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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

O monge e o peregrino

Conta um conhecido peregrino, que várias vezes já fez o Caminho de Santiago ...

 
Um "Caminho de Outono", no trajeto para a cidade de Castrojeriz, Espanha. Foto: Lais Castro Trajano
 

Num dia de sol suave, um peregrino caminhava pela longa trilha do Caminho de São Tiago de Compostela. Seus passos ressoavam no chão de terra batida, e o murmúrio distante dos riachos e o sussurrar do vento nas folhas traziam uma tranquilidade incomum à sua alma. O peregrino seguia em silêncio, refletindo sobre as voltas da vida, quando avistou, ao longe, um monge franciscano sentado à sombra de uma árvore. Ao se aproximar, o monge sorriu com serenidade e fez um sinal para que ele se sentasse ao seu lado.

— Paz e bem, irmão — saudou o monge, com voz suave. — Como vão seus passos?

— Vão bem, Frei Ludovico — respondeu o peregrino, já conhecendo de histórias anteriores a fama do sábio monge que vivia em retiro naquelas paragens. — Mas meu coração, às vezes, se agita, como se algo dentro de mim buscasse despertar, mas eu não soubesse bem como fazê-lo.

Frei Ludovico olhou para o horizonte e disse, quase como se estivesse conversando com a brisa:

— Há um grande presente que Cristo nos oferece, um presente feito de compaixão e amor. É como uma chuva de bênçãos que nos alcança, mas nem sempre estamos atentos. No silêncio do nosso caminhar, precisamos abrir nossos olhos e corações, intensificar a busca pelo conhecimento e liberar os sentimentos mais puros que mantemos escondidos.

O peregrino franziu o cenho, atento às palavras.

— E como posso abrir esse caminho, Frei?

— Cada um de nós — continuou o monge — é um semeador. A terra da nossa alma está pronta, mas depende de nós ará-la. Espalhe nela o amor, a fraternidade, a benevolência e o perdão. São esses os adubos que farão suas sementes crescerem e florescerem. E os frutos, meu amigo, são aqueles dos quais todos poderão se alimentar.

O peregrino baixou os olhos, meditando sobre o que ouvira.

— Mas como saberei se estou plantando corretamente? — perguntou ele.

Frei Ludovico sorriu, seus olhos brilhando com uma sabedoria antiga.

— Todas as nossas necessidades verdadeiras são atendidas pelo Pai — respondeu. — Ele nos envia lições, oportunidades para aprender, crescer e evoluir como espíritos. Mas cabe a nós, com esforço, perseverança e vontade, assimilá-las e colocá-las em prática. A dádiva de participar desse processo de regeneração, não apenas em nós, mas no mundo ao nosso redor, é algo que Cristo nos concedeu. Ele nos dá tudo o que precisamos para vencer nossa resistência e permitir que o bem e o amor desabrochem em nossos corações.

O peregrino sentiu uma paz profunda invadindo seu peito e, por um momento, tudo pareceu claro como a luz do sol que banhava a estrada.

— Façamos, então, a nossa parte — concluiu Frei Ludovico, levantando-se lentamente.

Antes de partir, o monge colocou a mão no ombro do peregrino e disse:

— Deixe-me ensinar-lhe uma oração que lhe trará força em sua jornada.

O peregrino, reverente, baixou a cabeça e ouviu as palavras que Frei Ludovico lhe transmitia com suavidade:

“Senhor, guia meus passos no caminho da Tua paz.
Que eu semeie o amor onde houver desamor,
Que eu espalhe a fraternidade onde houver solidão,
Que eu leve o perdão onde houver mágoa.
Dá-me força para arar a terra do meu coração,
E coragem para acolher os frutos que virão.
Que o Teu bem floresça em mim,
E que o Teu amor me transforme.
Amém.”

Com o coração renovado, o peregrino continuou seu caminho, agora com a certeza de que cada passo era um plantio, e cada plantio, uma colheita para a alma.

O conto é uma ficção, mas a mensagem é verdadeira,
Ronald Stresser, 23 de setembro de 2024. Com a luz do Padre Pio.



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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Um em Cristo - Teosofia Revelada, de Jakob Böhme

 

ESTUDANTE: Amado mestre, peço-te que me indique por que Cristo disse: "O que fizeste ao menor destes, a mim o fizeste; e o que não lhes fizeste a eles, também não o fizeste a mim".

MESTRE: Cristo reside real e essencialmente na fé daqueles que se entregam inteiramente a ele, e lhes dá sua carne como alimento e seu sangue para beber; possui assim o fundamento da sua fé, segundo o homem interior. Um cristão diz-se que é um ramo da videira de Cristo, e diz-se que é cristão porque Cristo habita espiritualmente nele; portanto, qualquer bem que alguém faça a esse cristão em suas necessidades corporais é feito também ao próprio Cristo que reside nele.

