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quarta-feira, 14 de maio de 2025

Divaldo Franco volta para a Pátria Espiritual

Divaldo Franco: o homem que falava com a alma e abraçava com o coração

Por Ronald Sanson Stresser Junior

 
Divaldo Franco - Reprodução/Internet
 

Na noite de 13 de maio, um silêncio diferente tomou conta da Mansão do Caminho, em Salvador. Não era apenas a morte de Divaldo Franco, aos 98 anos, que causava comoção. Era a sensação de que o Brasil perdia um pai amoroso, um amigo constante, um mestre que falava como quem acende luzes por dentro.

Mas quem conheceu Divaldo — pessoalmente ou por suas palavras — sabe: ele não partiu. Apenas voltou para casa.

A infância marcada pela dor, o coração moldado pela fé

Divaldo nasceu em Feira de Santana, interior da Bahia, no ano de 1927. Desde pequeno, experimentou o sofrimento com perdas irreparáveis, como a morte de dois irmãos. Ainda menino, começou a ouvir vozes e a ver espíritos, fenômenos que o isolaram, mas também o empurraram com firmeza para o caminho que transformaria sua vida — e a de milhões de outras pessoas.

Encontrou no espiritismo o colo que tanto buscava. E, mais do que isso, descobriu uma missão: consolar os que choram, guiar os que se perdem, cuidar dos que ninguém mais vê.

Não podemos evitar que o sofrimento nos alcance, mas podemos escolher como vamos enfrentá-lo.” — gostava de dizer, com aquele sorriso sereno que atravessava qualquer turbulência.

A Mansão do Caminho e o milagre cotidiano do amor

Em 1952, ao lado do inseparável amigo Nilson de Souza Pereira, fundou a Mansão do Caminho. Mais do que uma obra social, tornou-se um lar. Um útero coletivo de afeto, educação e dignidade para milhares de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade.

Lá, não se ensinava apenas matemática ou português. Ensinava-se, sobretudo, o valor da bondade, o respeito pela vida, a força do perdão. Divaldo não era apenas o fundador — era o cuidador, o contador de histórias, o abraço de fim de dia.

Vale a pena amar. O amor é a alma da vida.” — repetia, enquanto acolhia sem distinção quem chegasse.

A palavra que cura e a fé que não impõe

Mais de 260 livros psicografados. Conferências em mais de 70 países. Uma vida a serviço da paz, da espiritualidade e do diálogo. Mesmo nos momentos em que o mundo parecia endurecer, Divaldo se mantinha fiel ao seu compromisso com a ternura. Nunca usou a fé para condenar. Usava-a para libertar.

Ele dizia:

Se alguém te fere, perdoa. Se alguém te abandona, ora. O outro é sempre o espelho do que ainda precisamos trabalhar em nós.

Durante o velório, na própria Mansão do Caminho, não houve desespero — mas gratidão. Maria Piedade, voluntária da instituição, chorava sorrindo:

— Ele ensinou a gente a viver por dentro. A amar sem medida. A servir com alegria.

Graça Leal, outra amiga espiritual, lembrou com carinho do passe que recebeu dele, ainda grávida, em 1982, quando médicos diziam que sua filha não sobreviveria:

— Hoje minha filha é uma mulher linda. E viva graças à fé que ele me deu naquele momento.

A luz segue acesa

Fabrício Carpinejar o descreveu como “um poste de luz que jamais se apagará”. E é isso. Divaldo Franco continua. Em cada criança salva pela Mansão. Em cada espírito confortado por suas palavras. Em cada pessoa que, mesmo sem o conhecer pessoalmente, se sentiu amada ao ouvir sua voz.

O Centro Espírita Paulo de Tarso, em Brasília, resumiu com doçura:

— Ele foi um verdadeiro mensageiro de Cristo, em ações e ensinamentos. E esses nunca morrem.

E de fato, não morrem.

Porque como ele mesmo dizia:

Tudo passa… menos o que construímos com o coração.

Vai em paz Divaldo!

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Leão XIV: um novo tempo para a Igreja e para o coração dos fiéis

Com a fumaça branca que subiu ao céu de Roma no dia 8 de maio de 2025, às 13h11 (horário de Brasília), Deus nos deu um novo pastor: o Papa Leão XIV. Vindo de Chicago, formado no espírito missionário da América Latina, ele chega para continuar — e expandir — o legado luminoso de Francisco

 
 

Habemus Papam

Não são apenas palavras. São um sussurro vindo do alto. Um chamado. Uma confirmação. A Igreja, em sua sabedoria conduzida pelo Espírito Santo, elegeu mais um sucessor de Pedro. E com ele, renova a esperança de mais de um bilhão de corações espalhados pelos continentes.

Dessa vez, o chamado recaiu sobre um homem de fala mansa e passos firmes: Robert Francis Prevost, norte-americano, agostiniano, missionário, bispo, e agora Papa Leão XIV.

Ele é o primeiro papa vindo dos Estados Unidos — e, curiosamente, carrega na alma a vivência dos que conhecem a pobreza do povo latino-americano. Durante anos, serviu no Peru, evangelizando com os pés no barro e o olhar voltado para os céus.

O que representa um novo papa?

Mais do que uma nova liderança, um novo papa é um sinal visível da continuidade do amor de Deus pela humanidade. Desde Pedro, o primeiro a receber as chaves do Reino, cada pontífice tem sido um elo entre o céu e a terra. Um canal para que Cristo continue presente, operando, ensinando, cuidando.

Quando o Papa Francisco renunciou, muitos sentiram um aperto no peito. Seu papado foi um marco de simplicidade, coragem e misericórdia. Mas Deus, em sua infinita providência, jamais deixa a barca à deriva. A fumaça branca desta quinta-feira foi como um abraço vindo do alto. E a resposta ao anseio de tantos corações: a missão continua.

A luz de Francisco, o sopro novo de Leão

Papa Leão XIV não chega para romper com o passado, mas para caminhar a partir dele. Seu nome, uma referência a Leão XIII — defensor dos trabalhadores e das causas sociais — já nos fala de um pontificado atento às dores do mundo. Mas sua trajetória como missionário também nos indica algo mais: um papa com cheiro de povo, de campo, de altar improvisado e partilha verdadeira.

O que podemos esperar? Mais proximidade, mais escuta, mais presença real da Igreja onde ela mais precisa estar: nas periferias, nas fronteiras da fé, nas encruzilhadas do mundo moderno. Leão XIV parece ser uma ponte entre o zelo pastoral de Francisco e um novo impulso evangelizador, capaz de tocar almas distraídas e acalmar os corações aflitos.

Não estamos sozinhos

Ao olharmos para o novo Papa na sacada da Basílica de São Pedro, sentimos algo difícil de explicar. Uma paz silenciosa. Uma certeza antiga: o Espírito Santo ainda guia a Igreja. Ainda sopra onde quer. Ainda confunde os sábios e exalta os humildes.

O nome, a origem, a idade — tudo isso importa. Mas o que realmente importa é que **Deus está no comando**. E que, mais uma vez, Ele nos deu um homem de fé para ser farol. Para apontar o caminho em meio às tormentas. Para, como Pedro, dizer com firmeza: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo".

A jornada de Leão XIV apenas começa. Mas desde já, nossos joelhos se dobram. Nossas preces se erguem. E nosso coração se abre para o novo tempo que vem aí.

Que o Senhor o abençoe, Santo Padre. Que Maria o cubra com seu manto. E que a Igreja de Cristo, sob sua condução, continue sendo sal da terra e luz do mundo.

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