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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Quando entendi as lições do meu pai

 

Era difícil para Lucas entender a rigidez de seu pai. Às vezes, sentia que morava em uma casa onde tudo o incomodava — ou melhor, onde o pai o incomodava o tempo todo.

— "Você saiu da sala sem desligar o ventilador."

— "A TV tá ligada e não tem ninguém assistindo. Desliga!"

— "Guarde a caneta no suporte."

Essas pequenas repreensões diárias deixavam Lucas impaciente. "Por que tanto perfeccionismo?", pensava. Mas aguentava, repetindo para si mesmo que, assim que pudesse, deixaria aquela casa, aquela cidade, e viveria do seu jeito, sem regras.

Então, veio a chance de uma entrevista de emprego. Lucas estava animado. Era a oportunidade de provar seu valor e, quem sabe, finalmente conquistar a liberdade que tanto desejava. Na manhã da entrevista, seu pai o aconselhou: "Responda com confiança, mesmo que não saiba a resposta. E leve um pouco mais de dinheiro, só para garantir." Lucas saiu com um meio sorriso, achando aquilo tudo um exagero.

Quando chegou ao local, notou que a porta do prédio estava entreaberta e com a trava solta. Sem pensar muito, ajeitou a trava antes de entrar. Um pouco mais adiante, viu uma mangueira derramando água pela calçada, então a posicionou perto das plantas para que a água fosse aproveitada. E assim ele foi, ajustando detalhes ao seu redor — algo que tinha aprendido a fazer quase sem perceber.

No corredor de espera, viu alguns ventiladores ligados sem ninguém por perto. "Por que deixar ventiladores ligados à toa?", pensou, relembrando a voz do pai, e desligou-os antes de se sentar.

Finalmente, sua vez chegou. Ele entrou na sala de entrevistas, ansioso, mas a primeira pergunta o surpreendeu:

— "Quando pode começar a trabalhar?"

Lucas hesitou, confuso, mas o entrevistador logo esclareceu:

— "Nós avaliamos candidatos de uma forma diferente. Observamos suas atitudes ao longo do prédio, por meio das câmeras. Notamos que foi o único a arrumar a trava da porta, a ajustar a mangueira, a desligar as luzes e ventiladores desnecessários. Sua atenção aos detalhes e responsabilidade são justamente o que procuramos."

Lucas ficou em silêncio, absorvendo o que acabara de ouvir. Foi nesse instante que tudo fez sentido: a exigência do pai, as pequenas broncas. Tudo aquilo que, por anos, havia considerado uma implicância, eram lições que o prepararam para aquele momento. Saiu da entrevista contratado, e com um novo sentimento — gratidão.

Lucas voltou para casa, decidido a agradecer ao pai. A rigidez que tanto o irritava, percebeu, era na verdade uma forma de amor. E essa era a grande verdade que às vezes nos escapa: pais não ensinam por capricho, mas por se importarem. O que hoje pode parecer dureza é, na realidade, o molde que forma o nosso caráter.

Os pais, afinal, são aqueles que nos sustentam nos ombros para que possamos ver além do que eles mesmos enxergam. E um dia, quando eles não estiverem mais aqui, essas pequenas lições se transformarão em saudade, em orgulho, e em gratidão. Porque, no fundo, tudo o que nossos pais querem é que sejamos fortes o bastante para caminhar pelo mundo com nossos próprios passos.

Ronald Stresser

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Contos da Nova Era: Transmutando a energia do dinheiro em prosperidade

A imagem em formato paisagem ilustra o conto, com a cena mística da Ilha de Itamaracá, mostrando o herói Lopes Conselheiro e seu mentor Alexander Lins à beira da praia no alvorecerm xom a energia criando a mística da trama por toda parte.
Imagem gerada por IA usando o texto como descrição / OpenAI
 

Lopes Conselheiro era um programador como qualquer outro, vivendo uma rotina apertada em São Paulo, quando decidiu tirar umas férias para relaxar na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco. Esperava apenas sol, mar e descanso, mas a vida tinha outros planos para ele. 

