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quarta-feira, 30 de junho de 2021

Emmanuel: 'Estudando a Riqueza'

"... Quem não pode doar algo de si mesmo, na boa vontade, no sorriso fraterno ou na palavra sincera de bondade e encorajamento, debalde estenderá as mãos recheadas de ouro, porque só o amor abre as portas da plenitude espiritual e semeia na Terra a luz da verdadeira caridade, que extingue o mal e dissipa as trevas. A pobreza é mera ficção. Todos temos algo. Todos podemos auxiliar. Todos podemos servir..."  Chico Xavier e Emmanuel, em 'Dinheiro'

"Não é somente o Rico da Parábola¹ o grande devedor diante da vida.A fortuna amoedada é, por vezes, simples cárcere. Há outros avarentos que devemos recordar em nossa viagem para a Luz Maior.

Temos, conosco, os sovinas da inteligência, que se ocultam nas floridas trincheiras da inércia; os abastados da saúde que desamparam os aflitos e os doentes; os privilegiados da alegria que cerram a porta aos tristes, isolando-se no oásis de prazer; os felizes da fé que procuram a solidão, a pretexto de se preservarem contra o pecado; os expoentes da mocidade que menosprezam a velhice; os favorecidos da família terrestre, que olvidam os andarilhos da penúria que vagueiam sem lar.

Todos esses ricos da experiência comum contraem pesados débitos para com a Humanidade. Lembremo-nos de que o Tesouro Real da Vida está em nosso coração.

Quem não pode doar algo de si mesmo, na boa vontade, no sorriso fraterno ou na palavra sincera de bondade e encorajamento, debalde estenderá as mãos recheadas de ouro, porque só o amor abre as portas da plenitude espiritual e semeia na Terra a luz da verdadeira caridade, que extingue o mal e dissipa as trevas.

A pobreza é mera ficção. Todos temos algo. Todos podemos auxiliar. Todos podemos servir.

E, consoante a palavra do Mestre, 'o maior na vida será sempre aquele que se fizer o devotado servidor de todos'."


Chico Xavier e Emmanuel
Publicação original: Reformador, julho 1952, p. 158
(Capítulo 6 do livro 'Dinheiro', dos mesmos autores)


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Citação parcial para estudo, e divulgação da obra, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais.


1 Parábola do homem rico
O Evangelho segundo Lucas - Vulgata Clementina
Capítulo 12 - Versículos 16 a 21


"Disse-lhes então esta parábola: O campo de um homem rico tinha dado abundantes frutos; e arrazoava consigo mesmo dizendo: Que farei, que não tenho onde recolher os meus frutos?

E disse: Farei isto: Demolirei os meus celeiros, e os farei maiores; e neles recolherei todas as minhas colheitas e os meus bens. E direi à minha alma: Alma minha, tens muitos bens em depósito para largos anos; descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus disse a este homem: Néscio, esta noite mesmo virão demandar-te tua alma; e as coisas que ajuntaste, para quem serão?

Assim é o que entesoura para si, e não é rico para Deus."


Há imagens desse capítulo, nas seguintes bíblias (links Amazon): 

Padre Antonio Pereira de Figueiredo edição de 1950 

Padre João Ferreira A. d’Almeida, Paullus Editora

A bíblia em francês de Isaac-Louis Le Maistre de Sacy - da qual se serviu Allan Kardec na Codificação

Novum Testamentum Graece 28th revised edition, by Barbara Aland and others




sábado, 26 de junho de 2021

Emmanuel: 'Esforço e Oração'

 “E, despedida a multidão, subiu ao monte a fim de orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.” — (Mateus, 14:23)


“E, despedida a multidão, subiu ao monte a fim de orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.” — (Mateus, 14:23) — "... A criatura que apenas trabalhasse, sem método e sem descanso, acabaria desesperada, em horrível secura do coração; aquela que apenas se mantivesse genuflexa, estaria ameaçada de sucumbir pela paralisia e ociosidade.  A oração ilumina o trabalho, e a ação é como um livro de luz na vida espiritualizada..." - Chico Xavier e Emmanuel, em 'Caminho, Verdade e Vida'
Imagem de Ronald Sanson por Pixabay

"De vez em quando, surgem grupos religiosos que preconizam o absoluto retiro das lutas humanas para os serviços da oração.

Nesse particular, entretanto, o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. O trabalho e a prece são duas características de sua atividade divina.

Jesus nunca se encerrou a distância das criaturas, com o fim de permanecer em contemplação absoluta dos quadros divinos que lhe iluminavam o coração, mas também cultivou a prece em sua altura celestial.

Despedida a multidão, terminado o esforço diário, estabelecia a pausa necessária para meditar, à parte, comungando com o Pai, na oração solitária e sublime.

Se alguém permanece na Terra, é com o objetivo de alcançar um ponto mais alto, nas expressões evolutivas, pelo trabalho que foi convocado a fazer. E, pela oração, o homem recebe de Deus o auxílio indispensável à santificação da tarefa.

Esforço e prece completam-se no todo da atividade espiritual.

A criatura que apenas trabalhasse, sem método e sem descanso, acabaria desesperada, em horrível secura do coração; aquela que apenas se mantivesse genuflexa, estaria ameaçada de sucumbir pela paralisia e ociosidade.

A oração ilumina o trabalho, e a ação é como um livro de luz na vida espiritualizada.

Cuida de teus deveres porque para isso permaneces no mundo, mas nunca te esqueças desse monte, localizado em teus sentimentos mais nobres, a fim de orares “à parte”, recordando o Senhor."


Chico Xavier e Emmanuel, em "Caminho, Verdade e Vida" (Capítulo 6)


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Citação parcial para estudo, e divulgação da obra, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais.




quarta-feira, 23 de junho de 2021

Emmanuel: 'Compaixão'

Amigo leitor:
Solicitou-nos Jesus: “Amai-vos uns aos outros como vos amei.”
'O amor é vida.
E a compaixão é o primeiro degrau de acesso ao amor que Jesus nos legou.'

