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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Salmo LXXVII: “Será que Deus mudou?”

Salmo 77: "1. Levanto a Deus a minha voz; a Deus levanto a minha voz, para que ele me ouça.  2. No dia da minha angústia busco ao Senhor; de noite a minha mão fica estendida e não se cansa; a minha alma recusa ser consolada.  3. Lembro-me de Deus, e me lamento; queixo-me, e o meu espírito desfalece.  4. Conservas vigilantes os meus olhos; estou tão perturbado que não posso falar.  5. Considero os dias da antigüidade, os anos dos tempos passados.  6. De noite lembro-me do meu cântico; consulto com o meu coração, e examino o meu espírito.  7. Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável?  8. Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se a sua promessa para todas as gerações?  9. Esqueceu-se Deus de ser compassivo? Ou na sua ira encerrou ele as suas ternas misericórdias?  10. E eu digo: Isto é minha enfermidade; acaso se mudou a destra do Altíssimo?  11. Recordarei os feitos do Senhor; sim, me lembrarei das tuas maravilhas da antigüidade.  12. Meditarei também em todas as tuas obras, e ponderarei os teus feitos poderosos.  13. O teu caminho, ó Deus, é em santidade; que deus é grande como o nosso Deus?  14. Tu és o Deus que fazes maravilhas; tu tens feito notória a tua força entre os povos.  15. Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José.  16. As águas te viram, ó Deus, as águas te viram, e tremeram; os abismos também se abalaram.  17. As nuvens desfizeram-se em água; os céus retumbaram; as tuas flechas também correram de uma para outra parte.  18. A voz do teu trovão estava no redemoinho; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu.  19. Pelo mar foi teu caminho, e tuas veredas pelas grandes águas; e as tuas pegadas não foram conhecidas.  20. Guiaste o teu povo, como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Arão."

Leia, ore, medite e recite o Salmo 77 para atrair o equilíbrio entre corpo e espírito, alcançar a sabedoria e descobrir a sua verdadeira vocação. No versículo 13, o salmista resolve se afastar de sua dor, e transferir o foco para as obras e milagres de Deus. Ao questionar “que deus é tão grande como o nosso Deus?”, Asafe se lembra que nenhum outro deus pode ser comparado ao Altíssimo.

O Salmo 77 mostra que é possível, ao reconhecer a necessidade de Deus, correr para Ele e não ser saciado ou consolado, simplesmente porque o indivíduo recusou-se deixar consolar-se por Ele (vs. 1-2). Dessa forma, palavras de conforto, por melhores que sejam, podem não surtir efeito algum ao que se recusa ser consolado, ainda que seja pelo próprio Deus. Asafe não desistiu, pelo contrário, ele permitiu que o seu espírito fosse elevado a Deus e sua mente se concentrasse nos santos caminhos do Senhor. Ele reviveu a redenção como um ato miraculoso de Deus depois de considerar os milagres que Deus já fez (vs. 3-15). 

O Salmo Setenta e Sete é muito indicado para combater a falta ou mesmo o excesso de religiosidade — atrair o equilíbrio entre corpo e espírito; evitar invasão de privacidade, desrespeito à vida alheia, usar os conhecimentos da fé para explorar os outros.

É um salmo especial para o equilíbrio mental e físico. Historicamente ele também é muito usado como apelo, nos casos de epidemias, doenças transmitidas por animais, insetos, vírus ou problemas decorrentes de má alimentação e falta de vontade. É um clamor poderoso para quem sonha com uma velhice feliz. Porque a força deste salmo está na certeza de que Deus ouve, e, de acordo com a necessidade de cada um, age através de Sua Providência Divina.

Ao ler o salmo medite sobre a grandeza de Deus e Seu poder, reflita a respeito dos milagres e bênçãos que diariamente o Senhor opera na vida de todos, e como a proteção divina é maravilhosa. Agradeça ao Senhor por nunca deixar você só. Mesmo que possa não parecer, Ele está sempre conosco e jamais nos abandona.

Em oração junto com o Salmo 77, clamamos a Deus para que Ele nos alivie em nossas aflições e traga novos tempos delas, saúde, prosperidade e alegria.


Salmo 77:  Salmo de Asafe ao regente do coro — para confissão


1. Levanto a Deus a minha voz; a Deus levanto a minha voz, para que ele me ouça.

2. No dia da minha angústia busco ao Senhor; de noite a minha mão fica estendida e não se cansa; a minha alma recusa ser consolada.

3. Lembro-me de Deus, e me lamento; queixo-me, e o meu espírito desfalece.

4. Conservas vigilantes os meus olhos; estou tão perturbado que não posso falar.

5. Considero os dias da antigüidade, os anos dos tempos passados.

6. De noite lembro-me do meu cântico; consulto com o meu coração, e examino o meu espírito.

7. Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável?

8. Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se a sua promessa para todas as gerações?

9. Esqueceu-se Deus de ser compassivo? Ou na sua ira encerrou ele as suas ternas misericórdias?

10. E eu digo: Isto é minha enfermidade; acaso se mudou a destra do Altíssimo?

11. Recordarei os feitos do Senhor; sim, me lembrarei das tuas maravilhas da antigüidade.

12. Meditarei também em todas as tuas obras, e ponderarei os teus feitos poderosos.

13. O teu caminho, ó Deus, é em santidade; que deus é grande como o nosso Deus?

14. Tu és o Deus que fazes maravilhas; tu tens feito notória a tua força entre os povos.

15. Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José.

16. As águas te viram, ó Deus, as águas te viram, e tremeram; os abismos também se abalaram.

17. As nuvens desfizeram-se em água; os céus retumbaram; as tuas flechas também correram de uma para outra parte.

18. A voz do teu trovão estava no redemoinho; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu.

19. Pelo mar foi teu caminho, e tuas veredas pelas grandes águas; e as tuas pegadas não foram conhecidas.

20. Guiaste o teu povo, como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Arão.







terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Emmanuel: 'Carta de Ano Novo' - Psicografia de Chico Xavier

“Ano Novo é também a renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir.  O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para a necessária ascensão.  Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir.  Se tens algum inimigo, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.  Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para a frente.  Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.  Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido.  Novo Ano! Novo Dia!  Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.  Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino.  Não maldigas, nem condenes.  Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.  Não te desanimes, nem te desconsoles.  Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.  Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: 'Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração'” - Chico Xavier e Emmanuel

“Ano Novo é também a renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir.

