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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Findhorn: uma rosa florescendo em pleno inverno



Findhorn é o sinônimo de uma deliciosa experiência ecológica da Nova Era, onde os seres da natureza, cooperando com pessoas de boa vontade , transformaram uma gleba de areia estéril em terra fecunda, mostrando ao mundo como os territórios devastados pela imprudência e a maldade humana poderão ser reconquistados e transformados em regiões produtivas e belas, bastando para isso que os homens ouçam o que esses seres têm para ensinar e com eles colaborem!

Em 1962 quatro escoceses que trabalhavam num hotel de luxo perderam seus empregos. Eram Peter Caddy, sua esposa Eilen, Dorothy Maclean e Lena Lamont. Não havia razão aparente para essa simultânea perda de empregos mas o que causou ainda mais estranheza é que, apesar de serem profissionais eficientes , essas pessoas não conseguiam outro trabalho .

Depois de inúteis tentativas , resolveram esperar que a adversidade amainasse e foram viver em dois trailers que possuíam. Como eram pessoas que não só trabalhavam mas estudavam e tinham-se submetido a um treinamento espiritual, não se afligiram indevidamente e entregaram-se à vontade do plano superior.

Eilen era também uma sensitiva, procurou orientação e nessa procura recebeu instruções para que ela e seus companheiros rumassem para a baía de Moray, no Norte da Escócia , um lugar mais próximo do Circulo Artico do que a cidade russa de Moscou .

Lá havia um local perto de um acampamento para caravanas, denominado Findhorn . Situado num pequeno cabo, era varrido por ventos glaciais e naquela parte do ano (novembro) os dias eram curtos e quase sem sol. Difícil imaginar um lugar mais inóspito mas, pensavam eles - que já o conheciam - seria uma parada curta, temporária, enquanto aguardavam os esperados empregos! Para lá se dirigiram. E acamparam.

Como eram pessoas com conhecimentos espirituais, compreenderam que algum motivo deveria existir para essa mudança brusca de destino e moradia, e não desprezaram a oportunidade do isolamento obrigatório para prosseguir com seus estudos. Eileen, continuando com suas meditações diárias, quase que imperceptivelmente entrou em sintonia com os seres da natureza que começaram a dar instruções ao grupo.

Quando a primavera chegou - eles ainda em Findhorn e ainda sem emprego - sabiam o que deveriam fazer e como proceder: trabalhar o solo para melhorar o ambiente e seu cardápio! Haviam sido instruídos como enriquecer o solo sem colocar produtos químicos. Possivelmente por serem totalmente inexperientes em jardinagem e horticultura, não tinham idéias preconcebidas quanto à qualidade paupérrima do chão que, sendo composto de areia e pedregulho com uma fina camada de terra por cima, dificilmente se prestaria ao plantio de verduras! Puseram mão à obra e começaram a preparar o local para a horta.

Saíram à procura de produtos orgânicos naturais para enriquecer seu cantinho de areia e o primeiro tesouro encontrado foi um montão de capim apodrecido que transportaram para o acampamento. Pouco depois um conhecido que criava cavalos ofereceu um lote de estrume e permitiu que apanhassem o esterco que encontrassem nos pastos. Arrancavam as algas marinhas que ficam presas aos rochedos perto do mar, trabalho duro e até perigoso mas compensador, pois essas algas continham grandes quantidades de produtos químicos que fertilizavam o solo.

Estavam precisando de palha para ajuntar ao montão de lixo que tinham conseguido, quando foram procurados por um vizinho que perguntou se não gostariam de apanhar um fardo que havia caio ao lado da estrada! Uma destilaria ofereceu seus resíduos de cevada, outro poderoso fertilizante natural. Andando pelos arredores, Peter Caddy, o chefe da operação, viu um carneiro que havia se enroscado no arame farpado da cerca. Soltou-o e avisou o fazendeiro que, agradecido, presenteou-os com um carregamento de estrume.

Uma mercearia deu um lote de batatas e verduras estragadas e um vizinho que estava desmanchando seu barracão , ofereceu o madeiramento que o grupo de Findhorn precisava para construir uma cerca. Tudo que necessitavam vinha às suas mãos como que por "milagre", mostrando que uma força inteligente trabalhava segundo um plano preestabelecido. Eram os espíritos da natureza que se faziam conhecer através das instruções que a sensitiva recebia e que davam ao solo a energia vital, sem a qual a Operação Findhorn teria fracassado!

Aqui fazemos uma curta digressão pois temos que apresentar ROC, uma pessoa que foi levada a Findhorn depois que o grupo inicial havia se instalado. Era um ex-operador de um navio de transportes durante a Segunda Grande Guerra Mundial . Quando a guerra terminou, ROC (R. Ogilvie Crombie) ingressou na Universidade de Edimburgo, na Escócia, mas por ter sido vitimado por grave moléstia foi forçado a abandonar os estudos.


