Mas fica uma pergunta no ar: “Quanto tempo vale um elemento cruzado”? Pessoas carregam guias (fios de conta) nos seus pescoços, nos seus carros. Carregam pedras e imagens em seus altares. Carregam patuás em seus bolsos. De quanto em quanto tempo devemos trocá-los?
Para responder, seguiremos alguns princípios:
1 – Princípio da doutrina
Precisamos entender que cada Casa tem a sua doutrina. Textos de internet jamais podem ser colocados acima delas. Na dúvida sobre um procedimento de Umbanda, procure o Pai ou Mãe de Santo de sua confiança.
2 – Princípio do mistério do Guia
Cada falange espiritual domina uma determinada gama de magias. Muitas vezes utilizam magias diferentes para se chegar a um mesmo resultado.
Por exemplo: posso tomar passe em uma linha de Baianos e de Esquerda queixando-me da má sorte. Pode ser que o Baiano no domínio do seu mistério opte por um trabalho com cocos verdes em uma entrega enquanto Exu opte por um patuá ou amuleto.
Se eu passar ainda na linha de Ciganos posso ser atendido com o pedido ou a indicação de uma pedra ou amuleto e assim por diante.
Um aspecto importante a considerar sobre o tempo de durabilidade dos itens magísticos é o mistério de cada Guia e muitas vezes eles não vão ser encontrados nos livros e páginas de internet.
3 – Princípio da necessidade
Quando um médico indica um remédio a um doente, aquele remédio é acompanhando de um período no qual a dose de remédio é suspensa quando houver o término da queixa.
Quando um elemento magístico estiver sobre este princípio, perceba que o Guia dará um tempo àquele objeto ou banho.
Por exemplo:
“Tome este banho de arruda por sete dias”;
“Acenda uma vela de sete dias branca”;
“Deixe esta pedra tomar um dia de banho de sol e um dia de banho de lua”, etc.
Ou ainda, quando o amuleto é usado como defesa ou transporte de má energia, o Guia, ao invés de dar prazo fixo pode estabelecer a regra do tempo de vida útil do objeto.
Por exemplo:
“Troque o patuá quando o alho estiver murcho”;
“Deixe este galho de arruda no travesseiro e troque-o quando estiver murcho”, e assim por diante.
4 – Princípio de tratamento ou período específico
Aqui o Guia recomendará o elemento por um período fechado.
Por exemplo:
“Deixe água com 3 pedaços de carvão em sua porta todo período da quaresma”;
“Troque as moedas do Cigano em toda lua nova”;
“Acenda vela de anjo de guarda toda sexta até que a pessoa tenha alta do hospital”;
“Leve o bracelete da Pombagira com quem você tomou passe e traga de volta quando conseguir o que pediu”, e assim por diante.
5 – Outras considerações sobre durabilidade dos objetos
Para quem é médium, um método muito eficaz de trocar seus elementos é a intuição.
Você receberá intuição dos seus Guias sobre quando renovar a energização dos seus itens e/ou quando trocá-los.
Para quem não é médium, o ideal é sempre perguntar ao Guia que lhe deu ou recomendou o objeto sobre a periodicidade ou durabilidade do mesmo.
Se imaginarmos ainda o objeto (amuleto, patuá, fio de conta, pedra, etc) como uma “pilha” podemos fazer a analogia de como as pilhas duram diferente conforme o uso.
Imaginemos que uma pessoa carregada e uma não carregada ganham patuás de Exu com os mesmos elementos. É natural que a pessoa carregada tenha o tempo de vida útil do seu patuá diferente da pessoa não carregada.
Suponhamos que uma pessoa trabalhe na UTI de um hospital e outra em uma loja de ervas; é maior a probabilidade da pessoa que trabalha no hospital ter a sua energia drenada muito mais do que a pessoa da casa de ervas.
6 – Princípio do respeito, amor e caridade
A Umbanda trabalha com a manipulação de energias, das forças da natureza e com orientação dos nossos Orixás e mentores.
Não há uma formulá mágica ou verdade absoluta. Todo Guia que vem em Terra para contribuir com a prestação da caridade, com a propagação do amor, vem ajudar na evolução dos seres humanos devem ter seus mistérios respeitados.
Umbanda é fundamento e é preciso estudar. Umbanda é religião e é preciso respeitar.
Fonte: Blog do Baiano Juvenal
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