Emmanuel
Uberaba, 22 de fevereiro de 1993


COMPAIXÃO:  "Compadece-te da terra. Ela produz o pão que te sustenta. Não lhe poluas a grandeza, nem a deixes maltratada.  Compadece-te da mata. Não lhe ateies fogo inútil. Ela é a fábrica generosa do oxigênio que respiras.  Compadece-te da árvore. Ela te alimenta com seus frutos dos quais não se serve e nunca se aproveita.  Compadece-te da fonte. Não lhe atires pedra ou lama. Ela te extingue a sede sem nada pedir em troca.  Compadece-te da erva. Não lhe pises a vida. Provavelmente amanhã dela virá o remédio que te cure.  Compadece-te dos animais. Eles te auxiliam a viver. A abelha faz o mel. A vaca oferta o leite.  Compadece-te da lavoura que te enriquece de grãos. Ela se arregimenta a fim de servir te.  Compadece-te da estrada. Não lhe cries obstáculos, como sejam pedras ou espinhos. Ela é a companheira do trânsito que precisas.  Compadece-te da própria família. Ainda mesmo que encontres junto aos entes amados aqueles que não se afinam contigo, a família é o grupo em que nascestes para auxiliar e ser auxiliado.  Compadece-te de tua habitação. Não a estragues. Seja de mármore ou de taipa, é o recanto que Deus te concedeu para morar.  Compadece-te da lâmpada. Na estrutura de bojo para a luz elétrica, na condição de tocha, lamparina, lampião ou vela, é recurso que te livra da escuridão.  Compadece-te de teu corpo. Não faças dele instrumento para qualquer abuso. Ele é o engenho aperfeiçoado que te serve ao próprio Espírito para que te aprimores.  Compadece-te do jardim. Não lhe tolhas as flores sem necessidade. Elas te embelezam a casa e te perfumam o ambiente.  Compadece-te do teu vizinho. Talvez não te seja amigo íntimo, no entanto, conforme a necessidade agirá junto de ti, qual se te fosse um parente próximo.  Compadece-te de teu pai. Se souberes amá-lo, ser-te-á na Terra o melhor amigo. Ama-o sempre: ele te deu o corpo.  Compadece-te de tua mãe. Ainda que ela não possa ser como desejarias, ei-la na condição de valente heroína, pelas dificuldades e obstáculos que venceu para trazer te à luz!  Compadece-te de teu filho. Hoje ele é teu enlevo e tua esperança, amanhã será o fruto de teus ensinos e o retrato de teus exemplos.  Compadece-te de tua filha. Por traumas de passadas existências, é possível que ela te dê problema e preocupação. Abençoa-lhe a presença: Ela vem de Deus.  Compadece-te dos jovens. Muitos deles, por inexperiência ou ingenuidade, poderão entrar em perigosos enganos, reclamando-te paciência e tolerância. De qualquer modo, recorda que a vida cuidará deles.  Compadece-te de teus irmãos. Perante a Divina Providência todos somos irmãos; entretanto, temos aqueles da consanguinidade. Justo sabermos viver em paz uns com os outros; se alguns deles, porém, fugirem à lealdade fraternal, desculpa-lhes a fraqueza e entrega-os a Deus.  Compadece-te da criança. Seja ela dessa ou daquela procedência, dá-lhe bondade, instrução e conforto. No futuro, ela será o que lhe deres.  Compadece-te do amigo. Guarda profunda estima por aquele que te conquistou a amizade. Em certo momento ele falhou para contigo; perdoa e esquece. Estamos muito longe da perfeição.  Compadece-te do doente. Provavelmente estará ele impaciente e nervoso, auxilia-o com entendimento e compreensão. Não sabes se amanhã serás o enfermo com necessidades semelhantes.  Compadece-te do estrangeiro. Ele estará chegando de terras remotas; não sabe falar em teu idioma, nem te conhece os costumes. Lembra-te, porém, que, diante de Deus, todos somos irmãos.  Compadece-te dos idosos. Auxilia aos idosos, sejam teus parentes ou não. Eles fizeram longa jornada no tempo a fim de fazerem as experiências das quais te aproveitas.  Compadece-te do chefe. Quem te mantém o trabalho para que não te falte o pão de cada dia, espera a tua lealdade e o teu respeito. Ainda mesmo quando errado merece a tua estima e consideração.  Compadece-te do empregado. Não lhe sobrecarregues com cargas e encargos superiores às suas forças. Trata-o com atenção e dá-lhe instruções com bondade. Ele te pede trabalho sem escravidão.  Compadece-te dos errados. Guarda a certeza de que Deus te permite errar a fim de que reconheças a tua fraqueza e imperfeição. Nem todos os errados possuem consciência do que fazem. Lembra-te dos momentos em que te desequilibras sem querer.  Compadece-te dos bons. Auxilia-os para que prossigam fiéis a eles mesmos. Na comunidade humana não existem criaturas infalíveis. Somente Jesus-Cristo e alguns raros heróis da fé viveram sem cair.  Compadece-te dos maus. Na Terra não existem os totalmente bons, nem os totalmente maus. Os maus são vítimas de delírios, cuja origem eles próprios desconhecem. Ante as faltas de qualquer delinquente, seja ele quem for, compadece-te." - Chico Xavier e Emmanuel, em 'Opúsculos' (Capítulo 7)
Imagem de Ronald Sanson por Pixabay

COMPAIXÃO

 
"Compadece-te da terra.
Ela produz o pão que te sustenta. Não lhe poluas a grandeza, nem a deixes maltratada.

Compadece-te da mata.
Não lhe ateies fogo inútil. Ela é a fábrica generosa do oxigênio que respiras.

Compadece-te da árvore.
Ela te alimenta com seus frutos dos quais não se serve e nunca se aproveita.

Compadece-te da fonte.
Não lhe atires pedra ou lama. Ela te extingue a sede sem nada pedir em troca.

Compadece-te da erva.
Não lhe pises a vida. Provavelmente amanhã dela virá o remédio que te cure.

Compadece-te dos animais.
Eles te auxiliam a viver. A abelha faz o mel. A vaca oferta o leite.

Compadece-te da lavoura que te enriquece de grãos.
Ela se arregimenta a fim de servir te.

Compadece-te da estrada.
Não lhe cries obstáculos, como sejam pedras ou espinhos. Ela é a companheira do trânsito que precisas.

Compadece-te da própria família.
Ainda mesmo que encontres junto aos entes amados aqueles que não se afinam contigo, a família é o grupo em que nascestes para auxiliar e ser auxiliado.

Compadece-te de tua habitação.
Não a estragues. Seja de mármore ou de taipa, é o recanto que Deus te concedeu para morar.

Compadece-te da lâmpada.
Na estrutura de bojo para a luz elétrica, na condição de tocha, lamparina, lampião ou vela, é recurso que te livra da escuridão.

Compadece-te de teu corpo.
Não faças dele instrumento para qualquer abuso. Ele é o engenho aperfeiçoado que te serve ao próprio Espírito para que te aprimores.

Compadece-te do jardim.
Não lhe tolhas as flores sem necessidade. Elas te embelezam a casa e te perfumam o ambiente.

Compadece-te do teu vizinho.
Talvez não te seja amigo íntimo, no entanto, conforme a necessidade agirá junto de ti, qual se te fosse um parente próximo.

Compadece-te de teu pai.
Se souberes amá-lo, ser-te-á na Terra o melhor amigo. Ama-o sempre: ele te deu o corpo.

Compadece-te de tua mãe.
Ainda que ela não possa ser como desejarias, ei-la na condição de valente heroína, pelas dificuldades e obstáculos que venceu para trazer te à luz!

Compadece-te de teu filho.
Hoje ele é teu enlevo e tua esperança, amanhã será o fruto de teus ensinos e o retrato de teus exemplos.

Compadece-te de tua filha.
Por traumas de passadas existências, é possível que ela te dê problema e preocupação. Abençoa-lhe a presença: Ela vem de Deus.

Compadece-te dos jovens.
Muitos deles, por inexperiência ou ingenuidade, poderão entrar em perigosos enganos, reclamando-te paciência e tolerância. De qualquer modo, recorda que a vida cuidará deles.

Compadece-te de teus irmãos.
Perante a Divina Providência todos somos irmãos; entretanto, temos aqueles da consanguinidade. Justo sabermos viver em paz uns com os outros; se alguns deles, porém, fugirem à lealdade fraternal, desculpa-lhes a fraqueza e entrega-os a Deus.

Compadece-te da criança.
Seja ela dessa ou daquela procedência, dá-lhe bondade, instrução e conforto. No futuro, ela será o que lhe deres.

Compadece-te do amigo.
Guarda profunda estima por aquele que te conquistou a amizade. Em certo momento ele falhou para contigo; perdoa e esquece. Estamos muito longe da perfeição.

Compadece-te do doente.
Provavelmente estará ele impaciente e nervoso, auxilia-o com entendimento e compreensão. Não sabes se amanhã serás o enfermo com necessidades semelhantes.

Compadece-te do estrangeiro.
Ele estará chegando de terras remotas; não sabe falar em teu idioma, nem te conhece os costumes. Lembra-te, porém, que, diante de Deus, todos somos irmãos.

Compadece-te dos idosos.
Auxilia aos idosos, sejam teus parentes ou não. Eles fizeram longa jornada no tempo a fim de fazerem as experiências das quais te aproveitas.

Compadece-te do chefe.
Quem te mantém o trabalho para que não te falte o pão de cada dia, espera a tua lealdade e o teu respeito. Ainda mesmo quando errado merece a tua estima e consideração.

Compadece-te do empregado.
Não lhe sobrecarregues com cargas e encargos superiores às suas forças. Trata-o com atenção e dá-lhe instruções com bondade. Ele te pede trabalho sem escravidão.

Compadece-te dos errados.
Guarda a certeza de que Deus te permite errar a fim de que reconheças a tua fraqueza e imperfeição. Nem todos os errados possuem consciência do que fazem. Lembra-te dos momentos em que te desequilibras sem querer.