Durante sua longa convalescença começou a interessar-se por assuntos relacionados aos poderes paranormais do ser humano e quando sarou, voltou a morar na cidade de Edimburgo onde teve uma experiência nesse campo que revolucionou a sua vida . Conta ROC que, como gostava de lugares ermos, passava longas horas no Jardim Botânico e certo dia, sentado na relva, encostou-se a uma arvore.

Uma estranha paz invadiu-o no tranquilo silencio , ele observava a natureza que o cercava. repentinamente viu uma curiosa figurinha, meio gente, meio animal, que saltitava na grama. Pensando que estava sofrendo de uma alucinação, fechou os olhos mas com os olhos cerrados não via o fauno. Quando os abria, lá estava ele que aos poucos se aproximava. Quando chegou bem perto, ROC cumprimentou-o dizendo:

"Alô"
Assustado o fauno deu um pulo e perguntou :
"Você me pode ver? "
"Sim!" - respondeu ROC .
"Mas os humanos não nos vêem!" - retrucou o fauno.

Assim os dois começaram a se compreender e entabularam uma relação de amizade, o pequeno fauno iniciando um trabalho de grande importância que tinha que fazer com ROC - prepará-lo para um encontro decisivo em sua vida, que se deu da seguinte forma:

Voltava ROC para casa à noitinha e, passando por uma das tranquilas ruas de Edimburgo, sentiu que penetrava num ambiente diferente, singular . Parecia que estava nu e que o ar ficara tão denso que o sentia na pele, morno e vibrante como leves choques elétricos ou delicadas teias de aranha a roçar contra o seu corpo. Quando aproximou-se de um espaço entre duas casas , sentiu que algo ainda mais estranho estava para acontecer . De repente viu um ser gigantesco caminhando a seu lado - meio homem , meio animal - que irradiava uma enorme força. Era um outro fauno , mas não podia ser seu pequenino amigo que havia crescido a tais proporções...

Naquele instante o fauno virou-se para ROC e começou a conversa mais curiosa que se pode imaginar. Apresentou-se em primeiro lugar. Era o grande Pã que a mitologia grega cita e que a Igreja Cristã havia usado para exemplificar, erroneamente, aquele ser que ela chamava de Satanás! O grande Pã, conhecendo o terro que muitos cristãos tem por sua figura , o que muito o entristece, queria saber se ROC também o temia ou se lhe inspirava repulsa.

ROC assegurou-lhe que não e de seus sentimentos profundamente fraternos pelos seres da natureza! Mais aliviado , Pã continuou a conversando e acompanhou ROC até a porta de seu apartamento quando se tornou invisível. ROC , apesar de não poder vê-lo, sentia sua presença dentro de casa. Esse foi o primeiro encontro . Outros seguiram e os dois tornaram-se bons amigos, Pã explicando os seus planos que estavam relacionados a Findhorn, para onde ROC deveria dirigir-se. ROC não hesitou - partiu para lá e integrou-se ao grupo de Peter Caddy . Pã, por sua vez , iniciou sua parte na tarefa de reconstrução de Findhon.

Sendo pequena a área e como era, também, uma experiência novel, o grupo reuniu-se para decidir com o que iriam iniciar a horta. Resolveram que seria com repolhos e calcularam que , se vingassem e pesassem mais ou menos dois quilos cada, teriam uns quinze quilos que bastariam Plantaram , pois, oito sementes mas o resultado foi desconcertante, pois alguns repolhos chegara a pesar mais de vinte quilos cada! E uma semente de brócolos, plantada ao mesmo tempo, deu uma arvore de brócolos que serviu para alimentar o grupo durante semanas .


Quando o talo precisou ser arrancado , o peso era tanto que Peter Caddy quase não teve forças para carregá-lo Nessa primeira estação o grupo plantou 65 qualidades de verduras, 42 de ervas de cheiro e 21 de frutas, algumas que não era naturais a lugares frios.

Os resultados conseguidos começaram a ficar conhecidos e Findhorn foi por fim visitado por um representante do Departamento de Agricultura que pediu licença para tirar uma amostra da "terra" . Quando a examinou imediatamente declarou que precisaria de pelos menos 80 gramas de sulfato de potássio por metro quadrado.

Caddy explicou que não empregava fertilizantes artificiais ou químicos em Findhorn, ao que o digno representante do Departamento da Agricultura respondeu que os produtos "naturais" eram inadequados para suprirem as deficiências do solo e para explicar os motivos de sua abalizada e técnica opinião levou duas preciosas horas.

Enfim, levaria a amostra para ser examinada pelo Departamento Técnico em Aberdeem. Seis semanas mais tarde voltou trazendo o resultado da analise - Não havia deficiências no solo. Perplexo, convidou Caddy a explicar num programa de TV quais os métodos adotados em Findhorn que tornava os métodos adotados em Findhorn que tornava areia estéril em terra fértil!

