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terça-feira, 27 de abril de 2021

Orações Diárias: para todas as religiões, porque Deus é um só

'Orações Diárias: para todos as religiões, porque Deus é um só', é um livro de orações e meditações, escrito com a reunião de preces e pensamentos postados diariamente no microblog @culturaespirita, do Twitter, no período de mais de um ano . . .



Trata-se de obra Espiritualista, ecumênica, escrita por Ronald Sanson, com inspiração dos Bons Espíritos, Guias e Guardiões da humanidade.

São orações diárias, para orar de manhã, à noite, ou a qualquer hora, quando sentir vontade ou necessidade; em gratidão, pedido de graças, bençãos e proteção, ao Cristo Cósmico, Grande Arquiteto e Senhor do Universo...

O livro contém um capítulo especial com orações para datas especiais, reflexões e preces feitas durante a pandemia da Covid-19; pela saúde dos enfermos, força e gratidão aos profissionais de saúde, solidariedade às famílias enlutadas e encaminhamento das almas dos desencarnados...

Sobretudo é um livro de orações em gratidão e pedido de graças a Deus, e ao Universo, por termos, e para que não nos falte saúde, amor, um lugar para morar, alimentos em nossa mesa, ânimo, propósito e alegria para viver...

Ore diariamente e traga mais bênçãos, milagres e bem-aventurança para a sua vida, das pessoas que você ama e ao seu próximo. Ajude a tornar nossa casa comum, que é o planeta Terra, em um lugar melhor para vivermos.

Imante boas vibrações para você, e a presença dos bons Espíritos para lhe instruir, intuir, guiar e proteger contra qualquer tipo de mal, seja ele visível ou invisível. Atraia prosperidade, saúde, paz, luz e bem para sua vida, seu lar, todos e tudo que está ao seu redor.

Mesmo as pessoas mais fortes espiritualmente precisam de oração.











domingo, 25 de abril de 2021

Emmanuel: 'Renovação'

"Ante os conflitos mentais com que somos defrontados, habituamo-nos a falar em desobsessão, liberação, cura espiritual, sedação, socorro magnético e, efetivamente, é impossível negar o valor dessas formas de auxílio.  Cabe-nos, porém, reconhecer que a renovação íntima é o fator básico de todo reequilíbrio nesse sentido.  Daí procede, leitor amigo, a organização deste volume despretensioso, englobando avisos, apelos, comentários e lembretes de irmãos para irmãos, no propósito de estudarmos juntos as nossas próprias necessidades.  Compreendamos que atuar no rendimento do bem de todos; projetar a luz da instrução sobre os labirintos da ignorância; efetuar o próprio burilamento; promover iniciativas de solidariedade; praticar a abnegação e realizar o melhor que possamos fazer de nós, onde estejamos, são alguns dos programas de ação que a todos nós compete.  Por isso mesmo, todos aqueles companheiros da Humanidade que não mais desejam:    zelar pela própria apresentação;  aprender uma lição nova;  multiplicar os interesses de viver;  acentuar estudos para discernir com mais segurança;  partilhar campanhas de educação e beneficência;  aperfeiçoar-se na profissão;  prestar serviço ao próximo;  adaptar-se a novidades construtivas; acompanhar o progresso;  aprimorar expressões e maneiras;  altear ideias e emoções;  ler um livro recente;  adquirir mais cultura;  recomeçar um empreendimento que o fracasso esmagou;  aumentar o número das afeições;  sofrer complicações em favor dos amigos;  criar novos recursos de atividade edificante, em torno de si mesmo.    Todos aqueles, enfim, que desistiram de qualquer transformação na própria senda, renunciando no dever de melhorar-se, mais e sempre, se fazem menos permeáveis ao apoio curativo ou libertador, seja com a intervenção da Ciência ou com o amparo da Religião.  Este livro é, desse modo, um convite a que nos desagarremos das sombras do desânimo ou da inércia, onde surjam, para nos colocarmos todos no encalço das realidades do Espírito, em nós mesmos, recordando a advertência do Mestre Inolvidável: “conhecereis a verdade, e a verdade vos fará livres”¹.   E estejamos convencidos de que marchar para a verdade será sempre transitar para diante nos caminhos do burilamento e do trabalho, da renovação e da luz.    Chico Xavier e Emmanuel, no prefácio de 'Paz e Renovação'

"Ante os conflitos mentais com que somos defrontados, habituamo-nos a falar em desobsessão, liberação, cura espiritual, sedação, socorro magnético e, efetivamente, é impossível negar o valor dessas formas de auxílio.

Cabe-nos, porém, reconhecer que a renovação íntima é o fator básico de todo reequilíbrio nesse sentido.

Daí procede, leitor amigo, a organização deste volume despretensioso, englobando avisos, apelos, comentários e lembretes de irmãos para irmãos, no propósito de estudarmos juntos as nossas próprias necessidades.

Compreendamos que atuar no rendimento do bem de todos; projetar a luz da instrução sobre os labirintos da ignorância; efetuar o próprio burilamento; promover iniciativas de solidariedade; praticar a abnegação e realizar o melhor que possamos fazer de nós, onde estejamos, são alguns dos programas de ação que a todos nós compete.

Por isso mesmo, todos aqueles companheiros da Humanidade que não mais desejam:

zelar pela própria apresentação;

aprender uma lição nova;

multiplicar os interesses de viver;

acentuar estudos para discernir com mais segurança;

partilhar campanhas de educação e beneficência;

aperfeiçoar-se na profissão;

prestar serviço ao próximo;

adaptar-se a novidades construtivas; acompanhar o progresso;

aprimorar expressões e maneiras;

altear ideias e emoções;

ler um livro recente;

adquirir mais cultura;

recomeçar um empreendimento que o fracasso esmagou;

aumentar o número das afeições;

sofrer complicações em favor dos amigos;

criar novos recursos de atividade edificante, em torno de si mesmo.

