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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A MULHER



Uma questão espiritual. Contra a obsessão, é preciso ter um espírito forte, força de vontade.

Nem sempre os fenômenos da obsessão e desobsessão são agradáveis à assistência, mas eles são muitas vezes necessários, não só para que a assistência verifique a ação psíquica maléfica, agindo sobre as criaturas de espírito descontrolado, indefesas, como também para servirem de exemplo àqueles que se deixam facilmente avassalar. É isso uma questão espiritual. 

Quando uma criatura se sente mal ou presume que vai se sentir mal e começa a sentir os fenômenos íntimos de atuação, se ela possui um espírito de vontade forte, reage, não se entrega, está em si essa reação e em ninguém mais. O espírito encarnado só se entrega aos obsessores quando quer; quando ele não quer e, sobretudo, quando ele tem a noção do ridículo, quando ele não quer fazer figura triste, ele reage e não fica atuado e empolgado pelos obsessores. Está, portanto, na criatura o deixar-se atuar ou não.

Há criaturas que, por se irritarem e desconhecerem a ação do astral inferior, são tomadas de surpresa e isto ainda se desculpa; mas há outras criaturas que fazem da atuação um hábito e esse hábito é mau e perigoso, além de revelar um ser um tanto displicente. Aprendam, portanto, a reagir, porque médiuns são todos os seres; médiuns são o próprio cavalo e o cão; mas a mediunidade só tem expansão e só há guarida quando se quer. A léria de que é preciso desenvolver a mediunidade para que as criaturas se curem de ataques e de atuações nós não a admitimos.

O que é preciso é a criatura esclarecer-se, isso sim, porque o desenvolver a mediunidade não lhe dá garantia nenhuma. É preciso que ela saiba que, se possui mediunidade mais desenvolvida do que outras pessoas, a sua obrigação é esclarecer-se bem para saber se conter, para saber estar em todo e qualquer lugar, sem se deixar atuar. Sabendo conter-se, não se deixando empolgar –porque as atuações são um veículo para atração dos espíritos inferiores e, portanto, dos causadores da obsessão – não chegará à representação de papéis tristes. A atuação é um mal, e as criaturas quando se irritam são quase sempre avassaladas. 

Evitar, portanto, o avassalamento e a irritação é a obrigação de todas as criaturas. A criatura deve saber se conter, deve impor-se às obsessões com toda a energia. É uma questão de educação espiritual e nada mais. É por isso que nós recomendamos àqueles que têm enfermos psíquicos, ou criaturas que se deixam atuar, que saibam ser enérgicos, que saibam se impor com calma e energia, e é com essa calma e essa energia imposta a tais criaturas que se consegue a normalização dos enfermos da alma.


Vir às nossas Sessões, passar pelas limpezas psíquicas é necessário, mas também é necessário que a criatura reaja, para não se deixar avassalar novamente, não se habituar a ser atuada, porque é bastante incômodo e nada elegante, e, infelizmente, são as senhoras que mais se prestam a esse papel. Nós sabemos que é bem desagradável esse dever para as criaturas que possuem enfermos psíquicos, mas têm elas por obrigação impor-se às criaturas enfermas, fazendo-as criar energia, brio, para que saibam se conter, para que saibam se dominar e vencerem a si mesmas, a fim de saberem, sobretudo, pôr em ação a sua vontade somente para o bem, não se deixando atuar, pois podem deixar de o fazer se o quiserem. 

Basta se reeducarem, basta terem uma vida normal, evitar tudo que as possa prejudicar, quer moral, quer espiritualmente, tendo o tempo sempre ocupado, não se irritando, criando um ambiente de calma e de tranqüilidade, procurando ter disciplina, tendo o seu espírito sempre ocupado com coisas úteis, vivendo uma vida sã, produtiva e jamais levar vida displicente.

Todos podem ser felizes, todos podem levar uma vida normal, uma vez que tenham as suas distrações, trabalhando, lutando, mas procurando dar ao espírito aquilo de que ele carece para se manter sempre em equilíbrio, raciocinando com acerto, e não se entregando a espíritos obsessores, transformando o lar num inferno, causando intranqüilidades, desgraças e dissabores constantes. Aprendam a ser mulheres, tenham a coragem e o valor necessários para saberem se conter, para saberem se conduzir na vida, porque a mulher muito pode fazer em prol da humanidade. É a mulher que muitas vezes concorre para a sua desgraça e infelicidade, causando também a infelicidade e a desgraça do seu homem, por não saber se dominar, por não saber se conter, e daí, as preocupações, os desgostos, e assim, não pode ser feliz um lar, mas, sim e somente, infeliz.

Não se admite a infidelidade do homem ou da mulher, mas há mulheres que concorrem para essa infidelidade, para a sua própria desgraça, por não saberem tratar do seu corpo convenientemente, a fim de serem mulheres sadias, tornando o lar feliz. Todo homem tem prazer em lutar, em ganhar para dar conforto ao lar quando possui uma mulher zeladora do seu lar, cuidadosa e carinhosa para com o marido e os filhos. A mulher deve ter brio, deve procurar ser mulher na extensão máxima do termo, procurando construir a felicidade, que muitas vezes está nas suas mãos, mas a deixa fugir com as suas fraquezas e debilidades, o que não se admite. Aprendam, portanto, a ser mulheres, saibam ser fortes, procurem ter coragem, procurem ser aquilo que devem ser, para poderem ser criaturas equilibradas."
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Fonte: LUIZ DE MATTOS - CLÁSSICOS DO RACIONALISMO CRISTÃO - Volume 1 - 2ª edição - Centro Redentor - Rio de Janeiro - 2001. - Outras obras do Autor: Pela Verdade, 9ª ed. - Vibrações da Inteligência Universal, 9ª edição.

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