Ao ler esta obra, você estará entrando num mundo que deve ser sentido, explorado e vivido e que tem a intenção de faze-lo evoluir na sabedoria do conhecimento Divino. A busca de um homem por sua alma perdida nas transgressões à Lei Divina. Um nobre rico e poderoso, mas extremamente cruel, paga pelos seus atos.
A história narra a saga de um poderoso barão, que se casa com uma jovem ainda virgem. Durante a noite de núpcias o barão não percebe sangramento algum no defloramento de sua esposa e concluí, erroneamente, que ela não era mais virgem. O fato leva o barão a um sentimento de ódio, ele sente-se traído pela jovem que acabara de desposar, enlouquecendo. O ciúme e a ira levam-no a arquitetar um plano diabólico. Usando um jovem escravo o barão faz com que sua mulher seja surpreendida em seu quarto na companhia do negro. Na presença de amigos o barão mata o escravo, desonrando e expulsando a jovem inocente somente com a roupa do corpo.
Após anos de uma vida repleta de amarguras o barão morre, mas não se dá conta, pois continua a sentir-se como se estivesse vivo. Ele se vê sendo velado, enterrado e preso dentro de sua sepultura, sentindo dor, sentindo-se como se estivesse enterrado vivo. O barão pode ver e sentir os vermes comendo seu corpo e toda espécie de bicho peçonhento invadindo seu túmulo.
Seu corpo na morte se converte em sua prisão, julgado pelos vivos e condenado pelos mortos... Em desespero constante, durante anos e anos, o barão fica cada vez mais apavorado. Ele reza mas suas preces não são ouvidas, até que uma entidade poderosa vem lhe fazer uma visita. Esta figura de caveira, vestindo uma capa preta, lhe propõe um pacto. Sem saída e desesperado o barão acaba aceitando a proposta da entidade, ali inicia-se uma nova etapa em sua vida pós morte, como escravo das trevas. O barão agora não é mais dono do seu destino, deve seguir e cumprir as ordens daqueles que o libertaram de seu caixão.
Mas a luz dissipa as trevas, das trevas nasce a luz!
O Guardião da Meia-Noite é, sem dúvida, um dos mais belos trabalhos já realizados por Rubens Saraceni, um marco na literatura espiritualista, tendo se tornado um clássico no genero. Para quem conhece a filosofia oriental e esotérica, é surpreendente a exatidão com que os conceitos espirituais são apresentados: "Luz e Trevas são os dois lados do Criador" ~ "A maior pirâmide não prescinde da menor de suas pedras".
Ler e recitar o Salmo 31 ajuda a conquistar liberdade, eliminar falhas e aumentar o amor dentro do coração. Este salmo tem o poder de auxiliar no esclarecimento de eventuais dúvidas, aumentando a confiança em Deus, trazendo perseverança e estabilidade àqueles que tem fé.
Salmo 31
1. Em ti, Senhor, me refugio; nunca seja eu envergonhado; livra-me pela tua justiça!
2. Inclina para mim os teus ouvidos, livra-me depressa! Sê para mim uma rocha de refúgio, uma casa de defesa que me salve!
3. Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza; pelo que, por amor do teu nome, guia-me e encaminha-me.
4. Tira-me do laço que me armaram, pois tu és o meu refúgio.
5. Nas tuas mãos entrego o meu espírito; tu me remiste, ó Senhor, Deus da verdade.
6. Odeias aqueles que atentam para ídolos vãos; eu, porém, confio no Senhor.
7. Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois tens visto a minha aflição. Tens conhecido as minhas angústias,
8. e não me entregaste nas mãos do inimigo; puseste os meus pés num lugar espaçoso.
9. Tem compaixão de mim, ó Senhor, porque estou angustiado; consumidos estão de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu corpo.
10. Pois a minha vida está gasta de tristeza, e os meus anos de suspiros; a minha força desfalece por causa da minha iniqüidade, e os meus ossos se consomem.
11. Por causa de todos os meus adversários tornei-me em opróbrio, sim, sobremodo o sou para os meus vizinhos, e horror para os meus conhecidos; os que me vêem na rua fogem de mim.
12. Sou esquecido como um morto de quem não há memória; sou como um vaso quebrado.
13. Pois tenho ouvido a difamação de muitos, terror por todos os lados; enquanto juntamente conspiravam contra mim, maquinaram tirar-me a vida.
14. Mas eu confio em ti, ó Senhor; e digo: Tu és o meu Deus.
15. Os meus dias estão nas tuas mãos; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos que me perseguem.
16. Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo; salva-me por tua bondade.
17. Não seja eu envergonhado, ó Senhor, porque te invoco; envergonhados sejam os ímpios, emudeçam no Seol.
18. Emudeçam os lábios mentirosos, que falam insolentemente contra o justo, com arrogância e com desprezo.
19. Oh! quão grande é a tua bondade, que guardaste para os que te temem, a qual na presença dos filhos dos homens preparaste para aqueles que em ti se refugiam!
20. No abrigo da tua presença tu os escondes das intrigas dos homens; em um pavilhão os ocultas da contenda das línguas.
21. Bendito seja o Senhor, pois fez maravilhosa a sua bondade para comigo numa cidade sitiada.
22. Eu dizia no meu espanto: Estou cortado de diante dos teus olhos; não obstante, tu ouviste as minhas súplicas quando eu a ti clamei.
23. Amai ao Senhor, vós todos os que sois seus santos; o Senhor guarda os fiéis, e retribui abundantemente ao que usa de soberba.
24. Esforçai-vos, e fortaleça-se o vosso coração, vós todos os que esperais no Senhor.
Nanã é a mãe primeira de toda humanidade, conforme a lenda o homem após várias tentativas de usar diversos materiais, foi feito do barro «lodo primordial das matérias na crosta terrestre», e soprado a vida em suas narinas por Oxalá, sendo que a única restrição de Nanã foi para quando este homem morresse a sua matéria seria devolvida aos seus domínios. É sincretizada com Sant’Ana; a avó de Jesus , dona das águas paradas, das chuvas e dos pântanos, ela decanta em seus domínios toda as matérias impuras dos homens, preparando assim a limpeza do espírito para próxima reencarnação.
É um Orixá feminino de origem daomeana; dependendo da região e do dialeto Nanã é conhecida por uma série de nomes, entretanto em Dahomey «hoje Benin, país da região ocidental da África», mais especificamente na cidade de Domê onde está localizado seu principal templo, é conhecida como Nanã Buruku ou Nanã Burukê.
Ela representa o dogbê «vida» e a doku «morte». Segundo conta a lenda Nanã acolhe em seu ventre os ghedes «mortos» e os prepara para o leko «renascimento». Essa dualidade é representada por Nanã nos pântanos e águas profundas, seus domínios, nos quais a mistura da água «vida» e da terra «morte», forma o lodo. O pântano, o lodo ou a lama, foi o local escolhido por Nanã como local de aglutinação de sua vibratória cósmica original aqui na Terra. O elemento de Nanã serve como um portal entre as dimensões dos encarnados e a dos desencarnados.