Todos aqueles, enfim, que desistiram de qualquer transformação na própria senda, renunciando no dever de melhorar-se, mais e sempre, se fazem menos permeáveis ao apoio curativo ou libertador, seja com a intervenção da Ciência ou com o amparo da Religião.

Este livro é, desse modo, um convite a que nos desagarremos das sombras do desânimo ou da inércia, onde surjam, para nos colocarmos todos no encalço das realidades do Espírito, em nós mesmos, recordando a advertência do Mestre Inolvidável: “conhecereis a verdade, e a verdade vos fará livres”¹. 

E estejamos convencidos de que marchar para a verdade será sempre transitar para diante nos caminhos do burilamento e do trabalho, da renovação e da luz.


Chico Xavier e Emmanuel, no prefácio de 'Paz e Renovação'

(Uberaba, 1º de fevereiro de 1970)


1- Citação do Evangelho: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos livrará." Jesus, em João 8:32


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sexta-feira, 23 de abril de 2021

Emmanuel: 'Oração no Templo Espírita'

"A noite de 29 de julho de 1954 foi para nós de gratidão e júbilo. Antevéspera do segundo aniversário de nossa fundação, foi a escolhida para a inauguração da sede definitiva do nosso Grupo, em Pedro Leopoldo.

Instalados então em nossa casa simples, entregamo-nos à alegria íntima, através do serviço habitual, sem qualquer manifestação festiva de ordem exterior.

No término de nossas tarefas, Emmanuel, o nosso benfeitor de sempre, ocupou os recursos psicofônicos do médium e pronunciou a presente oração de agradecimento, que acompanhamos com toda a alma."

 

Instruções recebidas no “Grupo Meimei” e organizadas por Arnaldo Rocha


Imagem: Interior do 'Centro Espírita Meimei', em Pedro Leopoldo, MG. Fundador: Chico Xavier (1952)¹

I


"Senhor Jesus, vimos de longe para agradecer-te a bondade.

Viajantes no tempo, procedemos de Tebas, da Babilônia, de Heliópolis, de Atenas, de Esparta, de Roma…

Tantas vezes, respiramos na grandeza terrestre!…

Petrificados na ilusão, povoamos palácios de orgulho, castelos de soberba, casas solarengas da vaidade e dominamos cruelmente os fracos, desconhecendo a bênção do amor…

Reunidos aqui, hoje, em nosso pouso de fraternidade e oração, rogamos-te força para converter a existência em colaboração contigo!

Nós que temos guerreado e ferido a outrem, imploramos-te, agora, recursos para guerrear as nossas fraquezas e ferir, de rijo, nossas antigas viciações, a fim de que nos transformemos, afinal, em teus servos…

Ajuda-nos a regenerar o coração pela tua Doutrina de Luz, para que estejamos conscientes de nosso mandato.

Para isso, porém, Senhor, faze-nos pequeninos, simples e humildes…

Oleiro Divino, toma em tuas mãos o barro de nossas possibilidades singelas e plasma a nossa individualidade nova, ao calor de tua inspiração, para que, como a fonte, possamos estender sem alarde os dons de tua misericórdia, na gleba de ação em que nos convidas a servir.

Sem tuas mãos, estaremos relegados às nossas próprias deficiências; sem teu amor, peregrinaremos, abandonados à miséria de nós mesmos…

Mestre, cujos ouvidos vigilantes escutam no grande silêncio e cujo coração pulsa, invariável, com todas as necessidades e esperanças, dores e alegrias da Terra, nós te agradecemos pelo muito que nos tens dado e, ainda uma vez, suplicamos-te acréscimo de forças para que não estejamos distraídos…

Senhor, cumpra-se em nós a tua vontade e que a nossa vida seja, enfim, colocada a teu serviço, agora e sempre…


II


"Houve expressivo interregno na comunicação do amigo espiritual. Em seguida, modificando a inflexão de voz, como se estivesse retirando o próprio sentimento da invocação a Jesus para entrar em familiaridade conosco, passou a dirigir-nos a palavra, em tom mais íntimo, continuando:"


"E a vós, meus amigos, com quem misturamos nossas lágrimas de regozijo e reconhecimento, dirigimos também nosso apelo!…

Achamo-nos em nova casa de trabalho…

Quantas vezes temos visto, no curso dos milênios, colunas aparentemente gloriosas transubstanciadas em pó, albergando ilusões que nos arremessaram ao charco das zonas inferiores!…

Nós que temos caminhado sobre os nossos próprios ídolos mortos, na insignificância da nossa condição de hoje, atentemos para a magnitude das nossas obrigações, aprendendo, por fim, a humildade, para não trairmos a confiança recebida…

Cessem para sempre em nós a impulsividade e a crítica, o egoísmo e a crueldade, porque toda a nossa grandeza terrena do pretérito foi bem miserável, restando-nos tão somente a felicidade de estender mãos fervorosas ao Mestre Divino, para que ele nos ampare e renove…

Em nosso novo templo, sentimos a simplicidade reconquistada para que nos disponhamos ao espírito de serviço.

Prevaleça, então, em nós a compreensão fraternal cada vez mais ampla! que o amor do Cristo nos governe os atos de cada dia, através da bondade e da paciência incessantes…

Convosco temos aprendido a alegria de confiar e servir e, nas horas escuras ou claras, agradáveis ou difíceis, temos sido ao vosso lado, não o orientador que nunca fomos, mas sim o companheiro e o irmão que podemos ser…

Nessa posição, estaremos em vossa companhia, cultivando o ideal de nossa transformação em Cristo Jesus.

