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sábado, 2 de junho de 2018

Santos católicos do mês de Junho

Antônio, João e Pedro são os santos mais populares de Junho.
Na tradição brasileira, Junho é mês de muita festa, quentão,
pinhão, quadrilha e comemorar os dias de padroeiros queridos
como São João, Vito, Pedro, Antônio e outros queridos Santos...
1. São Justino, Mártir (+ Roma, 167)

Nascido na Palestina, de família pagã, fez estudos filosóficos profundos e adquiriu grande cultura. O amor à verdade levou-o, pouco a pouco, a rejeitar os sistemas filosóficos pagãos e a converter-se ao Cristianismo. Foi, no seu século, o mais ilustre defensor da verdade católica contra os preconceitos pagãos. 

Embora leigo, é considerado o primeiro dos Padres da Igreja, logo depois dos primitivos Padres Apostólicos. Em Roma, dedicou-se ao apostolado, especialmente nos meios cultos, nos quais se movimentava com desembaraço. Escreveu muitas obras, mas somente três chegaram até nós. Sofreu o martírio por decapitação, depois de ter sido açoitado.

2. São Marcelino e São Pedro, Mártires (+ Roma, 303)

São Marcelino era sacerdote, e São Pedro havia recebido a ordem menor do exorcistado. Durante a perseguição de Diocleciano foram ambos decapitados e tiveram a honra de ter seus nomes inscritos no Cânon tradicional da Santa Missa.

3. S. Carlos Lwanga e 21 Companheiros (+ Uganda, 1886)

Sete anos após a chegada dos primeiros missionários católicos a Uganda, teve início a perseguição religiosa. Cerca de cem católicos foram mortos por sua fidelidade à Fé. Dessas mortes, 22 foram documentadas de modo suficiente para, após rigoroso exame, a Igreja reconhecer que tinham sido verdadeiros martírios. Os 22 Mártires de Uganda foram canonizados em 1964. O principal deles, São Carlos Lwanga, que era pajem do régulo pagão Mwanga, foi queimado vivo porque não quis deixar de ser católico. Outros sofreram diversos gêneros de suplícios.

4. Santa Clotilde, Viúva (+ França, 545)

Esposa de Clóvis, rei dos Francos, graças a suas orações e a seu zelo apostólico conseguiu a conversão do marido e de todo o reino. Santa Clotilde operou vários milagres ainda em vida, como curas, mudança de água em vinho, fez surgir uma fonte em campo árido. Sentindo aproximar-se a morte, mandou chamar seus dois filhos, exortando-os da maneira mais viva a servir a Deus e a guardar sua lei, a proteger os pobres, a viverem juntos em perfeita harmonia, e a tratar seus povos com bondade paternal. Tendo depois feito profissão pública de fé católica e recebido os Sacramentos que a prepararam para a eternidade, entregou docemente sua alma ao Criador.

5. São Bonifácio, Bispo e Mártir (+ Frísia, 754)

Natural da Inglaterra, levou o Catolicismo para a Alemanha. Era monge e por toda parte instalou mosteiros e dioceses, assentando dessa forma as bases para o estabelecimento da Civilização Cristã. Em Hessen, ordenou a derrubada de uma árvore gigantesca cultuada pelos bárbaros, que acreditavam morar ali uma divindade. Grande número de pagãos foi assistir à derrubada da árvore, na certeza de que o deus ofendido se vingaria e Bonifácio seria fulminado. Mas nada aconteceu e houve muitas conversões. Sobre o local, o apóstolo edificou uma igreja dedicada a São Pedro. Foi arcebispo de Mogúncia e sofreu o martírio na Frísia, decapitado por pagãos.

6. São Norberto, Bispo e Confessor (+ Magdeburgo, Alemanha, 1134)

Clérigo mundano e de vida pouco edificante, converteu-se repentinamente porque um raio fulminou o cavalo em que montava e o atirou desmaiado para longe. Quando se recuperou da queda estava transformado. Foi durante algum tempo missionário itinerante, fundou depois a Ordem Premonstratense e foi arcebispo de Magdeburgo, na Saxônia. Combateu os erros de seu tempo e implantou no Clero as salutares reformas ordenadas por São Gregório VII.

