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terça-feira, 31 de agosto de 2010

O Mel como Ativador dos Chacras

Amplamente indicado como alimento do corpo físico, o mel age também sobre os corpos sutis do homem


"O mel está para o adulto assim como o leite materno está para a criança; é um alimento de alto valor energético e propriedades medicinais.  O mel vivifica, acalma, tem ação antibiótica, é cicatrizante, previne doenças e pode ser usado até como cosmético.  Se os benefícios desse alimento/remédio para o corpo físico já são mais do que conhecidos, pouco se sabe sobre os efeitos nos corpos sutis do homem. Mas, se levarmos em conta esses dois fatores acerca da produção do mel, podemos ter uma ideia de o quanto essa substância é especial:  • Suas produtoras, as abelhas, são seres de Vênus. Ao promover a vinda dessas maravilhosas criaturinhas para a Terra, a civilização do mais adiantado planeta do sistema solar presenteou nossa humanidade com um poderoso recurso energético e de sutilização;  • Sua matéria-prima é o néctar de criaturas também especiais, as flores. Sabe-se que a essência das flores tem propriedades sutilizantes, e parte dessa energia é transferida para o mel...

"O mel está para o adulto assim como o leite materno está para a criança; é um alimento de alto valor energético e propriedades medicinais.

O mel vivifica, acalma, tem ação antibiótica, é cicatrizante, previne doenças e pode ser usado até como cosmético.

Se os benefícios desse alimento/remédio para o corpo físico já são mais do que conhecidos, pouco se sabe sobre os efeitos nos corpos sutis do homem. Mas, se levarmos em conta esses dois fatores acerca da produção do mel, podemos ter uma ideia de o quanto essa substância é especial:

• Suas produtoras, as abelhas, são seres de Vênus. Ao promover a vinda dessas maravilhosas criaturinhas para a Terra, a civilização do mais adiantado planeta do sistema solar presenteou nossa humanidade com um poderoso recurso energético e de sutilização;

• Sua matéria-prima é o néctar de criaturas também especiais, as flores. Sabe-se que a essência das flores tem propriedades sutilizantes, e parte dessa energia é transferida para o mel.


Há quem inclusive considere o mel como um floral natural. Na visão de Shoma-Or, de Orion, essa correlação não é de todo adequada porque a essência floral atua de uma forma diferente nos corpos extrafísicos do homem.

Já o mel, "como floral, age no corpo metabólico sutil, ou seja, no duplo etérico ou corpo etéreo, bem próximo do corpo físico", diz ele. "O mel mexe no metabolismo de vocês, terráqueos, esquentando o corpo etérico e, consequentemente também o físico, pois tudo que se passa no corpo etérico reproduz-se no físico".

Seguem as informações dadas por Shoma-Or sobre os tipos de mel e suas propriedades como ativadores dos chacras:

Mel de eucalipto - reconhecidamente, é benéfico para a parte respiratória do corpo físico e favorece o chacra laríngeo. Mas, considerando-se que as raízes do eucalipto penetram profundamente na terra, o mel a partir dele produzido é recomendado também para ativar o chacra básico.

Mel de flores - como criaturas sutis que são, as flores dão um mel muito indicado para os chacras superiores, que estão relacionados com a parte espiritual do homem: cardíaco, frontal e coronário.

Mel de frutas - estimula as áreas vitais e relacionadas com as funções digestivas, sendo indicado para os chacras esplénico e do plexo solar.

Mel de jataí - trata-se de um mel seleccionado e de poderes mais concentrados, pois é produzido por uma espécie de abelha aperfeiçoada e trazida para a Terra bem depois das primeiras espécies. É indicado para os chacras básico e frontal.

Modos de usar

Ingerir uma ou duas colheres de chá por dia é o suficiente para os adultos. O mel também pode ser passado no corpo, na região do chacra que se quer estimular. Recomenda-se massagear o local com mel e deixá-lo agir por um período de 30 minutos a 1 hora. Concomitantemente com a massagem, deve-se também ingerir uma colher de chá para promover a ação externa e interna da substância.