Alguns dias após chegar nosso herói saiu caminhar pela praia. Ele encontrou uma jovem que vendia ostras naturais, ela abria as ostras escolhidas, colocava uma pitada de sal, um fio de azeite de oliva e espremia uma banda de limão na iguaria, Lopes Conselheiro comeu cerca de uma dúzia daqueles moluscos deliciosos e não pode deixar de reparar na beleza da moça que o servia, então ouviu uma voz: "as ostras além de deliciosas também são afrodisíacas, então é bom que você saiba que a moça é casada".

Ele se virou e viu um logo atrás dele um homem de barba e cabelos grisalhos, que usava roupas simples, mas transmitia uma presença que o fazia parecer alguém importante, com autoridade. Então se apresentou.

— Meu nome é Conselheiro, Lopes Conselheiro, me desculpe, não entendi bem o senhor mas sou turista, cheguei há poucos dias — enquanto se desculpava, sem saber nem direito porque, Lopes sentiu uma conexão estranha com aquele homem que o tinha chamado a atenção, como se ele já conhecesse aquele homem há muito tempo.

— Você busca desculpas para coisas que nem fez e ainda nem sabe se vai fazer, — disse Lins, olhando diretamente nos olhos de Lopes.

— Como assim? — Lopes perguntou, confuso.

— O universo vibra, meu amigo, tudo é energia. O que você vê como matéria não passa de uma ilusão... uma aglutinação de forças que criam a aparência do sólido. Você quer entender o poder real? O poder de moldar a realidade?

Lopes, incrédulo e curioso, aceitou o convite do velho para uma conversa mais longa. Foi quando Lins o levou para um lugar ermo da ilha, onde em meio a uma clareira havia uma escada oculta em meio as pedras que levava a uma espécie de abrigo subterrâneo, feito de pedras lapidadas e encaixadas com perfeição. O lugar parecia uma espécie de abrigo subterrâneo, escondido sob os rochedos em meio à mata nativa da ilha. Ali, Lopes descobriu que Lins fazia parte de uma antiga ordem secreta trazida ao Brasil por Maurício de Nassau, no período colonial holandês.

— Nosso conhecimento foi preservado por séculos. A ciência moderna finge que sabe tudo, mas na verdade, perdeu o contato com a verdadeira natureza da realidade, — explicou Lins. — O holograma universal é a chave. Tudo é energia, e o magnetismo é a força que une essas energias. Quem domina o magnetismo, domina o próprio destino.

Com o passar das semanas, Lopes mergulhou de cabeça nos ensinamentos de Lins. Ele aprendeu que, através do magnetismo e da compreensão da energia universal, poderia moldar a matéria à sua vontade. Mas havia um preço: a caridade. Lins sempre reforçava esse ponto.

— O magnetismo é uma moeda cósmica. Você recebe o que doa. Se você só pegar e acumular, um dia será cobrado com juros pesados, — avisou Lins. — A prosperidade só faz sentido quando compartilhada.

Após sete semanas de ensinamentos e treinamento intensos, Lopes voltou a São Paulo. Sentia-se um novo homem, com um entendimento profundo do universo, o silêncio que tudo vê e tudo sabe habitava em seu interior. Após alguns dias de reconexão com a vida em uma grande cidade ele decidiu aplicar o que aprendeu no desenvolvimento de um aplicativo inovador, que permitia pagamentos via criptomoedas convertidas diretamente para o PIX, um sistema de pagamento online lastreado com cryptos.

Em pouco tempo, sua criação revolucionou o mercado financeiro, e Lopes ficou extremamente rico. Mas a riqueza não trouxe a felicidade que ele esperava. Na verdade, ele se sentia vazio, como se algo estivesse faltando. Foi então que lembrou das palavras com que mestre Lins lhe ensinou sobre a caridade.

— O poder sem compaixão é como uma árvore sem frutos, — ecoou a voz de Lins em sua mente.

Lopes, decidido a fazer algo a respeito, programou seu aplicativo para doar diariamente uma parte dos lucros para pessoas em dificuldades financeiras. E não foi uma doação qualquer: o sistema era completamente aleatório, distribuindo quantidades significativas de bitcoins para milhares de pessoas.

