Os primeiros quinze minutos da meditação são tão cansativos para os iniciantes, que eles buscam e encontram uma desculpa para terminar a prática, falhando desse modo em sua busca.
Eles talvez concluam que realmente estão fatigados, ou pensar que devem cuidar de outro dever mais importante. Mas o fato é que, assim que começam, não desejam continuar. Sentam-se para meditar e descobrem que não querem meditar. Por que? A resposta está na inquietude do intelecto, sua repugnância natural em ser dominado ou permanecer quieto.
Em suas meditações, pare de pensar nas coisas que foram deixadas para fora da porta e comece a pensar no "Eu Superior".
Controle seus pensamentos em seu primeiro estágio e controlará a causa de alguns de seus problemas, pecados e até mesmo doenças.
Habitualmente pensamos ao acaso. Começamos nossas reflexões sobre um assunto e geralmente terminamos com um inteiramente diferente. Até mesmo esquecemos o tema com o qual começamos a meditar. Essa mente indisciplinada é muito comum.
Sempre que o meditador percebe que se extraviou e não mais está pensando em seu assunto escolhido, deve recomeçar e pensar no assunto novamente. Esse processo de reencontrar seu caminho várias vezes tem de ser repetido durante cada sessão de meditação.
É costume entre os yogues começar a meditação prestando homenagem a Deus e ao mestre. O propósito disso é atrair a ajuda dessas fontes.
O corpo logo começa a protestar contra a quietude a que se leva a mente de modo forçado; a mente logo começa a se rebelar contra o tédio e o aborrecimento dos estágios iniciais, e a agitação habitual de ambos tem de ser encarada repetidamente.
É difícil, frequentemente impossível, parar de pensar através do esforço próprio. Mas pela ajuda da Graça isso é conseguido. Quando o pensamento para, a consciência se torna contínua e nada impede que se entre na quietude."
Paul Brunton
Sr. Paul Brunton, praticando meditação |
Em meados de 1930, Paul Brunton embarcou em uma viagem para a Índia, que o levou a ter contato com iluminados como Sri Shankaracharya de Kancheepuram e Sri Ramana Maharshi.
De fato, Paul Brunton tem o crédito de introduzir os pensamentos de Ramana Maharshi à cultura ocidental através dos seus livros "A Search in Secret India" (A india secreta) e "The Secret Path" (O caminho secreto).
Após duas décadas de sucesso com seus livros, Paul Brunton retirou-se da vida editorial, devotando-se a escrever ensaios e pequenas notas. Até a sua morte em 1981 em Vevey, Suíça, ele publicou mais de 20.000 páginas de escritos filosóficos.
Imagem: Meditation Buddhism Monk - Free photo on Pixabay / Paul Brunton praticando meditação (CC0)
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