo físico em que se demora.  Além dos inestimáveis serviços da pele e da mucosa intestinal que o defendem das intromissões indébitas de elementos físicos e químicos, prontos a lhe arruinarem a estabilidade, o homem consegue mobilizar todo um sistema de quimioterapia bacteriana, atualmente em plena evolução para mais ampla eficiência, com a antibiose ou atuação bacteriostática levada a efeito por determinadas unidades microbianas sobre outras, na vanguarda dos processos imunológicos.  É possível, então, coibir, com relativa segurança, a febre tifóide, as disenterias, a tuberculose, as riquetsioses, a psitacose, as infeções pulmonares e urinárias, etc.; entretanto, não acontece o mesmo, quando nos reportamos à atmosfera psicológica em que toda criatura se submerge na vida social do Planeta.  Visto a distância, o homem, na arena carnal, pode ser comparado a um viajor na selva de pensamentos heterogêneos, aprendendo, por intermédio de rudes exercícios, a encontrar o seu próprio caminho de libertação e de ascese. Mentalmente exposto a todas as influências psíquicas, é imperioso se eduque para governar os próprios impulsos, aperfeiçoando-se moral e intelectualmente, para que se lhe aprimorem as projeções.  No que tange à saúde e manutenção do corpo e no que se refere à aquisição de conhecimentos, utiliza a consulta a médicos e nutricionistas, professores e orientadores diversos. É natural, dessa forma, se valha da prece para angariar a inspiração de que precisa, a fim de afinizar-se com as diretrizes superiores.  No circuito de forças estabelecido com a oração, a alma não apenas se predispõe a regenerar o equilíbrio das células físicas viciadas ou exaustas, através do influxo das energias renovadoras que incorpora, espontaneamente, assimilando os raios da Vida Mais Alta a que se dirige, mas também reflete as sugestões iluminativas das Inteligências desencarnadas de condição mais nobre, com as quais se coloca em relação." - Waldo Vieira e André Luiz, em 'Mecanismos da Mediunidade'
Imagem: Slideshare (manumino)


MEDIUNIDADE E RELIGIÃO

"Misturada à magia vulgar, a mediunidade é de todos os tempos no mundo.

Confundida entre os totens e manitus, nas raças primitivas, alteia-se, gradativamente, e surge, suntuosa e complexa, nos templos iniciáticos dos povos antigos, ou rebaixada e desordenada, entre os magos da praça pública.

Ocioso seria enumerar sucessos e profecias, constantes dos livros sagrados das religiões, nas épocas anciãs.

A cada passo, nas recordações de todas elas, encontramos referências a manifestações de anjos e demônios, evocações e mensagens de seres desencarnados, visões e sonhos, encantamentos e exorcismos."


REFLEXO CONDICIONADO EM MEDIUNIDADE

"Em toda a parte, desde os amuletos das tribos mergulhadas em profunda ignorância até os cânticos sublimados dos santuários religiosos dos tempos modernos, vemos o reflexo condicionado facilitando a exteriorização de recursos da mente, para o intercâmbio com o Plano Espiritual.

Talismãs e altares, vestes e paramentos, símbolos e imagens, vasos e perfumes, não passam de petrechos destinados a incentivar a produção de ondas mentais, nesse ou naquele sentido, atraindo forças do mesmo tipo que as arremessadas pelo operador dessa ou daquela cerimônia mágica ou religiosa e pelas assembleias que os acompanham, visando a certos fins.

E compreendendo-se que os semelhantes se atraem, o bruxo que se vale da mandrágora para endereçar vibrações deprimentes a certa pessoa, a esta procura induzir à emissão de energias do mesmo naipe com que, à base de terror, assimila correntes mentais inferiores, prejudicando a si mesma, sempre que não possua a integridade da consciência tranquila; o sacerdote de classe elevada toda vez que aproveita os elementos de sua fé para consolar um espírito desesperado, está impelindo-o à produção de raios mentais enobrecidos, com os quais forma o clima adequado à recepção do auxílio da Esfera Superior; o médico que encoraja o paciente, usando autoridade e doçura, inclina-o a gerar, em favor de si mesmo, oscilações mentais restaurativas, pelas quais se relaciona com os poderes curativos estuantes em todos os escaninhos da Natureza; o professor, estimulando o discípulo a dominar o aprendizado dessa ou daquela expressão, impulsiona-o a condicionar os elementos do próprio espírito, ajustando-lhe a onda mental para incorporar a carga de conhecimento de que necessita."