7. Santo Antônio Maria Gianelli, Bispo (+ Itália, 1846)

Fundou a Congregação das Filhas de Maria (Irmãs Gianellinas) e a Congregação dos Missionários (ou Oblatos) de Santo Afonso de Ligório. Nomeado bispo de Bobbio, na Itália, reformou completamente essa diocese, afastando sacerdotes indignos e substituindo-os por outros formados segundo seu espírito inteiramente apostólico. Faleceu aos 57 anos de idade.

8. Santo Efrém, Doutor da Igreja (+ Edessa, 373)

Era simples diácono e nunca quis ser ordenado sacerdote. Escreveu a maior parte de sua obra teológica em versos. Devotíssimo da Virgem, parecia dotado de talento profético, pois quase todos os desenvolvimentos que a ciência mariológica viria a ter ao longo dos séculos, Santo Efrém já os tinha antecipadamente previsto e cantado. Lutou contra as heresias do tempo. Foi denominado " Cítara do Espírito Santo" e "Cantor da Virgem".

9. Beato José de Anchieta, Confessor (+ Espírito Santo, 1597)

Grande Apóstolo do Brasil, nasceu no Arquipélago das Canárias, em 1534, e foi estudar em Coimbra, onde ingressou na Companhia de Jesus. Mandado ao Brasil em 1553, tornou-se o braço direito do Padre Manuel da Nóbrega, que já estava no Brasil desde 1549. A vida do Padre Anchieta é um tecido de episódios milagrosos. Tal era o domínio que tinha sobre a natureza e sobre os animais que foi chamado "O Novo Adão". 

Converteu e batizou muitos milhares de indígenas e assentou as bases da civilização cristã na América portuguesa. Ajudou o Padre Nóbrega na fundação e consolidação da cidade de São Paulo. Teve papel eminente na expulsão dos calvinistas franceses da Baía da Guanabara e na fundação da cidade do Rio de Janeiro. É autor de um famoso poema latino dedicado à Imaculada Virgem, além de muitas obras poéticas e teatrais. Faleceu na aldeia de Reritiba, Estado do Espírito Santo e foi beatificado em 1980.

10.   Santa Olívia, Virgem e Mártir (+ séc. IX)

Natural da Sicília, aos 13 anos de idade foi capturada pelos bárbaros vândalos, e por eles conduzida a Túnis, no norte da África. Amira, governador da cidade, fez tudo para seduzir a jovem, mas esta não quis renunciar à virgindade que oferecera a Nosso Senhor. Açoitada com crueldade, foi abandonada no deserto, para que as feras a devorassem. Deus, porém, a preservou da morte. 

Sete anos ela passou isolada, em oração e recolhimento, até que alguns caçadores a encontraram. Convertidos por ela à Fé católica, foram martirizados em Túnis. Outros seguiram o mesmo caminho e o governador Amira, conhecendo o fato, mandou prender Santa Olívia, que recebeu com alguns discípulos a gloriosa palma do martírio.


11. São Barnabé, Apóstolo e Mártir (+ Chipre, séc. I)

Embora não fosse um dos doze Apóstolos, mereceu ser designado como tal pela Escritura Sagrada. Grande amigo de São Paulo, apresentou-o aos cristãos de Jerusalém, quando ainda havia muita desconfiança sobre a sinceridade da sua conversão, e acompanhou-o durante sua primeira viagem apostólica. Segundo a tradição, São Barnabé foi martirizado em Chipre, terra em que nascera.

12. Santo Onofre, Confessor (+ Egito, séc. IV)

Viveu durante 60 anos solitário, no deserto da Tebaida, e só pouco antes de morrer foi encontrado pelo monge Pafnúcio, ao qual narrou sua vida. A devoção a Santo Onofre era muito grande no Oriente e passou para o Ocidente no tempo das Cruzadas.

13. Santo Antônio de Lisboa, Confessor (+ Arcela, Itália, 1231)

Também é conhecido como Santo Antônio de Pádua, por ter vivido nessa cidade italiana. É um dos santos mais populares em todo o mundo. Nasceu em Lisboa, e depois de ser algum tempo agostiniano ingressou na Ordem franciscana, da qual foi um dos maiores expoentes. Pregou na Itália e no sul da França, conseguindo muitos milhares de conversões. 

Combateu arduamente a heresia dos cátaros e patarinos, dominante no seu tempo, pelo que o chamavam de " _incansável martelo dos hereges_ ". Não apenas os combatia no púlpito, pela pregação, mas também por meio de milagres espantosos. 

