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domingo, 18 de dezembro de 2016

Filosofia: Eduardo Galeano (1940-2015)

“Muita gente pequena, em pequenos lugares, fazendo coisas pequenas podem transformar o mundo.”
“Em 1492, os nativos descobriram que eram índios. Descobriram que viviam num lugar chamado América. Descobriram que estavam nus, que existia o pecado. Descobriram que deviam obediência a um rei e uma rainha de outro mundo, e a um deus de outro céu. E que esse deus havia inventado a culpa e o vestido, e que mandou queimar vivo quem adorasse o sol, a lua, a terra e a chuva que a molha.”
“Os países que dão as ordens no mundo, através dos organismos que criaram para dar as ordens no mundo, ditam as ordens ao mundo mas não as seguem. Sim, porque eles são sádicos, mas não masoquistas.”



“As guerras mentem. Nenhuma tem a honestidade de confessar: eu mato para roubar. As sempre invocam motivos nobres. Matam em nome da paz, em nome da civilização, em nome do progresso, em nome da democracia, e para que não reste dúvidas, se nenhuma dessas mentiras não for suficiente, aparecem os meios de comunicação dispostos a inventar novos inimigos imaginários, para justificar a conversão do mundo em um grande manicômio, e imenso matadouro.”
“Os cientistas dizem que estamos feitos de átomos, mas um passarinho me contou que estamos feitos de histórias.”
“O futebol corre o perigo de se tornar um negócio tão rentável quando o das drogas e das armas. O que vai acabar com o miserável torcedor que vive da sua paixão, que dorme na porta do clube, ou o mendigo do bom futebol, que anda de estádio em estádio, com seu chapéu nas mãos, pedindo “uma jogadinha brilhante pelo amor de Deus.”
“A liberdade do dinheiro é inimiga da liberdade das pessoas.”

"Reunimos acima algumas das facetas de Eduardo Galeano em sete frases suas. A do uruguaio que sonhou com a grande transformação em pequenas proporções, a do historiador da América Latina e suas veias abertas, a do questionador da ordem mundial, a do jornalista que denunciava o saqueamento e a matança dos países pobres, a do mais sensível contador de histórias, a do escritor amante do bom futebol (torcedor do Nacional, para os que tinham alguma dúvida) e a do defensor, através da poesia, da liberdade que interessa a todos, e não a alguns poucos.
Faltou a do autor que soube, como poucos, mesclar a realidade e a ficção, em suas deliciosas narrativas. Mas para isso, convidamos a que busquem o seu legado e leiam seus livros, não este mero blog."

Fonte: Carta Capital: 13 de abril de 2015 em Cultura Latina.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Ayahuasca - Caminho para o interior divino


Vídeo documentário sobre o uso religioso do enteógeno ayahuasca. Um retrato dos que fazem dela sua ferramenta de desenvolvimento espiritual. Produção, filmagem e edição: Beatriz Meira Matos





"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Eu vou limpando e defumando
Todos os seres são bem-vindos pra ajudar
Vamos limpar e harmonizar
Que o salão é da Rainha
E deve ser preparado com carinho
A harmonia começa em cada um
Com paz e amor no coração
Limpando tudo aquilo que não serve mais
Vou colocando cada coisa em seu lugar
Junto ao Cruzeiro, oito rosas pra Iemanjá
E viva a Rainha do Mar!
Seu Sete Flechas e os caboclos curadores
Trazem as essências da floresta
Doces perfumes, fina alfazema
Paz e alegria pra nossa festa
Respiro luz, paz, amor, tranqüilidade
A nossa casa só tem bondade
Pois já estamos na estrada do amor
E falta pouco para chegar"

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Oxum, a Rainha da Água Doce

No sincretismo religioso brasileiro, apenas mudando o nome, Nossa Senhora da Conceição é Oxum. Rainha da água doce, das riquezas subterrâneas, dona dos rios, riachos, nascentes, mananciais, cascatas e cachoeiras... 

Ora Iê Iê Ô!




OXUM: (Oshun, Ọsun ou Oschun) na Mitologia Yoruba, é um Orixá feminino (Yabá), seu nome deriva do rio Ọsun que corre na Iorubalândia, na região nigeriana de Ijexá e Ijebu. 

Na Umbanda Orixá da Água Doce. Guardiã das minas de ouro e riquezas do sub-solo. Sincretiza-se com várias Nossas Senhoras, as representadas em imagens com querubins aos seus pés. 