Compadece-te dos bons.
Auxilia-os para que prossigam fiéis a eles mesmos. Na comunidade humana não existem criaturas infalíveis. Somente Jesus-Cristo e alguns raros heróis da fé viveram sem cair.

Compadece-te dos maus.
Na Terra não existem os totalmente bons, nem os totalmente maus. Os maus são vítimas de delírios, cuja origem eles próprios desconhecem. Ante as faltas de qualquer delinquente, seja ele quem for, compadece-te."


Chico Xavier e Emmanuel, em 'Opúsculos' (Capítulo 7)




Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais.



segunda-feira, 21 de junho de 2021

Oração do Solstício de Inverno

Imagem de Ronald Sanson por Pixabay

Deus, hoje é o dia do Solstício de Inverno, agradecemos ao Senhor pela entrada desta nova estação do ano. As chuvas não são tão volumosas quanto as da Primavera e do Verão, que trazem a cor verde aos pastos, matas, parques e florestas. São chuvas frias e lhe agradecemos por ter um lugar para nos abrigar, agasalhos para nos aquecer e alimentos quentes para nutrir nosso corpo.

Pai Amado, devemos nos manter firmes na oração de lhe render graças pelas bênçãos e milagres que opera em nossas vidas, em todas as estações do ano. Devemos nos lembrar de nosso próximo, de nossos irmãos e irmãs, que passam frio e até fome, alguns sequer tem um lugar para se abrigar do frio.

Que a caridade, através do amor, encontre lugar no coração de todos!

São diversas campanhas beneficentes às quais podemos aderir, doando agasalhos e cobertores em bom estado de conservação para aquecer nossos irmãos e irmãs de jornada, que precisam de agasalhos, alimentos, moradia e uma palavra de carinho, amor e afeto.

No período do ano no qual a terra se renova e se revigora, para esperar pela estação das flores, que o calor humano aqueça o coração de todos, e, possamos nos unir para ir ao encontro daqueles que necessitam...

As vezes também o inverno arrefece nossa fé, e devemos estar atentos e vigilantes na oração para que os maus tempos não atinjam também as nossas vidas.

Como nas estações do ano tudo se renova, assim, Senhor, também é conosco. Então, que nos renovemos também na fé, no serviço de auxílio ao próximo e na edificação de nosso próprio Espírito, pois aquecendo e alimentando, também somos aquecidos e alimentados, materialmente e em Espírito.

Que nas horas e dias nos quais o Sol se esconde, e vemos apenas um horizonte cinza, saibamos ver também a beleza do equilíbrio natural e sentir a importância da preservação do meio-ambiente de nossa casa comum. Estes vislumbres da beleza de Tua criação só revigoram e aumentam nossa fé, em Ti e no Cristo, Seu Filho, e no Espírito, que habita igualmente o interior de todos nós.

Que a presença do Cristo, cósmico e universal, como Deus único em nossas vidas, seja o Sol que nos aquece durante o ano inteiro, fazendo nossa alma brilhar nos bons pensamentos e boas vibrações que emanam de Ti.

Deus, Tu és vida, Tu és calor e amor para os nossos corações!

Se o frio chegou, que seja apenas exteriormente. Que possamos nos aquecer e aquecer ao próximo, na fé e na prática da caridade. Pela vida, que se renova a cada dia, e por todas as benesses que nos concede através de Seu amor, lhe somos gratos Senhor.

Por favor, dai-nos a Sua bênção e a Sua proteção, hoje e sempre.

Que assim seja.

 

Autor: Ronald Sanson Stresser Junior


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sexta-feira, 18 de junho de 2021

Orações à Oxum, a Rainha da Água Doce

Oxum, eu te chamo   "Oxum eu te chamo!  Não te chamo por causa de morte.  Não te chamo por causa da doença de alguém.  Te chamo para que tenhamos dinheiro.  Te chamo para que tenhamos filhos.  Te chamo para que tenhamos saúde.  Para que tenhamos uma vida serena.  Para que não sejamos vitimados pela ira das águas."    Pedindo a companhia e proteção de Oxum    "Ora-ie-iê-ô Oxum, salve dourada Senhora da pele de ouro!  Benditas são suas águas, e essas mesmas águas lavam meu ser e me livram do mal.  Oxum, Divina Rainha, bela Orixá, venha a mim, caminhando na Lua Cheia.  Traga, mãe, em suas mãos, os lírios do amor e da paz.  Torna-me doce, sedutor(a), suave, como és.  Mamãe Oxum, me proteja, Orixá.  Faça que o amor seja constante em minha vida.  Que eu possa amar a tudo o que existe.  Me proteja contra as mandingas e feitiçarias.  Daí à mim o néctar de sua doçura e que eu consiga o que desejo.  Mãe do ouro, da beleza e do amor, Senhora do mais puro Axé, valei-me hoje e sempre.  Ora-Ie-Iê-Ô mamãe Oxum!"    Pedindo forças à Oxum    "Dourada é a tua de luz Assim como o ouro que te pertence.  Derrama a tua pureza cristalina, Orixá das águas doces.  Não permitas que neblina alguma Obscureça o meu desejo mais profundo, que é conseguir amor, mais verdadeiro, seguro, eterno e duradouro.  Estás presente nas cachoeiras, que são sagradas por si só.  Portanto, faze com que se apague Todo sentimento se eu sofrer.  Não verterei nenhuma lágrima por aqueles que não me correspondem no amor. Não sofrerei por ninguém que, com mentiras, me faltar com o respeito, porque não permitirás que frieza, inveja ou ciúmes me traiam.  És doce, protetora, Suave e vaidosa, feminina e sedutora.  Ó mãe Oxum! Dá-me o teu axé, dá-me a tua força, dá-me a alquimia como o néctar mais sublime, para eu saber como a respeitar e venerar.  No mel está o teu segredo, que eu saberei utilizar."    Pedindo equilíbrio à Oxum    "Que Oxum me dê serenidade para agir de forma consciente e equilibrada.  Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja que eu possa lutar por um objetivo sem arrependimentos.  Ora-Ie-Iê-Ô mamãe Oxum!"    Fazendo um pedido à Oxum num momento difícil    "Senhora das cachoeira.  Oh! Linda e maravilhosa Oxum!  Afastai de mim todo o mal que no momento me aflige.  Eu te venero e te guardo, oh! Mãe Divina!  Que eu seja abençoado(a) com a tua bondade e justiça.  Que em nome de Olorum muitas vezes aclamas por todos aqueles que te amam.  Peço-te que, neste momento de dor, derrames sobre mim, Oxum, o teu olhar misericordioso.  Que as tuas aguas acalmem a minha pobre alma e que neste momento eu receba a graça que tanto espero.  Que assim seja."    Pedido para Oxum abrir os caminhos    "Oh Mãe Oxum!  Senhora dos rios e cascatas.  Orixá das águas claras que lavam os males do mundo.  Deusa do Amor!  Que o canto de sua águas embale meus sentimentos alimentando meu coração com as vibrações de paz e perdão.  Senhora do ouro, clareia meus caminhos.  Ora-Ie-Iê-Ô mamãe Oxum!"
 Imagem: Fandom Oshun | Gods & Goddess Wiki | Fandom (CC-BY-SA)


Oxum, eu te chamo


"Oxum eu te chamo!

Não te chamo por causa de morte.

Não te chamo por causa da doença de alguém.

Te chamo para que tenhamos dinheiro.

Te chamo para que tenhamos filhos.

Te chamo para que tenhamos saúde.

Para que tenhamos uma vida serena.

Para que não sejamos vitimados pela ira das águas."


Pedindo a companhia e proteção de Oxum


"Ora-ie-iê-ô Oxum, salve dourada Senhora da pele de ouro!

Benditas são suas águas, e essas mesmas águas lavam meu ser e me livram do mal.

Oxum, Divina Rainha, bela Orixá, venha a mim, caminhando na Lua Cheia.

Traga, mãe, em suas mãos, os lírios do amor e da paz.

Torna-me doce, sedutor(a), suave, como és.