Aprendamos, enfim, a dar de nós mesmos, em esperança e boa vontade, trabalho e suor, tudo aquilo que constitui nossa própria vida, a benefício dos outros, para entrarmos na posse da Vida Abundante, reservada aos que se rendem à cooperação com a Providência Divina!…

Partilham-nos a prece deste momento não apenas aqueles que se constituíram associados de nossa presente tarefa espiritual, mas também velhos amigos, dentre os quais avultam sacerdotes, guerreiros, juízes, legisladores, legionários, combatentes, intérpretes de leis humanas e inúmeras almas queridas que, em outro tempo, vitimadas pelos próprios enganos, desceram conosco ao despenhadeiro de lutas expiatórias!…

Todos, de armas ensarilhadas, desejamos atualmente para nós a espada do Cristo, a cruz, cuja lâmina, em se voltando para baixo, nos ensina que o trilho de paz e renunciação é o único capaz de conduzir-nos à verdadeira ressurreição.

Convosco lutamos, contando com o vosso concurso no trabalho constante do bem, pelo qual, um dia, nascerá a nossa comunhão perfeita com a luz divina.

Meus amigos, em nome de quantos oram conosco e de quantos esperam por nós, reiteramos o nosso profundo reconhecimento ao Senhor, implorando-lhe auxílio em socorro de nossas necessidades e levando-lhe igualmente a certeza de que perseveraremos no esforço de nossa regeneração, até o fim."


Chico Xavier e Emmanuel, em "Instruções Psicofônicas"


1- Interior do 'Centro Espírita Meimei': Rua Benedito Valadares, 61 f, em Pedro Leopoldo, MG. Fundado por Francisco Cândido Xavier, em 31 de julho de 1952 -  Detalhe de foto postada no site: meimeipedroleopoldo.com.br



quarta-feira, 21 de abril de 2021

Neio Lúcio: 'Oração dos Jovens' (Psicografada por Chico Xavier)

"Mestre Amado!  Aceita-nos o coração em teu serviço, e, Senhor, não nos deixes sem a tua lição.  Ensina-nos a obedecer na extensão do bem, para que saibamos administrar para a glória da vida.  Corrige-nos o entusiasmo, a fim de que a paixão inferior não nos destrua.  Modera-nos a alegria, afastando-nos do prazer vicioso.  Retifica-nos o descanso, para que a ociosidade não nos domine.  Auxilia-nos a gastar o Tesouro das Horas, distanciando-nos das trevas do Dia Perdido.  Inspira-nos a coragem, sustando-nos a queda nos perigos da precipitação.  Orienta-nos a defesa do Bem, do Direito e da Justiça, a fim de que não nos convertamos em simples joguetes da maldade e da indisciplina.  Dirige-nos os impulsos, para que a nossa força não seja mobilizada pelo mal.  Ilumina-nos o entendimento, de modo a nos curvarmos, felizes, ante as sugestões da Experiência e da Sabedoria, a fim de que a humildade nos preserve contra as sombras do orgulho.  Senhor Jesus, nosso Valoroso Mestre, ajuda-nos a estar contigo, tanto quanto estás conosco!  Assim seja." - Chico Xavier e Neio Lúcio, em "Alvorada Cristã"
Imagem: Dim Hou/Pixabay - Legendas: Blog Orações e Magia


"Mestre Amado!

Aceita-nos o coração em teu serviço, e, Senhor, não nos deixes sem a tua lição.

Ensina-nos a obedecer na extensão do bem, para que saibamos administrar para a glória da vida.

Corrige-nos o entusiasmo, a fim de que a paixão inferior não nos destrua.

Modera-nos a alegria, afastando-nos do prazer vicioso.

Retifica-nos o descanso, para que a ociosidade não nos domine.

Auxilia-nos a gastar o Tesouro das Horas, distanciando-nos das trevas do Dia Perdido.

Inspira-nos a coragem, sustando-nos a queda nos perigos da precipitação.

Orienta-nos a defesa do Bem, do Direito e da Justiça, a fim de que não nos convertamos em simples joguetes da maldade e da indisciplina.

Dirige-nos os impulsos, para que a nossa força não seja mobilizada pelo mal.

Ilumina-nos o entendimento, de modo a nos curvarmos, felizes, ante as sugestões da Experiência e da Sabedoria, a fim de que a humildade nos preserve contra as sombras do orgulho.

Senhor Jesus, nosso Valoroso Mestre, ajuda-nos a estar contigo, tanto quanto estás conosco!

Assim seja."


Francisco Cândido Xavier e Neio Lúcio (Espírito), em "Alvorada Cristã"




segunda-feira, 19 de abril de 2021

Maria Dolores: 'Vida e Triunfo' (Psicografia de Chico Xavier)

O médium Francisco Cândido Xavier nos deixou milhares de páginas edificantes. Segurando uma pena, um lápis ou uma caneta, sua mão deslisava sobre as folhas de papel, escrevendo dia e noite, sem parar. 

Dentre tantas dezenas de milhares de páginas, nas quais tinta e grafite se transmudaram em Luz, talvez esta seja uma que mais nos transmite positividade, uma das mais belas mensagens de nossa irmã espiritual Maria Dolores.

No texto transmitido por ela, ao grande médium brasileiro, podemos entender como a vida gira em perfeita harmonia com a natureza... Como há beleza na persistência em seguir, com fé, o caminho do bem. A importância de continuar caminhando, com passos firmes, na senda que nos leva a uma vida vivida com mais alegria, plenitude, propósito e amor.