O sincretizmo mais conhecido é o com Nossa Senhora Aparecida, Santa Luzia, Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora da Conceição. 

SAUDAÇÃO: Orayê-yê mamãe Oxum no Candomblé e Aiê-iê-ô na Umbanda

COR: Amarelo

AMALÁ: (Oferenda para Oxum): 7 velas brancas e 7 amarelo claro, água mineral canjica branca, fitas amarelo claro e branca. Local de entrega na margem de um rio limpo e lajeado, ao lado de uma bela cascata ou cachoeira


ERVAS: (Banho de descarrego): Erva Cidreira – Gengibre – Camomila – Arnica –Trevo Azedo ou grande- Chuva de Ouro – Manjericona – Erva Santa Maria – Gengibre – Calêndula

ORAÇÃO: "Oh Mãe Oxum! Senhora dos rios e cascatas. Orixá das águas claras que lavam os males do mundo.  Deusa do Amor! Que o canto de suas águas embale meus sentimentos alimentando meu coração com as vibrações de paz e perdão. Senhora do ouro, clareia meus caminhos. Ora-ie-iê-Ô mamãe Oxum!"


Clique nos links abaixo para ver mais sobre cada Orixá:
   


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Intolerância Religiosa

Professor processa livraria e cliente por intolerância religiosa no Rio

via Agência Brasil (EBC)



"O professor de sociologia do Instituto Federal de Educação da Bahia Leonardo Rangel processou a Livraria Vozes, no Rio de Janeiro, e uma cliente do estabelecimento por intolerância religiosa que sofreu dentro da livraria, na Rua Gonçalves Dias, no centro, na sexta-feira passada (2).

Em viagem a trabalho na capital fluminense, o professor baiano lamentou ter sido vítima desse tipo de crime em uma cidade que considera a “mais linda do mundo, com pessoas hospitaleiras e acolhedoras”. Rangel contou que estava na livraria quando uma senhora começou a agredi-lo ao descobrir que era candomblecista. 

“Quando viu minha conta de Ogum no pescoço, ela disse: 'cruz-credo' e saiu de perto de mim. Mas continuou falando por uns 10 minutos que esta religião não prestava, que era coisa do diabo”, contou ele.

Rangel disse que nunca tinha sofrido esse tipo de preconceito e que ficou quieto esperando para pagar o livro que tinha escolhido. "Finalmente, ela disse que gente como eu deveria ser proibida de entrar na loja. Vá ao lugar onde eles ficam para ver como será tratada”, narrou a vítima. 

O professor ressaltou ter informado à senhora que intolerância religiosa é crime. “Ela debochou dizendo que estava morrendo de medo e até tremendo”. 

Leonardo Rangel  destacou que os funcionários da livraria pareciam conhecer a cliente, que os tratava com intimidade, e que em nenhum momento ela foi interpelada por alguém do estabelecimento para que parasse com as agressões. 

Segundo o professor, a decisão de denunciar o crime às autoridades não foi fácil. “No dia, fiquei sem reação. Só fiz o boletim de ocorrência no dia seguinte. Sou tímido, resguardado, mas não poderia me calar."

No sábado (3), ele procurou o advogado Hélio Silva, especialista nesse tipo de crime. Silva solicitou judicialmente que a agressora seja responsabilizada na área penal e que a Livraria Vozes seja cobrada administrativamente, com pedido de cassação do alvará de funcionamento, com base na Lei Estadual 6.483/13, e na área cível, com pedido de indenização por danos morais.

A Polícia vai tentar identificar a cliente acusada de agressão examinando imagens das câmeras de segurança da livraria.

Leonardo espera que seu ato sirva de exemplo para outras vítimas de intolerância religiosa e que as denúncias ajudem a inibir esse tipo de crime. “A intolerância tem crescido muito, inclusive, contra as religiões de matriz afro-brasileira. Se me calasse, estaria compactuando com isso. Estou fazendo minha função social enquanto educador, enquanto adepto do candomblé, e espero que a justiça seja feita para que os culpados arquem com as consequências do crime que cometeram.”

A assessoria de imprensa da Editora Vozes lamentou que o caso tenha ocorrido em loja da empresa, e informou que tomará as devidas providências. “Reforçamos que o nosso trabalho vem sendo pautado pelos propósitos e valores expressos em nossa missão e todos os nossos produtos e serviços estão coerentes com a mesma”, diz a nota de posicionamento da Vozes."