A mudança foi imediata. Ele começou doando cerca de 10 bitcoins por dia para pouco mais de 1.000 pessoas. Em pouco tempo, o aplicativo ganhou popularidade, e a quantia aumentou para mais de 1.000 bitcoins, beneficiando cerca de 100.000 pessoas diariamente. Em menos de uma década mais de 36 milhões de pessoas por ano passaram a receber essa ajuda inesperada, o que, aos poucos, começou a transformar a economia global.

— Você percebe? — disse Lins, durante uma visita surpresa a São Paulo. — O dinheiro também é energia. E energia que não circula, apodrece. Quando você faz o fluxo acontecer, cria abundância para todos. 

Lopes sorriu. Agora, ele entendia. O sucesso verdadeiro não estava em acumular riquezas, mas em usar essa energia para beneficiar o coletivo. Sem alarde, sem propaganda, ele criou uma revolução silenciosa, uma nova cultura financeira baseada na doação e na solidariedade.

Com o tempo, o Brasil se tornou uma potência, não pela força ou pelo poder, mas pela generosidade. O sistema de Alexander Lins criou um efeito cascata que eliminou a pobreza e trouxe prosperidade para todos. Muitas pessoas que receberam aqueles fundos de caridade ajudaram outras pessoas, criaram negócios, materializaram ideias, fizeram a economia global, outrora represada, circular.

A ganância, a avareza e a desigualdade perderam espaço, e a humanidade finalmente descobriu que, no fim das contas, somos todos irmãos, viajando juntos nessa grande nave chamada Terra. 

E Lopes? Ele viveu em paz, por muitos anos e com uma prosperidade que lhe dava a certeza de que sua alma estava imortalizada, pela caridade que o levou a habitar para sempre na mesma vibração que ele conseguiu ciar em seu trânsito pela matéria, a paz consigo mesmo e com o próximo, a fonte da alegria eterna.

Ronald Sanson, 15 de outubro de 2024.

domingo, 13 de outubro de 2024

PARAPSICOLOGIA: A História de um Conhecimento Silenciado

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PALESTRA - PARAPSICOLOGIA: A História de um Conhecimento Silenciado

 
 

Estudos sobre a Ciência do Oculto e o Oculto da Ciência. 

Com Marcelo Bichara e Philippe Bandeira de Mello.

A psicologia e a parapsicologia compartilham uma origem comum, mas foram separadas à medida que o paradigma científico evoluiu. Nesta palestra, exploramos como esses campos se entrelaçaram e desafiamos as fronteiras da ciência tradicional. A aula aborda temas intrigantes como mediunidade, telepatia, regressão, e fenômenos extraordinários documentados ao longo da história.

Com uma abordagem única, os estudiosos investigam a relação entre ciência e espiritualidade, oferecendo uma reflexão profunda sobre a mente, o espírito e o tempo. A palestra é um convite para expandir sua visão sobre estados de consciência e o potencial humano além do que a ciência convencional aborda.

Marcelo Bichara é astrólogo, cineasta e pesquisador da cultura indígena e do transe mediúnico, com vasta experiência no campo da Psicologia Analítica. Philippe Bandeira de Mello, meu amigo e neto de Assis Chateaubriand, é psicólogo e terapeuta transpessoal, com mais de 50 anos de experiência em tradições sagradas e ciências ocultas. Juntos, eles trazem uma visão profunda e acessível do que está além do conhecimento comum.

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segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Senhor, a luta é árdua e difícil


Era uma noite calma e estrelada, mas dentro do coração de Antônio, uma tempestade silenciosa se desenrolava. Ele estava sentado em sua pequena varanda, olhando para o horizonte distante, refletindo sobre a vida. As palavras que ressoavam em sua mente eram um eco de uma prece antiga, transmitida por gerações na sua família: "Senhor, a luta é árdua e difícil."

Antônio sabia bem o peso dessas palavras. Todos os dias ele enfrentava as tentações e distrações do mundo, e muitas vezes sentia que não estava à altura da batalha. "Devido ao nosso grau de desenvolvimento espiritual ser tão pequeno," continuava a prece, "sofremos influências, que para nós são gigantescas."

