Pitágoras ensinava que o universo é governado por uma harmonia que se traduz por símbolos numéricos. Todos os fenômenos, para ele, estavam submetidos a leis gerais que podiam ser formuladas por expressões matemáticas.
A influência de Pitágoras foi, na antiguidade, extraordinária. Os mais belos caracteres que ilustram a Grécia formaram-se à sombra dos ensinamentos do filósofo de Samos.
Nos anos de 1930 todos os adeptos da Teosofia ficaram sabendo que o Mestre K. Humi, um dos diretores espirituais da Sociedade Teosófica da época, era a reencarnação do grande sábio da antiguidade, Pitágoras.
Vemos assim que, para quem deseja penetrar no conhecimento sagrado, objeto dos Mistérios antigos e modernos, deve possuir uma noção da ciência e das leis naturais. O que há de constante na natureza infinita dos fatos; o que se reproduz periodicamente observando sempre a mesma frequência eis o que é a Lei.
A mecânica nos diz: "toda causa produz inevitavelmente seu efeito; há efeito porque houve uma causa produtora. Todo o acontecimento, todo o fenômeno que se passa no universo é ao mesmo tempo efeito do passado e causa do futuro". Eis a lei de Newton, a casualidade, ação e reação, que em Teosofia toma o nome de KARMA.
O que hoje fomos é obra do que fizemos e pensamos em vidas anteriores. Lance uma bola elástica contra a parede, e ela voltará às vossas mãos com a mesma intensidade com que foi lançada. Também se no passado, alguém recebeu um insulto vosso ou lhe produzistes um ferimento ou a morte, a lei, no seu encadeamento inevitável, disporá as coisas até receberdes o mesmo insulto ou o mesmo sofrimento.
Quantas vezes ouvimos: "Não sei porque estou sofrendo! Não sei porque me aconteceu semelhante fatalidade!" É o conhecimento da lei de causa e efeito que leva o homem a revoltar-se contra o que lhe acontece no decorrer da existência. Daí a necessidade de se estudar a Teosofia pelo seu aspecto científico. A lei regula todas as ações humanas, como rege tudo o que se manifesta no universo.
Admitindo com Platão que "Deus geometrisa", devemos reconhecer em todas as manifestações da natureza o trabalho construtor das leis divinas. Se descermos à construção das formas, nelas notaremos a ação organizadora das leis geométricas dispondo todas as coisas de acordo com a vontade divina.
E. Nicoll (1932), revisão e adaptação R. Stresser, Jr (2022)
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