O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para a necessária ascensão.

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir.

Se tens algum inimigo, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.

Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para a frente.

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.

Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido.

Novo Ano! Novo Dia!

Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.

Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino.

Não maldigas, nem condenes.

Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.

Não te desanimes, nem te desconsoles.

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: 'Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração'.”


Francisco Cândido Xavier e Emmanuel
Do livro 'Vida e Caminho' - Capítulo 17




sábado, 25 de dezembro de 2021

Como Praticar a Meditação com o Mantra Mental 'SoHam'?

Praticando: a meditação em SoHam (repetindo 'So' ao inspirar e 'Ham' ao expirar) pode ser combinada com vantagem com Shámbhavi Mudrá (que é fechar os olhos e dirigi-los gentilmente ao ponto entre as sobrancelhas), como recomenda o próprio Swami Sivananda.   Ou ainda poderá combinar a repetição do mantra composto 'SoHam Hamsah – Hamsah SoHam' com Shámbhavi. Inicie com 10 minutos diários, e depois de alguns meses de prática poderá aumentar vagarosamente o tempo de meditação, tendo o cuidado de descansar ao sentir-se fatigado. O cérebro será refrescado e a força mental ficará concentrada em Ajna Chakra (o ponto de energia entre as sobrancelhas)

SoHam significa 'Eu sou Ele' ou 'Eu Sou Brahman' (Eu Sou Deus). 'Sah' significa 'Ele'. 'Aham' significa 'Eu'. Este é o maior de todos os Mantras. Este é o Mantra dos Paramahamsa Sannyasins. Este é um Abheda-Bodha-Vakya que significa a identidade da alma individual com a Alma Universal.

Meditação em 'SoHam/SoHum' é o mesmo que meditação em 'OM'. Alguns repetem um mantra composto 'Hamsah Soham – Soham Hamsah'. Diga: 'Não sou este corpo, mente ou Prana. Sou o Absoluto, Sou o Absoluto - So Ham, So Ham!'

Repita este Mantra mentalmente¹. Sinta em seu coração que você é a Alma Universal. Apenas então todos os benefícios da repetição deste Mantra serão percebidos por você. A mera repetição mecânica não vai ajudar muito. Ela tem alguns benefícios, mas os benefícios máximos só podem ser percebidos com o sentimento.

Destrua todas as falsas impressões, as falsas imaginações, todas as fraquezas, todas as superstições e todos os medos vãos. Ainda que esteja nas mandíbulas de um tigre, ruja poderosamente 'So Ham, So Ham, So Ham, não sou este corpo!' mesmo que não tenha nada para comer, mesmo se estiver desempregado, diga com grande força e poder, 'So Ham, So Ham'.

É a ignorância que lhe trouxe as limitações através da identificação com o corpo. Penetre o véu da ignorância. Descanse em sua natureza essencial Satchidananda através da força da meditação no mantra So Ham!

A alma individual repete este mantra 21.600 vezes por dia. Mesmo durante o sono a repetição de So Ham continua por si mesma. Observe a respiração com cuidado e saberá. Quando inala, o som 'So' é produzido. Quando exala, 'Ham' é produzido. Repita 'So' mentalmente quando inala, 'Ham' mentalmente quando exala. Pratique isto duas horas de manhã e à noite. Você deve praticar esta meditação 24 horas por dia quando avançar no caminho espiritual (Sadhana). Não haverá necessidade de dormir (inconscientemente).

A repetição do mantra composto 'Hamsah So Ham – So Ham Hamsah', cria uma impressão profunda. O famoso Sri Sheshadri Swami de Tiruvannamalai (que foi contemporâneo de Sri Rámana Maharshi) costumava repetir este mantra composto. Quando andava pelas ruas e pelo comércio da cidade, ele repetia este mantra. Meditava neste mantra composto. A repetição de 'Hamsah Soham – Soham Hamsah', dá mais força. Isso intensifica a força do Mantra.

No começo de sua prática, simplesmente observe a respiração de vez em quando. Medite durante uma hora num quarto fechado em SoHam. Você pode observar a respiração com a repetição silenciosa de Soham enquanto está sentado, em pé, comendo, conversando, tomando banho etc. Este é um método fácil de concentração.

SoHam é a respiração da vida. Se você se concentra na respiração, notará que ela gradualmente se torna muito, muito vagarosa e a concentração se torna profunda. A mente se tornará muito calma. Você sentirá gozo. Ao final se tornará um com o Eu Supremo.”


Swami Sivananda

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1- Praticando: a meditação em SoHam (repetindo 'So' ao inspirar e 'Ham' ao expirar) pode ser combinada com vantagem com Shámbhavi Mudrá (que é fechar os olhos e dirigi-los gentilmente ao ponto entre as sobrancelhas - conhecido como 'terceiro olho' ou 'terceira visão'), como recomenda o próprio Swami Sivananda. 

Ou ainda poderá combinar a repetição do mantra composto 'SoHam Hamsah – Hamsah SoHam' com Shámbhavi. Inicie com 10 minutos diários, e depois de alguns meses de prática poderá aumentar vagarosamente o tempo de meditação, tendo o cuidado de descansar ao sentir-se fatigado. O cérebro será refrescado e a força mental ficará concentrada em Ajna Chakra (o chacra entre as sobrancelhas).

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Agna Chacra, Bindu, Glândula Pineal, o Êxtase Vindo do Sadhana

Um aspecto da fisiologia yoguica que está totalmente ausente nas ciências médicas modernas é algo que eu constantemente mantenho 'ligado' dentro de mim, chamado bindu. Bindu significa um pequeno ponto. É um ponto particular da glândula pineal rodeado de certa secreção. Se você toca o bindu, ele libera secreções que fazem seu corpo ficar confortável e sua mente ficar extática. Muitas culturas em todo o mundo reconheceram isso, e existe uma compreensão de que esse ponto deve ser protegido e ativado.
Chacras ligados às glândulas do corpo humano


À medida que os cientistas exploram a natureza da mente humana e encontramos melhores instrumentos para observar a natureza do cérebro humano, uma coisa se torna muito clara para os modernos psicólogos e neurocientistas: há muito mais para se conhecer sobre a mente humana do que já é conhecido.  

