Na Idade Média, algumas regiões do sul da França possuíam um maravilhoso segredo. Lá, no berço dos cátaros dispunha-se de um poder supraterreno, o poder do consolamentum [ou "consolament"].
Através dele era realizada a separação entre o homem-animal e o homem-espírito; entre o homem desta natureza e a figura do ser original do passado remoto. Os que o haviam recebido já não eram, no sentido absoluto, habitantes da terra. Na verdade, eles ainda estavam no mundo, mas já não eram do mundo.
Inúmeros buscadores se perguntaram quais poderiam ser as forças espirituais que sustentavam esse movimento. Eles perceberam claramente que, se esse despertar espiritual tivesse podido desenvolver-se sem obstáculos, teria envolvido toda a Europa, provocando um renascimento jamais visto no mundo.
Cremos poder afirmar que o conhecimento, o saber e os poderes dos cátaros eram universais. Sua fonte não pode ser encontrada na terra, mas somente no Reino Imutável. Existem autores que deploram seu declínio, sua aparente derrota e lamentam a perda de sua sabedoria e de sua força. Porém, essa tristeza é puramente dialética, pois uma força que jorra da própria vida universal, uma sabedoria tão sublime, não pode perder-se.
(Jan van Rijckenborgh, em "A Gnosis Chinesa")
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