1. Há guardiães espirituais que te apoiam a existência no Plano físico e há tutores da alma que te protegem a vida mesmo na Terra.
2. Frequentemente, centralizas a atenção nos poderosos do dia, sem ver os companheiros anônimos que te ajudam na garantia do pão.
3. Admiras os artistas renomados que dominam nos cartazes da imprensa e esqueces facilmente os braços humildes que te auxiliam a plasmar, no santuário da própria alma, as obras primas da esperança e da paciência.
4. Aplaudes os heróis e tribunos que se agigantam nas praças; todavia, não te recordas daqueles que te sustentaram a infância, de modo a desfrutares as oportunidades que hoje te felicitam.
5. Ouves, em êxtase, a biografia de vultos famosos e quase nunca te dispões a conhecer a grandeza silenciosa de muitos daqueles que te rodeiam, na intimidade doméstica, invariavelmente dispostos a te estenderem generosidade e carinho.
6. Homenageia, sim, os que te acenam dos pedestais que conquistaram, merecidamente, à custa, de inteligência e trabalho;
7. contudo, reverencia também aqueles que talvez nada te falem e que muito fizeram e ainda fazem por ti, muitas vezes ao preço de sacrifícios pungentes.
8. São eles pais e mães que te guardaram o berço, professores que te clarearam o entendimento, amigos que te guiaram à fé e irmãos que te ensinaram a confiar e servir…
9. Vários deles jazem agora, na retaguarda, acabrunhados e encanecidos, experimentando agoniada carência de afeto ou sentindo o frio do entardecer;
10. alguns prosseguem obscuros e devotados, no amparo às gerações que retomam a lide terrestre, enquanto outros muitos, embora enrugados e padecentes, quais cireneus do caminho, carregam as cruzes dos semelhantes.
11. Pensa nesses anjos desconhecidos que se ocultam na armadura da carne, e, de quando em quando, unge-lhes o coração de reconhecimento e alegria.
12. Para isso, não desejam transfigurar-se em fardos nos teus ombros. Quase sempre, esperam de ti, simplesmente, leve migalha das sobras que atiras pela janela ou uma frase de estímulo, uma prece ou uma flor."
Justiça Divina |
Chico Xavier e Emmanuel, em "Justiça divina"
(Reunião pública de 24 de novembro de 1961)
Fonte: trecho do livro "Justiça Divina", ditado pelo Espírito Emmanuel ao Médium Francisco Cândido Xavier (Capítulo 76: 'Anjos Desconhecidos') - citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais - Imagem: Citação de Emmanuel do vv. 1 do texto acima: 'Anjos Desconhecidos' (CC-BY-2.0)
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