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sexta-feira, 9 de abril de 2021

Emmanuel: 'Na Oração'

 "Senhor, ensina-nos a orar…" — (Lucas 11:1)¹


"A prece, nos círculos do Cristianismo, caracteriza-se por gradação infinita em suas manifestações, porque existem crentes de todos os matizes nos vários cursos da fé.  Os seguidores inquietos reclamam a realização de propósitos inconstantes.  Os egoístas exigem a solução de caprichos inferiores.  Os ignorantes do bem chegam a rogar o mal para o próximo.  Os tristes pedem a solidão com ociosidade.  Os desesperados suplicam a morte.  Inúmeros beneficiários do Evangelho imploram isso ou aquilo, com alusão à boa marcha dos negócios que lhes interessam a vida física. Em suma, buscam a fuga. Anelam somente a distância da dificuldade, do trabalho, da luta digna.  Jesus suporta, paciente, todas as fileiras de candidatos do seu serviço, de sua iluminação, estendendo-lhes mãos benignas, tolerando-lhes as queixas descabidas e as lágrimas inaceitáveis.  Todavia, quando aceita alguém no discipulado definitivo, algo acontece no íntimo da alma contemplada pelo Senhor.  Cessam as rogativas ruidosas.  Acalmam-se os desejos tumultuários.  Converte-se a oração em trabalho edificante.  O discípulo nada reclama. E o Mestre, respondendo-lhe às orações, modifica-lhe a vontade, todos os dias, alijando-lhe do pensamento os objetivos inferiores.  O coração unido a Jesus é um servo alegre e silencioso. Disse-lhe o Mestre: Levanta-te e segue-me.² E ele ergueu-se e seguiu."    Chico Xavier e Emmanuel, em "Caminho, Verdade e Vida"
Imagem: Pixabay - Legendas: e-magia

"A prece, nos círculos do Cristianismo, caracteriza-se por gradação infinita em suas manifestações, porque existem crentes de todos os matizes nos vários cursos da fé.

Os seguidores inquietos reclamam a realização de propósitos inconstantes.

Os egoístas exigem a solução de caprichos inferiores.

Os ignorantes do bem chegam a rogar o mal para o próximo.

Os tristes pedem a solidão com ociosidade.

Os desesperados suplicam a morte.

Inúmeros beneficiários do Evangelho imploram isso ou aquilo, com alusão à boa marcha dos negócios que lhes interessam a vida física. Em suma, buscam a fuga. Anelam somente a distância da dificuldade, do trabalho, da luta digna.

Jesus suporta, paciente, todas as fileiras de candidatos do seu serviço, de sua iluminação, estendendo-lhes mãos benignas, tolerando-lhes as queixas descabidas e as lágrimas inaceitáveis.

Todavia, quando aceita alguém no discipulado definitivo, algo acontece no íntimo da alma contemplada pelo Senhor.

Cessam as rogativas ruidosas.

Acalmam-se os desejos tumultuários.

Converte-se a oração em trabalho edificante.

O discípulo nada reclama. E o Mestre, respondendo-lhe às orações, modifica-lhe a vontade, todos os dias, alijando-lhe do pensamento os objetivos inferiores.

O coração unido a Jesus é um servo alegre e silencioso. Disse-lhe o Mestre: Levanta-te e segue-me.² E ele ergueu-se e seguiu."


Chico Xavier e Emmanuel, em "Caminho, Verdade e Vida" (167)


1- Lucas 11:1

"Certo dia Jesus estava orando em determinado lugar. Tendo terminado, um dos seus discípulos lhe disse: 'Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou aos discípulos dele'."


2- Lucas 9:9

"E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu."



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