Nanã Burukê é uma Orixá ancestral e aparece em diversos mitos como co-criadora do mundo «no mesmo patamar de Oxalá e de Olorum». É uma das esposas de Oxalá «ao lado de Iemanjá» e em muitas regiões brasileiras recebe o carinhoso apelido de Vovó. Tem como atributos a fecundidade, a riqueza e o ciclo de morte e renascimento. Conhecida como "Senhora dos Pantanos", Nanã é a Grande Mãe, responsável pelo sopro da vida e consequentemente a morte. Seu domínio é a lama, mistura de terra e água que simboliza a origem da vida. No sincretismo religioso, está associada a Santa Ana, mãe de Maria.
Nanã sempre conduz os seres humanos com muita seriedade, justiça e determinação. Seus cânticos são súplicas para que a morte seja mantida afastada e que a vida seja preservada. Nanã está sempre no principio de tudo, estando ligada ao aspecto da formação das questões humanas, de um indivíduo e sua essência; é relacionada também, frequentemente, aos abismos, tomando então o caráter do inconsciente, dos atavismos humanos. O Axé da vibratória cósmica original de Nanã ainda pode ser encontrado no uso das cerâmicas, iniciado durante o período neolítico, momento em que o homem começou a se desenvolver culturalmente.
No Brasil, os escravos africanos introduziram com muito êxito suas divindades, como a Deusa Nanã, Oyá, Oxum, dentre outras de matriz africana. Essas religiões, originárias no continente mãe, incluem a possessão por parte dos deuses, conhecida popularmente como incorporação. Quando Nanã se manifesta é saudada pelos gritos de Salúbã!
O culto de iniciação dos "filhos" de Nanã, no Candomblé, requer uma série de cuidados especiais, tanto aqui no Brasil como na África. Durante um período é necessário abster-se de sexo, bebidas alcoólicas, qualquer tipo de droga ou vício. Nesse período são realizados vários "ebós" na casa do santo. Na África as mulheres menstruadas são impedidas de entrar em seu templo ou fazer comida de santo. Segundo a tradição do Candomblé, Nanã fala que a bogami «menstruação» é sangue impuro, proibindo as mulheres de cozinharem para seus maridos quando estiverem menstruadas.
Nanã Buruku
Nanã Buruku está associada com as Onze Energias cósmicas e é íntima delas compreendidas na religião da Umbanda. É denominada como a "Avó de todos os Orixás". Nada acontece sem que ela tenha conhecimento, sempre presente, desde a criação incessante do universo até o desenrolar contínuo da atividade existencial de todos os seres e elementos que compõem o organismo vivo do nosso planeta. Soma-se com outras Energias para, juntas, comporem a forma mais sutil e perspicaz Orixá: Oxumaré que personifica a curva do arco-íris.
Na Umbanda, Nanã é configurada pelos fiéis e "filhos de cabeça" como sendo fisicamente uma senhora sempre curvada pelo peso das eras e cujo rosto nunca é visto, porque está sempre encoberto. Sua imagem está projetada na figura de um devoto que canta e dança em seu louvor, mimeticamente, como se embalasse uma criança. Outras vezes com as mãos juntas como se socasse um pilão. Sua postura em muito se parece com o orixá Omolú «Abaluaiê» com o qual parte e reparte suas próprias vibrações preferenciais e idiossincrásicas.
É conhecida também por: Bukuú «Togo», Naná Buluku «Benin, ex-Daomé», Borokô «candomblés de caboclo», Tobossi «fantiashanti», Kerê-Kerê «Angola e Congo» e mais as variantes Naná, Nanã, Nanã Buruquê, Buruku, Ananburuquê, Anaburuku, Naná Buku, Naná Brukung e, na língua yoruba como Nanã Buruiku.
Mitologia Fon
Na mitologia Fon, Nanã Buruku, ou Buluku, gerou os gêmeos Lisa e Mawu. Mawu era a Lua, que teve força ao longo da noite e viveu no oeste. Lisa era o Sol, que fez sua morada no Leste. Quando existia um eclipse dizia-se que Mawu e Lisa estavam fazendo amor. Mawu-Lisa criaram todo o Universo e os Voduns juntos. Eles eclipsaram várias vezes e tiveram no total sete casais de gêmeos «sempre um masculino e o outro feminino». Mawu e Lisa chamaram seu filhos e os enviaram à Terra como os primeiros habitantes e para que esses os ajudassem a governar a Terra, deram a cada um uma atribuição. Os principais Voduns são: Loko – Gu – Heviossô – Sakpatá – Dan – Agbê – Águé – Ayizan – Agassu - Legba e Fa.
Com o nascimento desses filhos, Nana criou a dualidade que daria o equilíbrio ao mundo e aos seres viventes. Mawu é o princípio feminino, a fertilidade, a suavidade, a compreensão, a ponderação, a reconciliação e o perdão. Já Lisa é o princípio masculino, o julgador, a impaciência, a força cósmica que castiga os homens errados e os corrige, a seriedade. Ele está sempre atento para que as leis de Mawu sejam cumpridas. Os fons, ao chegarem no Brasil, eram chamados de "Jejes", implantaram aqui o seu culto, baseado na rica, complexa e elevada Mitologia Fon. Sua entrada no em nosso país ocorreu em meados do século XVII.
Lendas
Existe uma série de lendas conhecidas, outras não, sobre esta Orixá ancestral. Diz a primeira lenda que, quando Olorum «Deus» encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, Oxalá tentou vários caminhos. Tentou fazer o Homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o Homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o Homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi então que Nanã veio em seu socorro e deu a Oxalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Oxalá criou o Homem, o modelou no barro. Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orixás povoou a terra.
Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar a terra, voltar a natureza de Nanã. Nanã deu a matéria no começo, mas quer de volta no final tudo o que é seu.Essa lenda descreve a natureza de Nanã como a Grande Mãe de onde tudo nasce e tudo retorna.
Outra lenda conta que Nanã foi conquistar o reino de Oxalá e acabou sendo conquistada por ele. Entretanto, o Orixá amava muito sua esposa, Yemanjá, e jamais se envolveria com Nanã. Essa então, o embriagou e o seduziu, engravidando. Desse ato adúltero nasceu Obaluaiê, uma criança muito feia e deformada que foi abandonada no mar. Yemanjá o encontrou meio morto e todo mordido por caranguejos e o cuidou até que ficasse curado. Para esconder as cicatrizes que permaneceram em seu corpo, ele foi coberto de palha. Assim cresceu Obaluaiê, sempre coberto por palhas, escondendo-se das pessoas, taciturno e compenetrado, sempre sério e até mal-humorado.
Um dia, caminhando pelo mundo, sentiu fome e pediu às pessoas de uma aldeia por onde passava que lhe dessem comida e água. Mas as pessoas, assustadas com o homem coberto desde a cabeça com palhas, expulsaram-no da aldeia e não lhe deram nada. Obaluaiê, triste e angustiado saiu do povoado e continuou pelos arredores, observando as pessoas.