GRANDEZA DA ORAÇÃO

"Observamos em todos os momentos da alma, seja na repouso ou na atividade, o reflexo condicionado (ou ação independente da vontade que se segue, imediatamente, a uma excitação externa) na base das operações da mente, objetivando esse ou aquele gênero de serviço.

Daí resulta o impositivo da vigilância sobre a nossa própria orientação, de vez que somente a conduta reta sustenta o reto pensamento e, de posse do reto pensamento, a oração, qualquer que seja o nosso grau de cultura intelectual, é o mais elevado toque de indução para que nos coloquemos, para logo, em regime de comunhão com as Esferas Superiores.

De essência divina, a prece será sempre o reflexo positivamente sublime do Espírito, em qualquer posição, por obrigá-lo a despedir de si mesmo os elementos mais puros de que possa dispor. No reconhecimento ou na petição, na diligência ou no êxtase, na alegria ou na dor, na tranquilidade ou na aflição, ei-la exteriorizando a consciência que a formula, em efusões indescritíveis, sobre as quais as ondulações do Céu corrigem o magnetismo torturado da criatura, insulada no sofrimento educativo da Terra, recompondo-lhe as faculdades profundas.

A mente centralizada na oração pode ser comparada a uma flor estelar, aberta ante o Infinito, absorvendo-lhe o orvalho nutriente de vida e luz.

Aliada à higiene do espírito, a prece representa o comutador das correntes mentais, arrojando-as à sublimação."


EQUILÍBRIO E PRECE

"É indispensável compreender que a Inteligência encarnada conta com múltiplos meios de preservar o corpo físico em que se demora.

Além dos inestimáveis serviços da pele e da mucosa intestinal que o defendem das intromissões indébitas de elementos físicos e químicos, prontos a lhe arruinarem a estabilidade, o homem consegue mobilizar todo um sistema de quimioterapia bacteriana, atualmente em plena evolução para mais ampla eficiência, com a antibiose ou atuação bacteriostática levada a efeito por determinadas unidades microbianas sobre outras, na vanguarda dos processos imunológicos.

É possível, então, coibir, com relativa segurança, a febre tifóide, as disenterias, a tuberculose, as riquetsioses, a psitacose, as infeções pulmonares e urinárias, etc.; entretanto, não acontece o mesmo, quando nos reportamos à atmosfera psicológica em que toda criatura se submerge na vida social do Planeta.

Visto a distância, o homem, na arena carnal, pode ser comparado a um viajor na selva de pensamentos heterogêneos, aprendendo, por intermédio de rudes exercícios, a encontrar o seu próprio caminho de libertação e de ascese. Mentalmente exposto a todas as influências psíquicas, é imperioso se eduque para governar os próprios impulsos, aperfeiçoando-se moral e intelectualmente, para que se lhe aprimorem as projeções.

No que tange à saúde e manutenção do corpo e no que se refere à aquisição de conhecimentos, utiliza a consulta a médicos e nutricionistas, professores e orientadores diversos. É natural, dessa forma, se valha da prece para angariar a inspiração de que precisa, a fim de afinizar-se com as diretrizes superiores.

No circuito de forças estabelecido com a oração, a alma não apenas se predispõe a regenerar o equilíbrio das células físicas viciadas ou exaustas, através do influxo das energias renovadoras que incorpora, espontaneamente, assimilando os raios da Vida Mais Alta a que se dirige, mas também reflete as sugestões iluminativas das Inteligências desencarnadas de condição mais nobre, com as quais se coloca em relação."


PRECE E RENOVAÇÃO

"Na floresta mental em que avança, o homem frequentemente se vê defrontado por vibrações subalternas que o golpeiam de rijo, compelindo-o à fadiga e à irritação, sejam elas provenientes de ondas enfermiças, partidas dos desencarnados em posição de angústia e que lhe partilham o clima psíquico, ou de oscilações desorientadas dos próprios companheiros terrestres desequilibrados a lhe respirarem o ambiente. Todavia, tão logo se envolva nas vibrações balsâmicas da prece, ergue-se-lhe o pensamento aos Planos sublimados, de onde recolhe as ideias transformadoras dos Espíritos benevolentes e amigos, convertidos em vanguardeiros de seus passos, na evolução.

Orar constitui a fórmula básica da renovação íntima, pela qual divino entendimento desce do Coração da Vida para a vida do coração.