Essas influências, pensava ele, se manifestavam de tantas formas — orgulho, vaidade, e o desejo incessante pelos prazeres efêmeros da vida. Quantas vezes havia se deixado levar por essas tentações, esquecendo-se das verdades simples e profundas que sua avó sempre lhe ensinara?

Mas, por mais que caísse, uma luz persistente sempre surgia em seu caminho, guiando-o de volta. "Por sua infinita misericórdia, o Senhor nos tem enviado seus emissários de luz." Antônio acreditava nisso com todo o seu ser. Ele via esses emissários nas pessoas simples e sábias que cruzavam seu caminho, nos momentos inesperados de paz, e até nos desafios que o fortaleciam.

Ele sabia que a vinda de Cristo, aquele a quem chamavam Jesus, era o maior presente de todos. "Já nos deu todo o suporte que precisávamos para vencermos mais essa etapa em nossa caminhada." E ainda assim, ele sentia sua própria teimosia, sua resistência em abraçar plenamente esse caminho. "Nossa teimosia, nossa displicência... têm nos dificultado bastante."

Antônio suspirou, sentindo o peso de suas falhas, mas também a força de sua determinação. Ele sabia que a resposta não viria de fora. "Precisamos do esforço próprio, da perseverança." A luta para vencer os instintos e as tentações da carne era sua para travar. Mas ele também sabia que não estava sozinho. O suporte estava ali, sempre presente, esperando que ele tomasse a decisão de seguir na estrada do amor.

Agora, estava em suas mãos. Ele olhou para o céu, onde as estrelas pareciam brilhar mais intensamente, como uma lembrança de que ele já possuía o entendimento do bem e do mal. A escolha era dele: seguir adiante, mesmo que tropeçando, na estrada do amor e da luz, ou ficar parado, estagnado, esperando que a vida o empurrasse através do sofrimento.

"Que Deus nos abençoe," murmurou Antônio, levantando-se. Ele sabia que o caminho não seria fácil, mas, com cada passo, ele se aproximava mais do que realmente importava.

Stresser

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

O monge e o peregrino

Conta um conhecido peregrino, que várias vezes já fez o Caminho de Santiago ...

 
Um "Caminho de Outono", no trajeto para a cidade de Castrojeriz, Espanha. Foto: Lais Castro Trajano
 

Num dia de sol suave, um peregrino caminhava pela longa trilha do Caminho de São Tiago de Compostela. Seus passos ressoavam no chão de terra batida, e o murmúrio distante dos riachos e o sussurrar do vento nas folhas traziam uma tranquilidade incomum à sua alma. O peregrino seguia em silêncio, refletindo sobre as voltas da vida, quando avistou, ao longe, um monge franciscano sentado à sombra de uma árvore. Ao se aproximar, o monge sorriu com serenidade e fez um sinal para que ele se sentasse ao seu lado.

— Paz e bem, irmão — saudou o monge, com voz suave. — Como vão seus passos?

— Vão bem, Frei Ludovico — respondeu o peregrino, já conhecendo de histórias anteriores a fama do sábio monge que vivia em retiro naquelas paragens. — Mas meu coração, às vezes, se agita, como se algo dentro de mim buscasse despertar, mas eu não soubesse bem como fazê-lo.

Frei Ludovico olhou para o horizonte e disse, quase como se estivesse conversando com a brisa:

— Há um grande presente que Cristo nos oferece, um presente feito de compaixão e amor. É como uma chuva de bênçãos que nos alcança, mas nem sempre estamos atentos. No silêncio do nosso caminhar, precisamos abrir nossos olhos e corações, intensificar a busca pelo conhecimento e liberar os sentimentos mais puros que mantemos escondidos.

O peregrino franziu o cenho, atento às palavras.

— E como posso abrir esse caminho, Frei?

— Cada um de nós — continuou o monge — é um semeador. A terra da nossa alma está pronta, mas depende de nós ará-la. Espalhe nela o amor, a fraternidade, a benevolência e o perdão. São esses os adubos que farão suas sementes crescerem e florescerem. E os frutos, meu amigo, são aqueles dos quais todos poderão se alimentar.