Assim como existe uma fisiologia médica, existe também toda uma fisiologia yoguica. Um aspecto da fisiologia yoguica que se alinha de algum modo com as neurociências modernas é aquele associado com a glândula pineal. Essa glândula sempre foi reconhecida como estando associada a agna chakra. Atualmente os neurocientistas dizem as secreções da glândula pineal controlam e moderam o estado de espírito e as experiências da pessoa. Se você tem uma secreção pineal suficiente e estável, terá também um estado de espírito agradável dentro de si.  

Tanto a ciência médica quanto as drogas vendidas nas ruas atestam que as substâncias químicas podem criar experiências agradáveis ou desagradáveis dentro de você, que são muito reais para si. A única diferença é a experiência causada com ou sem ajuda externa. Se você entrar em êxtase agora, estará provocando isso a si mesmo sem ajuda externa. Se a experiência for causada através de estímulo externo, ela poderá ser agradável, mas no final poderá danificar o sistema. Além disso, tal experiência não resultará em nenhum tipo de consciência. E experiências inconscientes não têm significado para a evolução, crescimento ou transformação da pessoa. 

Um aspecto da fisiologia yoguica que está totalmente ausente nas ciências médicas modernas é algo que eu constantemente mantenho 'ligado' dentro de mim, chamado bindu. Bindu significa um pequeno ponto. É um ponto particular da glândula pineal rodeado de certa secreção. Se você toca o bindu, ele libera secreções que fazem seu corpo ficar confortável e sua mente ficar extática. Muitas culturas em todo o mundo reconheceram isso, e existe uma compreensão de que esse ponto deve ser protegido e ativado. 

No hinduísmo, quando um garoto brahmin é iniciado na prática espiritual, raspam o cabelo de sua cabeça e deixam um tufo nesse ponto. Em muitas partes do mundo, as pessoas que têm uma vida espiritualizada querem cobrir esse ponto, e começam a usar uma cobertura, como o quipá dos judeus ou dos bispos católicos. 

Se você prestar atenção em seu sistema, notará que ele está sempre lá.  

Quando as pessoas estão realizando certas práticas espirituais, elas ficam completamente dominadas pelo êxtase porque o 'copo de néctar' de seu interior inclinou-se um pouco. Elas ainda não aprenderam a bebê-lo em pequenos goles. Se você dá um copo cheio de água para uma criancinha ela vai derramá-la toda enquanto bebe. Mas se fizerem as práticas necessárias, após algum tempo, poderão beber em pequenos tragos, conscientemente. Desse modo, cada célula do seu corpo e cada momento de sua vida estarão em êxtase.  

Mas o bindu também tem dois lados. Ele também secreta outro hormônio, mas este é venenoso. Se você beber do lado errado do copo, o veneno vai se espalhar pelo sistema e deixar sua vida miserável. Muitas pessoas têm feito isso a si mesmas e ficam deprimidas. Você se sente miserável porque inclinou o lado errado do copo fazendo coisas impróprias na vida.  

Não importa o que você busca na vida – dinheiro, riqueza, poder, Deus ou iluminação. Na essência você está procurando a doçura que existe dentro de si. Ou você a encontra acidentalmente ou conscientemente – esta é uma escolha sua. 

Antes de desfrutar desse néctar que existe em todo cérebro humano, é necessário construir a fundação, a base, para não ficar louco. No yoga, as fases iniciais do Sadhana devem ser realizadas a fim de se ganhar estabilidade. Se o êxtase vier antes da estabilidade, você está caminhando para o desastre. Se o êxtase vier depois da estabilidade, então será algo fantástico. Por isso no yoga primeiro se fazem as práticas para ter estabilidade, firmeza e capacidade de suportar o êxtase. 

Nunca deseje algo que ainda não esteja em sua percepção, porque você vai desejar as coisas erradas. Simplesmente faça seu Sadhana (prática espiritual). Não fique imaginando coisas erradas e buscando-as. Não se preocupe com o êxtase que virá em estágios posteriores. Apenas faça sua prática diária. Ela produzirá resultados. É por isso eu usualmente não falo sobre essas coisas, porque não podem ser obtidas através da lógica.

Sadhguru








terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Por quê o prof. Hippolyte Rivail mudou o nome para Allan Kardec?

Allan Kardec, o chefe druída

por Mauro Quintella¹

"A vitória final teria sido de Roma se não existisse a reencarnação. Utilizando-se desse mecanismo natural, o druida Allan Kardec renasceu no Século XIX para dar continuidade ao seu trabalho no campo científico, filosófico e religioso.  O local escolhido foi a cidade de Lyon, na atual França, antiga Gália, no ano de 1804. Seu novo nome seria Hippolyte Léon Denizard Rivail. Educado na Suíça, mudou-se, depois, para Paris, capital cultural do mundo.  Durante muitos anos, o ex-druida dedicou-se ao estudo e prática da Educação. Todavia, aos 50 anos, atraído pelos fantasmagóricos fenômenos que invadiram o globo, sua atenção voltou-se integralmente para as questões transcendentais da vida.  Convencido que os estranhos acontecimentos eram produzidos por espíritos, Rivail começou a fazer-lhes várias perguntas sobre as causas e características das coisas. Desse material saiu sua primeira obra sobre o assunto, O Livro dos Espíritos. Estava inaugurada a nova filosofia espiritualista, que ele chamou de Espiritismo.  Já sabendo que era um druida reencarnado, através da revelação do Espírito Zéfiro, Rivail preferiu assinar O Livro com seu antigo nome celta, a fim de separar seu trabalho de educador do de autor espírita. Fechava-se, assim, um ciclo palingenético, pessoal e histórico.  O espírito Kardec/Rivail completava sua tarefa de condutor de almas e as grandes teses druídicas ressurgiam no bojo da novel Doutrina Espírita. Tudo sobre o mesmo solo gaulês..."
Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail / Allan Kardec - Imagem de Ronald Sanson por Pixabay

"Influenciados pela moda que varria a França, os Baudin (Émile-Charles, Clémentine e as filhas Caroline e Julie) começaram a conversar com uma mesa girante em 1853, quando ainda moravam na colônia francesa da Ilha da Reunião, na costa oriental da África.

