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segunda-feira, 23 de março de 2015

Quando a sua mente acredita o seu corpo se prepara (Humi)

Happiness at Sunrise/Flickr/Predi (CC BY-ND 2.0)
“Acreditar é uma coisa muito séria. Quando você acredita numa ameaça, suas glândulas reagem, despejando um excesso de adrenalina e todo excesso complica a saúde. Quando você acredita numa coisa boa, o corpo também se prepara, colocando na corrente sanguínea os hormônios da satisfação e isso ajuda a sua saúde e a sua forma de encarar os desafios. 

Quanto mais o seu discurso positivo aumenta, tanto mais o corpo procura se alinhar nas condições positivas. Você pode imaginar as consequências de um estado mental depressivo. Combater tal estado é uma necessidade imperiosa de todos os dias, todos os dias, todos os dias. Manter-se em cima, de alto astral tem sido a maior luta dos humanos. 

Agora, e como acreditar numa coisa boa, quando vivemos uma coisa ruim? 

O esforço dobra, porque pelo tempo que for necessário à sua paz, você lutará para afastar a sua mente do que te faz mal. Às vezes, é preciso ter coragem e romper também com lugares, circunstâncias e pessoas que já não acrescentam nada em sua vida.”

- Nilsa Alarcon e J. C. Alarcon

segunda-feira, 16 de março de 2015

Características de Ogum


Ogum é a Divindade que está assentada na Linha da Lei. Representa a Ordenação Divina, o Governo da Lei Maior em toda a Criação.


Suas Irradiações contínuas amparam e sustentam aqueles que vivem dentro da Lei e da Ordem Divinas e também socorrem aos que necessitam desse amparo.  Ogum é a Lei, cujo símbolo é a espada, que por sua vez representa o caminho reto, a retidão de caráter, a honra, a honestidade. 

Perante a Lei não existe “mais ou menos”, ou seja, não se pode ser “mais ou menos honesto”: ou se está no caminho reto, respeitando a Lei Divina, a si mesmo e ao próximo, ou não se está.

Ogum é o Senhor que realiza a abertura de caminhos, a ordenação, o afastamento da desordem e do caos, o corte das atuações negativas, mas tudo a partir do equilíbrio íntimo dos seres perante a Lei Divina. A primeira “batalha” que Pai Ogum nos ensina a realizar é vencer os vícios e a desordem interna para que, uma vez equilibrados, possamos atrair situações e relacionamentos ordenados, livres da desordem que nasce do desrespeito à Lei Maior e à Justiça Divina.

Lei e Justiça são interligadas, não se pode obter o amparo da Justiça Divina sem viver em obediência às Leis da Criação. O dragão subjugado por São Jorge e por São Miguel Arcanjo, que sincretizam com Ogum, representa exatamente o trabalho pela vitória sobre as nossas trevas interiores. 

O dragão é o símbolo da maldade, dos vícios, das negatividades, do ego exacerbado, da vaidade extrema e da ganância. Vencendo o dragão, sob o amparo de Ogum, nos habilitamos a atrair situações favoráveis, sob o amparo da Lei. Porque a Lei atua sem cessar, irradiando-se para toda a Criação.

Irradiação: Lei
Campo de atuação: Lei e Ordenação
Elementos: Ar e Fogo
Cores: Vermelho, Azul escuro e Prateado
Data comemorativa: 23 de abril
Dia da semana: Terça-feira
Sincretismo: São Jorge (também com Santo Antonio de Pádua)

Arquétipo dos filhos de Ogum*

De acordo com Pierre Verger, o arquétipo de Ogum é o das pessoas fortes, aguerridas e impulsivas, incapazes de perdoar as ofensas de que foram vítimas. Das pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Daquelas que, nos momentos difíceis, triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda a esperança. Das que possuem humor mutável, passando de furiosos acessos de raiva ao mais tranqüilo dos comportamentos. 

Finalmente, é o arquétipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de discrição quando lhe prestam serviços, mas que, devido à sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas.




terça-feira, 3 de março de 2015

Tratado sobre a União Oculta de Huang Di



"A circunstância da destruição não é ruim em si mesma, ela simplesmente faz parte do destino. Da mesma forma como existe o nascimento ou criação, é natural também existir a morte ou destruição porque, no Universo, as duas forças atuam de maneira simultânea. 

Mas como o ser humano tem dificuldade para acostumar-se com a ideia da morte, a circunstância da destruição passa a ser vista como desventura. 

Isso piora quando as pessoas pressentem que a mudança pode ser coletiva e começam então a se questionar, procurando adivinhar se elas e sua família serão atingidas e estarão dentro daquela circunstância. 

Com isso, a destruição, ao longo de milhares de anos de cultura do mundo, passou a ser considerada um infortúnio. Mas esse conceito repousa numa leitura plana, apressada e superficial do que está escrito na estrofe, que suscita um entendimento mais construtivo. 

Para uma pessoa virtuosa, o caminho da criação pode ser representado pelo verbo fluir, que significa ir para frente na vida, harmonizando-se com seu destino. E o caminho da destruição pode ser representado pelo verbo inverter, que significa andar para trás em direção à sua origem, ou Dào. 

O caminho da criação está ligado ao ciclo criativo, no qual madeira gera fogo, fogo gera terra e assim sucessivamente, até o fim dos dias da vida de uma pessoa. E o caminho da destruição está ligado ao ciclo do controle [ ... ], cujo auge de realização, no aspecto da destruição dos subtrativos que prendem o espírito de uma pessoa à roda da transmigração, é a imagem das cinco cobras que se engolem umas as outras, simultaneamente. 

Esse é o símbolo da destruição da estrutura do Universo, para a pessoa que alcançou aquele nível. Portanto, o sentido místico da circunstância da destruição está no alcance do desígnio da plenitude, ou realização espiritual de quem busca a imortalidade do espírito."

Yin Fu Ching – Tratado sobre a União Oculta de Huang Di, o Imperador Amarelo

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