Mamãe Oxum, me proteja, Orixá.

Faça que o amor seja constante em minha vida.

Que eu possa amar a tudo o que existe.

Me proteja contra as mandingas e feitiçarias.

Daí à mim o néctar de sua doçura e que eu consiga o que desejo.

Mãe do ouro, da beleza e do amor, Senhora do mais puro Axé, valei-me hoje e sempre.

Ora-Ie-Iê-Ô mamãe Oxum!"


Pedindo forças à Oxum


"Dourada é a tua de luz Assim como o ouro que te pertence.

Derrama a tua pureza cristalina, Orixá das águas doces.

Não permitas que neblina alguma Obscureça o meu desejo mais profundo, que é conseguir amor, mais verdadeiro, seguro, eterno e duradouro.

Estás presente nas cachoeiras, que são sagradas por si só.

Portanto, faze com que se apague Todo sentimento se eu sofrer.

Não verterei nenhuma lágrima por aqueles que não me correspondem no amor. Não sofrerei por ninguém que, com mentiras, me faltar com o respeito, porque não permitirás que frieza, inveja ou ciúmes me traiam.

És doce, protetora, Suave e vaidosa, feminina e sedutora.

Ó mãe Oxum! Dá-me o teu axé, dá-me a tua força, dá-me a alquimia como o néctar mais sublime, para eu saber como a respeitar e venerar.

No mel está o teu segredo, que eu saberei utilizar."


Pedindo equilíbrio à Oxum


"Que Oxum me dê serenidade para agir de forma consciente e equilibrada.

Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja que eu possa lutar por um objetivo sem arrependimentos.

Ora-Ie-Iê-Ô mamãe Oxum!"


Fazendo um pedido à Oxum num momento difícil


"Senhora das cachoeira.

Oh! Linda e maravilhosa Oxum!

Afastai de mim todo o mal que no momento me aflige.

Eu te venero e te guardo, oh! Mãe Divina!

Que eu seja abençoado(a) com a tua bondade e justiça.

Que em nome de Olorum muitas vezes aclamas por todos aqueles que te amam.

Peço-te que, neste momento de dor, derrames sobre mim, Oxum, o teu olhar misericordioso.

Que as tuas aguas acalmem a minha pobre alma e que neste momento eu receba a graça que tanto espero.

Que assim seja."


Pedido para Oxum abrir os caminhos


"Oh Mãe Oxum!

Senhora dos rios e cascatas.

Orixá das águas claras que lavam os males do mundo.

Deusa do Amor!

Que o canto de suas águas embale meus sentimentos alimentando meu coração com as vibrações de paz e perdão.

Senhora do ouro, clareia meus caminhos.

Ora-Ie-Iê-Ô mamãe Oxum!"


(fonte-web:http://povodearuanda.wordpress.com/2007/11/17/oxum-2/ - orações adaptadas)


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terça-feira, 15 de junho de 2021

Coletânea de Preces Espíritas: pelos que já não são da Terra

 'O Evangelho Segundo o Espiritismo', por Allan Kardec
IV. PRECES PELOS QUE JÁ NÃO SÃO DA TERRA

"PRECE — Digna-te, ó meu Deus, de acolher, benévolo, a prece que te dirijo pelo Espírito N… Faze-lhe entrever as claridades divinas e torna-lhe fácil o caminho da felicidade eterna. Permite que os bons Espíritos lhe levem as minhas palavras e o meu pensamento.  Tu, que tão caro me eras neste mundo, escuta a minha voz, que te chama para te oferecer novo penhor da minha afeição. Permitiu Deus que te libertasses antes de mim e eu disso me não poderia queixar sem egoísmo, porquanto fora querer-te sujeito ainda às penas e sofrimentos da vida. Espero, pois, resignado, o momento de nos reunirmos de novo no mundo mais venturoso no qual me precedeste.  Sei que é apenas temporária a nossa separação e que, por mais longa que me possa parecer, a sua duração nada é em face da ditosa eternidade que Deus promete aos seus escolhidos. Que a sua bondade me preserve de fazer o que quer que retarde esse desejado instante e me poupe assim à dor de te não encontrar, ao sair do meu cativeiro terreno.  Oh! quão doce e consoladora é a certeza de que não há entre nós mais do que um véu material que te oculta às minhas vistas! de que podes estar aqui, ao meu lado, a me ver e ouvir como outrora, senão ainda melhor do que outrora; de que não me esqueces, do mesmo modo que eu te não esqueço; de que os nossos pensamentos constantemente se entrecruzam e que o teu sempre me acompanha e ampara.  Que a paz do Senhor seja contigo." O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
Imagem de Adriano Gadini por Pixabay


POR ALGUÉM QUE ACABA DE MORRER

"59. PREFÁCIO  As preces pelos Espíritos que acabam de deixar a Terra não objetivam, unicamente, dar-lhes um testemunho de simpatia: também têm por efeito auxiliar-lhes o desprendimento e, desse modo, abreviar-lhes a perturbação que sempre se segue à separação, tornando-lhes mais calmo o despertar. Ainda aí, porém, como em qualquer outra circunstância, a eficácia está na sinceridade do pensamento e não na quantidade das palavras que se profiram mais ou menos pomposamente e em que, amiúde, nenhuma parte toma o coração. As preces que deste se elevam ressoam em torno do Espírito, cujas ideias ainda estão confusas, como as vozes amigas que nos fazem despertar do sono. (capítulo XXVII, n.° 10.)


60. PRECE — Onipotente Deus, que a tua misericórdia se derrame sobre a alma de N…, a quem acabaste de chamar da Terra. Possam ser-lhe contadas as provas que aqui sofreu, bem como ter suavizadas e encurtadas as penas que ainda haja de suportar na Espiritualidade!

Bons Espíritos que o viestes receber e tu, particularmente, seu anjo guardião, ajudai-o a despojar-se da matéria; dai-lhe luz e a consciência de si mesmo, a fim de que saia presto da perturbação inerente à passagem da vida corpórea para a vida espiritual. Inspirai-lhe o arrependimento das faltas que haja cometido e o desejo de obter permissão para as reparar, a fim de acelerar o seu avanço rumo à vida eterna bem-aventurada.

N…, acabas de entrar no mundo dos Espíritos e, no entanto, presente aqui te achas entre nós; tu nos vês e ouves, por isso que de menos do que havia, entre ti e nós, só há o corpo perecível que vens de abandonar e que em breve estará reduzido a pó.

Despiste o envoltório grosseiro, sujeito a vicissitudes e à morte, e conservaste apenas o envoltório etéreo, imperecível e inacessível aos sofrimentos. Já não vives pelo corpo; vives da vida dos Espíritos, vida essa isenta das misérias que afligem a Humanidade.

Já não tens diante de ti o véu que as nossas vistas oculta os esplendores da vida no Além. Podes, doravante, contemplar novas maravilhas, ao passo que nós ainda continuamos mergulhados em trevas.

Vais, em plena liberdade, percorrer o espaço e visitar os mundos, enquanto nós rastejaremos penosamente na Terra, à qual se conserva preso o nosso corpo material, semelhante, para nós, a pesado fardo.

Diante de ti, vai desenrolar-se o panorama do Infinito e, em face de tanta grandeza, compreenderás a vacuidade dos nossos desejos terrestres, das nossas ambições mundanas e dos gozos fúteis com que os homens tanto se deleitam.

A morte, para os homens, mais não é do que uma separação material de alguns instantes. Do exílio onde ainda nos retém a vontade de Deus, bem assim os deveres que nos correm neste mundo, acompanhar-te-emos pelo pensamento, até que nos seja permitido juntar-nos a ti, como tu te reuniste aos que te precederam.

Não podemos ir onde te achas, mas tu podes vir ter conosco. Vem, pois, aos que te amam e que tu amaste; ampara-os nas provas da vida; vela pelos que te são caros; protege-os, como puderes; suaviza-lhes os pesares, fazendo-lhes perceber, pelo pensamento, que és mais ditoso agora e dando-lhes a consoladora certeza de que um dia estareis todos reunidos num mundo melhor.