Semelhante atitude da alma, porém, não deve, em tempo algum, resumir-se a simplesmente pedir algo ao Suprimento Divino, mas pedir, acima de tudo, a compreensão quanto ao plano da Sabedoria Infinita, traçado para o seu próprio aperfeiçoamento, de maneira a aproveitar o ensejo de trabalho e serviço no bem de todos, que vem a ser o bem de si mesma."


MEDIUNIDADE E PRECE

"A mediunidade, na ordem superior da vida, esteve sempre associada à oração, para converter-se no instrumento da obra iluminativa do mundo.

Entre os egípcios e hindus, chineses e persas, gregos e cipriotas, gauleses e romanos, a prece, expressando invocação ou louvor, adoração ou meditação, é o agente refletor do Plano Celeste sobre a alma do homem.

Orando, Moisés recolhe, no Sinai, os mandamentos que alicerçam a justiça de todos os tempos, e, igualmente em prece, seja nas margens do Genesaré ou em pleno Tabor, respirando o silêncio de Getsêmani ou nos braços da cruz, o Cristo revela na oração o reflexo condicionado de natureza divina, suscetível de facultar a sintonia entre a criatura e o Criador."


Waldo Vieira e André Luiz, em 'Mecanismos da Mediunidade'


Obs.: Este capítulo foi recebido pelo médium Waldo Vieira.

Sobre o livro 'Mecanismos da Mediunidade': "O Espírito André Luiz alia Ciência ao Espiritismo para apresentar conceitos como energia, átomo, obsessão, hipnose, magnetismo, animismo e psicometria, entre outros, oferecendo aos médiuns e estudiosos da mediunidade diversos recursos para melhor compreensão de questões da Física e da Fisiologia que se relacionam ao tema. Com psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, o autor espiritual esclarece que, além de conhecimentos e estudos, é necessário ter disciplina e responsabilidade para praticar a mediunidade com Jesus e entrar em comunhão com o plano superior, buscando o aprimoramento do espírito sob as diretrizes do Evangelho do Cristo." Sinopse extraída da página do livro, clique aqui para conferir...

Imagem: https://www.slideshare.net/manumino/palestra-espirita-prece (reprodução) - Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais.






quinta-feira, 13 de maio de 2021

Oração para Proteção da Casa e da Família (Padre Marcelo Rossi)

"Senhor Jesus Cristo, eu (nome completo) coloco a minha casa, a minha família (coloque o primeiro nome de cada familiar), todos os que moram comigo, sob a proteção do vosso sangue precioso.  Protegei esta casa de assaltos, incêndio, violência, calúnia, difamação, maldição, pragas, mau olhado e todo mal.  Qualquer pessoa que tenha má intenção, maldade, não consiga permanecer nesta casa nem passe por esta porta, em que entronizo esta oração.  E assim como lemos no livro do Êxodo capítulo 12 (quando o senhor protegeu as casas dos israelitas), que minha casa, por meio desta oração de proteção, seja marcada com o sangue do Senhor Jesus Cristo, sinal de proteção contra todo e qualquer tipo de flagelo.  Invoco a intercessão especial da Virgem Maria e de São Miguel Arcanjo confirmando esta oração.  Enfim, esta porta e toda a minha casa sejam seladas, marcadas e protegidas no sangue libertador de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém."  Autor: Padre Marcelo Rossi

"Senhor Jesus Cristo, eu (nome completo) coloco a minha casa, a minha família (coloque o primeiro nome de cada familiar), todos os que moram comigo, sob a proteção do vosso sangue precioso.

Protegei esta casa de assaltos, incêndio, violência, calúnia, difamação, maldição, pragas, mau olhado e todo mal.

Qualquer pessoa que tenha má intenção, maldade, não consiga permanecer nesta casa nem passe por esta porta, em que entronizo esta oração.

E assim como lemos no livro do Êxodo capítulo 12 (quando o senhor protegeu as casas dos israelitas), que minha casa, por meio desta oração de proteção, seja marcada com o sangue do Senhor Jesus Cristo, sinal de proteção contra todo e qualquer tipo de flagelo.

Invoco a intercessão especial da Virgem Maria e de São Miguel Arcanjo confirmando esta oração.