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Diferença entre religião e espiritualidade

6 DIFERENÇAS ENTRE RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE




Dizer às pessoas que você é espiritual, mas não religioso é muitas vezes visto como alguém confuso. As pessoas tendem a pensar na espiritualidade como algo muito estranho e misterioso. Elas ainda fazem um esforço para diferenciá-lo de quem pertence a uma religião, e isto só acontece porque boa parte das pessoas na sociedade moderna tem medo de serem manipuladas e tem uma falta de conhecimento quando se trata de assuntos não-materiais.

A verdade desta questão é que a espiritualidade é talvez a coisa mais natural que exista, é simplesmente seu próprio consciente reconhecendo de que você é mais do que apenas um corpo, que você é uma alma com um potencial infinito.

Para simplificar o que eu estou tentando explicar, aqui está uma pequena lista de coisas que ajudam a destacar as diferenças entre religião e espiritualidade.

Não há regras para a espiritualidade

Ao invés de seguir uma ideologia específica ou um conjunto de regras, a espiritualidade simplesmente permite que você siga o seu coração, ela incentiva você a ouvir a sua intuição e fazer o que é certo para si e para os outros ao seu redor. Na verdade ela o deixa livre para agir da melhor forma que possa e ser uma boa pessoa com nenhuma promessa de punição ou recompensa. A recompensa é simplesmente a sua própria felicidade interior.

Espiritualidade é baseada somente no amor e não no medo

Existe muito medo pautando todas as religiões. O medo das conseqüências de suas ações, o medo do que poderia acontecer depois de morrer se você não viver a sua vida em conformidade. E com a espiritualidade só há amor, ela incentiva você a concentrar toda a sua energia apenas no bem, e agir apenas com base no amor. Este é um ponto chave para mim, porque qualquer escolha feita por medo não pode ser bom para a sua alma. Já, as decisões feitas por amor o torna mais corajoso e servem de alimento a sua alma. A espiritualidade te mostra como ficar de pé apesar de ter medo, como seguir em frente fazendo o que você acha que é certo, apesar das consequências que podem vir.

A Religião lhe diz a verdade – A Espiritualidade permite que você a descubra

Em oposição a dizer-lhe por A mais B como o universo foi criado e por que estamos aqui, a espiritualidade permite que você investigue estas perguntas e encontre as respostas por si mesmo. Ela habilita você a encontrar sua própria verdade em todas as coisas e não estabelece limites para o quão profundo você pode ir em compreender tudo que há para saber.

A Religião separa, a Espiritualidade une

Neste mundo que vivemos existem muitas religiões e todas elas pregam que a sua história é a história certa. Espiritualidade vê a verdade em todos elas e as une, porque a verdade é a mesma para todos nós, apesar de nossas diferenças e singularidades. Centra-se na qualidade da mensagem divina que elas compartilham e não nas diferenças de detalhes da história contada por cada uma.

A diferença entre Karma e Castigo

Em vez de falar sobre a punição ou a ameaça do inferno, a Espiritualidade só fala sobre Karma. É a lei da atração, em que você só recebe o que dá. Simples assim.

Trilhar seu próprio caminho

Em vez de histórias ancestrais sobre anjos e deuses, espiritualidade incentiva você a fazer o seu próprio caminho e criar suas próprias histórias. Isto o coloca uma jornada de esclarecimento e auto-descoberta de que os únicos limites podem ser definidos por você mesmo. Ela o incentiva a confiar em seu coração e segui-lo onde quer que ele possa levá-lo.

Se você olhar para a religião tudo decorre de uma profunda espiritualidade. Jesus e o profeta Maomé, por exemplo, tinham profundas jornadas espirituais antes de terem embarcado em suas próprias viagens. Então, eu confio que toda a religião tem a sua verdade nisso, e que muitas pessoas podem ser verdadeiramente tanto belas almas como religiosas, ao mesmo tempo, mas em última análise, qualquer coisa que separa você ou cria divisão não é boa para sua alma e, definitivamente, não é boa para o bem maior da humanidade.

Espiritualidade lembra-nos que não estamos separados, que não existem fronteiras, que não existem divisões de raças e culturas. A verdade é que somos todos um e que a única coisa constante é o Amor.

Escrito por: Kasim Khan do site thespiritscience.com. Tradução livre.

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