Nesse, onde te encontras, devem extinguir-se todos os ressentimentos. Que a eles, daqui em diante, sejas inacessível, a bem da tua felicidade futura! Perdoa, portanto, aos que hajam incorrido em falta para contigo, como eles te perdoam as que tenhas cometido para com eles.


NOTA — Podem acrescentar-se a esta prece, que se aplica a todos, algumas palavras especiais, conforme as circunstâncias particulares de família ou de relações, bem como a posição social que ocupava o defunto.

Se trata-se de uma criança, ensina-nos o Espiritismo que não está ali um Espírito de Criação recente, mas um que já viveu e que pode, mesmo, já ser muito adiantado. Se foi curta a sua última existência, é que não devia passar de uma completação de prova, ou constituir uma prova para os pais. (capítulo V, n.° 21.)


61. OUTRA ¹ — Senhor Onipotente, que a tua misericórdia se estenda sobre os nossos irmãos que acabam de deixar a Terra! Que a tua luz brilhe para eles! Tira-os das trevas; abre-lhes os olhos e os ouvidos! Que os bons Espíritos os cerquem e lhes façam ouvir palavras de paz e de esperança!

Senhor, ainda que muito indignos, ousamos implorar a tua misericordiosa indulgência para este irmão nosso que acaba de ser chamado do exílio. Faze que o seu regresso seja o do filho pródigo. Esquece, ó meu Deus, as faltas que haja cometido, para te lembrares somente do bem que haja praticado. Imutável é a tua justiça, nós o sabemos; mas, imenso é o teu amor. Suplicamos-te que abrandes aquela, na fonte de bondade que emana do teu seio.

Brilhe a luz para os teus olhos, irmão que vens de deixar a Terra! Que os bons Espíritos de ti se aproximem, te cerquem e ajudem a romper as cadeias terrenas! Compreende e vê a grandeza do nosso Senhor: submete-te, sem queixumes, a sua justiça, porém, não desesperes nunca da sua misericórdia. Irmão! que um sério retrospecto do teu passado te abra as portas do futuro, fazendo-te perceber as faltas que deixas para trás e o trabalho cuja execução te incumbe para as reparares! Que Deus te perdoe e que os bons Espíritos te amparem e animem. Por ti orarão os teus irmãos da Terra e pedem que por eles ores.


PELAS PESSOAS A QUEM TIVEMOS AFEIÇÃO ²

62. PREFÁCIO  Que horrenda é a ideia do Nada! Quão de lastimar são os que acreditam que no vácuo se perde, sem encontrar eco que lhe responda, a voz do amigo que chora o seu amigo! Jamais conheceram as puras e santas afeições os que pensam que tudo morre com o corpo; que o gênio, que com a sua vasta inteligência iluminou o mundo; é uma combinação de matéria, que, qual sopro, se extingue para sempre; que do mais querido ente, de um pai, de uma mãe, ou de um filho adorado não restará senão um pouco de pó que o vento irremediavelmente dispersará.

Como pode um homem de coração conservar-se frio a essa ideia? Como não o gela de terror a ideia de um aniquilamento absoluto e não lhe faz, ao menos, desejar que não seja assim? Se até hoje não lhe foi suficiente a razão para afastar de seu espírito quaisquer dúvidas, aí está o Espiritismo a dissipar toda incerteza com relação ao futuro, por meio das provas materiais que dá da sobrevivência da alma e da existência dos seres de além-túmulo. Tanto assim é que por toda a parte essas provas são colhidas com júbilo; a confiança renasce, pois que o homem doravante sabe que a vida terrestre é apenas uma breve passagem conducente a melhor vida; que seus trabalhos neste mundo não lhe ficam perdidos e que as mais santas afeições não se despedaçam sem mais esperanças. (capítulo IV, n.° 18; capítulo V, n.° 21.)


63. PRECE — Digna-te, ó meu Deus, de acolher, benévolo, a prece que te dirijo pelo Espírito N… Faze-lhe entrever as claridades divinas e torna-lhe fácil o caminho da felicidade eterna. Permite que os bons Espíritos lhe levem as minhas palavras e o meu pensamento.

Tu, que tão caro me eras neste mundo, escuta a minha voz, que te chama para te oferecer novo penhor da minha afeição. Permitiu Deus que te libertasses antes de mim e eu disso me não poderia queixar sem egoísmo, porquanto fora querer-te sujeito ainda às penas e sofrimentos da vida. Espero, pois, resignado, o momento de nos reunirmos de novo no mundo mais venturoso no qual me precedeste.

Sei que é apenas temporária a nossa separação e que, por mais longa que me possa parecer, a sua duração nada é em face da ditosa eternidade que Deus promete aos seus escolhidos. Que a sua bondade me preserve de fazer o que quer que retarde esse desejado instante e me poupe assim à dor de te não encontrar, ao sair do meu cativeiro terreno.

Oh! quão doce e consoladora é a certeza de que não há entre nós mais do que um véu material que te oculta às minhas vistas! de que podes estar aqui, ao meu lado, a me ver e ouvir como outrora, senão ainda melhor do que outrora; de que não me esqueces, do mesmo modo que eu te não esqueço; de que os nossos pensamentos constantemente se entrecruzam e que o teu sempre me acompanha e ampara.

Que a paz do Senhor seja contigo.


PELAS ALMAS SOFREDORAS QUE PEDEM PRECES

64. PREFÁCIO  Para se compreender o alívio que a prece pode proporcionar aos Espíritos sofredores, faz-se preciso saber de que maneira ela atua, conforme atrás ficou explicado. (capítulo XXVII, n.° 9, 18 e seguintes.) Aquele que se ache compenetrado dessa verdade ora com mais fervor, pela certeza que tem de não orar em vão.


65. PRECE — Deus clemente e misericordioso, que a tua bondade se estenda por sobre todos os Espíritos que se recomendam às nossas preces e particularmente sobre a alma de N…

Bons Espíritos, que tendes por única ocupação fazer o bem, intercedei comigo pelo alívio deles. Fazei que lhes brilhe diante dos olhos um raio de esperança e que a luz divina os esclareça acerca das imperfeições que os conservam distantes da morada dos bem-aventurados. Abri-lhes o coração ao arrependimento e ao desejo de se depurarem, para que se lhes acelere o adiantamento. Fazei-lhes compreender que, por seus esforços, podem eles encurtar a duração de suas provas.

Que Deus, em sua bondade, lhes dê a força de perseverarem nas boas resoluções!

Possam essas palavras repassadas de benevolência suavizar-lhes as penas, mostrando-lhes que há na Terra seres que deles se compadecem e lhes desejam toda a felicidade.


66. OUTRA — Nós te pedimos, Senhor, que espalhes as graças do teu amor e da tua misericórdia por todos os que sofrem, quer no espaço como Espíritos errantes, quer entre nós como encarnados. Tem piedade das nossas fraquezas. Falíveis nos fizeste, mas dando-nos capacidade para resistir ao mal e vencê-lo. Que a tua misericórdia se estenda sobre todos os que não hão podido resistir aos seus maus pendores e que ainda se deixam arrastar por maus caminhos. Que os bons Espíritos os cerquem; que a tua luz lhes brilhe aos olhos e que, atraídos pelo calor vivificante dessa luz, eles venham prosternar-se a teus pés, humildes, arrependidos e submissos.

Pedimos-te, igualmente, Pai de misericórdia, por aqueles dos nossos irmãos que não tiveram forças para suportar suas provas terrenas. Tu, Senhor, nos deste um fardo a carregar e só aos teus pés temos de o depor. Grande, porém, é a nossa fraqueza e a coragem nos falta algumas vezes no curso da jornada. Compadece-te desses servos indolentes que abandonaram antes da hora o trabalho. Que a tua justiça os poupe, e consente que os bons Espíritos lhes levem alívio, consolações e esperanças no futuro. A perspectiva do perdão fortalece a alma; mostra-a, Senhor, aos culpados que desesperam e, sustentados por essa esperança, eles haurirão forças na grandeza mesma de suas faltas e de seus sofrimentos, a fim de resgatarem o passado e se prepararem a conquistar o futuro.