Durante este tempo os dias esquentaram, o sol queimou as plantações, as mulheres ficaram estéreis, as crianças cheias de varíola, os homens doentes. Acreditando que o desconhecido coberto de palha amaldiçoara o lugar, imploraram seu perdão e pediram que ele novamente pisasse na terra seca. Ainda com fome e sede, Obaluaiê atendeu ao pedido dos moradores do lugar e novamente entrou na aldeia, fazendo com que todo o mal acabasse. Então homens o alimentaram e lhe deram de beber, rendendo-lhe muitas homenagens. Foi quando Obaluaiê disse que jamais negassem alimento e água a quem quer fosse, tivesse a aparência que tivesse.
Chegando à sua terra, Obaluaiê encontrou uma imensa festa dos Orixás. Como não se sentia bem entrando numa festa coberto de palhas, ficou observando pelas frestas da casa. Neste momento Yansã, a deusa dos ventos, o viu nesta situação e, com seus ventos levantou as palhas, deixando que todos vissem um belo homem, já sem nenhuma marca, forte, cheio de energia e virilidade e dançou com ele noite adentro. A partir deste dia, Obaluaiê e Yansã-Balé se uniram contra o poder da morte, das doenças e dos espíritos dos mortos, evitando desgraças aconteçam aos homens.
Essa lenda nos aconselha a nunca negar auxílio, qualquer que seja, às pessoas que nos procuram. Além disso, nos diz para termos esperança, pois "não há mal que sempre dure..." e sempre há um recomeço, mesmo após um grande e penoso sofrimento.
Já outra lenda do Candomblé afirma que Nanã era esposa de Ogum e ocupava o cargo de juíza no Daomé. Só julgava os homens, sendo muito respeitada pelas mulheres que eram consideradas deusas. Ela morava numa bela casa com jardim. Quando alguém apresentava alguma reclamação sobre seu marido, ela amarrava a pessoa numa arvore e pediu aos eguns para assustá-la. Certa noite, Yansã reclamou de Ogum e ele foi amarrado no jardim. A noite, conseguiu escapulir e foi falar com Ifá. A situação não podia continuar e, assim, ficou acertado que Oxalá tiraria os poderes de Nanã.
Ele se aproximou e ofereceu a ela suco de igbin, um tipo de caramujo. Ao beber o preparado, Nanã adormeceu. Oxalá então se vestiu de mulher e, imitando o jeito de Nanã, pediu aos eguns que fossem embora de seu jardim para sempre. Quando Nanã acordou e percebeu o que Oxalá tinha feito, obrigou-o a tomar o mesmo preparado de igbin e seduziu o Orixá. Oxalá saiu correndo e contou para Ogum o que havia acontecido. Indignado, este cortou relações com Nanã. E é por isso que nas oferendas a Nanã não é usado nenhum objeto de metal.
Existe ainda outra lenda, originada também na África, segundo a qual, durante uma reunião os Orixás aclamaram Ogum como o mais importante deles. Nanã, não se conformando em ser derrotada por ele, assumiu que não mais usaria os utensílios de metal criados pelo Orixá guerreiro «escudos e lanças de guerra, facas e setas para caça e pesca». Seria por este motivo a recusa de Nanã em aceitar oferendas em que se apresentem objetos de metal. Essa lenda vem ao encontro à tese de alguns historiadores, que afirmam ser a origem do nome, da Deusa Nanã, anterior a Idade do Ferro.
Disputa entre Nanã Buruku e Ogum
por Pierre Fatumbi Verger*
"Nanã Buruku é uma velhíssima divindade das águas, vinda de muito longe e há muito tempo. Ogum é um poderoso chefe guerreiro que anda sempre à frente dos outros Imalés. Um dia eles vão a uma reunião. É a reunião dos duzentos Imalés da direita e dos quatrocentos Imalés da esquerda. Eles discutem sobre os seus poderes. Eles falam muito sobre Obatalá, aquele que criou os seres humanos. Eles falam muito sobre Orunmilá, o senhor do destino dos homens.Eles falam sobre Exu:
-"Ah! É um importante mensageiro!"
Eles falam muita coisa a respeito de Ogum. Eles dizem:
-"É graças a seus instrumentos que nós podemos viver. Declaramos que é o mais importante entre nós!"
Nanã Buruku contesta, então:
-"Não digam isso. Que importância tem, então, os trabalhos que ele realiza?"
Os demais Orixás respondem:
-"É graças a seus instrumentos que trabalhamos pelo nosso alimento. É graças a seus instrumentos que cultivamos os campos. São eles que utilizamos para esquartejar os animais".
Nanã concluiu que não renderá homenagem a Ogum
-"Porque não haverá um outro Imalé mais importante?"
Ogum diz:
-"Ah!Ah! Considerando que todos os outros Imalés me rendem homenagem, me parece justo, Nanã, que você também o faça."
Nanã responde que não reconhece sua superioridade. Ambos discutem por muito tempo...
Ogum perguntando:
-"Você pretende que seja dispensável?".
Nanã garantindo que isto ela podia afirmar dez vezes
Ogum diz então:
"Muito bem! Você vai saber que sou indispensável para todas as coisas".
Nanã, por sua vez, declara que, a partir daquele dia, ele não utilizará, absolutamente nada, fabricado por Ogum e, ainda assim, poderá tudo realizar
Ogum questiona:
-"Como você o fará? Você não sabe que sou o proprietário de todos os metais? Estanho, chumbo, ferro, cobre. Eu os possuo todos".
Os filhos de Nanã eram caçadores. Para matar um animal eles passaram a se servir de um pedaço de pau, afiado em forma de faca, para esquartejá-lo. Os animais oferecidos a Nanã são mortos e decepados com instrumentos de madeira. Não se pode utilizar faca de metal para cortar sua carne, por causa da disputa que, desde aquele dia, opôs Ogum a Nanã".
*Lenda do livro "Lendas Africanas dos Orixás" de Pierre Fatumbi Verger, pgs. 62-64
Nanã, a Deusa
a partir do texto de Rosane Volpatto
Nanã é uma Deusa que nos remete às origens da raça humana, era muito provavelmente cultuada já na pré-história, período no qual não havia distinção alguma entre a Deusa que atrai a vida e a que atrai a morte, mas ambas se experimentam como uma unidade, através da Grande Mãe que engloba a totalidade da vida e da morte. A figura da Deusa transforma a experiência da morte em renascimento à outra dimensão. Foi na pré-história que surgiu a compreensão que certas sementes podiam ser convertidas em trigo e depois transformados em pão, e que certos animais, quando domesticados, poderiam prover leite e carne para alimentação e peles e ossos para roupas, adornos e ferramentas . Foi a época em que surgiu um novo espírito de cooperação consciente entre os seres humanos e a natureza.
Os povos deste período realizaram uma analogia de suas vidas com as das sementes que, plantadas na terra, incubavam e voltavam a emergir como grão verde ou dourado. Os rituais que evocavam o nascimento, que chorava a morte e que celebravam o renascimento da raiz mostram o quanto era vital essa analogia para a imaginação humana, pois situava a regeneração como o núcleo da vida. A fonte secreta da vida estava agora escondida nas profundezas da terra «útero da Deusa». Os seres humanos agora nascem dela, se alimentam dela e são acolhidos por ela.