Como em outros lugares, logo constatou-se que a mesa era movida pelas almas dos mortos.

Depois de algum tempo, as reuniões passaram a ser dirigidas por um espírito, que se apresentou como o guia espiritual da família. Interrogado a respeito do seu nome, o ser invisível respondeu:

– Chamem-me pelo que sou, o zéfiro da verdade.

Zéfiro era o nome de um vento típico da região. O apelido pegou.

Certa noite, o guia previu que seus protegidos mudariam brevemente para Paris:

– Émile arrumará seus negócios e entrará na Escola Naval. Caroline e Julie tomarão professoras mais competentes e encontrarão seus noivos. E eu procurarei contato com um velho amigo e chefe, desde o nosso tempo de druidas.

Nessa época, os Baudin não tinham a menor intenção de morar na França. No entanto, uma crise no comércio do café e do açúcar, principais produtos das atividades agrícolas e comerciais de Émile-Charles, obrigou-os a mudar para a Corte em 1855. Zéfiro os acompanhou. Ou foi o contrário?

As reuniões continuaram em Paris. Numa noite, Zéfiro escreveu:

– Nosso dia de glória já chegou.

O Sr. Baudin pediu mais explicações. O espírito amigo respondeu:

– Vamos ter, afinal, o convívio de nosso velho chefe druida!

– Aquele que você esperava encontrar em Paris?

– Sim, ele mesmo, em pessoa. Você vai trazê-lo aqui. Caroline vai atraí-lo.

– Você pode me dizer o nome dele?

– Allan Kardec!

Émile achou o nome estranhíssimo e deu o diálogo por encerrado.

As sessões dos Baudin davam-se num clima de total descontração e sem qualquer formalismo.

Na hora combinada, a casa enchia-se de curiosos, convidados pela família ou recomendados pelos amigos do clã.

Nessa época, os espíritos já tinham abandonado as mesas girantes e se comunicavam através da psicografia indireta, escrevendo num quadro de ardósia (uma lâmina de pedra, portátil). Caroline, Julie e Clémentine funcionavam como médiuns, segurando uma cestinha de vime (corbelha, do francês corbeille), em cujo bico amarravam um lápis de pedra.

Os participantes faziam perguntas, que eram respondidas na ardósia e lidas em voz alta. Após a leitura das respostas, seguiam-se comentários nos mais diversos tons, revelando o espanto de uns e o contentamento de outros.

Zéfiro, o dirigente espiritual da casa, gostava de pilheriar e alfinetar os consulentes antes de dirigir-lhes a palavra.

Certa noite, o Sr. Denizard Rivail, educador lionense radicado em Paris, compareceu à reunião, acompanhado de sua esposa, Amelie Boudet, a convite do próprio Émile-Charles. O pai Baudin os havia conhecido numa sessão de mesa girante na casa da Sra. Planemaison, na qual Rivail aprofundava seu recente interesse pelos fenômenos espíritas.

O espírito guia dos Baudin os recebeu efusivamente, saudando o professor com as seguintes palavras:

– Salve, caro pontífice, três vezes salve!

Lida em voz alta, a saudação arrancou risadas da platéia.

O Sr. Baudin, meio envergonhado, explicou a Rivail que Zéfiro era muito espirituoso e tinha o costume de brincar com os visitantes. O professor não se agastou e respondeu sorrindo:

– Minha bênção apostólica, prezado filho!

Nova risada geral. Zéfiro, porém, redargüiu que tinha feito uma saudação respeitosa, a um verdadeiro pontífice, pois Rivail havia sido um grande chefe druida, no tempo da invasão da Gália pelo Imperador Júlio César.

Os druidas eram os sacerdotes do povo celta, uma etnia que habitava várias extensões da antiga Europa.

Essa área compreendia Portugal e Espanha (a oeste), a Cordilheira dos Cárpatos (a leste), a Bélgica (ao norte) e a Itália (ao sul), passando pela Irlanda, Inglaterra, País de Gales, Escócia, França, Dinamarca, Suíça, Áustria e Alemanha.

Júlio César invadiu a Gália (atual França) no Século 58 a.C. e denominou os celtas locais de gauleses. Segundo Zéfiro, ele e Rivail estavam reencarnados nessa época e local.

O termo druida quer dizer consciência do carvalho, a árvore sagrada dos celtas. Os futuros sacerdotes, escolhidos na classe aristocrática, submetiam-se, desde crianças, a intenso aprendizado junto aos druidas mais velhos.

Os druidas não limitavam sua ação à religião, acumulando a função de juízes, professores, médicos, conselheiros militares e guardiões da cultura céltica. O cargo não era exclusivo dos homens, pois também existiam druidesas.

Viviam integrados na comunidade e podiam se casar. Estimulavam os homens a combater o mal e a praticar bravuras e as mulheres a serem o ponto de união entre o céu e a terra. Júlio César os perseguiu duramente porque insuflavam a resistência ao domínio romano. Segundo o próprio Imperador, foi na Gália que ele viveu a mais árdua de suas campanhas.

Os celtas dominavam diversas áreas do conhecimento humano, como a fitoterapia, a agricultura, a tecelagem, a mineração, a cerâmica, a pecuária, a metalurgia e a astronomia. Inventaram a roda de madeira, o barril e a carroça. No campo artístico, cultivavam a música, a poesia, a escultura, a ourivesaria e a joalheria

O que unia os povoados, vencendo as grandes distâncias que os separavam, não era a obediência a um único rei, mas a língua, a arte e a religião.

A filosofia religiosa dos celtas era muito avançada.