POR UM INIMIGO QUE MORREU

67. PREFÁCIO  A caridade para com os nossos inimigos deve acompanhá-los ao além-túmulo. Precisamos ponderar que o mal que eles nos fizeram foi para nós uma prova, que há de ter sido propícia ao nosso adiantamento, se a soubemos aproveitar. Pode ter-nos sido, mesmo, de maior proveito do que as aflições puramente materiais, pelo fato de nos haver facultado juntar, à coragem e à resignação, a caridade e o esquecimento das ofensas. (capítulo X, n.° 6; capítulo XII, n.° 5 e 6.)


68. PRECE — Senhor, foi do teu agrado chamar, antes da minha, a alma de N… Perdoo-lhe o mal que me fez e as más intenções que nutriu com referência a mim. Possa ele ter pesar disso, agora que já não alimenta as ilusões deste mundo.

Que a tua misericórdia, meu Deus, desça sobre ele e afaste de mim a ideia de me alegrar com a sua morte. Se incorri em faltas para com ele, que mas perdoe, como eu esqueço as que cometeu para comigo.


POR UM CRIMINOSO

69. PREFÁCIO  Se a eficácia das preces fosse proporcional à extensão delas, as mais longas deveriam ficar reservadas para os mais culpados, porque mais lhes são elas necessárias do que àqueles que santamente viveram. Recusá-las aos criminosos é faltar com a caridade e desconhecer a misericórdia de Deus; julgá-las inúteis, quando um homem haja praticado tal ou qual erro, fora prejulgar a justiça do Altíssimo. (capítulo XI, n.° 14.)


70. PRECE — Senhor, Deus de misericórdia, não repilas esse criminoso que acaba de deixar a Terra. A justiça dos homens o castigou, mas não o isentou da tua, se o remorso não lhe penetrou o coração.

Tira-lhe dos olhos a venda que lhe oculta a gravidade de suas faltas. Possa o seu arrependimento merecer de ti acolhimento benévolo e abrandar os sofrimentos de sua alma! Possam também as nossas preces e a intercessão dos bons Espíritos levar-lhe esperança e consolação; inspirar-lhe o desejo de reparar suas ações más numa nova existência e dar-lhe forças para não sucumbir nas novas lutas em que se empenhar!

Senhor, tem piedade dele!


POR UM SUICIDA

71. PREFÁCIO  Jamais tem o homem o direito de dispor da sua vida, porquanto só a Deus cabe retirá-lo do cativeiro quando o julgue oportuno. Todavia, a justiça divina pode abrandar-lhe os rigores, de acordo com as circunstâncias, reservando, porém, toda a severidade para com aquele que se quis subtrair às provas da vida. O suicida é qual prisioneiro que se evade da prisão, antes de cumprida a pena; quando preso de novo, é mais severamente tratado. O mesmo se dá com o suicida que julga escapar às misérias do presente e mergulha em misérias maiores. (capítulo V, n.° 14 e seguintes.)


72. PRECE — Sabemos, ó meu Deus, qual a sorte que espera os que violam a tua lei, abreviando voluntariamente seus dias; mas, também sabemos que infinita é a tua misericórdia. Digna-te, pois, de estendê-la sobre a alma de N… Possam as nossas preces e a tua comiseração abrandar a acerbidade dos sofrimentos que ele está experimentando, por não haver tido a coragem de aguardar o fim de suas provas.

Bons Espíritos, que tendes por missão assistir os infelizes, tomai-o sob a vossa proteção; inspirai-lhe o pesar da falta que cometeu. Que a vossa assistência lhe dê forças para suportar com mais resignação as novas provas por que haja de passar, a fim de repará-la. Afastai dele os maus Espíritos, capazes de o impelirem novamente para o mal e prolongar-lhe os sofrimentos, fazendo-o perder o fruto de suas futuras provas.

A ti, cuja desdita motiva as nossas preces, nos dirigimos também, para te exprimir o desejo de que a nossa comiseração te diminua o amargor e te faça nascer no íntimo a esperança de melhor porvir! Nas tuas mãos está ele; confia na bondade de Deus, cujo seio se abre a todos os arrependimentos e só se conserva fechado aos corações endurecidos.


PELOS ESPÍRITOS PENITENTES

73. PREFÁCIO  Fora injusto incluir na categoria dos Espíritos maus os sofredores e penitentes, que pedem preces. Podem eles ter sido maus, porém, já não o são, desde que reconhecem suas faltas e as deploram; são apenas infelizes. Já alguns começam mesmo a gozar de relativa felicidade.


74. PRECE — Deus de misericórdia, que aceitas o arrependimento sincero do pecador, encarnado ou desencarnado, aqui está um Espírito que se há comprazido no mal, porém, que reconhece seus erros e entra no bom caminho. Digna-te, ó meu Deus, de recebê-lo como filho pródigo e de lhe perdoar.

Bons Espíritos, doravante ele deseja ouvir a vossa voz, que até hoje desatendeu; permiti-lhe que entreveja a felicidade dos eleitos do Senhor, a fim de que persista no desejo de purificar-se para alcançá-la. Amparai-o em suas boas resoluções e dai-lhe forças para resistir aos seus maus instintos.

Espírito de N… nós te felicitamos pela mudança que em ti se operou e agradecemos aos bons Espíritos que te ajudaram.

Se te comprazias outrora em fazer o mal, é que não compreendias quão doce é o gozo de fazer o bem; também te sentias por demais baixo para esperar consegui-lo. Mas, do momento em que puseste o pé no bom caminho, uma luz nova brilhou aos teus olhos; começaste a gozar de uma felicidade que desconhecias e a esperança te entrou no coração. É que Deus ouve sempre a prece do pecador que se arrepende; não repele a nenhum dos que o buscam.

Para entrares de novo e completamente na sua graça, esforça-te daqui por diante não só para não mais praticares o mal, senão que para fazeres o bem e, sobretudo, reparares o mal que fizeste; terás então satisfeito à justiça de Deus;  cada uma das boas ações que praticares apagará uma das tuas faltas passadas.

Já está dado o primeiro passo; agora, quanto mais avançares no caminho, tanto mais fácil e agradável ele te parecerá. Persevera, pois, e um dia terás a glória de ser contado entre os Espíritos bons e os bem-aventurados.


PELOS ESPÍRITOS ENDURECIDOS

75. PREFÁCIO  Os maus Espíritos são aqueles que ainda não foram tocados de arrependimento; que se deleitam no mal e nenhum pesar por isso sentem; que são insensíveis às reprimendas, repelem a prece e muitas vezes blasfemam do nome de Deus. São essas almas endurecidas que, após a morte, se vingam nos homens dos sofrimentos que suportam, e perseguem com o seu ódio aqueles a quem odiaram durante a vida, quer obsidiando-os, quer exercendo sobre eles qualquer influência funesta. (capítulo X, n.° 6; capítulo XII, n.° 5 e 6.)

Duas categorias há bem distintas de Espíritos perversos: a dos que são francamente maus e a dos hipócritas. Infinitamente mais fácil é reconduzir ao bem os primeiros do que os segundos; aqueles, as mais das vezes, são naturezas brutas e grosseiras, como se nota entre os homens; praticam o mal mais por instinto do que por cálculo e não procuram passar por melhores do que são; há neles, entretanto, um gérmen latente que é preciso fazer desabrochar, o que se consegue quase sempre por meio da perseverança, da firmeza aliada à benevolência, dos conselhos, do raciocínio e da prece. Através da mediunidade, a dificuldade que eles encontram para escrever o nome de Deus n é sinal de um temor instintivo, de uma voz íntima da consciência que lhes diz serem indignos de faze-lo. Nesse ponto estão a pique de converter-se e tudo se pode esperar deles: basta se lhes encontre o ponto vulnerável do coração.