Enfim, esta porta e toda a minha casa sejam seladas, marcadas e protegidas no sangue libertador de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém."








terça-feira, 11 de maio de 2021

Meimei: 'Prece da Criança'

"Amigo que me proteges:  Não relegues minha querida mãezinha ao esquecimento. Ajuda-me, ajudando-a.  Sou a flor que promete fruto. Ela é a árvore que me abriga.  Sem a seiva que a socorre, meu destino é a frustração.  Sou a corrente que se move para o futuro. Ela é a fonte que me alimenta.  Se o veneno da terra poluir o manancial que me nutre, ainda que eu não deseje, espalharei no solo da vida a perturbação e a morte.  Lembra-te de que mãezinha é a ternura que me afaga, o carinho que me levanta, a voz que me abençoa e o regaço que me acalenta… Como poderia reconfortar-me, sem lhe ver nos olhos o fulgor da alegria?  Irmão que me estendes o braço amigo, não venho a sós, ao teu encontro.  Não derramarás tua luz em minha taça de esperança, olvidando na sombra a mão que me ergue.  Toma-me o coração em teu coração, mas não desprezes o coração de mãezinha, o cofre de amor e luz, talhado em meu auxílio, pelo Coração Paternal de Deus."    Francisco Cândido Xavier e Meimei, em 'Palavras do Coração'
Imagem: BigBrotherMouse/Wikimedia Commons (CC BY-SA 3.0) - Legendas: Orações e Magia


"Amigo que me proteges:

Não relegues minha querida mãezinha ao esquecimento. Ajuda-me, ajudando-a.

Sou a flor que promete fruto. Ela é a árvore que me abriga.

Sem a seiva que a socorre, meu destino é a frustração.

Sou a corrente que se move para o futuro. Ela é a fonte que me alimenta.

Se o veneno da terra poluir o manancial que me nutre, ainda que eu não deseje, espalharei no solo da vida a perturbação e a morte.

Lembra-te de que mãezinha é a ternura que me afaga, o carinho que me levanta, a voz que me abençoa e o regaço que me acalenta… Como poderia reconfortar-me, sem lhe ver nos olhos o fulgor da alegria?

Irmão que me estendes o braço amigo, não venho a sós, ao teu encontro.

Não derramarás tua luz em minha taça de esperança, olvidando na sombra a mão que me ergue.

Toma-me o coração em teu coração, mas não desprezes o coração de mãezinha, o cofre de amor e luz, talhado em meu auxílio, pelo Coração Paternal de Deus."


Francisco Cândido Xavier e Meimei, em 'Palavras do Coração' (26)





domingo, 9 de maio de 2021

Bittencourt Sampaio: 'À Virgem - À Maria - Às Filhas da Terra'

Imagem: A Virgem Maria, no firmamento, abençoando toda a Terra (autoria desconhecida/internet)

 
À VIRGEM 
(Oração: Bittencourt Sampaio - Espírito)


"Vós sois no mundo a estrela da esperança,

A salvação dos náufragos da vida;

A custódia das almas sofredoras,

Consolação e paz dos desterrados

Do venturoso aprisco das ovelhas

De Jesus-Cristo, o Filho muito amado!


Fanal radioso aos pobres degredados,

Anjo guiador dos homens desgarrados

Do evangelho de luz do Filho vosso.

Virgem formosa e pura da bondade,

Providência dos fracos pecadores,

Astro de amor na noite dos abismos,

Clarão que sobre as trevas da cegueira

Expulsa a escuridão das consciências!


Virgem da piedade e da pureza,

Estendei vossos braços tutelares

À Humanidade inteira, que padece,

Espíritos na treva das angústias,

No tenebroso báratro das dores,

Mergulhados nas tredas tempestades

Do mal, que lhes ensombra a mente e a vista;

Cegos desventurados, caminhando

Em busca de outras noites mais escuras.


Legião de penitentes voluntários,

Afastados do amor e da verdade,

Fugitivos da luz que os esclarece!


Anjo da caridade e da virtude,

Estendei vossas asas luminosas

Sobre tanta miséria e tantos prantos.


Dai fortaleza àqueles que fraquejam,

Apiedai-vos dos frágeis caminhantes,

Iluminai os cérebros descrentes,

Fortalecei a fé dos vacilantes,

Clareai as sendas obscurecidas

Dos que se vão nos pântanos dos vícios!…


Existem almas míseras que choram

Amarradas ao potro das torturas,

E corações farpeados de amarguras…

Enxugai-lhes as lágrimas penosas!