Acreditavam numa Divindade única, que podia ser cultuada como homem (Deus ou o céu) ou mulher (Deusa ou a terra). Como não admitiam templos, seus cerimoniais eram realizados ao ar livre, nos campos e florestas, debaixo de grandes carvalhos.

Além disso, criam na imortalidade da alma, na reencarnação, no livre-arbítrio, na lei de causa e efeito, na evolução espiritual, na inexistência de penas eternas, nas esferas espirituais, na existência de elementais (duendes, fadas, gnomos, etc.) e na proteção dos Espíritos superiores.

Um celta não morria, pois a morte era apenas um ponto no meio da estrada.

Só houve uma coisa negativa: os druidas proibiram a palavra escrita como instrumento de preservação da história céltica, por temerem que textos escritos caíssem em mãos escusas.

Por isso, todo o conhecimento desse povo era transmitido oralmente e se perdeu muito no decorrer dos séculos.

Com a queda do grande chefe Vercingetórix, no ano de 52 a.C., toda a Gália acabou rendendo-se, pouco a pouco, aos exércitos romanos, mais treinados e portadores de armas mais leves e manejáveis. No final do Século I a.C., todos os domínios celtas, exceto a Irlanda e a Escócia, estavam submetidos a Roma. A falta de unificação política, geográfica e militar das tribos também colaborou para o sucesso de Júlio César.

Com a forte repressão política aos druidas, movida pelo Imperador, a cultura céltica foi perdendo sua força e, no final do Século I d.C., a quase totalidade dos celtas estava “romanizada” ou misturada à multidão de povos que invadiu o continente europeu.

O druidismo passou então a ser uma prática fechada e esotérica. Isso, porém, não impediu que muitos druidas aceitassem as idéias de Jesus de Nazaré, quando o Cristianismo primitivo chegou à Europa. No entanto, o nascente Catolicismo romano não gostou desse sincretismo e ajudou a perseguir os sacerdotes celtas. Pode-se dizer que o desaparecimento dos druidas é diretamente proporcional ao crescimento e fortalecimento da Igreja Católica.

Como os grandes druidas eram conhecidos como as serpentes da sabedoria, São Patrício regozijava-se de ter acabado com as “serpentes” da Bretanha.

A vitória final teria sido de Roma se não existisse a reencarnação. Utilizando-se desse mecanismo natural, o druida Allan Kardec renasceu no Século XIX para dar continuidade ao seu trabalho no campo científico, filosófico e religioso.

O local escolhido foi a cidade de Lyon, na atual França, antiga Gália, no ano de 1804. Seu novo nome seria Hippolyte Léon Denizard Rivail. Educado na Suíça, mudou-se, depois, para Paris, capital cultural do mundo.

Durante muitos anos, o ex-druida dedicou-se ao estudo e prática da Educação. Todavia, aos 50 anos, atraído pelos fantasmagóricos fenômenos que invadiram o globo, sua atenção voltou-se integralmente para as questões transcendentais da vida.

Convencido que os estranhos acontecimentos eram produzidos por espíritos, Rivail começou a fazer-lhes várias perguntas sobre as causas e características das coisas. Desse material saiu sua primeira obra sobre o assunto, O Livro dos Espíritos. Estava inaugurada a nova filosofia espiritualista, que ele chamou de Espiritismo.

Já sabendo que era um druida reencarnado, através da revelação do Espírito Zéfiro, Rivail preferiu assinar O Livro com seu antigo nome celta, a fim de separar seu trabalho de educador do de autor espírita. Fechava-se, assim, um ciclo palingenético, pessoal e histórico.

O espírito Kardec/Rivail completava sua tarefa de condutor de almas e as grandes teses druídicas ressurgiam no bojo da novel Doutrina Espírita. Tudo sobre o mesmo solo gaulês..."


Bibliografia:

'O Livro dos Espíritos e sua tradição Histórica e Lendária' – Silvino Canuto de Abreu, Edições LFU, São Paulo, 1992

'Os Celtas' – Venceslas Kruta, Editora Martins Fontes, São Paulo, 1979

Internet – (diversas páginas sobre celtas)

Fonte: Artigo publicado originalmente no jornal 'A Voz do Espírito' – Edição 89: Janeiro/Fevereiro de 1998 (reprodução parcial do texto publicado no 'Portal do Espírito') - Visite o Blog do autor Mauro Quintella








domingo, 19 de dezembro de 2021

Emmanuel: 'Prece Diante da Manjedoura' - Médium: Chico Xavier

"Senhor,  Diante da Manjedoura em que nos descerras o coração, ensina-nos a abrir os braços para receber-Te.  Não nos relegues ao labirinto de nossas ilusões, nem nos abandones ao luxo de nossos problemas.  Vimos ao Teu encontro, cansados de nossa própria fatuidade.  Sol da Vida, não nos confies às trevas da morte.  Fortalece-nos o bom ânimo.  Reaviva-nos a fé.  Induze-nos à confiança e à boa vontade.  Tu que renunciaste ao Céu, em favor da Terra, ajuda-nos a descer, com o Supremo Bem, para sermos mais úteis!…  Tu que deixaste a companhia dos anjos sábios e generosos, por amor aos homens ignorantes e infelizes, auxilia-nos a estender com os irmãos mais necessitados que nós mesmos o tesouro de luz que nos trazes!…  Defende-nos contra os vermes da vaidade.  Ampara-nos contra as serpes do orgulho.  Conduze-nos ao caminho do trabalho e da humildade.  E, reconhecidos à frente do Teu Berço de Luminosa Esperança, nós Te rogamos, sobretudo, os dons da simplicidade e da paz, para que sejamos contigo fiéis a Deus, hoje e sempre.  Assim seja."- Chico Xavier e Emmanuel

"Senhor,

Diante da Manjedoura em que nos descerras o coração, ensina-nos a abrir os braços para receber-Te.

Não nos relegues ao labirinto de nossas ilusões, nem nos abandones ao luxo de nossos problemas.

Vimos ao Teu encontro, cansados de nossa própria fatuidade.

Sol da Vida, não nos confies às trevas da morte.

Fortalece-nos o bom ânimo.

Reaviva-nos a fé.

Induze-nos à confiança e à boa vontade.