Sabia de cor quase todas as Escrituras e tinha um dom especial para explicar e aplicar as mais difíceis passagens. Faleceu em 1231, com apenas 36 anos de idade. Sua língua, que tanto pregara a palavra divina, foi preservada da corrupção e até hoje é venerada num relicário, em Pádua. Foi cognominado o "Doutor Evangélico" .

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14. Santo Eliseu, Profeta (+ Palestina, séc. IX A.C.)

Era o discípulo perfeito do Profeta Elias, do qual possuiu, conforme narra a Escritura, o duplo espírito. Ambos, mestre e discípulo, são considerados fundadores da Ordem do Carmo. Eliseu aparece na Bíblia quando Elias é arrebatado e seu carisma passa a Eliseu (2 Rs 1), e conclui com o milagre que teve lugar com o cadáver do profeta já enterrado (2 Rs, 13,21). A maioria das narrações, que semeiam formosas "florzinhas", mostram Eliseu rodeado de uns grupos que recebem o nome de "discípulos (ou filhos) dos profetas."

Sua oração: "Onipotente e sempiterno Deus, que te manifestas admiravelmente na eleição dos profetas; concede-nos, te rogamos, que, assim como duplicaste o espírito de Elias em Eliseu, assim também te dignes duplicar em nós a graça do Espírito Santo, para que possamos realizar obras virtuosas. Amém."

15. São Vito, Mártir (+ Roma, 300)

Segundo as Atas de seu martírio, São Vito (ou Guido) era natural da Sicília e foi martirizado ainda menino, por fidelidade a Jesus Cristo, depois de sofrer tormentos cruéis. Vito foi um dos santos mais populares da Idade Média. Testemunho disso é a sua inserção no limitado grupo dos Santos Auxiliadores (os catorze ou quinze, conforme os lugares), cuja intercessão era considerada particularmente eficaz, por ocasiões de doenças ou necessidades características. 

Como é talvez conhecido, os catorze santos Auxiliadores estavam dispostos em ordem alfabética: Acácio, Bárbara, Brás, Catarina de Alexandria, Ciríaco, Cristóvão, Dionísio, Egídio, Erasmo, Eustáquio, Jorge, Margarida, Pantaleão e Vito. São Vito era invocado, sobretudo para esconjurar a coréia, ou dança de São Vito, a letargia, a mordida de animais venenosos e a hidrofobia.

16. Santa Julita e São Ciro, Mártires (+ Síria, séc. IV)

Santa Julita sofreu o martírio durante a perseguição de Diocleciano. Enquanto estava sendo torturada, seu filho pequeno, de nome Ciro, gritava em alta voz que também era cristão, e foi por isso morto com ela.

17. São Ranieri de Pisa, Confessor (+ 1160)

Era músico e tocava lira em Pisa, quando se converteu graças às orações de Santo Alberto da Córsega. Depois de viver algum tempo recolhido, como solitário, partiu em peregrinação à Terra Santa. Retornando a Pisa e ingressando no Mosteiro de São Guido, transformou-se em pouco tempo no apóstolo e diretor espiritual de Pisa. Possuía o dom dos milagres, lia segredos nos corações, expulsava demônios, realizava curas e conversões. Depois de falecido, continuou operando prodígios por meio da água benzida com sua oração ou colocada sobre sua sepultura.

18. São Gregório Barbarigo, Bispo (+ Itália, 1697)

Proveniente de uma nobre família de Veneza, foi bispo de Bérgamo e depois cardeal e bispo de Pádua. Sobretudo nesta última cidade pôde desenvolver plenamente seu trabalho pastoral, fundando escolas e instituições de caridade. Seu coração é venerado no seminário diocesano de Pádua. 

19. São Romualdo Abade, Confessor (+ Val del Castro, Itália, 1027)

Tinha 20 anos e levava uma vida dissipada e pecadora quando viu seu pai matar um parente em duelo. O choque que recebeu foi a ocasião da graça para convertê-lo. Depois de passar algum tempo na França, em contato com a espiritualidade da Abadia de Cluny, retornou à Itália e iniciou sua obra de fundação de mosteiros. Entre outros, fundou o de Campus Máldoli, berço da Ordem dos Camaldulenses, inaugurando uma nova forma de vida eremítica. Faleceu aos 75 anos. Seu corpo foi preservado da corrupção e se encontrava intacto quatro séculos depois de sua morte.