Virgem imaculada de ternura,

Abençoai os mansos e os humildes

Que acima de ouropéis enganadores

Põem o amor de Jesus, eterno e puro!


Dulcificai as mágoas que laceram

Pobres almas aflitas na voragem

Das provações mais rudes e amargosas.


Estendei, Virgem pura, o vosso manto

Constelado de todas as virtudes,

Sobre a nudez de tantos sofrimentos

Que despedaçam almas exiladas

No orbe da expiação que regenera…


Ele será a luz resplandecente

Sobre a miséria dos padecimentos.

Afastando amarguras, concedendo

Claridades a estradas pedregosas…


Conforto às almas tristes deste mundo.


Porto de segurança aos viajantes,

Clarão de sol nas trevas mais espessas,

Farol brilhante iluminando os trilhos

De todos os viajores que caminham

Pela mão de Jesus, doce e bondosa;

O pão miraculoso, repartido

Entre os esfomeados e os sedentos

De paz, que os acalente e os conforte!


Virgem, Mãe de Jesus, anjo de amor,

Vinde a nós que na luta fraquejamos,

Ajudai-nos a fim de que a vençamos…

Vinde, piedosa Virgem de bondade,

Cremos em vós, na vossa alma divina!


Vinde!… dai-nos mais força e mais coragem,

Derramai sobre nós o eflúvio santo

Do vosso amor, que ampara e que redime…


Vinde a nós! nossas almas vos esperam,

Almas de filhos míseros que sofrem,

Atendei nossas súplicas, Senhora,

Providência da pobre Humanidade!…"


À MARIA
(Oração: Bittencourt Sampaio - Espírito)


"Eis-nos, Senhora, a pobre caravana

Em fervorosas súplicas, reunida,

Implorando a piedade, a paz e a vida,

De vossa caridade soberana.


Fortalecei-nos a alma dolorida

Na redenção da iniquidade humana,

Com o bálsamo da crença que promana

Das luzes da bondade esclarecida.


Providência de todos os aflitos,

Ouvi dos Céus, ditosos e infinitos,

Nossas sinceras preces ao Senhor…


Que a nossa caravana da Verdade

Colabore no Bem da Humanidade,

Neste banquete místico do amor."


ÀS FILHAS DA TERRA
(Oração: Bittencourt Sampaio - Espírito)


"Do Seu trono de luzes e de rosas,

A Rainha dos Anjos, meiga e pura,

Estende os braços para a desventura,

Que campeia nas sendas espinhosas.


Ela conhece as lágrimas penosas

E recebe a oração da alma insegura,

Inundando de amor e de ternura

As feridas cruéis e dolorosas.


Filhas da Terra, mães, irmãs, esposas,

No turbilhão dos homens e das coisas,

Imitai-A na dor do vosso trilho!…


Não conserveis do mundo o brilho e as palmas,

E encontrareis, em vossas próprias almas,

A alegria do reino de Seu Filho!"


À VIRGEM II
(Oração: Bittencourt Sampaio - Espírito)


"Do teu trono de róseas alvoradas,

Estende, mãe bendita, as mãos radiosas

Sobre a angústia das sendas escabrosas

Onde choram as mães atormentadas


Mãe de todas as mães infortunadas,

Com tua alma de lírios e de rosas,

Mitiga a dor das almas desditosas

Entre as sombras de míseras estradas.


Anjo consolador dos desterrados,

Conforta os corações encarcerados

Nas algemas do mundo amargo e aflito.


Ao teu olhar, as lágrimas da guerra

E os quadros de amargor, que andam na Terra,

São caminhos de luz para o Infinito."


Chico Xavier e Bittencourt Sampaio, em 'Parnaso de Além-Túmulo' (20)


Bittencourt Sampaio: Sergipano, nascido na cidade de Laranjeiras, em 1.° de Fevereiro de 1834, desencarnou no Rio de Janeiro em 10 de Outubro de 1895. Foi político ativo, deputado por sua província em duas legislaturas e Presidente do Espírito Santo. Diretor da Biblioteca Nacional e jornalista de mérito.

A fonte de onde respigamos estes dados, aponta Poesias (1859) e Flores Silvestres (1860), mas omite a maior das suas obras, que é A Divina Epopeia, ou seja o Evangelho de João, em magníficos versos brancos, tais como estes.