Mel "solarizado"

Para potencializar o efeito do mel, Shoma-Ol recomenda energizá-lo com a vibração das cores correspondentes a cada chacra. Para isso, basta colocar a substância num frasco de vidro da cor desejada e deixá-lo sob o sol por 15 minutos. Depois disso, o frasco pode ser guardado. O mel assim preparado deve ser usado apenas uma vez por semana para ingestão e massagem, conforme o processo já explicado.

Enquanto você aguarda o tempo de ação da substância sobre a pele, Shoma-Ol recomenda fazer uma mentalização para o chacra que se está tratando."

Só para lembrar, a correspondência entre chacras e cores é a seguinte:

Coronário - violeta

Frontal - azul índigo

Laríngeo - azul celeste

Cardíaco - verde

Plexo solar - amarelo

Sexual - laranja

Básico - vermelho



Autor: Shoma-Or, de Orion






segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Salmo XV: “Condições para celebrar a fé”



Leia esse salmo para ajudar a desembaraçar negócios complicados e andamento de causas na justiça, envolvendo a família, como divórcios, paternidade e heranças.

I. Quem, Senhor, habitará na tua tenda? quem morará no teu santo monte?

II. Aquele que anda irrepreensivelmente e pratica a justiça, e do coração fala a verdade;

III. Que não difama com a sua língua, nem faz o mal ao seu próximo, nem contra ele aceita nenhuma afronta;

IV. Aquele a cujos olhos o réprobo é desprezado, mas que honra os que temem ao Senhor; aquele que, embora jure com dano seu, não muda;

V. Que não empresta o seu dinheiro a juros, nem recebe peitas contra o inocente. Aquele que assim procede nunca será abalado.

Fonte: Bíblia Sagrada - Livro: Salmos - Salmo 15 / Imagem: Salmo 15 recitado em Ebreu

domingo, 29 de agosto de 2010

Salmo XIV: “Deus está com os justos”

Leia esse Salmo para obter auxílio do próximo nos momentos de intrigas e aproximações enganosas. Proteja-se contra os embusteiros.



Salmo 14


I. Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Os homens têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras; não há quem faça o bem.

II. O Senhor olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse a Deus.

III. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um.

IV. Acaso não tem conhecimento nem sequer um dos que praticam a iniquidade, que comem o meu povo como se comessem pão, e que não invocam o Senhor?

V. Achar-se-ão ali em grande pavor, porque Deus está na geração dos justos.

VI. Vós quereis frustar o conselho dos pobres, mas o Senhor é o seu refúgio.

VII. Oxalá que de Sião viesse a salvação de Israel! Quando o Senhor fizer voltar os cativos do seu povo, então se regozijará Jacó e se alegrará Israel.

Livro: Salmos - Salmo 14 / Imagem: Salmo 14 recitado em Ebreu


sábado, 28 de agosto de 2010

Salmo XIII: “Até quando?”

Leia esse salmo para fortalecer sua fé, se proteger contra ataques de animais peçonhentos e ataques cardíacos.



Salmo 13


I. Até quando, ó Senhor, te esquecerás de mim? para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?
II. Até quando encherei de cuidados a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando o meu inimigo se exaltará sobre mim?
III. Considera e responde-me, ó Senhor, Deus meu; alumia os meus olhos para que eu não durma o sono da morte;
IV. Para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se alegrem, em sendo eu abalado.
V. Mas eu confio na tua benignidade; o meu coração se regozija na tua salvação.
VI. Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem.

Livro: Salmos - Salmo 13
Imagem: Salmo 13 recitado em Hebreu

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Bardo: O 1º Grau de Iniciação de um Druida

"Entre os povos gauleses, de um modo geral, existem três grupos de homens que são tratados com excepcional reverência: os bardos, os vatos e os druidas. Os bardos são cantores e poetas; os vatos, filósofos naturais e divinos, enquanto os druidas, além da filosofia natural, estudam também a filosofia moral."

Estrabão ~ Geographica (escrito no final do século 1º a.C.)


"Os druidas organizaram-se em três agrupamentos distintos, nos quais cada grupo tem funções específicas, tarefas a executar, e um treinamento especial. Felizmente, os textos clássicos fornecem informações suficientes que nos permitem pintar um quadro da natureza de cada um desses agrupamentos e, uma vez feito isso, podemos considerar sua relevância no treinamento dos druidas contemporâneos.