As inumeráveis formas de cerâmica neolítica revelam o alcance imaginativo dos povos, que refletiam sobre o mistério do nascimento associando-o ao mais amplo mistério do nascimento de toda a vida mediante o "Corpo" da Deusa. As imagens da Deusa a mostram como o portal ou umbral através da qual penetra vida ou abandona esse mundo.
Toda a Grande Mãe - segundo Carl Jung - personifica o nosso inconsciente, portanto, um aspecto gerador, protetor e positivo, apesar do seu lado devorador e negativo. Todo o tipo de medo, como o medo da morte, do desconhecido, do novo, está ligado ao medo do inconsciente. O inconsciente, como a Grande Mãe, é a fonte primordial da criação, mas se o fascínio dela for forte demais, ela é o poder oculto que, em certas ocasiões, impede o livre desenvolvimento da comunicação normal. Mas, se encararmos essa realidade básica, podemos desistir de sermos tão agradáveis aos imperativos ideais do mundo patriarcal e atingirmos uma base sólida, de onde tudo isso parece irrelevante.
Dos tempos pré-históricos – por volta de trinta mil anos antes da era cristã - provém a Vênus Negra de Lespugue, entalhada numa presa de mamute, agora preservada no Musée de l'Homme, em Paris. Por ser anterior a uma época em que não existia conhecimento algum de agricultura, ela é mais do que terra, ela é a própria Vida. Em Tindari, na costa do Mediterrâneo no leste da Sicília, uma estátua negra da Nossa Senhora possui a inscrição: "nigra sum sed formoso", ou seja, "Sou negra, porém formosa", do Cântico de Salomão 1,5. A Virgem Negra também é encontrada na França, na Espanha, na Suíça e na Polonia. Alguns estudiosos dizem que as primeiras versões da Bíblia mostravam Asherah , a Deusa da Fertilidade, uma entidade poderosa e que seria a esposa de Deus.
Não poderia portanto ser essa Nossa Senhora negra a mais antiga das imagens da Deusa?
Há historiadores que postulam que da figura da Deusa Negra procedem todas as demais. Apesar de que a humanidade surgiu no noroeste da África, é possível que os temas dominantes que se repetem nos mitos e nos rituais de todo o mundo só se desenvolveram quando os povoadores já haviam trasladado à outras regiões. Historiadores negros do século XX, como John G. Jackson, afirmam que os povos africanos da costa foram consumados marinheiros e exploradores que levaram à Ásia, Europa, América e Oceania a cultura matriarcal da Deusa. Portanto, as virgens negras presentes na Europa, que são interpretadas como representantes da "lua escura" ou ainda, uma "escura faceta" psicológica da Deusa, não são mais do que vestígios da época em a Deusa era realmente negra.
É inegável a vastíssima contribuição da cultura africana na cultura, na religião e nos costumes aqui do Brasil. Nada mais fácil sentir essa contribuição no que tange as religiões que hoje são afro-brasileiras. Deusas como Yemanjá, Yansã, Oxum, Nanã entre muitas outras também importantes, são muito populares em nosso meio, mas sempre é bom acrescentarmos um pouco mais de conhecimento sobre elas. Sem nos atermos em questionamentos religiosos, essas Deusas Mães, estão presentes e ativas em nossas vidas, para não nos deixar esquecer que o melhor dos caminhos é o do coração e o da fé. Todas elas simbolizam a força maior, a fagulha divina dentro de nós, a energia que flui dos próprios processos da vida e do viver.
Esse conceito da Deusa como processo de vida conduz a outro aspecto da espiritualidade feminina contemporânea, observado entre muitos grupos e indivíduos. Trata-se do sentido da conexão direta com a vida. Muitos são os que pensam que não estamos no topo da natureza, e sim, "somos" a natureza. Esse senso de Unidade, aflora constantemente em conversas e escritos. Isso nos ajuda a compreender que aquilo que poderíamos considerar simplesmente como compaixão ou apoio ou simpatia é o resultado do sentir, intuitivo, dessa ligação direta com a unidade. Essa sensação de Unidade com toda a vida leva muitas mulheres, de forma bastante natural, a uma compreensão direta do motivo pelo qual o sexismo, o racismo e outros "ismos" que criam uma sensação de separação, de "nós e os outros", realmente não fazem sentido.
Dia da semana: sábado ~ Festa: 26/07 ~ Sincretismo:Santa Ana ~ Cor: roxo ou branco com traços azuis ou roxos ~ Partes do corpo: protege a barriga, útero, a parte genital feminina e as mulheres gestantes ~ Comida: Mugunzá; Ebô ~ Símbolo: Ìbírí (feixe de nervura de dendezeiro envolto, que carrega na mão, com uma das pontas voltada para baixo, simbolizando a vida que retorna) ~ Saudação: Salubã Nanã! ("Dona do pote da Terra!") ~ Comando da falange de Nanã: Cabocla Janaína ~ Representação no ponto riscado: uma cruz ~ Amalá: caruru sem azeite e bem temperado ~ Planeta regente: Lua (no quarto crescente) e Mercúrio ~ Ervas para banho e defumação: agapanto lilás, avenca, cipreste, manacá, quaresma, alfavaca, mariazinha, mãe-boa, sempre-viva roxa, erva de passarinho, cajá, mutamba, dama da noite, entre outras ~ Flores: as que tenham preferencialmente a tonalidade lilás ou roxa ~ Frutos: melão, melancia, abacaxi, banana da terra, graviola, pêssego, jaca, maçã, entre outras ~ Bebidas: Água da chuva, suco das frutas acima mencionadas, bebida feita com ervas e folhas do próprio Orixá e champanhe ~ Local preferido: Nas nuvens ou na junção das águas da chuva com o lodo, solo barrento, pantano e águas profundas onde a luz natural não penetra.
Arquétipo: As filhas e filhos de Nanã são conservadores e presos aos padrões convencionais estabelecidos pelos homens. Passam aos outros a aparência de serem calmos, mudando rapidamente de comportamento, tornando-se guerreiros e agressivos; quando então, podem ser perigosos, o que assusta as pessoas. Levam seu ponto de vista às últimas consequencias, tornando teimosia. Quando mães, são apegadas aos filhos e muito protetoras. São ciumentas e possessivas. Exigem atenção e respeito, são pouco alegres e não gostam de muita brincadeira. Os filhos deste grande Orixá são majestosos e seguros nas ações e procuram sempre o caminho da sabedoria e da justiça.
Os deuses do antigo Egito foram faraós que reinaram no período pré-dinástico. Assim, os mitos foram inspirados em histórias que aconteceram de verdade, milhares de anos antes de sua criação. Para a cultura do antigo Egito o casamento consanguíneo tinha o sentido de complementaridade, unir céu e terra, seco e úmido, por essa razão diversos deuses eram irmãos que se casavam entre si. Osíris foi o primeiro Faraó e, que com o passar do tempo foi divinizado. Seu reinado em vida marcou uma época de prosperidade e ao morrer passou a ser o soberano do reino dos mortos.