O peregrino baixou os olhos, meditando sobre o que ouvira.

— Mas como saberei se estou plantando corretamente? — perguntou ele.

Frei Ludovico sorriu, seus olhos brilhando com uma sabedoria antiga.

— Todas as nossas necessidades verdadeiras são atendidas pelo Pai — respondeu. — Ele nos envia lições, oportunidades para aprender, crescer e evoluir como espíritos. Mas cabe a nós, com esforço, perseverança e vontade, assimilá-las e colocá-las em prática. A dádiva de participar desse processo de regeneração, não apenas em nós, mas no mundo ao nosso redor, é algo que Cristo nos concedeu. Ele nos dá tudo o que precisamos para vencer nossa resistência e permitir que o bem e o amor desabrochem em nossos corações.

O peregrino sentiu uma paz profunda invadindo seu peito e, por um momento, tudo pareceu claro como a luz do sol que banhava a estrada.

— Façamos, então, a nossa parte — concluiu Frei Ludovico, levantando-se lentamente.

Antes de partir, o monge colocou a mão no ombro do peregrino e disse:

— Deixe-me ensinar-lhe uma oração que lhe trará força em sua jornada.

O peregrino, reverente, baixou a cabeça e ouviu as palavras que Frei Ludovico lhe transmitia com suavidade:

“Senhor, guia meus passos no caminho da Tua paz.
Que eu semeie o amor onde houver desamor,
Que eu espalhe a fraternidade onde houver solidão,
Que eu leve o perdão onde houver mágoa.
Dá-me força para arar a terra do meu coração,
E coragem para acolher os frutos que virão.
Que o Teu bem floresça em mim,
E que o Teu amor me transforme.
Amém.”

Com o coração renovado, o peregrino continuou seu caminho, agora com a certeza de que cada passo era um plantio, e cada plantio, uma colheita para a alma.

O conto é uma ficção, mas a mensagem é verdadeira,
Ronald Stresser, 23 de setembro de 2024. Com a luz do Padre Pio.



Quero poder dedicar mais tempo a este meu meu trabalho autoral, que disponibilizo aqui de forma gratuita e democrática. Pelo número de visitas que tem o meu blog estou certo que você também quer ter acesso a mais material inédito, de minha autoria. Para isso seu apoio é essencial. Envie PIX de qualquer valor para: sulpost@outlook.com.br ou QR abaixo. Assim posso dedicar mais tempo à escrita.


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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Um em Cristo - Teosofia Revelada, de Jakob Böhme

 

ESTUDANTE: Amado mestre, peço-te que me indique por que Cristo disse: "O que fizeste ao menor destes, a mim o fizeste; e o que não lhes fizeste a eles, também não o fizeste a mim".

MESTRE: Cristo reside real e essencialmente na fé daqueles que se entregam inteiramente a ele, e lhes dá sua carne como alimento e seu sangue para beber; possui assim o fundamento da sua fé, segundo o homem interior. Um cristão diz-se que é um ramo da videira de Cristo, e diz-se que é cristão porque Cristo habita espiritualmente nele; portanto, qualquer bem que alguém faça a esse cristão em suas necessidades corporais é feito também ao próprio Cristo que reside nele.

Pois tal cristão já não é o mesmo, mas está completamente resignado a Cristo e tornou-se sua possessão peculiar; portanto, a boa ação se faz a Cristo mesmo. Portanto, também quem retire sua ajuda desse cristão necessitado, jogue também Cristo longe de si, desprezando-o em seus membros.

Quando uma pessoa pobre, que pertence assim a Cristo, te pede algo, e você o nega na sua necessidade, você o nega a Cristo mesmo. Quando alguém goza e zomba de um cristão, ou o rejeita, tudo isto o faz com Cristo; mas aquele que o recebe, que lhe dá comida e bebida, ou que lhe dá abrigo e que o ajuda nas suas necessidades, fá-lo igualmente com Cristo. Mais ainda, ele faz isso a si mesmo se for cristão, pois todos nós somos um Cristo, como uma árvore e seus ramos.