Pois tal cristão já não é o mesmo, mas está completamente resignado a Cristo e tornou-se sua possessão peculiar; portanto, a boa ação se faz a Cristo mesmo. Portanto, também quem retire sua ajuda desse cristão necessitado, jogue também Cristo longe de si, desprezando-o em seus membros.

Quando uma pessoa pobre, que pertence assim a Cristo, te pede algo, e você o nega na sua necessidade, você o nega a Cristo mesmo. Quando alguém goza e zomba de um cristão, ou o rejeita, tudo isto o faz com Cristo; mas aquele que o recebe, que lhe dá comida e bebida, ou que lhe dá abrigo e que o ajuda nas suas necessidades, fá-lo igualmente com Cristo. Mais ainda, ele faz isso a si mesmo se for cristão, pois todos nós somos um Cristo, como uma árvore e seus ramos.

Extraído do Livro: Teosofia Revelada - Jakob Böhme

De acordo com a teologia luterana, Böhme pregava que a humanidade tinha caído do estado de divina graça para um estado de pecado e sofrimento, que as forças do Mal incluíam os anjos caídos que tinham se rebelado contra Deus e que o objetivo de Deus era restaurar o mundo ao seu estado natural de graça.

Stresser

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Oração dos Jornalistas

"São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas e comunicadores, que com seu coração amável e espírito de caridade transformou tantos corações, rogai à Santíssima Trindade por nós, jornalistas independentes e democratas do campo progressista. Assim como os primeiros cristãos, hoje também somos perseguidos por defender a verdade, a justiça e a liberdade de expressão. 

Intercedei por nós, para que possamos seguir firmes em nossa missão de informar com coragem, clareza e integridade, resistindo às injustiças e aos ataques que tentam silenciar nossas vozes. Que o amor que vos guiou também nos inspire a lutar por uma sociedade mais justa e solidária. Amém."



Sobre São Francisco de Sales

São Francisco de Sales é uma figura marcante da Igreja Católica, celebrado como Doutor da Igreja e padroeiro dos surdos, jornalistas e escritores. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 24 de janeiro, data que também marca a divulgação da mensagem anual para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, um reconhecimento à sua influência no mundo da comunicação e sua vida dedicada à transmissão da fé e da palavra.

Nascido em 1567, na Sabóia, São Francisco de Sales foi um exemplo de paciência, amabilidade e persistência. Ele trabalhou arduamente para dominar sua ira e converter muitos ao catolicismo através de sua pregação serena e amorosa, sendo um dos primeiros a utilizar folhetos e escritos para espalhar o Evangelho. Por sua vida dedicada à escrita e à comunicação, a Igreja o escolheu como padroeiro dos profissionais dessas áreas, em especial dos jornalistas, que, assim como ele, têm a missão de informar e difundir a verdade.

Além disso, São Francisco de Sales é também conhecido como padroeiro dos surdos, pois, na sua época, foi pioneiro no ensino da doutrina cristã a pessoas com deficiência auditiva, rompendo barreiras e trazendo luz e inclusão. Sua vida inspira os comunicadores a atuar com empatia, verdade e fé em todas as circunstâncias.

Folhetos distribuídos por debaixo das portas (ijnet)

A história de Francisco e de seu trabalho consagrado à comunicação situa-se no final do século 16. Tudo se passa na região fria e montanhosa dos Alpes do antigo ducado de Savoia, naquela época um estado independente. Partes da Europa viviam revoluções religiosas e sociais, entre elas, conflitos entre cristãos católicos e cristãos protestantes. “Uma parte deste ducado [de Savoia] não era católico; era protestante. Havia mais ou menos umas vinte e cinco mil pessoas e o duque exigiu do bispo que aquela parte fosse católica” diz o padre Tarcizio Paulo Odelli, que estuda a vida e a obra de São Francisco de Sales desde 2004. “Então Francisco vai como um missionário e, durante três anos, faz um trabalho muito difícil. Ele vai tentar converter estas pessoas para o catolicismo”.

Ronald Stresser, jornalista e deficiente auditivo.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Òrúnmìlà é Oxalá?

Não, Òrúnmìlà não é Oxalá, mas é um orixá, ou divindade, da mitologia iorubá.

Òrúnmìlà é conhecido como o senhor dos destinos e da prudência, e é responsável por controlar e conhecer todos os destinos do mundo e do universo.

Ele também comanda todos os oráculos, especialmente o Ifá, que é um conjunto de símbolos e ensinamentos chamados de Odù. Òrúnmìlà também é conhecido por outros nomes, como Eléri Ìpín (o testemunho do destino), Ibìkéjì Olódùmarè (o vice de Deus) e Gbàiyégbòrún (aquele que está no céu e na terra).

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