Tu que renunciaste ao Céu, em favor da Terra, ajuda-nos a descer, com o Supremo Bem, para sermos mais úteis!…

Tu que deixaste a companhia dos anjos sábios e generosos, por amor aos homens ignorantes e infelizes, auxilia-nos a estender com os irmãos mais necessitados que nós mesmos o tesouro de luz que nos trazes!…

Defende-nos contra os vermes da vaidade.

Ampara-nos contra as serpes do orgulho.

Conduze-nos ao caminho do trabalho e da humildade.

E, reconhecidos à frente do Teu Berço de Luminosa Esperança, nós Te rogamos, sobretudo, os dons da simplicidade e da paz, para que sejamos contigo fiéis a Deus, hoje e sempre.

Assim seja."


Francisco Cândido Xavier e Emmanuel


Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais




quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Emmanuel: 'Algo mais no Natal' - Psicografia de Chico Xavier

"Senhor Jesus!  Diante do Natal, que te lembra a glória na manjedoura, nós te agradecemos:  a música da oração;  o regozijo da fé;  a mensagem de amor;  a alegria do lar;  o apelo à fraternidade;  o júbilo da esperança;  a bênção do trabalho;  a confiança no bem;  o tesouro de tua paz;  a palavra da Boa Nova,  e a confiança no futuro!…  Entretanto, ó Divino Mestre! de corações voltados para o teu coração, nós te suplicamos algo mais!…  Concede-nos, Senhor, o dom inefável da humildade para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!" - Francisco Cândido Xavier e Emmanuel

"Senhor Jesus!

Diante do Natal, que te lembra a glória na manjedoura, nós te agradecemos:

a música da oração;

o regozijo da fé;

a mensagem de amor;

a alegria do lar;

o apelo à fraternidade;

o júbilo da esperança;

a bênção do trabalho;

a confiança no bem;

o tesouro de tua paz;

a palavra da Boa Nova,

e a confiança no futuro!…

Entretanto, ó Divino Mestre! de corações voltados para o teu coração, nós te suplicamos algo mais!…

Concede-nos, Senhor, o dom inefável da humildade para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!"


Francisco Cândido Xavier e Emmanuel
Capítulo 77 do livro 'Antologia mediúnica do Natal' (FEB Editora)



segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Emmanuel: 'Página do Natal', em 'Antologia mediúnica do Natal'

 'Luz para alumiar as nações' (Lucas 2:32)


"Há claridades nos incêndios destruidores que consomem vidas e bens.  Resplendor sinistro transparece nos bombardeios que trazem a morte.  Reflexos radiosos surgem do lança-chamas.  Relâmpagos estranhos assinalam a movimentação das armas de fogo.  No Evangelho, porém, é diferente.  Comentando o Natal assevera Lucas que o Cristo é a luz para alumiar as nações.  Não chegou impondo normas ao pensamento religioso.  Não interpelou governantes e governados sobre processos políticos.  Não disputou com os filósofos quanto às origens do homem.  Não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida.  Fez luz no Espírito eterno.  Embora tivesse o ministério endereçado aos povos do mundo, não marcou a sua presença com expressões coletivas de poder, quais exército e sacerdócio, armamentos e tribunais.  Trouxe claridade para todos, projetando-a de Si mesmo.  Revelou a grandeza do serviço à coletividade por intermédio da consagração pessoal ao Bem Infinito.  Nas reminiscências do Natal do Senhor, meu amigo, medita no próprio roteiro.  Tens suficiente luz para a marcha?  Que espécie de claridade acendes no caminho?  Foge ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera, não te contentes com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo em voo baixo dentro da noite, apaga a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento.  Se procuras o Mestre Divino e a experiência cristã lembra-te de que, na Terra, há clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento…  Estarás realmente cooperando com o Cristo, na extinção das trevas, acendendo em ti mesmo aquela sublime luz para alumiar!" - Chico Xavier e Emmanuel

"Há claridades nos incêndios destruidores que consomem vidas e bens.

Resplendor sinistro transparece nos bombardeios que trazem a morte.

Reflexos radiosos surgem do lança-chamas.

Relâmpagos estranhos assinalam a movimentação das armas de fogo.

No Evangelho, porém, é diferente.

Comentando o Natal assevera Lucas que o Cristo é a luz para alumiar as nações.

Não chegou impondo normas ao pensamento religioso.

Não interpelou governantes e governados sobre processos políticos.

Não disputou com os filósofos quanto às origens do homem.

Não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida.

Fez luz no Espírito eterno.

Embora tivesse o ministério endereçado aos povos do mundo, não marcou a sua presença com expressões coletivas de poder, quais exército e sacerdócio, armamentos e tribunais.

Trouxe claridade para todos, projetando-a de Si mesmo.

Revelou a grandeza do serviço à coletividade por intermédio da consagração pessoal ao Bem Infinito.

Nas reminiscências do Natal do Senhor, meu amigo, medita no próprio roteiro.

Tens suficiente luz para a marcha?

Que espécie de claridade acendes no caminho?

Foge ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera, não te contentes com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo em voo baixo dentro da noite, apaga a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento.

Se procuras o Mestre Divino e a experiência cristã lembra-te de que, na Terra, há clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento…

Estarás realmente cooperando com o Cristo, na extinção das trevas, acendendo em ti mesmo aquela sublime luz para alumiar!"