'Vida e Triunfo' nos mostra, em singelos seis parágrafos, o poder de resiliência, que todos temos dentro de nós. Na breve leitura e meditação, entendemos como a provação nos serve de estímulo ao trabalho, incansável, em benefício da coletividade e à própria evolução. O texto é na verdade uma oração, em gratidão a Deus e ao Universo, pelas benção e milagres que operam em nossas vidas.

Seguindo e confiando na Lei Maior, todos temos plena condição de triunfar e vencer na vida! Que Deus nos abençoe, a todos nós e a nossa casa comum.

Ronald Sanson


Vida e Triunfo    “Quem disse, coração, que a prova te agrilhoa?  Que não tens condições para fazer o bem?  Olha a terra em que estás, maravilhosa e boa,  Sustentando e brunindo a força que a mantém!…    A árvore entrega ao vento as próprias folhas mortas,  O rio lança ao mar os detritos do mundo.  Muitas vezes, a flor com que te reconfortas  Vem de semente, ao léu, no pântano profundo…    Verte o ouro aos filões ocultos no cascalho.  O brilhante mais puro foi carvão.  Sob o trator, a gleba é um cântico do trabalho,  Acalentando, humilde, a luz da evolução.    Não te digas inútil, nem te rales  Em assuntos hostis de azedume e tristeza;  Segue, deixando ao longe amarguras e males,  A estrada é um festival de esplendor e beleza!…    Nada se perde. A dor é o berço da alegria,  gelo unicamente é ausência de calor,  Tudo o que foge à lei, de novo, se inicia,  Tudo a vida refaz nas gradações do amor.    Ampara, ama, abençoa!… Agindo e crendo, avança!…  Caridade irmana, o Bem constrói a paz!…  Deus te envia ao caminho as asas da esperança,  Esquece-te a servir, confia e vencerás!…”    Chico Xavier e Maria Dolores - São Paulo, 3 de outubro de 1984
Imagem: Phan Minh Cuong/Pixabay - Legendas: e-magia

Vida e Triunfo


Quem disse, coração, que a prova te agrilhoa?

Que não tens condições para fazer o bem?

Olha a terra em que estás, maravilhosa e boa,

Sustentando e brunindo a força que a mantém!…


A árvore entrega ao vento as próprias folhas mortas,

O rio lança ao mar os detritos do mundo.

Muitas vezes, a flor com que te reconfortas

Vem de semente, ao léu, no pântano profundo…


Verte o ouro aos filões ocultos no cascalho.

O brilhante mais puro foi carvão.

Sob o trator, a gleba é um cântico do trabalho,

Acalentando, humilde, a luz da evolução.


Não te digas inútil, nem te rales

Em assuntos hostis de azedume e tristeza;

Segue, deixando ao longe amarguras e males,

A estrada é um festival de esplendor e beleza!…


Nada se perde. A dor é o berço da alegria,

gelo unicamente é ausência de calor,

Tudo o que foge à lei, de novo, se inicia,

Tudo a vida refaz nas gradações do amor.


Ampara, ama, abençoa!… Agindo e crendo, avança!…

Caridade irmana, o Bem constrói a paz!…

Deus te envia ao caminho as asas da esperança,

Esquece-te a servir, confia e vencerás!…


Chico Xavier e Maria Dolores

São Paulo, 3 de outubro de 1984


Essa mensagem foi publicada originalmente em 1993 pela U.E.M.

É a 34ª lição da 2ª parte do livro “Chico Xavier — Mandato de amor




sábado, 17 de abril de 2021

Chico Xavier e José Silvério Horta (Monsenhor Horta): 'Prece'

"Louvado sejas, Senhor,  Na glória do Lar Celeste,  Pelos bens que nos trouxeste,  No Evangelho redentor.  Na tarefa renovada  Que o teu olhar nos consente,  De espírito reverente,  Clamamos por teu amor.    Pobres cegos que fugimos  Da luz a que nos elevas,  Nossa oração rompe as trevas,  Escuta-nos, Mestre, e vem…  Retifica-nos o passo  Para a estrada corrigida,  Sustentando-nos a vida,  Na força do Eterno Bem.    Dá-nos, Jesus, tua bênção,  Que nos consola e levanta…  Que a tua doutrina santa  Vibre pura e viva em nós!  Faze, Senhor, que nós todos,  Na caminhada incessante,  Cada dia, cada instante,  Possamos ouvir-te a voz.    Ampara-nos a esperança,  Socorre-nos a pobreza,  Liberta nossa alma presa  Do erro e da imperfeição!…  Mestre excelso da verdade,  Hoje e sempre, em toda parte,  Ensina-nos a guardar-te,  No templo do coração."    Francisco C. Xavier e Monsenhor Horta, em "Antologia dos Imortais"(1ª Parte)
Imagem: Adriano Gadini/Pixabay - Legendas: e-magia


"Louvado sejas, Senhor,

Na glória do Lar Celeste,

Pelos bens que nos trouxeste,

No Evangelho redentor.

Na tarefa renovada

Que o teu olhar nos consente,

De espírito reverente,

Clamamos por teu amor.


Pobres cegos que fugimos

Da luz a que nos elevas,

Nossa oração rompe as trevas,

Escuta-nos, Mestre, e vem…

Retifica-nos o passo

Para a estrada corrigida,

Sustentando-nos a vida,

Na força do Eterno Bem.


Dá-nos, Jesus, tua bênção,

Que nos consola e levanta…

Que a tua doutrina santa

Vibre pura e viva em nós!

Faze, Senhor, que nós todos,

Na caminhada incessante,

Cada dia, cada instante,¹

Possamos ouvir-te a voz.


Ampara-nos a esperança,

Socorre-nos a pobreza,

Liberta nossa alma presa

Do erro e da imperfeição!…²

Mestre excelso da verdade,

Hoje e sempre, em toda parte,

Ensina-nos a guardar-te,

No templo do coração."