Mas… é que Bittencourt Sampaio foi, no último quartel da vida terrena, um dos mais brilhantes e destemerosos paladinos da Revelação Espírita. E, como tal, ainda hoje se manifesta, por dar-nos obras como Jesus perante a Cristandade, verdadeiro poema em prosa.

(A Revista 'Reformador', de 1937 - pág. 494 -, publicou a sua biografia.)


Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais
Imagem meramente ilustrativa: Internet/Pinterest (autoria desconhecida)





sexta-feira, 7 de maio de 2021

'Intimidade: como confiar em si mesmo e nos outros', por Osho

"O coração é a morada da alma. Nele, se dá o milagre da transmutação de nossas mazelas amorosas - aquelas que são originadas pelas reações do ego, e que fazem cultivar sentimentos como raiva, ressentimento, rejeição, amargura -, em uma outra forma de manifestação do amor, que é a compaixão.  Quando temos dificuldades de relacionamento é porque, geralmente, projetamos inconscientemente no outro nossas próprias fraquezas, como o individualismo, o egoísmo, a falta de segurança interior, então o olhamos com uma atitude de julgamento e crítica.  Um aprendizado fundamental é que nossas dificuldades e a dos demais seres humanos são semelhantes, senão iguais. Colocar-se no lugar do outro é uma arte que todos precisamos aprender, pois sem esta atitude compassiva, será impossível desenvolver o amor incondicional.  Não é nada fácil assimilar este aprendizado. Principalmente, quando a outra pessoa não é alguém próximo de nós, mas um estranho que está seguindo uma existência em total sintonia com seu lado sombrio, identificado com a energia da violência.  Neste caso, torna-se muito difícil olhar-lo e enxergar nele nosso semelhante. Mas a compaixão não se harmoniza com qualquer forma de julgamento, ou pelo menos, não com aquela que quer fazer justiça com as próprias mãos.  Quando um ser humano se desvia, por total inconsciência, do caminho do bem, a justiça é uma ferramenta para que ele tenha a chance de rever suas atitudes. Nem sempre isto acontece, pois depende do grau de evolução de cada um, mas sob a ótica espiritual, ele é um Espírito em sua caminhada evolutiva que ainda não alcançou a luz.  Ao sofrermos qualquer ato que tenha de alguém nesse estágio, a primeira reação é do ego, que quer vingança, e não perdoa aquele que lhe causou mal.  Somente os que já despertaram algum grau de consciência, conseguem transcender esta reação humana e perdoar, pois sabem que há, naquele ser, ainda que esteja extremamente oculta, a semente do divino.  O perdão deve acontecer em nível de alma, pois, se ele não ocorrer, mesmo que vejamos a justiçares feita, continuaremos a nutrir por aquela pessoa, um sentimento de ódio que nos afastará de nossa essência, que é o amor.  Independente de ter sofrido algum tipo de violência, algumas pessoas vivenciam um sentimento de vitimas diante da vida. Culpam tudo e todos a sua volta, pela sensação de infelicidade que experimentam.  Quando a vida se torna muito difícil e tudo parece dar errado, é momento de pararmos e refletirmos, pois este pode ser um sinal de que nos distanciamos demais de nosso coração.  De que, ao invés do caminho que nos leva ao autoconhecimento, erramos a trilha e acabamos nos conduzindo para o auto-engano. Redescobrir a fonte interior de amor, com a qual todos chegamos a este mundo, é a saída parque não levemos uma existência baseada na dor e no sofrimento...  Você não sabe o que é a música do silêncio. Você só conhece uma maneira de se comunicar, e essa é verbal, por intermédio da mente. Você não sabe como se comunicar por intermédio do coração, coração a coração, em silêncio.  Você não sabe se comunicar apenas estando ali presente, por intermédio da sua presença. Você está evoluindo, e os padrões antigos de comunicação estão ficando insuficientes. Você terá de desenvolver novos padrões de comunicação não-verbal. Quanto mais alguém amadurece, mais necessária é a comunicação não-verbal.  A linguagem é necessária porque não sabemos como nos comunicar. Quando sabemos como fazê-lo, pouco a pouco, a linguagem não é necessária. A linguagem é apenas um meio muito primário. O meio verdadeiro é o silêncio.  Portanto, não tome uma atitude errada; do contrário, irá parar de crescer. Nada faz falta quando a linguagem começa a desaparecer; essa é uma idéia errada. Algo novo tem de aparecer, e os antigos padrões não são suficientes para contê-lo.  Você está crescendo e suas roupas estão ficando apertadas. Não é que esteja faltando algo; algo está sendo acrescentado a você a cada dia.  Quanto mais você medita, mais você ama e mais se relaciona. E, por fim, chega o momento em que apenas o silêncio convém.  Assim, da próxima vez em que estiver com alguém e não estiver se comunicando com palavras, e sentir-se pouco à vontade, fique feliz. Mantenha o silêncio e deixe que o silêncio estabeleça a comunicação.  A linguagem é necessária para aproximar pessoas com quem você não tem um relacionamento amoroso. A não-linguagem é necessária para pessoas com quem você tem um relacionamento amoroso.  É preciso tornar-se inocente outra vez como uma criança, e calado. Os gestos sairão - às vezes vocês sorriem e dão-se as mãos, ou às vezes apenas ficam em silêncio, olhando um nos olhos do outro, sem fazer, só estando ali, presentes.  As presenças se encontram e se fundem, e algo acontece que só vocês sabem. Só vocês, com quem está acontecendo - ninguém mais vai saber, tal a profundidade em que acontece.  Aproveite esse silêncio; sinta-o, prove-o e saboreie-o. Logo você vai ver que ele tem a sua própria comunicação; que ela é maior, mais elevada, mais secreta e mais profunda. E que a cominação é sagrada; há uma pureza em torno dela."    Osho
Imagem: Ronald Sanson - Legendas: Osho (Orações e Magia)