Os deuses egípcios eram representados ora sob forma humana, ora sob forma de animais, considerados sagrados. A seguir as principais deidades do panteão egípcio:
Amon, Rá, Atom
Atom é o deus da origem do universo, associado com a serpente e também com o sol negro. Amon era o deus de chifres associado ao carneiro, cuja simbologia esta relacionada com o signo astrológico de capricórnio. Amon - amon, Ammon, etc - era também representado por um ganso. Foi o deus que originou todas as coisas, deus da vida, associado ao Sol. Amon significa ‘o oculto’, ou ‘aquele que é ,(ou está), oculto’. No Egito estas 3 divindades acabaram constituindo uma santa trindade divina - análoga à que os cristãos muito mais tarde defenderam na sua religião monoteísta - e constituíram apenas 1 única deidade : aquele que originou todos os deuses e que era pai de todos os deuses.
Amon é Zeus para os Gregos e Júpiter para os Romanos, o Deus dos deuses, o rei de todos os deuses. Segundo a mitologia do Antigo Egito, no inicio havia apenas águas primordiais, e delas nasceram Atum. Atum masturbou-se e o seu sêmen ao ser derramado pelas águas, deu origem aos deuses e homens, assim como toda a restante criação.
Amonet
Por alguns encarada como o principio feminino de Amon, por outros como a primeira mulher de Amon.
Mut
A segunda esposa da Amon e mãe adotiva de Konshu.
Konshu
Deus da lua, do tempo e do conhecimento
Maat
Filha de Amon, esposa do seu irmão Tot, era aquela que participava nos julgamentos dos que faleciam. No Amenti - tribunal das almas situado nas esferas celestes - Maat era aquela que colocava uma pena num dos pratos da balança onde era decidido o destino da alma de quem se apresentava a julgamento apos a morte.
No outro prato da balança, Osíris colocava o coração do falecido. Se os pratos permanecessem em equilíbrio, a alma do falecido estava salva e ele festejaria com os espíritos de morte, para depois partir para a morada dos deuses, ou reencarnar. Se o seu coração pesasse mais que a pena de Maat, esta levaria a alma do morto para os infernos onde Ammut a devoraria em agonia eterna, ate que essa alma deixasse de existir para sempre. Maat era a deusa do equilíbrio e da justiça.
Ammut
Deusa do inferno, que devorava as almas que foram condenadas em ‘Amenti’, até que elas deixassem de existir para sempre.
Tot
Filho de Amon, marido de Maat. Era o escriba dos deuses, o deus da aprendizagem e da sabedoria relacionada com o oculto, a magia, o sobrenatural.
Sechtat
Filha de Tot e Maat, era a deusa da sabedoria na forma da ciência: astronomia, matemática, medicina, arquitetura, etc.
Madset
Filha de Tot e Maat, era tal como a sua mãe, uma deusa associada á Justiça
Hator
Deusa do feminino, da fertilidade, da sexualidade, do amor, da embriaguez, da prostituição, da felicidade, da prosperidade material e boas bênçãos aos humanos . Era uma das deusas mais reverenciadas na antiguidade e o seu templo um dos mais belos do antigo Egito. O seu culto era realizado não só através de devoção espiritual, mas também através de rituais sexuais, nomeadamente através da prostituição sagrada.
Hator era a consorte dos faraós e acreditava-se que era ela que escolhia quem ocupava esse cargo divino, pois apenas um seu escolhido e amante seria elevado á condição de faraó. Por isso, embora todo o faraó possuísse esposas humanas, ele teria igualmente de ser amante desta deusa. Os sacerdotes de Hator, ao contrário do que sucedia com outros os deuses, mantiveram os conhecimentos sobre esta deusa em grande segredo, transmitindo apenas aos iniciados, de mestres para discípulos, pelo que mais saber sobre esta deusa se perdeu nos tempos.
Geb
Filho de Chu e Tefnut - estes por sua vez emanados de Atum quando o rei dos deuses gerou a criação - ele casado com Nuit e é o deus da terra e da morte. Era ele que impedia os espíritos maus de partir deste mundo e as conduzia ás entranhas da terra, os aprisionando. Este deus era também responsável pelo estímulo ao lado material da vida.
Nuit
Também como Geb - do qual é irmã - esta divindade é filha de Chu e Tefnut, ( estes por sua vez emanados de Atum quando o rei dos deuses gerou a criação), e é esposa de Geb. Ela é a deusa dos céus, aquela que fica com os espíritos - excetuando os espíritos maus que o seu marido Gab automaticamente aprisiona na terra - e os conduz ás esferas celestes. Ali, eles serão julgados em Amenti.
Isis
Deusa mãe e do amor, filha de Geb e Nuit, irmã e esposa de Osíris. Quando Seth matou e esquartejou Osíris, Isis procurou pelos pedaços do corpo do seu marido e usando magia, (com a ajuda da sua irmã Neftis), ela ressuscitou o corpo desse e logo fez amor com ele, assim concebendo Horus, aquele que se vingaria da atrocidade cometida contra o seu pai.
Osíris
Filho de Geb e Nuit, irmão e marido de Isis, era o deus que procedia ao julgamento das almas dos que morreram, juntamente com Maat. A Osíris foi concedido o poder de governar sobre o mundo terreno. Seth, seu irmão, ficou ciumento e invejoso porque apenas lhe tinha sido concedido poder sobre os desertos, enquanto que o seu irmão governava sobre toda a restante terra. Osíris é por isso vítima de Seth que lhe dirige um golpe para destroná-lo; durante um banquete oferecido pelo seu irmão Seth, Osíris é atacado por 72 demônios ao serviço de Seth e acaba esquartejado em 16 pedaços. A sua esposa Isis, (com a ajuda da sua irmã Neftis), procurou e reuniu todos os pedaços, reconstituindo-lhe o corpo através da magia e fazendo amor com ele, gerando assim Horus, o seu filho que o haveria de vingar contra Seth. Conjuntamente com Isis, é igualmente um deus de fertilidade e prosperidade.
Seth
Filho de Geb e Nuit, irmão e esposo de Neftis. Seth era o espírito do mal, sendo que apenas lhe foi concedido o poder de governar os desertos. Seth era o deus das tempestades, da violência, do ciúme, da inveja, da sodomia, da impureza, etc. Seth habitava no deserto e era rei de demônios. Seth invejou o reino do seu irmão Osíris e jurou usurpar-lhe o trono. Assim, Seth matou o seu irmão, esquartejando-lhe o corpo e fazendo para sempre escravo da morte. Seth ocupou o trono do seu irmão, ate que Horus realizou a sua vingança, expulsando Seth deste mundo, exilando-o novamente nos desertos e nas tempestades.