Os Espíritos hipócritas quase sempre são muito inteligentes, mas nenhuma fibra sensível possuem no coração; nada os toca; simulam todos os bons sentimentos para captar a confiança, e felizes se sentem quando encontram tolos que os aceitam como santos Espíritos, pois que possível se lhes torna governá-los à vontade. O nome de Deus, longe de lhes inspirar o menor temor, serve-lhes de máscara para encobrirem suas torpezas. No mundo invisível, como no mundo visível, os hipócritas são os seres mais perigosos, porque atuam na sombra, sem que ninguém disso desconfie; têm apenas as aparências da fé, mas fé sincera, jamais.


76. PRECE. — Senhor, digna-te de lançar um olhar de bondade sobre os Espíritos imperfeitos, que ainda se encontram na treva da ignorância e te desconhecem, particularmente sobre N…

Bons Espíritos, ajudai-nos a fazer-lhe compreender que, induzindo os homens ao mal, obsidiando-os e atormentando-os, ele prolonga os seus próprios sofrimentos; fazei que o exemplo da felicidade de que gozais lhe seja um encorajamento.

Espírito que ainda te comprazes no mal, vem ouvir a prece que por ti fazemos; ela te há de provar que desejamos o teu bem, conquanto faças o mal.

És infeliz, pois não se pode ser feliz fazendo o mal; por que então te conservarás no sofrimento quando de ti depende evitá-lo? Olha os bons Espíritos que te cercam; vê quão ditosos são e se te não seria mais agradável fruir da mesma felicidade.

Dirás que te é impossível; porém, nada é impossível àquele que quer, porquanto Deus te deu, como a todas as suas criaturas, a liberdade de escolher entre o bem e o mal, isto é, entre a felicidade e a infelicidade, e ninguém se acha condenado a praticar o mal. Assim como tens vontade de faze-lo, também podes ter a de fazer o bem e de ser feliz.

Volve para Deus o teu olhar; dirige-lhe por um instante o teu pensamento e um raio da divina luz virá iluminar-te. Dize conosco estas simples palavras: Meu Deus; eu me arrependo, perdoa-me. Tenta arrepender-te e fazer o bem, em vez de fazer o mal, e verás que logo a sua misericórdia descerá sobre ti, que um bem-estar indizível substituirá as angústias que experimentas.

Desde que hajas dado um passo no bom caminho, o resto deste te parecerá fácil de percorrer. Compreenderás então quanto tempo perdeste de felicidade por culpa tua; mas, um futuro radioso e pleno de esperança se abrirá diante de ti e te fará esquecer o teu miserável passado, prenhe de perturbação e de torturas morais, que seriam para ti o inferno, se houvessem de durar eternamente. Dia virá em que essas torturas serão tais que a qualquer preço quererás fazê-las cessar; porém, quanto mais te demorares, tanto mais difícil será isso.

Não creias que permanecerás sempre no estado que te achas; não, que isso é impossível; duas perspectivas tens diante de ti: a de sofreres muitíssimo mais do que tens sofrido até agora e a de seres ditoso como os bons Espíritos que te rodeiam: a primeira será inevitável, se persistires na tua obstinação, quando um simples esforço da tua vontade bastará para te tirar da má situação em que te encontras. Apressa-te, pois, visto que cada dia de demora é um dia perdido para a tua felicidade.

Bons Espíritos, fazei que estas palavras ecoem nessa alma ainda atrasada, a fim de que a ajudem a aproximar-se de Deus. Nós vo-lo pedimos em nome de Jesus-Cristo, que tão grande poder teve sobre os maus Espíritos."


1- Esta prece foi publicada na Revista Espírita de maio de 1863, no artigo referente ao Sr. Philibert Viennois.

2- Esta prece foi ditada a um médium de Bordeaux, na ocasião em que passava pela sua casa o féretro de um desconhecido.

NOTA: Atualmente esse tipo de comunicação mediúnica se obtêm preferencialmente pela psicofonia, mas nos primeiros tempos do Espiritismo era necessário que fosse utilizada a psicografia para não se perder o conteúdo das comunicações recebidas.


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domingo, 13 de junho de 2021

Meimei: 'Prece do Pão', psicografia de Francisco Cândido Xavier

"Senhor!  Entre aqueles que te pedem proteção, estou eu também, servo humilde a quem mandaste extinguir o flagelo da fome.  Partilhando o movimento daqueles que te servem, fiz hoje igualmente o meu giro.  Vi-me frequentemente detido, em lares faustosos, cooperando nas alegrias da mesa farta, mas vi pobres mulheres que me estendiam, debalde, as mãos!…  Vi crianças esquálidas que me olhavam ansiosas, como se estivessem fitando um tesouro perdido.  Encontrei homens tristes, transpirando suor, que me contemplavam, agoniados, rogando, em silêncio, para que lhes socorresse os filhinhos largados ao extremo infortúnio…  Escutei doentes que não precisavam tanto de remédio mas de mim, para que pudessem atender ao estômago torturado!…  Vi a penúria cansada de pranto e reparei, em muito corações desvalidos, mudo desespero por minha causa Entretanto, Senhor, quase sempre estou encarcerado por aquelas mesmas criaturas que te dizem honrar.  Falam em teu nome, confortadas e distraídas na moldura do supérfluo, esquecendo que caminhaste, no mundo, sem reter uma, pedra em que repousar a cabeça.  Elogiam-te a bondade e exaltam-te a glória, sem perceberem, junto delas, seus próprios irmãos fatigados e desnutridos. 10 E, muitas vezes, depois de formosas dissertações em torno de teus ensinos, aprisionam-me em gavetas e armários, quando não me trancam sob a tela colorida de vitrinas custosas ou no recinto escuro dos armazéns.  Ensina-lhes, Senhor, nas lições da caridade, a dividir-me por amor, para que eu não seja motivo à delinquência.  E, se possível, multiplica-me, por misericórdia, outra vez, a fim de que eu possa aliviar todos os famintos da Terra, porque, um dia, Senhor, quando ensinavas o homem a orar, incluíste-me entre as necessidades mais justas da vida, suplicando também a Deus: — “O pão nosso de cada dia dai-nos hoje.”"    Chico Xavier e Meimei
Imagem: Robert Cheaib/Pixabay

"Senhor!

Entre aqueles que te pedem proteção, estou eu também, servo humilde a quem mandaste extinguir o flagelo da fome.

Partilhando o movimento daqueles que te servem, fiz hoje igualmente o meu giro.

Vi-me frequentemente detido, em lares faustosos, cooperando nas alegrias da mesa farta, mas vi pobres mulheres que me estendiam, debalde, as mãos!…

Vi crianças esquálidas que me olhavam ansiosas, como se estivessem fitando um tesouro perdido.

Encontrei homens tristes, transpirando suor, que me contemplavam, agoniados, rogando, em silêncio, para que lhes socorresse os filhinhos largados ao extremo infortúnio…

Escutei doentes que não precisavam tanto de remédio mas de mim, para que pudessem atender ao estômago torturado!…

Vi a penúria cansada de pranto e reparei, em muito corações desvalidos, mudo desespero por minha causa Entretanto, Senhor, quase sempre estou encarcerado por aquelas mesmas criaturas que te dizem honrar.

Falam em teu nome, confortadas e distraídas na moldura do supérfluo, esquecendo que caminhaste, no mundo, sem reter uma, pedra em que repousar a cabeça.

Elogiam-te a bondade e exaltam-te a glória, sem perceberem, junto delas, seus próprios irmãos fatigados e desnutridos. 10 E, muitas vezes, depois de formosas dissertações em torno de teus ensinos, aprisionam-me em gavetas e armários, quando não me trancam sob a tela colorida de vitrinas custosas ou no recinto escuro dos armazéns.

Ensina-lhes, Senhor, nas lições da caridade, a dividir-me por amor, para que eu não seja motivo à delinquência.

E, se possível, multiplica-me, por misericórdia, outra vez, a fim de que eu possa aliviar todos os famintos da Terra, porque, um dia, Senhor, quando ensinavas o homem a orar, incluíste-me entre as necessidades mais justas da vida, suplicando também a Deus: — “O pão nosso de cada dia dai-nos hoje.”"