Extraído do Livro: Teosofia Revelada - Jakob Böhme

De acordo com a teologia luterana, Böhme pregava que a humanidade tinha caído do estado de divina graça para um estado de pecado e sofrimento, que as forças do Mal incluíam os anjos caídos que tinham se rebelado contra Deus e que o objetivo de Deus era restaurar o mundo ao seu estado natural de graça.

Stresser

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Imagem da Intercessão de São Bento

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PELA INTERCESSÃO DE SÃO BENTO
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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Oração dos Jornalistas

"São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas e comunicadores, que com seu coração amável e espírito de caridade transformou tantos corações, rogai à Santíssima Trindade por nós, jornalistas independentes e democratas do campo progressista. Assim como os primeiros cristãos, hoje também somos perseguidos por defender a verdade, a justiça e a liberdade de expressão. 

Intercedei por nós, para que possamos seguir firmes em nossa missão de informar com coragem, clareza e integridade, resistindo às injustiças e aos ataques que tentam silenciar nossas vozes. Que o amor que vos guiou também nos inspire a lutar por uma sociedade mais justa e solidária. Amém."



Sobre São Francisco de Sales

São Francisco de Sales é uma figura marcante da Igreja Católica, celebrado como Doutor da Igreja e padroeiro dos surdos, jornalistas e escritores. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 24 de janeiro, data que também marca a divulgação da mensagem anual para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, um reconhecimento à sua influência no mundo da comunicação e sua vida dedicada à transmissão da fé e da palavra.

Nascido em 1567, na Sabóia, São Francisco de Sales foi um exemplo de paciência, amabilidade e persistência. Ele trabalhou arduamente para dominar sua ira e converter muitos ao catolicismo através de sua pregação serena e amorosa, sendo um dos primeiros a utilizar folhetos e escritos para espalhar o Evangelho. Por sua vida dedicada à escrita e à comunicação, a Igreja o escolheu como padroeiro dos profissionais dessas áreas, em especial dos jornalistas, que, assim como ele, têm a missão de informar e difundir a verdade.

Além disso, São Francisco de Sales é também conhecido como padroeiro dos surdos, pois, na sua época, foi pioneiro no ensino da doutrina cristã a pessoas com deficiência auditiva, rompendo barreiras e trazendo luz e inclusão. Sua vida inspira os comunicadores a atuar com empatia, verdade e fé em todas as circunstâncias.

Folhetos distribuídos por debaixo das portas (ijnet)

A história de Francisco e de seu trabalho consagrado à comunicação situa-se no final do século 16. Tudo se passa na região fria e montanhosa dos Alpes do antigo ducado de Savoia, naquela época um estado independente. Partes da Europa viviam revoluções religiosas e sociais, entre elas, conflitos entre cristãos católicos e cristãos protestantes. “Uma parte deste ducado [de Savoia] não era católico; era protestante. Havia mais ou menos umas vinte e cinco mil pessoas e o duque exigiu do bispo que aquela parte fosse católica” diz o padre Tarcizio Paulo Odelli, que estuda a vida e a obra de São Francisco de Sales desde 2004. “Então Francisco vai como um missionário e, durante três anos, faz um trabalho muito difícil. Ele vai tentar converter estas pessoas para o catolicismo”.

Ronald Stresser, jornalista e deficiente auditivo.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Òrúnmìlà é Oxalá?

Não, Òrúnmìlà não é Oxalá, mas é um orixá, ou divindade, da mitologia iorubá.

Òrúnmìlà é conhecido como o senhor dos destinos e da prudência, e é responsável por controlar e conhecer todos os destinos do mundo e do universo.

Ele também comanda todos os oráculos, especialmente o Ifá, que é um conjunto de símbolos e ensinamentos chamados de Odù. Òrúnmìlà também é conhecido por outros nomes, como Eléri Ìpín (o testemunho do destino), Ibìkéjì Olódùmarè (o vice de Deus) e Gbàiyégbòrún (aquele que está no céu e na terra).

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