Francisco Cândido Xavier e Emmanuel
Capítulo 35 do livro 'Antologia mediúnica do Natal' - FEB Editora



sábado, 11 de dezembro de 2021

Emmanuel: 'Louvor do Natal' - Psicografia de Chico Xavier

"Senhor Jesus!  Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas.  Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura, em que lhes fulgia a vitória, alastravam-se, como rastros da morte, a degradação e a pilhagem, a maldição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas.  Levantavam-se, poderosos, em palácios fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após, esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade.  Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e permaneceste lembrado para sempre.  Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar.  Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade.  Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de tua palavra sublime… Buscaste para companheiros de tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os voos do pensamento. E conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada.  No entanto, ninguém conhece o nome das crianças que te pousaram nos joelhos amigos, nem das mães fatigadas a quem te dirigiste na via pública!  A História, que homenageava Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas o povo te guardou a presença divina e as personagens de tua epopeia chamam-se “o cego Bartimeu”, “o homem de mão mirrada”, “o servo do centurião”, “o mancebo rico”, “a mulher cananeia”, “o gago de Decápolis”, “a sogra de Pedro”, “Lázaro, o irmão de Marta e Maria”…  Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a alegria, como bênção de todos.  É por isso que, emocionados, recordando-te a manjedoura, repetimos em prece:  — Salve, Cristo! os que aspiram a conquistar desde agora, em si mesmos, a luz de teu reino e a força de tua paz, te glorificam e te saúdam!…" - Chico Xavier e Emmanuel

"Senhor Jesus!

Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas.

Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura, em que lhes fulgia a vitória, alastravam-se, como rastros da morte, a degradação e a pilhagem, a maldição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas.

Levantavam-se, poderosos, em palácios fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após, esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade.

Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e permaneceste lembrado para sempre.

Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar.

Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade.

Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de tua palavra sublime… Buscaste para companheiros de tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os voos do pensamento. E conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada.

No entanto, ninguém conhece o nome das crianças que te pousaram nos joelhos amigos, nem das mães fatigadas a quem te dirigiste na via pública!

A História, que homenageava Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas o povo te guardou a presença divina e as personagens de tua epopeia chamam-se “o cego Bartimeu”, “o homem de mão mirrada”, “o servo do centurião”, “o mancebo rico”, “a mulher cananeia”, “o gago de Decápolis”, “a sogra de Pedro”, “Lázaro, o irmão de Marta e Maria”…

Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a alegria, como bênção de todos.

É por isso que, emocionados, recordando-te a manjedoura, repetimos em prece:

— Salve, Cristo! os que aspiram a conquistar desde agora, em si mesmos, a luz de teu reino e a força de tua paz, te glorificam e te saúdam!…"



Francisco Cândido Xavier e Emmanuel
Reunião pública de 18 de Dezembro de 1959
Do livro 'Religião dos Espíritos' - FEB Editora - Cap. 90




quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Oração à Estrela do Natal, por Alma Eros. Psicografia: Chico Xavier

 Oração à Estrela Divina


"Estrela do Natal,  Que iluminaste a Grande Noite,  Indicando a Manjedoura Sublime,  Torna a resplandecer, por misericórdia  No céu da consciência dos homens  — Pastores dos interesses de Deus,  Na terra maternal.    Dissipa a escuridão da meia-noite,  Rasga a visão dos cumes radiosos,  Para que os vales terrestres sejam menos sombrios!  Ordena a teus raios salvadores  Que revelem  Os lares angustiados,  Os corações doridos,  As mansardas sem pão,  Os templos sem fé,  Os campos ao abandono!…    Descortina a senda  Que reconduz ao Mestre da Verdade  E descerra, aos olhos dos novos discípulos,  Os antros do ódio e da separação,  As cavernas do egoísmo,  Os espinheiros do orgulho,  Os venenosos poços da vaidade,  Ocultos em si mesmos,  Para que se libertem de todo o mal  E te ouçam o chamamento bendito e silencioso,  A simplicidade edificante  Que renovará o mundo para a felicidade eterna.    Estrela do Natal,  Não te detenhas sobre as nossas úlceras,  Não nos fixes a miséria multissecular,  Desfaze as sombras espessas  De nossa ignorância viciosa  E arrebata-nos à compreensão  Do Senhor da Vida,  Do Condutor Divino,  Do Príncipe da Paz.    Esclarece-nos a alma conturbada  E guia-nos, fraterna,  A bênção do reinicio  Na manjedoura singela  Do bem que retifica todas as faltas,  Balsamizando feridas,  Santificando esperanças,  A fim de que nos façamos, de novo,  Humildes caminheiros de tua luz  Ao encontro sublime de Jesus —  — O Cristo vivo, augusto e perenal,  Para o reinado da bondade humana,  Sob a paz verdadeira e soberana  Pelo Amor Imortal!"    Francisco Cândido Xavier e Alma Eros, do livro 'Relicário de Luz' - FEB Editora

"Estrela do Natal,

Que iluminaste a Grande Noite,

Indicando a Manjedoura Sublime,

Torna a resplandecer, por misericórdia

No céu da consciência dos homens

— Pastores dos interesses de Deus,

Na terra maternal.


Dissipa a escuridão da meia-noite,

Rasga a visão dos cumes radiosos,

Para que os vales terrestres sejam menos sombrios!

Ordena a teus raios salvadores

Que revelem

Os lares angustiados,

Os corações doridos,

As mansardas sem pão,

Os templos sem fé,

Os campos ao abandono!…


Descortina a senda

Que reconduz ao Mestre da Verdade

E descerra, aos olhos dos novos discípulos,

Os antros do ódio e da separação,

As cavernas do egoísmo,

Os espinheiros do orgulho,

Os venenosos poços da vaidade,

Ocultos em si mesmos,

Para que se libertem de todo o mal

E te ouçam o chamamento bendito e silencioso,

A simplicidade edificante

Que renovará o mundo para a felicidade eterna.


Estrela do Natal,

Não te detenhas sobre as nossas úlceras,

Não nos fixes a miséria multissecular,

Desfaze as sombras espessas

De nossa ignorância viciosa

E arrebata-nos à compreensão

Do Senhor da Vida,

Do Condutor Divino,

Do Príncipe da Paz.


Esclarece-nos a alma conturbada

E guia-nos, fraterna,

A bênção do reinicio

Na manjedoura singela

Do bem que retifica todas as faltas,

Balsamizando feridas,

Santificando esperanças,

A fim de que nos façamos, de novo,

Humildes caminheiros de tua luz

Ao encontro sublime de Jesus —

— O Cristo vivo, augusto e perenal,

Para o reinado da bondade humana,

Sob a paz verdadeira e soberana

Pelo Amor Imortal!"