"O coração é a morada da alma. Nele, se dá o milagre da transmutação de nossas mazelas amorosas - aquelas que são originadas pelas reações do ego, e que fazem cultivar sentimentos como raiva, ressentimento, rejeição, amargura -, em uma outra forma de manifestação do amor, que é a compaixão.

Quando temos dificuldades de relacionamento é porque, geralmente, projetamos inconscientemente no outro nossas próprias fraquezas, como o individualismo, o egoísmo, a falta de segurança interior, então o olhamos com uma atitude de julgamento e crítica.

Um aprendizado fundamental é que nossas dificuldades e a dos demais seres humanos são semelhantes, senão iguais. Colocar-se no lugar do outro é uma arte que todos precisamos aprender, pois sem esta atitude compassiva, será impossível desenvolver o amor incondicional.

Não é nada fácil assimilar este aprendizado. Principalmente, quando a outra pessoa não é alguém próximo de nós, mas um estranho que está seguindo uma existência em total sintonia com seu lado sombrio, identificado com a energia da violência.

Neste caso, torna-se muito difícil olhar-lo e enxergar nele nosso semelhante. Mas a compaixão não se harmoniza com qualquer forma de julgamento, ou pelo menos, não com aquela que quer fazer justiça com as próprias mãos.

Quando um ser humano se desvia, por total inconsciência, do caminho do bem, a justiça é uma ferramenta para que ele tenha a chance de rever suas atitudes. Nem sempre isto acontece, pois depende do grau de evolução de cada um, mas sob a ótica espiritual, ele é um Espírito em sua caminhada evolutiva que ainda não alcançou a luz.

Ao sofrermos qualquer ato que tenha de alguém nesse estágio, a primeira reação é do ego, que quer vingança, e não perdoa aquele que lhe causou mal.

Somente os que já despertaram algum grau de consciência, conseguem transcender esta reação humana e perdoar, pois sabem que há, naquele ser, ainda que esteja extremamente oculta, a semente do divino.

O perdão deve acontecer em nível de alma, pois, se ele não ocorrer, mesmo que vejamos a justiçares feita, continuaremos a nutrir por aquela pessoa, um sentimento de ódio que nos afastará de nossa essência, que é o amor.

Independente de ter sofrido algum tipo de violência, algumas pessoas vivenciam um sentimento de vitimas diante da vida. Culpam tudo e todos a sua volta, pela sensação de infelicidade que experimentam.

Quando a vida se torna muito difícil e tudo parece dar errado, é momento de pararmos e refletirmos, pois este pode ser um sinal de que nos distanciamos demais de nosso coração.

De que, ao invés do caminho que nos leva ao autoconhecimento, erramos a trilha e acabamos nos conduzindo para o auto-engano. Redescobrir a fonte interior de amor, com a qual todos chegamos a este mundo, é a saída parque não levemos uma existência baseada na dor e no sofrimento...