Neftis
Filha de Geb e Nuit era irmã e esposa de Seth. Era a rainha dos desertos e deusa da morte. Não gostava verdadeiramente do seu marido Seth, e chegou mesma a metamorfosear-se na figura de Isis - sua irmã - assim enganando Osíris e copulando com ele, sendo que dessa relação nasceu Anúbis, deus dos embalsamamentos e dos funerais. Neftis significa 'senhora da casa' ou 'senhora do castelo', ou 'senhora do palácio', e ela era na verdade a rainha dos desertos, ou seja, da casa onde habitava o espírito do mal: Seth. Neftis era por isso deusa dos desertos e de todas as suas criaturas, assim como da noite, das trevas e da morte, ao mesmo tempo em que era representada como uma belíssima mulher, uma sedutora irresistível e por vezes lasciva, que podia assumir a forma que bem quisesse para copular com quem bem desejasse, tal como fez com Osíris.
Anúbis
Filho de Neftis e Osíris, é o deus dos funerais. È também o deus guardião dos cemitérios, e a entidade que conduz as almas dos mortos ao tribunal denominado ‘Amenti’, onde as almas dos falecidos serão julgadas por Osíris e Maat.
Horus
Filho de Isis e Osíris, é um deus da vida e da morte, pois foi gerado pela sua mãe que é deusa da vida, e pelo seu pai um deus da fertilidade aprisionado pela morte. Horus foi ocultado de Seth ate estar preparado para vingar a traição de que o seu pai Osíris foi vitima ás mãos de Seth, que o esquartejou durante um banquete que lhe havia oferecido através de 72 demônios e assim o tornou escravo da morte para lhe usurpar o torno. Osíris combateu Seth, lutando pelo trono do seu pai. Teria perdido a luta, sendo que foi sodomizado por Seth que assim pretendeu selar e provar a sua superioridade e a sua vitória sobre Horus. Seth depositou o seu sêmen dentro de Horus, para depois o apresentar em tribunal aos outros deuses e confirmar diante dos olhos de todos eles a sua indisputável vitória. Confirmando que Horus se tinha transformado num seu servo por via da submissão.
Contudo, Isis usou magia para fazer o sêmen desaparecer do corpo de Horus e aparecer no corpo de Seth. Seth sofreu assim um rude golpe e grande humilhação, sendo que o tribunal deliberou a sua derrota e o condenou ao exílio nos desertos de onde ele tinha vindo. Horus recuperou o trono do seu pai Osíris, e vingou-se de Seth, castrando-o para depois o expulsar deste mundo. A religião da antiguidade Egípcia acreditava por isso que foi através de Horus que Seth - o mal - foi expulso deste mundo e habita apenas nos seus domínios do maligno.
Na antiga religião egípcia, o dia 18 de julho era reservado às deusas Ísis e Néftis. Esta religião foi praticada no antigo Egito, desde o período pré-dinástico, a cerca de 3.000 anos a.C. até o surgimento do cristianismo.
Isis - em egípcio: Auset - É a Deusa mãe e do amor, segundo a antiga mitologia egípcia ela é filha de Geb e Nuit, irmã e esposa de Osíris. Quando Seth matou e esquartejou Osíris, Isis procurou pelos pedaços do corpo do seu marido e usando magia - com a ajuda da sua irmã Néftis - ela resuscitou o corpo de Osíris e fez amor com ele, assim concebendo Horus, aquele que se vingaria da atrocidade cometida contra o seu pai.
A deusa protetora de Cleópatra era Ísis, e durante o seu reinado acreditou-se que ela era a reencarnação e incorporação da deusa da sabedoria.
Néftis, deusa que representava as terras áridas e secas do deserto, e a morte, ajudou Ísis a recolher os pedaços de Osíris quando Seth o destruiu. Seu nome significa "Senhora da Casa" ou "Senhora do Castelo", entende-se como casa o lugar onde Hórus vive. Filha de Geb e Nuit, era irmã e esposa de Seth, do qual não gostava verdadeiramente. Certa vez Néftis usou de magia para metamorfosear-se na figura de Ísis - sua irmã - enganando Osíris e copulando com ele. Dessa relação nasceu Anubis, deus dos embalsamamentos e dos funerais.
Néftis era na verdade a rainha dos desertos, ou seja, da casa onde habitava o espírito do 'mal': Seth. Por isso Néftis era senhora dos desertos e de todas as suas criaturas, assim como da noite, das trevas e da morte. Sua imagem era representada como uma belíssima mulher, sedutora, irresistível e por vezes lasciva, que podia assumir a forma que bem quisesse para copular com quem bem desejasse, tal como fez com Osíris.
Ísis e Néftis representam, juntas, as coisas que existem e as que ainda serão criadas. Neste dia, plante algumas sementes num vaso e celebre o nascimento das coisas novas, que já cumpriram sua função e tempo em sua vida. Clique aqui e enriqueça seus conhecimentos sobre o Antigo Egito
Nossa Senhora do Carmo é um dos títulos consagrados à Maria, Nossa Senhora, também conhecida por Nossa Senhora do Monte Carmelo. Este título para Santa Maria surgiu com o propósito de relembrar o convento construído em honra à Virgem Maria, ainda nos primeiros séculos do Cristianismo, no Monte Carmelo, Samaria. A principal característica da imagem de Nossa Senhora do Carmo é carregar consigo o escapulário, que representa estar a serviço do Reino de Deus, trazendo muitas indulgências, graças e outros benefícios espirituais a quem assume este sinal e esta proposta como seus.
O Monte Carmelo é o lugar sagrado do Antigo e Novo Testamento. É o Monte em que o Profeta Elias evidencia a existência e a presença do Deus verdadeiro, vendo 450 sacerdotes do Baal e os 400 profetas dos bosques, fazendo descer do céu o fogo devorador que lhes extinguiu a vida. (III Livro dos Reis, XVIII, 19 seg.). É ainda o Profeta Elias que implora do Senhor chuva benfazeja, depois de uma seca de três anos e três meses (III Livro dos Reis, XVIII, 45). O Escapulário ou Bentinho do Carmo é um sinal externo da devoção mariana, que consiste na consagração à Santíssima Virgem Maria, por meio da inscrição na Ordem Carmelita, na esperança de sua proteção maternal. O escapulário do Carmo é um sacramental. No dizer do Vaticano II, "um sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por intermédio do qual significam efeitos, sobretudo espirituais, que se obtêm pela intercessão da Igreja". (S.C. 60)
"A devoção do Escapulário do Carmo fez descer sobre o mundo copiosa chuva de graças espirituais e temporais". (Pio XII, 6/8/50)
No dia 16 de julho, há mais de 750 anos, o extraordinário penhor de salvação dado ao homem — o Escapulário do Carmo — foi entregue a São Simão Stock. Por isso, os carmelitanos declararam 2001 “Ano Mariano” para toda a Ordem. Certo dia, que já vai longe, andando pelas ruas de Roma, encontraram-se três insignes homens de Deus. Um era Frei Domingos de Gusmão, que recrutava membros para a Ordem que fundara, a dos Pregadores, mais tarde conhecida como dos “dominicanos”. Outro era o Irmão Francisco de Assis, o Poverello, que havia pouco reunira alguns homens para servir ao que chamava a Dama Pobreza. O terceiro, Frei Ângelo, tinha vindo de longe, do Monte Carmelo, na Palestina, chamado a Roma como grande pregador que era. Os três, iluminados pelo Divino Espírito Santo, reconheceram-se mutuamente, e no decurso da conversa fizeram muitas profecias. Santo Ângelo, por exemplo, predisse os estigmas que seriam concedidos por Deus a São Francisco. E São Domingos profetizou: “Um dia, Irmão Ângelo, a Santíssima Virgem dará à tua Ordem do Carmo uma devoção que será conhecida pelo nome de Escapulário Castanho, e dará à minha Ordem dos Pregadores uma devoção que se chamará Rosário. E um dia Ela salvará o mundo por meio do Rosário e do Escapulário”. No lugar desse encontro construiu-se uma capela, que existe até hoje em Roma¹.