Bardos

"Encontramos também entre eles autores de versos a quem chamam de bardos; eles cantam acompanhados por instrumentos semelhantes à lira, aplaudem uns e vituperam outros." - Diodoro Siculo ~ (Histories) 8 a.C.

Os bardos eram os zeladores da tradição, da memória da tribo, eram os depositários da sacralidade do mundo. Embora representassem o primeiro nível de treinamento para o druida principiante, não devemos cometer o erro de pensar que o bardo estava, de certa forma, numa posição humilde ou inferior. Havia muitos níveis de realização, porém o mais qualificado dos bardos era mantido em alta estima e compartilhava muitas funções do ovado e do druida.

O treinamento do bardo era intenso e demorava muitos anos. Havia variações nos currículos entre a Escócia, a Irlanda e o País de Gales. Na Irlanda, sabe-se que o treinamento demorava 12 anos e os estudantes submetiam-se a um currículo rigoroso. No primeiro ano, o aluno passava de Principiante (Ollaire) a aprendiz de poeta (Tamhan) e aprendiz de satírico (Drisac). Durante esse período tinha de aprender a base das artes bárdicas: gramática, vinte histórias e o alfabeto-árvore de Ogham.

Nos quatro anos seguintes, aprendia mais dez histórias a cada ano, uma centena de combinações do ogham, doze lições de filosofia, e um número não especificado de poemas. Estudava também combinações ditongais, a Lei dos Privilégios e os usos da gramática. No sexto ano, se tivesse permanecido no curso, era chamado de Pilar (Cli) e estudava mais quarenta e oito poemas e vinte histórias. Nos três anos seguintes, era denominado de Torrente Nobre (Anruth) porque "emana uma torrente de frases bonitas e recebe uma torrente de riquezas".

Durante esse tempo, já aprendeu mais noventa e cinco contos, possuindo um repertório de 175 histórias. Estudou métrica, interpretação de textos, invocação profética, estilos de composição poética, formas poéticas específicas e histórias de nomes e lugares da Irlanda. Os três últimos anos de seu treinamento dão-lhe o direito de tornar-se um Ollamh ou Doutor em Poesia, passando pelos graus de Homem de Erudição (Eces) e Poeta (Fili).

No décimo ano, o aluno tinha estudado outras formas poéticas e composição, no décimo primeiro, 100 poemas e, no décimo segundo, 120 orações e as quatro artes da poesia. Agora, é um Mestre, ou Mestra, Doutor em Poesia, tem o direito de receber um ramo de ouro.

Como Anruth, Torrente Nobre, carregou um ramo de prata; antes disso, durante todo o treinamento, levara consigo um ramo de bronze. Presos a esses ramos havia sinos, de modo que, quando o poeta transpunha o hall para recitar um poema ou narrar um conto, se fazia sempre seguir pelo seu repicar avisando à audiência para ficar em silêncio, e solicitando a ajuda dos reinos interiores para dar alma a seu poema ou história. No País de Gales ou na Escócia, o treinamento de um bardo era similarmente rigoroso, embora o currículo e os graus fossem diferentes.

Como os bardos eram treinados? As escolas bárdicas formavam-se em tomo de um Chefe Poeta e seus assistentes. Demorava muito tempo para aprender de cor, para fortalecer a memória e decorar o número fantástico de contos e poemas que se exigia de um bardo consumado.

As narrações da Alta Escócia Ocidental e da Irlanda mostram que muito trabalho era despendido com a técnica que agora poderíamos chamar de privação sensorial. As acomodações eram espartanas ao extremo e eles ficavam muito tempo remoendo poesias e procurando inspiração em completa escuridão. Só recentemente redescobrimos, através do trabalho pioneiro do Dr. John Lilly, o poder fecundo da escuridão que se encontra no reservatório do isolamento.

Seus currículos dão a entender uma rigorosa e pesada aquisição das histórias e poesias de outros povos. Eram treinados para tornarem-se mestres da Memória e da Inspiração. Preservar a tradição, as leis e a genealogia da tribo eram algumas de suas tarefas. 

