A primeira comemoração do livro espírita no mundo
"Depois da concentração, saímos a passear: eu¹, Chico e Ismael Gomes Braga. Fomos até o riacho, que denominávamos de Aube. Noite estrelada, amena, lua fulgurante. Ismael, sentado com Chico numa pedra, que batizei de “pedra pão”, dado o formato, recitava trechos de “A Divina Comédia”, em italiano, e dava, a seguir, a respectiva tradução, tecendo comentários. Fiquei de pé, à frente deles, ouvindo. Quando a palestra ia encerrar-se, tirei do bolso papel, que levara, e disse a Chico que naquele dia era o aniversário de publicação de “O Livro dos Espíritos”² e devíamos esperar algo de Emmanuel..."
Chico psicografou, então, sobre a perna, a excelente mensagem:
Aplicação do Espiritismo
"Irmãos, lembremo-nos sempre de que o Espiritismo
Visto, pode ser somente fenômeno;
Ouvido, pode ser apenas consolação;
Vitorioso, pode ser somente festividade;
Estudado, pode ser apenas escola;
Discutido, pode ser somente sectarismo;
Interpretado, pode ser apenas teoria;
Propagado, pode ser somente movimentação;
Sistematizado, pode ser apenas filosofia;
Observado, pode ser somente ciência;
Meditado, pode ser apenas doutrina;
Sentido, pode ser somente crença.
Não nos esqueçamos, porém, de que Espiritismo aplicado, é Vida Eterna com Eterna Libertação.
A codificação trouxe ao mundo uma chave gloriosa, cuja utilidade se adapta a numerosas portas. Escolhamos com o Apóstolo, que hoje recordamos, o caminho da aplicação: Trabalho, Solidariedade, Tolerância.
De coração elevado a Jesus, não temos por agora divisa mais nobre a recordar. Vivei-a na fé consoladora. Espiritismo é sol. Brilhai na sua luz."
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