Chico Xavier e Meimei, em 'O Espírito da Verdade


1- Veja na Amazon: 'O Espírito da Verdade', por  F. C. Xavier, Waldo Vieira e Autores Diversos


'O Evangelho Segundo o Espiritismo'²: Convidar os pobres e os estropiados


"7. Disse também àquele que o convidara: Quando derdes um jantar ou uma ceia, não convideis nem a vossos amigos, nem os vossos irmãos, nem a vossos parentes, nem os vosso vizinhos que forem ricos, para que em seguida não vos convidem a seu turno e assim retribuam o que de vos receberam. — Quando derdes um festim, convidai para ele os pobres, os estropiados, os coxos e os cegos; — e sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir, pois isso será retribuído na ressurreição dos justos.

Um dos que se achavam à mesa, ouvindo essas palavras, disse-lhe: Feliz do que comer do pão no reino de Deus! (São Lucas, capítulo XIV, vv. 12 a 15.)

8. “Quando derdes um festim, disse Jesus, não convideis para ele os vossos amigos, mas os pobres e os estropiados.” Estas palavras, absurdas, se tomadas ao pé da letra, são sublimes, se lhes buscarmos o espírito. Não é possível que Jesus haja pretendido que, em vez de seus amigos, alguém reúna à sua mesa os mendigos da rua. Sua linguagem era quase sempre figurada e, para os homens incapazes de apanhar os delicados matizes do pensamento, precisava servir-se de imagens fortes, que produzissem o efeito de um colorido vivo. O âmago do seu pensamento se revela nesta proposição: “E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir.” Quer dizer que não se deve fazer o bem tendo em vista uma retribuição, mas tão só pelo prazer de o praticar. Usando de uma comparação vibrante, disse: Convidai para os vossos festins os pobres, pois sabeis que eles nada vos podem retribuir; por festins deveis entender, não os repastos propriamente ditos, mas a participação na abundância de que desfrutais.

Todavia, aquela advertência também pode ser aplicada em sentido mais literal. Quantos não convidam para suas mesas apenas os que podem, como eles dizem, fazer-lhes honra, ou, a seu turno, convidá-los! Outros, ao contrário, encontram satisfação em receber os parentes e amigos menos felizes. Ora, quem não os conta entre os seus? Dessa forma, grande serviço, às vezes, se lhes presta, sem que o pareça. Aqueles, sem irem recrutar os cegos e os estropiados, praticam a máxima de Jesus, se o fazem por benevolência, sem ostentação, e sabem dissimular o benefício, por meio de uma sincera cordialidade."


2- Veja na Amazon: 'O Evangelho Segundo o Espiritismo', por Allan Kardec



sexta-feira, 11 de junho de 2021

Emmanuel: 'Prece de Limiar'

"Senhor Jesus!  Laureada pelos avanços da inteligência, a Terra se engalana nos cimos da evolução… A Ciência investiga e alcança as entranhas do mundo físico e os escaninhos do mundo mental.  Estudos, pesquisas, experiências e descobertas desnudam a vida planetária e propõem soluções justas aos problemas da forma; entretanto, Senhor, na retaguarda dessa legião de brilhantes valores do cérebro arrasta-se o comboio das necessidades espirituais.  Do campo de trabalho em que se agitam os militantes menores da renovação falamos nós também, invocando-te a bênção, porque necessitamos da máquina e do cálculo que nos descansem os braços, mas precisamos igualmente, e mais ainda, do equilíbrio e da paz que nos asserenem os corações.  Em tudo te reconhecemos a mão bendita, orientando-nos para o bem.  Sob a tua proteção conseguimos vasculhar ingredientes da Lua, no entanto te rogamos auxílio a fim de aprendermos contigo a atingir o coração de nossos vizinhos; com a tua bondade, que nos deseja a isenção do sofrimento, temos o socorro da anestesia para atravessar a esfogueada ponte da enfermidade, mas te suplicamos apoio a fim de que saibamos perdoar e esquecer todo mal, liberando-nos da dolorosa penalogia da culpa; com a tua supervisão encontramos recursos para transmitir a voz e a imagem a longas distâncias, todavia te imploramos força para criar o pensamento e a palavra edificantes que nos assegurem a felicidade e a paz, uns com os outros; com a tua direção dominamos largas faixas de energias da Natureza, no entanto te solicitamos amparo a fim de que não venhamos a utilizá-las em louvor do ódio e do egoísmo, e sim para a maior extensão do teu reino de harmonia e de amor entre as criaturas.  Senhor, deixa-nos escutar-te ainda o verbo que vara a muralha dos séculos e ensina-nos a discernir o bem do mal, para que o mal não nos arrase os tesouros da vida e do tempo. Tão somente contigo encontraremos a estrada de nossa própria libertação, nos cipoais fulgurantes da frase trajada em louros de superfície com que se pretende hoje, em muitos setores da Terra, afundar-nos o coração nas trevas do materialismo destruidor.  É por isso que oramos, no limiar deste livro¹, rogando-te inspiração e luz para o necessário entendimento de teus ensinos, e assim procedemos, Senhor Jesus, porque todos nós, os filhos da Terra, precisamos de ti."    Chico Xavier e Emmanuel
Imagem: Hubble/NASA - par de galáxias IC 1623, a cerca de 275 milhões de anos-luz de distância da Terra


"Senhor Jesus!

Laureada pelos avanços da inteligência, a Terra se engalana nos cimos da evolução… A Ciência investiga e alcança as entranhas do mundo físico e os escaninhos do mundo mental.

Estudos, pesquisas, experiências e descobertas desnudam a vida planetária e propõem soluções justas aos problemas da forma; entretanto, Senhor, na retaguarda dessa legião de brilhantes valores do cérebro arrasta-se o comboio das necessidades espirituais.

Do campo de trabalho em que se agitam os militantes menores da renovação falamos nós também, invocando-te a bênção, porque necessitamos da máquina e do cálculo que nos descansem os braços, mas precisamos igualmente, e mais ainda, do equilíbrio e da paz que nos asserenem os corações.

Em tudo te reconhecemos a mão bendita, orientando-nos para o bem.

Sob a tua proteção conseguimos vasculhar ingredientes da Lua, no entanto te rogamos auxílio a fim de aprendermos contigo a atingir o coração de nossos vizinhos; com a tua bondade, que nos deseja a isenção do sofrimento, temos o socorro da anestesia para atravessar a esfogueada ponte da enfermidade, mas te suplicamos apoio a fim de que saibamos perdoar e esquecer todo mal, liberando-nos da dolorosa penalogia da culpa; com a tua supervisão encontramos recursos para transmitir a voz e a imagem a longas distâncias, todavia te imploramos força para criar o pensamento e a palavra edificantes que nos assegurem a felicidade e a paz, uns com os outros; com a tua direção dominamos largas faixas de energias da Natureza, no entanto te solicitamos amparo a fim de que não venhamos a utilizá-las em louvor do ódio e do egoísmo, e sim para a maior extensão do teu reino de harmonia e de amor entre as criaturas.

Senhor, deixa-nos escutar-te ainda o verbo que vara a muralha dos séculos e ensina-nos a discernir o bem do mal, para que o mal não nos arrase os tesouros da vida e do tempo. Tão somente contigo encontraremos a estrada de nossa própria libertação, nos cipoais fulgurantes da frase trajada em louros de superfície com que se pretende hoje, em muitos setores da Terra, afundar-nos o coração nas trevas do materialismo destruidor.

É por isso que oramos, no limiar deste livro¹, rogando-te inspiração e luz para o necessário entendimento de teus ensinos, e assim procedemos, Senhor Jesus, porque todos nós, os filhos da Terra, precisamos de ti."


Chico Xavier e Emmanuel

Uberaba, 26 de Fevereiro de 1971


Nota do Médium (Francisco Cândido Xavier): A estrutura de todos os capítulos deste volume (Bênção de Paz¹), com a fixação e organização dos assuntos, foi levada a efeito pelo autor espiritual.


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