A fama de Findhorn começou a correr o mundo e pessoas de todos os ápses o visitavam . O grupo de Caddy acabou recebendo uma oferta para trabalhar num belo lote de terra, completamente cercado , com grandes estufas de vidro ( e dinheiro , bem entendido ) mas apesar de sentir-se tentado , o chefe do grupo recusou , pois todos já haviam percebidos que os resultados obtidos em Findhorn não eram normais, que havia um plano por detrás de tudo.

Compreenderam enfim por que não conseguiam empregos ! Era preciso que se dedicassem inteiramente à experiência novel que estava sendo feita em Findhorn que resultaria em benefícios ao mundo inteiro tão necessitado de recuperação ecológica.

Até então só verduras e plantas rasteiras haviam sido plantadas. Como a tentativa havia sido coroada de êxito, outra fase foi iniciada: a do plantio de arvores de maior porte - de sombras e frutíferas - e arbustos. Com a chegada da primavera Caddy achou de iniciar-se essa segunda etapa com uma castanheira e alguns arbustos já escolhidos.

Pã foi consultado e prometeu a sua cooperação. A castanheira cresceu normalmente apesar do verão que se seguiu ter sido excepcionalmente quente e seco, e os arbustos , que haviam sido colocados na mais pura das areias ( o fertilizante natural já havia acabado ) , floriram.

Anos mais tarde, quando o grupo de Caddy já havia adquirido um lote de terra vizinho a Findhorn , perto de seiscentas faias foram plantadas para cercar a área, e sobre essas faias Caddy conta uma curiosa história. Alguém havia visto um anuncio oferecendo árvores já crescidas em oferta especial. Mandaram o dinheiro e nove dias mais tarde foram avisados que as arvores estavam na estação. Seu estado era deplorável - as raízes e folhas, secas e enrugadas, mas Pã foi convocado e ele e os devas prometeram um cuidado todo especial para elas. Foram também plantadas na areia e vingaram e floresceram!

Um pomar foi formado e os que visitaram o lugar exclamavam que jamais haviam visto tanta abundancia e frutas e verdura tão saborosas. Sobre esse pomar também contam outro incidente curioso. As arvores cresciam e o lugar precisava de uma capinada, mas o "mato" estava em plena florescência. Assim mesmo cortaram as plantas . ROC, que viajara , chegou logo após a chacina e ao descer para a praia, sentiu-se perseguido por uma legião de irados elfos que pediam satisfação por terem tido seus lares destruídos . Viviam nas flores, diziam eles, e agora não tinham onde morar. Não trabalhariam mais em Findhorn ! Quando ROC descobriu o que havia acontecido, pediu desculpas e explicou aos elfos que os humanos não sabiam que as flores eram habitadas.

Com essa explicação os ânimos exaltados se acalmaram e mais tarde a sensitiva recebeu uma mensagem que dizia que, sendo Findhorn uma experiência pioneira, a cooperação entre os homens e os seres da natureza era bidirecional e era imprescindível que todos se abstivessem de desagradar a quem quer que fosse! Não bastava "acreditar" e pedir ajuda. Era preciso respeitar os seres da natureza e sua obra - as plantas . .

Os antigos aceitavam a existência dos seres da natureza, mas os supersensíveis órgãos que permitem a sua percepção atrofiaram-se no homem moderno que desenvolve unicamente o seu intelecto. Para eles, esses seres não passam de figurinhas em histórias para criança sou, então, lenda da mitologia! Mas o breakthrough - a penetração em território desconhecido - representado pela experiência feita em Findhorn mostra que os seres da natureza existem e mostra, também, que se os homens se ligarem mais a eles e escutarem seus ensinamentos, a nossa triste e violentada Terra terá condições de volta à sua primitiva beleza.

Todos os ensinamentos recebidos pelo grupo deram resultados excelentes . Quando seu auxilio era solicitado, não negavam sua cooperação - assistência que prestavam era exatamente aquela que as plantas precisavam , mostrando que conheciam as deficiências e tinham não só o poder mas o conhecimento técnico, qualidade tão apreciada hoje em dia pelos grandes capitães da industria...

Entre todos os ensinamentos prestados ao grupo , um que foi mais enfatizado é que a Terra precisa de arvores , muitas e de grande porte , pois arvores são para esse planeta o que a pele é para o homem . E se os humanos se afastarem deles e continuarem a transgredir as leis que mantêm o equilíbrio ecológico , esses seres se retirarão , levando consigo o poder de curar , sanar , transforma nosso solo doente e sobre a Terra se abaterão as forças destrutivas que ela não terá mais condições de conter !

Extraido de um texto de Elsie Dubugras (foto) – 1976

Fonte: http://holosgaia.blogspot.com/2008/11/findhorn-sucesso-com-agricultura.html

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