Francisco Cândido Xavier e Alma Eros
Do livro 'Relicário de Luz' - FEB Editora
Por Chico Xavier e Espíritos Diversos
Capítulo 96: 'Oração à Estrela Divina'




domingo, 5 de dezembro de 2021

Emmanuel: 'Prometer' (Reflexão Espírita a respeito de Política)

“Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção.” (2 Pe 2:19)


"É indispensável desconfiar de todas as promessas de facilidades sobre o mundo.  Jesus, que podia abrir os mais vastos horizontes aos olhos assombrados da criatura, prometeu-lhe a cruz sem a qual não poderia afastar-se da Terra para colocar-se ao seu encontro.  Em toda parte, existem discípulos descuidados que aceitam o logro de aventureiros inconscientes. É que ainda não aprenderam a lição viva do trabalho próprio a que foram chamados para desenvolver atividade particular.  Os fazedores de revoluções e os donos de projetos absurdos prometem maravilhas. Mas, se são vítimas da ambição, servos de propósitos inferiores, escravos de terríveis enganos, como poderão realizar para os outros a liberdade ou a elevação de que se conservam distantes?  Não creias em salvadores que não demonstrem ações que confirmem a salvação de si mesmos. Deves saber que foste criado para gloriosa ascensão, mas que só é fácil descer. Subir exige trabalho, paciência, perseverança, condições essenciais para o encontro do amor e da sabedoria.  Se alguém te fala em valor das facilidades, não acredites; é possível que o aventureiro esteja descendo. Mas quando te façam ver perspectivas consoladoras, através do suor e do esforço pessoal, aceita os alvitres com alegria. Aquele que compreende o tesouro oculto nos obstáculos, e dele se vale para enriquecer a vida, está subindo e é digno de ser seguido." - Chico Xavier e Emmanuel

"É indispensável desconfiar de todas as promessas de facilidades sobre o mundo.

Jesus, que podia abrir os mais vastos horizontes aos olhos assombrados da criatura, prometeu-lhe a cruz sem a qual não poderia afastar-se da Terra para colocar-se ao seu encontro.

Em toda parte, existem discípulos descuidados que aceitam o logro de aventureiros inconscientes. É que ainda não aprenderam a lição viva do trabalho próprio a que foram chamados para desenvolver atividade particular.

Os fazedores de revoluções e os donos de projetos absurdos prometem maravilhas. Mas, se são vítimas da ambição, servos de propósitos inferiores, escravos de terríveis enganos, como poderão realizar para os outros a liberdade ou a elevação de que se conservam distantes?

Não creias em salvadores que não demonstrem ações que confirmem a salvação de si mesmos. Deves saber que foste criado para gloriosa ascensão, mas que só é fácil descer. Subir exige trabalho, paciência, perseverança, condições essenciais para o encontro do amor e da sabedoria.

Se alguém te fala em valor das facilidades, não acredites; é possível que o aventureiro esteja descendo. Mas quando te façam ver perspectivas consoladoras, através do suor e do esforço pessoal, aceita os alvitres com alegria. Aquele que compreende o tesouro oculto nos obstáculos, e dele se vale para enriquecer a vida, está subindo e é digno de ser seguido."


Francisco Cândido Xavier e Emmanuel
'Caminho, Verdade e Vida' - Capítulo 99 - FEB Editora





quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Emmanuel: 'Recuperação' (Psicografia de Chico Xavier)

"Não bastará desculpar aos que nos ofendem, simplesmente com os lábios.  É imprescindível que o nosso coração participe de semelhante atitude.  Não bastará, porém, que o sentimento se associe ao trabalho do perdão.  É preciso esquecer todo o mal.  Contudo, não basta, ainda, que olvidemos o assalto, a pedrada, a calúnia, o golpe, a incompreensão ou a ingratidão.  É necessário agir com o bem, auxiliando direta ou indiretamente aos que nos feriram…  Através da prece que ajuda em silêncio…  Por intermédio de nova sementeira de fraternidade e simpatia…  Pelas referências amigas ou pelo estímulo edificante…  Através da compreensão.  Por intermédio da boa vontade.  Pela demonstração de entendimento e confiança.  O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos recuperar para o plantio de nossa felicidade porvindoura.  A discórdia é espinheiro.  A desarmonia é perturbação.  O ódio é veneno.  A antipatia é delituosa displicência.  Não basta, pois, que nos desvencilhemos daqueles que nos incomodam, através da caridade fácil ou da palavra brilhante. É indispensável saibamos caminhar com eles, incentivando-lhes o soerguimento ou a elevação, a fim de que estejamos efetivamente no desempenho da Vontade do Senhor, onde estivermos."    Chico Xavier e Emmanuel

"Não bastará desculpar aos que nos ofendem, simplesmente com os lábios.

É imprescindível que o nosso coração participe de semelhante atitude.

Não bastará, porém, que o sentimento se associe ao trabalho do perdão.

É preciso esquecer todo o mal.

Contudo, não basta, ainda, que olvidemos o assalto, a pedrada, a calúnia, o golpe, a incompreensão ou a ingratidão.

É necessário agir com o bem, auxiliando direta ou indiretamente aos que nos feriram…

Através da prece que ajuda em silêncio…

Por intermédio de nova sementeira de fraternidade e simpatia…

Pelas referências amigas ou pelo estímulo edificante…

Através da compreensão.

Por intermédio da boa vontade.

Pela demonstração de entendimento e confiança.

O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos recuperar para o plantio de nossa felicidade porvindoura.

A discórdia é espinheiro.

A desarmonia é perturbação.

O ódio é veneno.

A antipatia é delituosa displicência.

Não basta, pois, que nos desvencilhemos daqueles que nos incomodam, através da caridade fácil ou da palavra brilhante. É indispensável saibamos caminhar com eles, incentivando-lhes o soerguimento ou a elevação, a fim de que estejamos efetivamente no desempenho da Vontade do Senhor, onde estivermos."


Chico Xavier e Emmanuel


Do livro 'Cartas do Coração' Editora Boa Nova, capítulo 43: 'Recuperação', por Francisco Cândido Xavier e Emmanuel. Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais. Para adquirir o livro siga o link abaixo ou escolha a livraria de sua preferência. Imagem gratuita: Pixabay (legendada)







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