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quinta-feira, 25 de abril de 2019

Pare com os pensamentos errantes usando a meditação





"Na meditação, encontre o objeto de concentração que apela mais ao seu temperamento, o objeto que a experiência prova ser o mais efetivo para induzir a condição de concentração mental.

Os primeiros quinze minutos da meditação são tão cansativos para os iniciantes, que eles buscam e encontram uma desculpa para terminar a prática, falhando desse modo em sua busca. 

Eles talvez concluam que realmente estão fatigados, ou pensar que devem cuidar de outro dever mais importante. Mas o fato é que, assim que começam, não desejam continuar. Sentam-se para meditar e descobrem que não querem meditar. Por que? A resposta está na inquietude do intelecto, sua repugnância natural em ser dominado ou permanecer quieto.

Em suas meditações, pare de pensar nas coisas que foram deixadas para fora da porta e comece a pensar no "Eu Superior".

Controle seus pensamentos em seu primeiro estágio e controlará a causa de alguns de seus problemas, pecados e até mesmo doenças.

Habitualmente pensamos ao acaso. Começamos nossas reflexões sobre um assunto e geralmente terminamos com um inteiramente diferente. Até mesmo esquecemos o tema com o qual começamos a meditar. Essa mente indisciplinada é muito comum.

Sempre que o meditador percebe que se extraviou e não mais está pensando em seu assunto escolhido, deve recomeçar e pensar no assunto novamente. Esse processo de reencontrar seu caminho várias vezes tem de ser repetido durante cada sessão de meditação.

É costume entre os yogues começar a meditação prestando homenagem a Deus e ao mestre. O propósito disso é atrair a ajuda dessas fontes.
  
O corpo logo começa a protestar contra a quietude a que se leva a mente de modo forçado; a mente logo começa a se rebelar contra o tédio e o aborrecimento dos estágios iniciais, e a agitação habitual de ambos tem de ser encarada repetidamente.

É difícil, frequentemente impossível, parar de pensar através do esforço próprio. Mas pela ajuda da Graça isso é conseguido. Quando o pensamento para, a consciência se torna contínua e nada impede que se entre na quietude." 

Paul Brunton


Sr. Paul Brunton, praticando meditação
Sobre o Autor: Paul Brunton nasceu em Londres em 1898 e após ter servido na primeira guerra mundial, começou a devotar-se ao misticismo, entrando em contato com Teosofistas.

Em meados de 1930, Paul Brunton embarcou em uma viagem para a Índia, que o levou a ter contato com iluminados como Sri Shankaracharya de Kancheepuram e Sri Ramana Maharshi.

De fato, Paul Brunton tem o crédito de introduzir os pensamentos de Ramana Maharshi à cultura ocidental através dos seus livros "A Search in Secret India" (A india secreta) e "The Secret Path" (O caminho secreto).

Após duas décadas de sucesso com seus livros, Paul Brunton retirou-se da vida editorial, devotando-se a escrever ensaios e pequenas notas. Até a sua morte em 1981 em Vevey, Suíça, ele publicou mais de 20.000 páginas de escritos filosóficos.
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Imagem: Meditation Buddhism Monk - Free photo on Pixabay / Paul Brunton praticando meditação (CC0)

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