Você não sabe o que é a música do silêncio. Você só conhece uma maneira de se comunicar, e essa é verbal, por intermédio da mente. Você não sabe como se comunicar por intermédio do coração, coração a coração, em silêncio.

Você não sabe se comunicar apenas estando ali presente, por intermédio da sua presença. Você está evoluindo, e os padrões antigos de comunicação estão ficando insuficientes. Você terá de desenvolver novos padrões de comunicação não-verbal. Quanto mais alguém amadurece, mais necessária é a comunicação não-verbal.

A linguagem é necessária porque não sabemos como nos comunicar. Quando sabemos como fazê-lo, pouco a pouco, a linguagem não é necessária. A linguagem é apenas um meio muito primário. O meio verdadeiro é o silêncio.

Portanto, não tome uma atitude errada; do contrário, irá parar de crescer. Nada faz falta quando a linguagem começa a desaparecer; essa é uma idéia errada. Algo novo tem de aparecer, e os antigos padrões não são suficientes para contê-lo.

Você está crescendo e suas roupas estão ficando apertadas. Não é que esteja faltando algo; algo está sendo acrescentado a você a cada dia.

Quanto mais você medita, mais você ama e mais se relaciona. E, por fim, chega o momento em que apenas o silêncio convém.  Assim, da próxima vez em que estiver com alguém e não estiver se comunicando com palavras, e sentir-se pouco à vontade, fique feliz. Mantenha o silêncio e deixe que o silêncio estabeleça a comunicação.

A linguagem é necessária para aproximar pessoas com quem você não tem um relacionamento amoroso. A não-linguagem é necessária para pessoas com quem você tem um relacionamento amoroso.

É preciso tornar-se inocente outra vez como uma criança, e calado. Os gestos sairão - às vezes vocês sorriem e dão-se as mãos, ou às vezes apenas ficam em silêncio, olhando um nos olhos do outro, sem fazer, só estando ali, presentes.

As presenças se encontram e se fundem, e algo acontece que só vocês sabem. Só vocês, com quem está acontecendo - ninguém mais vai saber, tal a profundidade em que acontece.

Aproveite esse silêncio; sinta-o, prove-o e saboreie-o. Logo você vai ver que ele tem a sua própria comunicação; que ela é maior, mais elevada, mais secreta e mais profunda. E que a cominação é sagrada; há uma pureza em torno dela."


Osho, em 'Intimidade: como confiar em si mesmo e nos outros'




quarta-feira, 5 de maio de 2021

Chico Xavier e Tobias Barreto: 'Resposta'

"Céus, quem vos desdobrou no tempo sem memória?  Flâmeas constelações, quem vos lança e aglutina?  Astros, quem vos dirige a excelsa disciplina?  Luzes, quem vos acende a beleza incorpórea?    Terra, quem vos gerou? Mares, quem vos domina?  Flores, quem vos estende a gentileza e a glória?  Aves, quem vos inspira a marcha migratória?  Fontes, quem vos impele a cantar em surdina?    Desertos, quem vos fez na imensidão de areia?  Vales, quem vos mantém? Rochas, quem vos alteia?  Vermes, quem vos criou no abismo estranho e mudo?!…    De Esfera a Esfera, ser a ser e vida em vida.  Surge por toda a parte a resposta incontida:  — 'Deus!… Tudo vem de Deus na grandeza de tudo!…'"    Francisco Cândido Xavier e Tobias Barreto, em 'Seguindo Juntos - 2'
Imagem: 'whispering' Gojira - NASA/ESA/B. Holwerda (University of Louisville) - Legendas: Orações e Magia


"Céus, quem vos desdobrou no tempo sem memória?

Flâmeas constelações, quem vos lança e aglutina?

Astros, quem vos dirige a excelsa disciplina?

Luzes, quem vos acende a beleza incorpórea?


Terra, quem vos gerou? Mares, quem vos domina?

Flores, quem vos estende a gentileza e a glória?

Aves, quem vos inspira a marcha migratória?

Fontes, quem vos impele a cantar em surdina?


Desertos, quem vos fez na imensidão de areia?

Vales, quem vos mantém? Rochas, quem vos alteia?

Vermes, quem vos criou no abismo estranho e mudo?!…


De Esfera a Esfera, ser a ser e vida em vida.

Surge por toda a parte a resposta incontida:

— 'Deus!… Tudo vem de Deus na grandeza de tudo!…'"


Francisco Cândido Xavier e Tobias Barreto, em 'Seguindo Juntos - 2'