Francisco C. Xavier e Monsenhor Horta, em "Antologia dos Imortais" (1ª Parte)


Notas:

José Silvério Horta — Foi sacerdote em sua última existência, soube ser humilde e bom, admirado por suas grandes virtudes. Em 1881 — segundo informa Francisco Horta, de cuja obra Monsenhor Horta (esboço biográfico) extraímos os dados aqui alinhados — é que começou a sua ascensão ao sacerdócio católico, até ser elevado à dignidade de Monsenhor, tendo exercido altas funções na diocese de Mariana. Deixou várias composições poéticas, como “Caminho do Céu”, “Vozes do Crente”, “Ave Maria!…”, etc., todas impregnadas de unção religiosa.

Estância de Monte Alegre, Município de Mariana, Minas Gerais, 20 de Junho de 1859.

Mariana, 31 de Março de 1933.

1- Epímone — “Nome dado à FIGURA que resulta quando se repete enfaticamente a mesma palavra,…” (Geir Campos, Peq. Dic. de Arte Poética)

2- Ler assim este verso: “Do/ er/ro e/ da im/per/fei/ção”



quinta-feira, 15 de abril de 2021

Meimei: 'Oração das Mães' (Psicografada por Chico Xavier)

"Senhor:  Abriste-me o próprio seio e confiaste-me os filhos do teu amor.  Não me deixes sozinha na estrada a percorrer.  Nas horas de alegria, dá-me temperança.  Nos dias de sofrimento, sê minha força.  Ajuda-me a governar o coração para que meu sentimento não mutile as asas dos anjos tenros que me deste; e adoça-me o raciocínio para que a minha devoção afetiva não se converta em severidade arrasadora.  Defende-me contra o egoísmo para que a minha ternura não se transforme em prisão daqueles que asilaste em meus braços.  Ensina-me a corrigir com amor, para que eu não possa trair o mandato de abnegação que depuseste em meu Espírito.  Nos minutos difíceis, inclina-me à renúncia com que devo iluminar o trilho daqueles que me cercam.  Senhor, auxilia-me a tudo dar sem nada receber.  Mostra-me os horizontes eternos de Tua Graça, para que os desejos da carne não me encarcerem nas sombras.  Pai, sou também tua filha!  Guia-me nos caminhos escuros, a fim de que eu saiba conduzir ao Infinito Bem os promissores rebentos de Tua Glória.  Senhor, não me desampares!  Quando a Tua Sabedoria exigir o depósito de bênçãos com que me adornaste a estrada por empréstimo sublime, dá-me o necessário desapego para que eu te restitua as jóias vivas de meu coração, com serenidade e alegria; e quando a vida me impuser, em Teu Nome, o desprendimento e a solidão, reaquece minh'alma ao calor de Teu Carinho Celeste para que eu venere a Tua Vontade para sempre.  Assim seja."    Francisco Cândido Xavier e Meimei, em "Relicário de Luz"
Imagem: Jose Antonio Alba/pixabay - Legendas: e-magia

"Senhor:

Abriste-me o próprio seio e confiaste-me os filhos do teu amor.

Não me deixes sozinha na estrada a percorrer.

Nas horas de alegria, dá-me temperança.

Nos dias de sofrimento, sê minha força.

Ajuda-me a governar o coração para que meu sentimento não mutile as asas dos anjos tenros que me deste; e adoça-me o raciocínio para que a minha devoção afetiva não se converta em severidade arrasadora.

Defende-me contra o egoísmo para que a minha ternura não se transforme em prisão daqueles que asilaste em meus braços.

Ensina-me a corrigir com amor, para que eu não possa trair o mandato de abnegação que depuseste em meu Espírito.

Nos minutos difíceis, inclina-me à renúncia com que devo iluminar o trilho daqueles que me cercam.

Senhor, auxilia-me a tudo dar sem nada receber.

Mostra-me os horizontes eternos de Tua Graça, para que os desejos da carne não me encarcerem nas sombras.

Pai, sou também tua filha!

Guia-me nos caminhos escuros, a fim de que eu saiba conduzir ao Infinito Bem os promissores rebentos de Tua Glória.

Senhor, não me desampares!

Quando a Tua Sabedoria exigir o depósito de bênçãos com que me adornaste a estrada por empréstimo sublime, dá-me o necessário desapego para que eu te restitua as jóias vivas de meu coração, com serenidade e alegria; e quando a vida me impuser, em Teu Nome, o desprendimento e a solidão, reaquece minh'alma ao calor de Teu Carinho Celeste para que eu venere a Tua Vontade para sempre.

Assim seja."


Francisco Cândido Xavier e Meimei, em "Relicário de Luz"



segunda-feira, 12 de abril de 2021

André Luiz: 'Prece à Infinita Misericórdia' (Prece de Alexandre)