Tão importante quanto desempenhar a missão de manter viva a tradição e a herança, era o encargo de chegar a um conhecimento do poder sagrado do mundo, manifesto como a capacidade de inspirar-se e inspirar aos outros. Para transmitir a memória da tribo, precisavam conhecer as histórias e poemas que preservaram a linhagem e a tradição de seu povo, mas para ser Mestre da Inspiração era necessário criar seus próprios versos e contos.

Por esse motivo, praticavam a privação sensorial e empregavam as artes da invocação. Tal treinamento naturalmente despertava os poderes internos. Uma memória poderosa e a capacidade de sondar as profundezas e percorrer as alturas da consciência, em busca de inspiração e da chama criativa, desenvolviam dentro do bardo a faculdade de ver o futuro, e influenciar o mundo ao redor prenunciando o trabalho do ovado e do druida, permitindo-lhe transmitir o espírito do druidismo através dos séculos, quando a luz daqueles não pudesse mais ser vista no mundo.

E compreensível que o primeiro grau de, treinamento do druida deva, portanto, englobar o trabalho de ovados e druidas. Parece que o druida se enquadra nas palavras de abertura de João: "No início era o Verbo." A maneira pela qual a palavra poderia criar, comandar, alimentar, curar, penetrar, purificar, invocar, unir, provocar, coibir e juntar era um poder que o bardo, em seu longo treinamento descobria e utilizava a serviço de si próprio, seu patrão, seu rei, seu druida e é de se esperar, seu deus ou deusa.

"Ó Escutai a voz do bardo; Que o presente, passado e futuro vê; Cujos ouvidos escutaram a Palavra sagrada; E caminhou entre as árvores antigas..."

"Entre os povos gauleses, de um modo geral, existem três grupos de homens que são tratados com excepcional reverência: os bardos, os vatos e os druidas. Os bardos são cantores e poetas; os vatos, filósofos naturais e divinos, enquanto os druidas, além da filosofia natural, estudam também a filosofia moral."  Estrabão ~ Geographica (escrito no final do século 1º a.C.)
Druidas reunidos em Stonehenge, Inglaterra

Sabendo alguma coisa do que os bardos fizeram e como eram treinados, podemos agora perguntarmo-nos qual a importância do trabalho bárdico, hoje em dia.

Não é coincidência começarmos nosso estudo do druidismo dentro do grau bárdico. Sua importância como base para nossa vida, desenvolvimento da personalidade e espiritual não é menos significativa agora do que há milhares de anos, e poderia se dizer que é ainda mais indispensável hoje do que então. A pista para entendermos por que deveria ser assim está na percepção de que os bardos históricos trabalharam com a Memória e a Inspiração. Um dos principais motivos da sensação de alienação do homem moderno encontra-se no fato de ter ele se separado do mundo natural e das raízes do seu passado.

A prática do druidismo procura curar essa alienação reconectando o nosso passado e o mundo da natureza. No grau bárdico abrimo-nos para o poder restaurador da compreensão druídica da natureza permitimos que a Mandala do Ciclo Sazonal Óctuplo, que será explicada no próximo capítulo, aprofunde-se em nossos seres. 


Trabalhar coma Memória significa trabalhar com a herança e a linhagem, bem como com a mitologia e as histórias da tribo. Trabalhar coma Inspiração significa abrirmos para nossa criatividade interior.

Muitos dos problemas que enfrentamos em nosso mundo desenvolvido resultam de reprimirmos e negarmos o artístico em todas as suas formas. A moderna pesquisa do cérebro mostra que para a maioria, o funcionamento principal vem do hemisfério cerebral dominante que intermédia a função do pensamento analítico.

O hemisfério oposto tem menos influência na nossa maneira atual de viver, é o hemisfério que intermédia a sintetização, as formas não analíticas de pensamento e expressão: é a parte do cérebro considerada responsável pela expressão artística.

E opinião geral que, para tomarmo-nos seres completos, precisamos criar para ambos os lados oportunidades de desenvolvimento e expressão. Essa verdade foi expressa pelos alquimistas (e existe uma forte tradição da Alquimia dentro do druidismo) e, posteriormente, por Carl Jung que desenvolveu a teoria de Logos e Eros arquetípicos, o masculino e feminino da psique, os quais, para o nosso desenvolvimento, necessitam relacionar-se e, eventualmente ou periodicamente, se unir. Os alquimistas sabiam da importância dessa conjunção e deram-lhe o nome de Casamento Místico ou Mysterium Coniunctionis.

