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domingo, 20 de dezembro de 2009

A origem da milenar comemoração do Natal


O Natal, provem do latim 'natális', por sua vez derivada do verbo 'nascor, nascéris, natus sum, nasci', que significa nascer. Como adjetivo, significa o local onde ocorreu o nascimento de alguém ou de alguma coisa. De 'natális' deriva também 'natureza', o somatório das forças ativas em todo o Universo.

A data é amplamente reconhecida como uma festa religiosa, é a celebração do nascimento de Jesus. O Natal é comemorado no dia 25 de Dezembro desde o Século IV pela Igreja Ocidental, e, desde o século V pela Igreja Oriental. Na Igreja Ortodoxa o Natal é comemorado no dia 7 de Janeiro.

A origem pagã do Natal


Na verdade a comemoração do Natal é muito mais antiga do que se pensa, tendo a cada época distinta adotado diferentes significados, de acordo com o credo religioso a que foi associada. Históricamente as festividades do Natal tem sua origem no paganismo.

O paganismo, celebrava o solstício de Inverno, a noite mais longa do ano (hemisfério norte). A partir dessa noite, que acontece no final de Dezembro, em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu. O dia era consagrado à celebração do “Sol Invicto”.

O Sol tem sua representação em diversos Deuses


► Ra, o Deus egípcio;
► Utudos na Babilônia;
► Surya da Índia;
► Apolo, Deus greco-romano;
► e também Baal e Mitra.

Para os egípcios, Horus foi o deus solar e seu redentor. Horus nasceria de uma virgem e era festejado a 25 de Dezembro. Amenófis III criou um mito religioso que depois foi adaptado ao cristianismo: Trata-se da anunciação, concepção, nascimento e adoração de Iath.

Para os mesopotâmios, o Ano Novo representava uma grande crise. Devido à chegada do Inverno, eles acreditavam que os monstros do caos se enfureciam e Marduk, o seu principal deus tinha, que os derrotar para preservar a continuidade da vida na Terra. Durante o Zagmuk, festival de Ano Novo que durava 12 dias, era então realizado um ritual para ajudar Marduk na sua batalha.

Mitra e Mitraísmo



7 mil anos antes do nascimento de Jesus, fazia-se homenagem à data de "nascimento" do deus persa Mitra, que representa a luz. Mitra pertence às mitologias persa, indiana e romana. Na Índia e Pérsia representava a Luz (Deusa Solar), bem como o bem e a libertação da matéria. Chamavam-na de "Sol Vencedor". Entre os persas, apareceu como filho de Aura-Masda, deus do bem gerado de uma virgem, a deusa Anahira.

O culto de Mitra

Desde a antiguidade, o nascimento de Mitra, era celebrado a 25 de Dezembro. Ele teria nascido numa manjedoura, e foi venerado por humildes pastores; celebrou uma Santa Ceia, com seus 12 discípulos, antes de voltar a casa do pai. Ascendeu ao Céu, de onde prometeu voltar no fim dos tempos, para o Juízo Final. Garantiu a vida eterna a quem se batizasse: a purificação mediante o batismo era essencial para alcançar a vida eterna. Quando nascia a criança era mergulhada em água e, depois, comprimia-se em sua boca um pouco de suco de um arbusto denominado Hom.

Seu culto estava associado a uma existência futura e espiritual, completamente libertada da matéria e sua prática ritual era celebrada em grutas sagradas. O Deus Mitra encarnou para viver entre os homens, e morreu para que todos fossem salvos. Os fiéis, comemoravam a sua ressurreição em cerimonias, nas quais proferiam as seguintes palavras: “Aquele que não irá comer o meu corpo, e beber o meu sangue, assim que ele seja em mim e eu nele, não será salvo.”


Nos séculos III e IV da Era Cristã as religiões romanas identificaram-no com o carácter viril e luminoso de Deus, transformando o culto a mitra no mitraísmo.

ROMA


Aureliano, Imperador da Roma, oficializou o culto ao Sol, no ano de 273 d.C., assim estabelecendo o dia do nascimento do Sol em 25 de dezembro: o “Natalis Solis Invcti”, que significava o nascimento do Sol invencível.

Na Saturnália, festividade em honra ao Deus Saturno, era comemorada de 17 a 24 de Dezembro; sendo um período de alegria e troca de presentes. Era solenizado o dia mais curto do ano no Hemisfério Norte e o nascimento de um Novo Sol. 

No dia 25 de Dezembro, quando já era perceptível a vitória do dia sobre a noite, eram realizadas grandes festas nas ruas em comemoração do regresso do Sol.

Por Decreto de Constantino (317-337 d.C.) imperador de Roma, o Cristianismo foi incluso como religião. Sendo o imperador um antigo adorador do Sol, ele fez do dia 25 de dezembro uma Festa Cristã. Ele transformou as celebrações de homenagens à Mitra, Baal, Apolo e outros deuses, na festa de nascimento de Jesus Cristo. Uma forma de sincretismo religioso.

O povo cristão do Oriente, adaptou esta celebração para 6 de janeiro, sendo a escolha desta data provavelmente outra reminiscência pagã, pois esta é a data da aparição de Osíris entre os egípcios, e de Dionísio entre os gregos.


Em 325 d.C., Constantino conclamou o Concílio de Nicéia, numa tentativa de unificar o Cristianismo. A igreja, não permitindo que outros Deuses fossem cultuados, e querendo combater toda celebração pagã do mês de Dezembro, acabou por escolher o dia 25 de Dezembro, como data oficial do nascimento de Jesus, dando desta forma um significado religioso a data, absorvendo inclusive alguns dos rituais pagãos, nomeadamente as velas e as trocas de presentes, passando estes a simbolizar as ofertas feitas pelos Três Reis Magos ao menino Jesus.

A celebração do Natal de Jesus foi instituída oficialmente pelo Papa Libério, no ano 354 d.c. A prática do mitraísmo, bem como de outras religiões pagãs, foi declarada ilegal pelo imperador romano Teodósio I no ano de 391, tendo este desta forma proibido todas as religiões diferentes do cristianismo. Para certas correntes místicas como o Gnosticismo, a data é perfeitamente adequada para simbolizar o Natal, por considerarem que o sol é a morada do Cristo Cósmico. (Oxalá)

Segundo a edição de 1911 da Enciclopédia Católica: "A festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja... os primeiros indícios dela são provenientes do Egito... os costumes pagãos relacionados com o princípio do ano se concentravam na festa do Natal".

Orígenes, um dos chamados pais da Igreja, segundo texto extraído da mesma enciclopédia citada acima: "... não vemos nas Escrituras ninguém que haja celebrado uma festa ou celebrado um grande banquete em sua data natalícia. Somente os pecadores celebraram com grande regozijo o dia em que nasceram neste mundo". A referência certamente é ligada aos Faraós Egípcios e Herodes.


Independentemente dos credos e das tradições, o Natal, é uma festa essencialmente familiar, na qual subsistem as tradições pagãs, tanto germânicas quanto romanas. Somadas ao grande dia em que o Mestre Jesus nasceu como homem em nosso Planeta. Esta data deve servir para celebração da vida, da paz e do amor, no Natal a Chama Crística é alimentada no coração dos homens e mulheres de boa vontade, marcando o término de um ciclo e o início de outro. 

FELIZ NATAL!



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