"Senhor, sejam para o teu coração misericordioso  Todas as nossas alegrias, esperanças e aspirações!  Ensina-nos a executar teus propósitos desconhecidos,  Abre-nos as portas de ouro das oportunidades do serviço  E ajuda-nos a compreender a tua vontade!…    Seja o nosso trabalho a oficina sagrada de bênçãos infinitas,  Converte-nos as dificuldades em estímulos santos,  Transforma os obstáculos da senda em renovadas lições…    Em teu nome,  Semearemos o bem onde surjam espinhos do mal,  Acenderemos tua luz onde a treva demore,  Verteremos o bálsamo do teu amor onde corra o pranto do sofrimento,  Proclamaremos tua bênção onde haja condenações,  Desfraldaremos tua bandeira de paz junto às guerras do ódio!…    Senhor,  Dá que possamos servir-te  Com a fidelidade com que nos amas,  E perdoa nossas fragilidades e vacilações na execução de tua obra.    Fortifica-nos o coração  Para que o passado não nos perturbe e o futuro não nos inquiete,  A fim de que possamos honrar-te a confiança no dia de hoje,  Que nos deste  Para a renovação permanente até à vitória final.    Somos tutelados na Terra,  Confundidos na lembrança  De erros milenários,  Mas queremos, agora,  Com todas as forças d'alma,  A nossa libertação em teu amor para sempre!    Arranca-nos do coração as raízes do mal,  Liberta-nos dos desejos inferiores,  Dissipa as sombras que nos obscurecem a visão de teu Plano divino  E ampara-nos para que sejamos servos leais de tua infinita sabedoria!    Dá-nos o equilíbrio de tua lei,  Apaga o incêndio das paixões que, por vezes,  Irrompe, ainda,  No âmago de nossos sentimentos,  Ameaçando-nos a construção da espiritualidade superior.    Conserva-nos em tua inspiração redentora,  No ilimitado amor que nos reservaste  E que, integrados no teu trabalho de aperfeiçoamento incessante,  Possamos atender-te os sublimes desígnios,  Em todos os momentos,  Convertendo-nos em servidores fiéis de tua luz, para sempre!    Assim seja."    Chico Xavier, André Luiz e Alexandre
Imagem: Joshua_seajw92/Pixabay - Legendas: e-magia

"Senhor, sejam para o teu coração misericordioso

Todas as nossas alegrias, esperanças e aspirações!

Ensina-nos a executar teus propósitos desconhecidos,

Abre-nos as portas de ouro das oportunidades do serviço

E ajuda-nos a compreender a tua vontade!…


Seja o nosso trabalho a oficina sagrada de bênçãos infinitas,

Converte-nos as dificuldades em estímulos santos,

Transforma os obstáculos da senda em renovadas lições…


Em teu nome,

Semearemos o bem onde surjam espinhos do mal,

Acenderemos tua luz onde a treva demore,

Verteremos o bálsamo do teu amor onde corra o pranto do sofrimento,

Proclamaremos tua bênção onde haja condenações,

Desfraldaremos tua bandeira de paz junto às guerras do ódio!…


Senhor,

Dá que possamos servir-te

Com a fidelidade com que nos amas,

E perdoa nossas fragilidades e vacilações na execução de tua obra.


Fortifica-nos o coração

Para que o passado não nos perturbe e o futuro não nos inquiete,

A fim de que possamos honrar-te a confiança no dia de hoje,

Que nos deste

Para a renovação permanente até à vitória final.


Somos tutelados na Terra,

Confundidos na lembrança

De erros milenários,

Mas queremos, agora,

Com todas as forças d'alma,

A nossa libertação em teu amor para sempre!


Arranca-nos do coração as raízes do mal,

Liberta-nos dos desejos inferiores,

Dissipa as sombras que nos obscurecem a visão de teu Plano divino

E ampara-nos para que sejamos servos leais de tua infinita sabedoria!


Dá-nos o equilíbrio de tua lei,

Apaga o incêndio das paixões que, por vezes,

Irrompe, ainda,

No âmago de nossos sentimentos,

Ameaçando-nos a construção da espiritualidade superior.


Conserva-nos em tua inspiração redentora,

No ilimitado amor que nos reservaste

E que, integrados no teu trabalho de aperfeiçoamento incessante,

Possamos atender-te os sublimes desígnios,

Em todos os momentos,

Convertendo-nos em servidores fiéis de tua luz, para sempre!


Assim seja."


Chico Xavier, André Luiz e Alexandre, em "Missionários da Luz"




sexta-feira, 9 de abril de 2021

Emmanuel: 'Na Oração'

 "Senhor, ensina-nos a orar…" — (Lucas 11:1)¹


"A prece, nos círculos do Cristianismo, caracteriza-se por gradação infinita em suas manifestações, porque existem crentes de todos os matizes nos vários cursos da fé.  Os seguidores inquietos reclamam a realização de propósitos inconstantes.  Os egoístas exigem a solução de caprichos inferiores.  Os ignorantes do bem chegam a rogar o mal para o próximo.  Os tristes pedem a solidão com ociosidade.  Os desesperados suplicam a morte.  Inúmeros beneficiários do Evangelho imploram isso ou aquilo, com alusão à boa marcha dos negócios que lhes interessam a vida física. Em suma, buscam a fuga. Anelam somente a distância da dificuldade, do trabalho, da luta digna.  Jesus suporta, paciente, todas as fileiras de candidatos do seu serviço, de sua iluminação, estendendo-lhes mãos benignas, tolerando-lhes as queixas descabidas e as lágrimas inaceitáveis.  Todavia, quando aceita alguém no discipulado definitivo, algo acontece no íntimo da alma contemplada pelo Senhor.  Cessam as rogativas ruidosas.  Acalmam-se os desejos tumultuários.  Converte-se a oração em trabalho edificante.  O discípulo nada reclama. E o Mestre, respondendo-lhe às orações, modifica-lhe a vontade, todos os dias, alijando-lhe do pensamento os objetivos inferiores.  O coração unido a Jesus é um servo alegre e silencioso. Disse-lhe o Mestre: Levanta-te e segue-me.² E ele ergueu-se e seguiu."    Chico Xavier e Emmanuel, em "Caminho, Verdade e Vida"
Imagem: Pixabay - Legendas: e-magia

"A prece, nos círculos do Cristianismo, caracteriza-se por gradação infinita em suas manifestações, porque existem crentes de todos os matizes nos vários cursos da fé.

Os seguidores inquietos reclamam a realização de propósitos inconstantes.