Em sua edição de maio último, Catolicismo já tratou extensamente da importância e dos benefícios do santo Rosário, tão insistentemente recomendado por Nossa Senhora em Fátima para a salvação do nosso mundo afundado no pecado. O tema do Escapulário foi também largamente exposto em nossa edição de fevereiro de 1999 — Escapulário do Carmo: tábua de salvação oferecida por Maria Santíssima. Porém, em virtude da grande data que agora comemoramos, e da suma importância do Escapulário, relembraremos alguns pontos básicos desse precioso e maternal dom da Virgem Santíssima, concedido à humanidade.
Mãe e esplendor do Carmelo
Foi no celebrado Monte Carmelo, no litoral palestino, que o Profeta de fogo, Santo Elias, viu a nuvenzinha que, num período de grande seca, prenunciava a chuva redentora que cairia sobre a terra ressequida. Por uma intuição sobrenatural, soube que essa simples nuvem, com forma de uma pegada humana, simbolizava aquela mulher bendita, predita depois pelo Profeta Isaías (“Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho”), que seria a Mãe do Redentor. Do seu seio virginal sairia Aquele que, lavando com seu sangue a terra ressequida pelo pecado, abriria aos homens a vida da graça.
Dos seguidores de Elias e seus continuadores, de acordo com a tradição, nasceu a Ordem do Carmo, da qual Maria Santíssima é a Mãe e esplendor, segundo as palavras também de Isaías “A glória do Líbano lhe será dada, o esplendor do Carmelo e de Saron” (Is 35, 2).
Da Palestina, os eremitas do Monte Carmelo passaram para a Europa, radicando-se em vários países, entre eles a Inglaterra, onde vivia São Simão Stock.
São Simão Stock: nobre e santo
Simão nasceu no ano de 1165 no castelo de Harford, no condado de Kent, Inglaterra, em atenção às preces de seus piedosos pais, que uniam a mais alta nobreza à virtude. Alguns escritores julgam mesmo que tinham parentesco com a família real.
Sua mãe consagrou-o à Santíssima Virgem desde antes de nascer. Em reconhecimento a Ela pelo feliz parto, e para pedir sua especial proteção para o filhinho, a jovem mãe, antes de o amamentar, oferecia-o à Virgem, rezando de joelhos uma Ave-Maria. Bela atitude de uma senhora altamente nobre!
O menino aprendeu a ler com pouquíssima idade. A exemplo de seus pais, começou a rezar o Pequeno Ofício da Santíssima Virgem, e logo também o Saltério. Esse verdadeiro pequeno gênio, aos sete anos de idade iniciou o estudo das Belas Artes no Colégio de Oxford, com tanto sucesso que surpreendeu os professores. Foi também nessa época admitido à Mesa Eucarística, e consagrou sua virgindade à Santíssima Virgem.
Perseguido pela inveja do irmão mais velho, e atendendo a uma voz interior que lhe inspirava o desejo de abandonar o mundo, deixou o lar paterno aos 12 anos, encontrando refúgio numa floresta onde viveu inteiramente isolado durante 20 anos, em oração e penitência.
A Ordem Carmelitana
Nossa Senhora revelou-lhe então seu desejo de que ele se juntasse a certos monges que viriam do Monte Carmelo, na Palestina, à Inglaterra, “sobretudo porque aqueles religiosos estavam consagrados de um modo especial à Mãe de Deus”. Simão saiu de sua solidão e, obedecendo também a uma ordem do Céu, estudou teologia, recebendo as sagradas ordens. Dedicou-se à pregação, até que finalmente chegaram dois frades carmelitas no ano de 1213. Ele pôde então receber o hábito da Ordem, em Aylesford.
Em 1215, tendo chegado aos ouvidos de São Brocardo, Geral latino do Carmo, a fama das virtudes de Simão, quis tê-lo como coadjutor na direção da Ordem; em 1226, nomeou-o Vigário-Geral de todas as províncias européias.
São Simão teve que enfrentar uma verdadeira tormenta contra os carmelitas na Europa, suscitada pelo demônio através de homens ditos zelosos pelas leis da Igreja, os quais queriam a todo custo suprimir a Ordem sob vários pretextos. Mas o Sumo Pontífice, mediante uma bula, declarou legítima e conforme aos decretos de Latrão a existência legal da Ordem dos Carmelitas, e a autorizou a continuar suas fundações na Europa.
São Simão participou do Capítulo Geral da Ordem na Terra Santa, em 1237. Em um novo Capítulo, em 1245, foi eleito 6° Prior-Geral dos Carmelitas.
A Grande Promessa: não irás para o fogo do inferno
Se a bula papal aplacara momentaneamente o furor dos inimigos do Carmelo, não o fizera cessar de todo. Depois de um período de calmaria, as perseguições recomeçaram com mais intensidade. Carente de auxílio humano, São Simão recorria à Virgem Santíssima com toda a amargura de seu coração, pedindo-Lhe que fosse propícia à sua Ordem, tão provada, e que desse um sinal de sua aliança com ela.
Na manhã do dia 16 de julho de 1251, suplicava com maior empenho à Mãe do Carmelo sua proteção, recitando a bela oração por ele composta, Flos Carmeli². Segundo ele próprio relatou ao Pe. Pedro Swayngton, seu secretário e confessor, de repente “a Virgem me apareceu em grande cortejo, e, tendo na mão o hábito da Ordem, disse-me:
“Recebe, diletíssimo filho, este Escapulário de tua Ordem como sinal distintivo e a marca do privilégio que eu obtive para ti e para todos os filhos do Carmelo; é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos, aliança de paz e de uma proteção sempiterna. Quem morrer revestido com ele será preservado do fogo eterno ³”.
Essa graça especialíssima foi imediatamente difundida nos lugares onde os carmelitas estavam estabelecidos, e autenticada por muitos milagres que, ocorrendo por toda parte, fizeram calar os adversários dos Irmãos da Santíssima Virgem do Monte Carmelo. São Simão atingiu extrema velhice e altíssima santidade, operando inúmeros milagres, tendo também obtido o dom das línguas; entregou sua alma a Deus em 16 de maio de 1265.
Privilégio Sabatino: livre do Purgatório no primeiro sábado após a morte
Além dessa graça específica da salvação eterna, ligada ao Escapulário, Nossa Senhora concedeu outra, que ficou conhecida como privilégio sabatino. No século seguinte, apareceu Ela ao Papa João XXII, a 3 de março de 1322, comunicando àqueles que usarem seu Escapulário: “Eu, sua Mãe, baixarei graciosamente ao purgatório no sábado seguinte à sua morte, e os lavarei daquelas penas e os levarei ao monte santo da vida eterna” 4.
