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sexta-feira, 6 de maio de 2022

Os perigos do fundamentalismo para a vida eterna

Conta a história da Grécia antiga que os habitantes de Mitilene, tendo submetido pelas armas alguns de seus aliados, que deles se tinham separado, proibiram-lhes de dar aos seus filhos a mais insignificante instrução; os vencedores, para completar a obra de submissão, nada melhor encontraram que esse processo tenebroso de mantê-los na mais radical ignorância.  A obra da tirania e do obscurantismo tem necessidade de se cercar de trevas, para que seus adeptos não sigam distinguir a mais elementar forma de verdade. Quantas vezes, ao ler esse trecho doloroso da história grega, não me vem à lembrança os processos satânicos de certas religiões populares que, para manterem o domínio no espírito ingênuo e simples dos seus prosélitos, vão semeando a mentira, o terror de um Deus colérico e vingativo, o terror das penas eternas e tantas outras falsas concepções religiosas, que servem para manter submissos e dóceis os crentes ignorantes.  Também essa doutrina grosseira que um falso cristianismo prega, afirmando que a alma, ao desprender-se do corpo, vai instantaneamente para um céu impossível ou para um inferno pavoroso, tem produzido as mais nefastas consequências para os que morrem sem adquirir antes a noção teosófica da verdade ...

Conta a história da Grécia antiga que os habitantes de Mitilene, tendo submetido pelas armas alguns de seus aliados, que deles se tinham separado, proibiram-lhes de dar aos seus filhos a mais insignificante instrução; os vencedores, para completar a obra de submissão, nada melhor encontraram que esse processo tenebroso de mantê-los na mais radical ignorância.

A obra da tirania e do obscurantismo tem necessidade de se cercar de trevas, para que seus adeptos não sigam distinguir a mais elementar forma de verdade. Quantas vezes, ao ler esse trecho doloroso da história grega, não me vem à lembrança os processos satânicos de certas religiões populares que, para manterem o domínio no espírito ingênuo e simples dos seus prosélitos, vão semeando a mentira, o terror de um Deus colérico e vingativo, o terror das penas eternas e tantas outras falsas concepções religiosas, que servem para manter submissos e dóceis os crentes ignorantes.

Também essa doutrina grosseira que um falso cristianismo prega, afirmando que a alma, ao desprender-se do corpo, vai instantaneamente para um céu impossível ou para um inferno pavoroso, tem produzido as mais nefastas consequências para os que morrem sem adquirir antes a noção teosófica da verdade.

Quantas almas caridosas e boas passam anos no plano astral na suposição que se encontam no imaginário inferno, paralisados na sua evolução espiritual, porque foram vítimas de doutrinas absurdas e perversas, que os conduziram a uma errônea concepção sobre o destino do ser humano após a morte.

A Teosofia (assim como o Kardecismo) esclarece o sentido verdadeiro da morte, mostrando que ela não é fim, um ponto final na vida, mas uma passagem transitória onde nos refazemos das energias gastas na Terra, e onde adquirimos maior soma de vida espiritual para novamente voltarmos às lides terrenas. É assim até completarmos a evolução humana.

A noção de morte, sob o ponto de vista teosófico, é do maior interesse, porque todos nós estamos certos de morrer (desencarnar); e quantos não vivem numa preocupação dolorosa, de todos os instantes, sob a angústia de um pensamento aterrador e pungente, somente porque foram ludibriados por uma doutrina estulta e falsa?

Para a Teosofia o ser humano é um deus em via de evolução; São Paulo disse: "Lembre-se de que és o templo de Deus, e o espírito de Deus em ti habita."

Dominado a princípio pelo desejo, o ser humano comete todas as loucuras e pouco a pouco vai, através de uma longa experiência, adquirindo o controle da sua natureza inferior: o ESPÍRITO vence a MATÉRIA.

A evolução é o motivo da vida, evolução que se verifica através de inúmeras encarnações, regidas todas pela lei inflexível da ação e reação.

Não há morte porque a vida é uma só, intermináveis e eterna. Não há pecado, mas sim imperfeição do ser humano, sofrendo contínuas transformações sucessivas, aperfeiçoamentos por meio de formas transitórias cada vez mais perfeitas.

 

E. Nicoll (1933), revisão e adaptação R. Stresser, Jr (2022)


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