Os egoístas exigem a solução de caprichos inferiores.

Os ignorantes do bem chegam a rogar o mal para o próximo.

Os tristes pedem a solidão com ociosidade.

Os desesperados suplicam a morte.

Inúmeros beneficiários do Evangelho imploram isso ou aquilo, com alusão à boa marcha dos negócios que lhes interessam a vida física. Em suma, buscam a fuga. Anelam somente a distância da dificuldade, do trabalho, da luta digna.

Jesus suporta, paciente, todas as fileiras de candidatos do seu serviço, de sua iluminação, estendendo-lhes mãos benignas, tolerando-lhes as queixas descabidas e as lágrimas inaceitáveis.

Todavia, quando aceita alguém no discipulado definitivo, algo acontece no íntimo da alma contemplada pelo Senhor.

Cessam as rogativas ruidosas.

Acalmam-se os desejos tumultuários.

Converte-se a oração em trabalho edificante.

O discípulo nada reclama. E o Mestre, respondendo-lhe às orações, modifica-lhe a vontade, todos os dias, alijando-lhe do pensamento os objetivos inferiores.

O coração unido a Jesus é um servo alegre e silencioso. Disse-lhe o Mestre: Levanta-te e segue-me.² E ele ergueu-se e seguiu."


Chico Xavier e Emmanuel, em "Caminho, Verdade e Vida" (167)


1- Lucas 11:1

"Certo dia Jesus estava orando em determinado lugar. Tendo terminado, um dos seus discípulos lhe disse: 'Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou aos discípulos dele'."


2- Lucas 9:9

"E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu."



quarta-feira, 7 de abril de 2021

Jesus, Espírito de pureza perfeita e imaculada (por J. B. Roustaing)


"Jesus, Espírito de pureza perfeita e imaculada, cuja perfeição se perde na noite das eternidades, protetor e governador do vosso planeta, a cuja formação presidiu, é estranho e anterior às gerações humanas que o tem sucessivamente habitado.

Apareceu na terra (já o sabeis, desde que vos revelamos a sua origem espírita) com um corpo fluídico, de natureza perispirítica, visível e tangível sob a aparência da corporeidade humana, por efeito de incorporação segundo as leis dos mundos superiores, apropriadas aos fluidos ambientes que servem para a formação dos seres terrenos. 

Esse segredo de além-túmulo (também o sabeis) não devia ser revelado, conhecido, antes do tempo determinado pelo Senhor, antes da época atual, em que se inicia a era nova do Espiritismo e em que os progressos realizados vos tornaram capazes de receber essa revelação.

Não vos preocupeis com o ter Jesus de Nazaré contado, aos olhos dos Hebreus, aos olhos dos homens, este ou aquele patriarca entre os seus antepassados carnais. Percorrei-lhe a genealogia espiritual e remontareis a Deus, criador, imediato e único, de tudo que é puro e perfeito.

Demais, nenhuma atenção merece essa genealogia humana atribuída a Jesus por exigências da época. Destituída de interesse, ela em nada influi nos fatos constitutivos da missão messiânica, nem na obra de regeneração da vossa humanidade, executada pelo desempenho dessa missão.


Qual então a razão de ser da genealogia humana atribuída a Jesus?


Compreendei bem a necessidade que há de se materializarem os fatos para os tornar acessíveis à matéria. Preciso era, naquela época, que se usasse para com os homens de uma linguagem que pudesse ser compreendida e sobre tudo escutada, em um meio que fora preparado desde muitos séculos.

Segundo as tradições hebraicas e as interpretações dadas às profecias da lei antiga, o libertador prometido, o Cristo, havia de nascer em Belém, tendo por pai um descendente de David, sendo, pois, ele próprio, pela descendência, um filho de David.

A grande obra da redenção estava preparada desde a origem tradicional dos tempos, sem que o homem o percebesse, nas condições sucessivamente apropriadas às épocas e às inteligências. 

Para a execução dessa grande obra, Maria e José, Espíritos perfeitos, este, porém, menos elevado do que aquele, nenhum dos dois puro desde o início, ambos inferiores, portanto, a Jesus, Maria e José, dizíamos, encarnaram, cada um num meio depurado, com o encargo de auxiliarem o Messias na sua missão terrena. A pureza de Maria e de José não podia compadecer-se com um meio impuro. Cada um, por isso, escolheu uma família que lhe fora de antemão preparada, composta igualmente de Espíritos superiores, se bem que menos elevados do que os deles."


Jean Baptiste Roustaing, em "Os Quatro Evangelhos" (Tomo I, Item 55)