Quais são, então, as promessas específicas de Nossa Senhora?
1º. Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno.
Que desejava Nossa Senhora dizer com estas palavras?— Em primeiro lugar, ao fazer a sua promessa, Maria não quer dizer que uma pessoa que morra em pecado mortal se salvará. A morte em pecado mortal e a condenação são uma e a mesma coisa. A promessa de Maria traduz-se, sem dúvida, por estas outras palavras: “Quem morrer revestido do Escapulário, não morrerá em pecado mortal”. Para tornar isto claro, a Igreja insere, muitas vezes, a palavra “piamente” na promessa: “aquele que morrer piamente não padecerá do fogo do inferno” 5.
2º. Nossa Senhora livrará do Purgatório quem portar seu Escapulário, no primeiro sábado após sua morte.
Embora freqüentemente se interprete este privilégio ao pé da letra, isto é, que a pessoa será livre do Purgatório no primeiro sábado após sua morte, “tudo que a Igreja, para explicar estas palavras, tem dito oficialmente em várias ocasiões, é que aqueles que cumprem as condições do Privilégio Sabatino serão, por intercessão de Nossa Senhora, libertos do Purgatório pouco tempo depois da morte, e especialmente no sábado” 6.
De qualquer modo, se formos fiéis em observar as palavras da Virgem Santíssima, Ela será muito mais fiel em observar as suas, como nos mostra o seguinte exemplo:
Durante umas missões, tocado pela graça divina, certo jovem deixou a má vida e recebeu o Escapulário. Tempos depois recaiu nos costumes desregrados, e de mau tornou-se pior. Mas, apesar disso, conservou o santo Escapulário. A Virgem Santíssima, sempre Mãe, atingiu-o com grave enfermidade. Durante ela, o jovem viu-se em sonhos diante do justíssimo tribunal de Deus, que devido às suas perfídias e má vida, o condenou à eterna danação. Em vão o infeliz alegou ao Sumo Juiz que portava o Escapulário de sua Mãe Santíssima.
— E onde estão os costumes que correspondem a esse Escapulário? — perguntou-lhe Este.
Sem saber o que responder, o desditoso voltou-se então para Nossa Senhora.
— Eu não posso desfazer o que meu Filho já fez — respondeu-lhe Ela.
— Mas, Senhora! — exclamou o jovem— Serei outro.
— Tu me prometes?
— Sim.
— Pois então vive.
Nesse momento o doente despertou, apavorado com o que vira e ouvira, fazendo votos de portar doravante mais seriamente o Escapulário de Maria. Com efeito, sarou e entrou para a Ordem dos Premonstratenses. Depois de vida edificante, entregou sua alma a Deus. Assim narram as crônicas dessa Ordem 7.
O Escapulário e Fátima
Tem o Escapulário alguma relação com Fátima?
Sim. Após a última aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria, surgiram aos olhos dos três videntes diversas cenas. Na primeira, ao lado de São José e tendo o Menino Jesus ao colo, Ela apareceu como Nossa Senhora do Rosário. Em seguida, junto a Nosso Senhor acabrunhado de dores a caminho do Calvário, surgiu como Nossa Senhora das Dores. Finalmente, gloriosa, coroada como Rainha do Céu e da Terra, a Santíssima Virgem apareceu como Nossa Senhora do Carmo, tendo o Escapulário à mão.
— Que pensa da razão por que Nossa Senhora apareceu com o Escapulário nesta última visão? — perguntaram a Lúcia em 1950.
— É que Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário — respondeu ela.
“E é por este motivo que o Rosário e o Escapulário, os dois sacramentais marianos mais privilegiados, mais universais, mais antigos e mais valiosos, adquirem hoje uma importância maior do que em nenhuma passada época da História” 8.
Viva Maria e Viva Santo Elias, o Profeta de fogo!
Notas:
1. Cfr. John Haffert, Maria na sua promessa do Escapulário, Edições Carmelo, Aveiro, Portugal, 1967, pp. 265-266.
2. Em latim, diz essa bela oração: “Flos Carmeli, Vitis florigera, Splendor Coeli, Virgo puerpera, Singularis; Mater mitis, sede viri nescia. Carmelitis da privilegia, Stella maris! (Flor do Carmelo, vide florífera, Esplendor do Céu, Virgem incomparável, Singular! Ó Mãe amável e sempre virgem, dai aos Carmelitas os privilégios de vossa proteção, Estrela do Mar!).
3. Les Petits Bollandistes, Bloud et Barral, Paris, 1882, p. 592.
4. Pe. Simón Ma. Besalduch, OCD, Enciclopedia del Escapulario del Carmen, Luis Gili Editor, Librería Cat. Barcelona.
5. John Haffert, op. cit., p. 34.
6. Id. ib., p. 112.
7. Enciclopedia del Escapulario, p. 167.
8. John Haffert, op. cit., pp. 272, 269.
Oração a Nossa Senhora do Carmo para alcançar uma graça
"Senhora do Carmo, Mãe da Família Carmelitana e Estrela do Mar, que o Santo Escapulário atraia sobre mim o Vosso olhar, seja ele o sinal de Vossa especial proteção nas dificuldades e desafios do Novo Milênio.
Virgem do Carmo, Mãe dos pobres e dos Mártires da América Latina, assim como ouvistes a súplica de Santa Teresa Benedita da Cruz e de São Simão, inclinai propício Vossos ouvidos às minhas preces e aos meus pedidos (fazer o pedido).
Rainha da Paz e Mãe dos Missionários, cobri-nos com o Vosso manto sagrado, revesti-nos com o Santo Escapulário. Graças Vos dou por me haverdes atendido."
(Ler Lc 1, 46-56 e rezar 1 Ave-Maria)
Magnificat(Lc 1, 46-56)
"Minha alma glorifica o Senhor,
Meu espírito exulta de alegria
Em Deus, meu salvador,
Porque olhou para sua pobre serva.
Por isso, desde agora,
Me proclamarão bem-aventurada todas as gerações,
Porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso
E cujo nome é Santo.
Sua misericórdia se estende, de geração em geração,
Sobre os que o temem.
Manifestou o poder do seu braço,
Desconcertou os corações dos soberbos.
Derrubou do trono os poderosos
E exaltou os humildes.
Saciou de bens os indigentes
e despediu de mãos vazias os ricos.
Acolheu a Israel, seu servo,
Lembrado da sua misericórdia,
Conforme prometera a nossos pais,
Em favor de Abraão e sua prosperidade, para sempre."
Ave Maria
"Ave Maria cheia de graça,
o Senhor é convosco,
bendita sois Vós entre as mulheres,
bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus.
Santa Maria Mãe de Deus,
rogai por nós pecadores,
agora e na hora do nosso desenlace.
Assim seja!"
Fontes/Referencias - Internet - sites acessados em 16 de julho de 2011, entre 11 e 12h:
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