20. Santo Adalberto de Magdeburgo, Bispo (+ Alemanha, 981)

Foi mandado pelo imperador Oto, o Grande, como chefe de uma missão para evangelizar os eslavos. Foram todos mortos na Rússia, com exceção de Santo Adalberto, que retornou à Alemanha, onde foi abade de Wissemburg e depois primeiro bispo de Magdeburgo, na Saxônia.


21. São Luís Gonzaga, Confessor (+ Roma, 1591)

Pertencia à família dos duques de Mântua e era príncipe do Sacro Império, sendo herdeiro do feudo soberano de Castiglione. A tudo renunciou depois de uma luta árdua para conseguir licença paterna, e ingressou aos 17 anos na Companhia de Jesus. Faleceu em Roma, aos 24 anos, vitimado por uma epidemia à qual se expusera voluntariamente tratando de enfermos. É modelo de pureza e patrono da juventude católica.

22. São João Fisher e São Tomás Morus (+ Inglaterra, 1535)

João Fisher, bispo de Rochester, e Sir Tomás Morus, ex-lorde chanceler do Reino da Inglaterra, foram decapitados porque se opuseram ao divórcio de Henrique VIII e não aceitaram o ato pelo qual aquele monarca rompeu com o Papado.

23. São José Cafasso, Confessor (+ Turim, Itália, 1860)

Era professor de Teologia Moral em Turim. Foi mestre e diretor espiritual de São João Bosco. Deu excelente formação moral ao Clero piemontês, de acordo com a boa escola de São Francisco de Sales e Santo Afonso de Ligório. Deixou em testamento os poucos bens que possuía a seus amigos São João Bosco e São José Benedito Cottolengo.

24. Nascimento de São João Batista

São João Batista, embora concebido no Pecado Original, foi dele purificado antes de nascer, quando sua mãe, Santa Isabel, foi visitada pela Santíssima Virgem, que por sua vez portava no seio o Salvador. Por isso, São João Batista é o único santo cujo nascimento se comemora na Liturgia, além da própria Virgem Maria, que já foi concebida isenta de todo pecado.

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25. São Próspero de Aquitânia (+ séc. IV)

Grande escritor eclesiástico de seu tempo, nascido na Aquitânia, era leigo e foi casado. Conhecia profundamente a Teologia e participou ativamente das controvérsias com os hereges semipelagianos. Correspondeu-se com Santo Agostinho, bispo de Hipona, e consta ter sido secretário do Papa São Leão Magno.

26. São Pelágio, Mártir  (+ Córdoba, 925)

Nascido na Galiza, tinha 13 anos quando foi entregue como refém aos mouros. O emir Abderramão III, torpemente atraído pelo aspecto daquele menino, procurou seduzi-lo. Mas São Pelágio, indignado, respondeu: "Afasta-te, cão! Pensas por acaso que sou um dos teus efeminados lacaios? " Foi cortado em pedaços, tendo os braços e os pés arrancados, e por fim foi decapitado e lançado a um rio.

27. São Cirilo de Alexandria (+ 444)

Patriarca de Alexandria, conseguiu, no Concílio de Éfeso, a condenação dos erros de Nestório e a proclamação da Maternidade Divina de Nossa Senhora.

28. Santo Ireneu, Bispo e Mártir (+ Lyon, França, 202)

Santo Ireneu foi discípulo de São Policarpo de Esmirna, que por sua vez o foi do Apóstolo São João. Nasceu e se formou na Ásia Menor e viveu muitos anos na Gália, onde foi bispo de Lyon. A autoridade muito especial de que ele goza lhe vem da grande proximidade com a tradição apóstólica e do fato de ter conhecido tanto a tradição ocidental quanto a oriental da Igreja. Combateu arduamente os erros gnósticos e assentou as bases sobre as quais se desenvolveria, mais tarde, a ciência da Mariologia. Documentos muito antigos e dignos de todo o crédito afirmam que sofreu o martírio, mas não especificam a forma e o local preciso desse fato. 

29. Comemoração de S. Pedro e S. Paulo  (+ séc. I)

Neste dia a Santa Igreja comemora as duas grandes colunas da Igreja nascente: São Pedro, Príncipe dos Apóstolos e Vigário de Jesus Cristo, e São Paulo, o Apóstolo dos Gentios.

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30. Primeiros Mártires da Igreja de Roma (+ 64-67)

São recordados conjuntamente, neste dia, os inúmeros cristãos que sofreram o martírio em Roma, acusados injustamente pelo imperador Nero de terem incendiado a cidade.

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