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domingo, 4 de abril de 2021

Homilia de São João Crisóstomo pela Ressureição de Cristo

Homilia de Páscoa de São João Crisóstomo   "Quem tiver piedade e amor a Deus, regozije-se nesta gloriosa e brilhante festa. Quem for servo bom, entre e alegre-se no gozo de seu Senhor. Quem suportou a fadiga do jejum, receba agora a recompensa; quem trabalhou desde a primeira hora, receba hoje o seu justo salário.  Quem veio após a terceira hora, festeje com gratidão. Quem chegou após a sexta hora, entre sem hesitar, porque não será renegado. Quem atrasou-se até a nona hora, venha sem receio e medo. Quem chegou somente na décima primeira hora, não tenha medo por causa de sua demora, porque o Senhor é generoso. Acolhe o último como o primeiro; remunera o operário da décima primeira hora como o da primeira; cobre um com sua misericórdia e outro com sua graça; é generoso com um e ao outro concede; aceita as obras e abençoa a intenção, recompensa o trabalho e louva a boa vontade. Entrai pois todos no gozo de nosso Senhor. Primeiros e ultimos, recebei a recompensa; ricos e pobres, alegrai-vos juntos; justos e pecadores, honrai este dia; os que jejuaram e os que não jejuaram, regozijai-vos uns com os outros; a mesa é farta; saciai-vos á vontade; o vitelo é gordo, que ninguém se retire com fome; participem todos do banquete da fé, que todos recebam a riqueza da graça; que ninguém se constranja da pobreza, porque o reino universal foi proclamado; que ninguém chore por causa de seus pecados, porque o perdão jorrou do túmulo.  Que ninguém tema a morte, porque a morte do Salvador nos libertou a todos. O salvador destruiu a morte, quando a ela se submeteu; despojou o inferno quando nele desceu. o inferno tocou seu corpo e foi aniquilado. Foi isto que profetizou Izaias, exclamando: o inferno ficou aflito ao encontrar-te; aflito, pois foi arruinado; aflito e menosprezado; foi executado e menosprezado; aflito pois foi subjugado. Agarrou um corpo e encontrou um Deus; apossou-se da terra e achou-se diante do céu. Pegou o que viu, e caiu naquilo que não viu. Onde está o teu aguilhão, ó morte! Onde está a tua vitória, ó inferno?  Cristo ressuscitou e foste arrasado; Cristo ressuscitou, e os espíritos malignos foram vencidos; Cristo ressuscitou e os anjos rejubilam-se; Cristo ressuscitou e a vida foi restituída; Cristo ressuscitou e não ficou mais nenhum morto no túmulo, porque Cristo pela sua ressureição dos mortos tornou-se primaz dentre os mortos. A Ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Assim seja!"


"Quem tiver piedade e amor a Deus, regozije-se nesta gloriosa e brilhante festa.

Quem for servo bom, entre e alegre-se no gozo de seu Senhor.

Quem suportou a fadiga do jejum, receba agora a recompensa; quem trabalhou desde a primeira hora, receba hoje o seu justo salário. 

Quem veio após a terceira hora, festeje com gratidão.

Quem chegou após a sexta hora, entre sem hesitar, porque não será renegado.

Quem atrasou-se até a nona hora, venha sem receio e medo.

Quem chegou somente na décima primeira hora, não tenha medo por causa de sua demora, porque o Senhor é generoso. Acolhe o último como o primeiro; remunera o operário da décima primeira hora como o da primeira; cobre um com sua misericórdia e outro com sua graça; é generoso com um e ao outro concede; aceita as obras e abençoa a intenção, recompensa o trabalho e louva a boa vontade.

Entrai pois todos no gozo de nosso Senhor. Primeiros e últimos, recebei a recompensa; ricos e pobres, alegrai-vos juntos; justos e pecadores, honrai este dia; os que jejuaram e os que não jejuaram, regozijai-vos uns com os outros; a mesa é farta; saciai-vos á vontade; o vitelo é gordo, que ninguém se retire com fome; participem todos do banquete da fé, que todos recebam a riqueza da graça; que ninguém se constranja da pobreza, porque o reino universal foi proclamado; que ninguém chore por causa de seus pecados, porque o perdão jorrou do túmulo.

Que ninguém tema a morte, porque a morte do Salvador nos libertou a todos. O salvador destruiu a morte, quando a ela se submeteu; despojou o inferno quando nele desceu. o inferno tocou seu corpo e foi aniquilado. Foi isto que profetizou Izaias, exclamando: o inferno ficou aflito ao encontrar-te; aflito, pois foi arruinado; aflito e menosprezado; foi executado e menosprezado; aflito pois foi subjugado. Agarrou um corpo e encontrou um Deus; apossou-se da terra e achou-se diante do céu. Pegou o que viu, e caiu naquilo que não viu. Onde está o teu aguilhão, ó morte! Onde está a tua vitória, ó inferno?

Cristo ressuscitou e foste arrasado; Cristo ressuscitou, e os espíritos malignos foram vencidos; Cristo ressuscitou e os anjos rejubilam-se; Cristo ressuscitou e a vida foi restituída; Cristo ressuscitou e não ficou mais nenhum morto no túmulo, porque Cristo pela sua ressureição dos mortos tornou-se primaz dentre os mortos.

A Ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Assim seja!"


Recomendado: livros sobre a Ressureição de Cristo...



sexta-feira, 2 de abril de 2021

Augusto dos Anjos: 'Homem-verme' (Psicografia de Chico Xavier)

E o lápis-relâmpago de Chico Xavier continua a deslizar, veloz, sobre o papel. E veio-nos mais este soneto inconfundível do poeta do “Eu”... 


"Se o homem faz dele mesmo um verme, ele não deve se queixar quando é pisado" - Immanuel Kant (Augusto dos Anjos: 'Homem-verme' - Psicografia de Chico Xavier)

"Desolação. Terror e morticínio.

O homem sôfrego e bruto, de ânsia em ânsia,

Sofre agora a sinistra ressonância

De sua inclinação para o extermínio.


É o doloroso e trágico domínio

Do «homo homini lupus» da ignorância.¹

Exaltando a vaidade sem substância,

Ídolo podre sobre o esterquilínio.


Por toda a parte, escorre o sangue horrível,

Ao crepitar de rúbidos incêndios,

Sobre a ideia cristã medrando em germe.


Em quase tudo, o pântano terrível,

De lodo e lama, em sombra e vilipêndios,

Atestando as vitórias do homem-verme!"


Francisco Cândido Xavier e Augusto dos Anjos, em "Luz na Escola" (3)


Notas:

1- A expressão latina homo homini lupus, significa “o homem é um lobo para o homem”.

Essa mensagem foi também publicada pela FEB, é o 25º soneto do 15º capítulo do livro “Parnaso de Além-Túmulo