Agora, a moderna pesquisa do cérebro tem nos ajudado a observar uma possível correlação física desses dois aspectos do Self, mostrando o caminho em que as diferentes funções cerebrais são compartilhadas entre os dois hemisférios.

Nossa educação tem se concentrado principalmente no desenvolvimento das habilidades do pensamento analítico e matemático, embora as escolas de Steiner sejam notáveis por sua tentativa de conferir, em seu currículo, igual status ao desenvolvimento artístico. Quando entramos no caminho bárdico, começamos um processo de desenvolvimento do hemisfério não dominante. Abrimo-nos para o Self artístico e criativo.

Isso não é uma tarefa simples e, num caminho típico do druidismo, o trabalho é empreendido evidentemente em todas as direções. Através do esquema do festival óctuplo, e com os poderes dos quatro elementos que são conferidos aos pontos cardeais no círculo sagrado do trabalho druida, o bardo é trazido para um estágio em que tem conhecimento e trabalha com os quatro aspectos do seu ser representados pela terra, sua praticalidade e sensualidade; pela água, sua receptividade e emocionalidade; pelo ar, sua racionalidade; e pelo fogo sua intuição e entusiasmo. 

Ao ganhar acesso a esses quatro elementos e partes do Self, e trabalhando para harmonizá-los, o aspirante bárdico intensifica sua criatividade interior. Desenvolve, então, os recursos de seu corpo e do seu coração e mente tornados disponíveis para guiá-lo inspirá-lo. Dessa maneira aprendemos a contornar a mente racional, que gosta de criar limites à compreensão.

Para poder operar, o intelecto cria distinções, categorias, construções mentais através das quais a experiência pode ser compreendida e aplicada. Isto é essencial para nossa sobrevivência e progresso no mundo. Os problemas aparecem quando essa capacidade de criar padrões de referência não é contrabalançada pela capacidade de transcender as estruturas e abrir-nos para o transracional, o inexplicável com palavras mas não menos verdadeiro. 

Poesia e música são sumamente capazes de nos ajudar a ultrapassar padrões e pontos de vista. Tocada, falada, cantada ou representada, alarga as fronteiras, abre horizontes, invoca energias para o intelecto, que sozinho não pode apreender ou categorizar com seus esforços. Aqui está o poder do bardo, dissolver nossas fronteiras, nossos padrões de referência — mesmo que seja só por um momento.

"Encontramos também entre eles autores de versos a quem chamam de bardos; eles cantam acompanhados por instrumentos semelhantes à lira, aplaudem uns e vituperam outros." - Diodoro Siculo ~ (Histories) 8 a.C.

Sinta esta poesia do bardo moderno Jay Ramsay:

"Insondável desconhecido,
Atrás e em todas as coisas
Vale - francelho - celidônia:

Você em lugar nenhum e em todas as coisas
E sendo nada é forçado a silenciar,
Sendo incapaz de falar
Você vê todas as coisas,
E eu vejo você
E eu vejo que Eu sou
O âmago do que estou vendo:
O sol se aproximando
Para encontrar o homem
Que cruzou a linha,
Que saiu de dentro de si mesmo
Fica ali na frente,
Despido na luz."

A mente não pode apreender totalmente a força deste poema, a pessoa sofre o impacto da força das palavras e das imagens de uma maneira que resiste à descrição ou explicação. Esta é a função da poesia, ou do bardo. Ir além. Viajar. Trazer de volta. O Professor Michael Harner, uma autoridade mundial em xamanismo, diz que o caminho xamânico é melhor definido como o método em que se abre uma porta para penetrar numa realidade diferente.

É isto precisamente o que acontece com a poesia eficaz e poderosa. A diferença entre compor, ler e recitar poesia "secular" e empreender as mesmas atividades no espírito do bardismo é que, no último, o processo xamânico é conscientemente conhecido e trabalha-se com ele. Criatividade e inspiração são vistas como dádivas dos deuses, como forças que entram no receptáculo do Self através da Superconsciência. Preparação, preparação ritual, visualização, prece e meditação apropriados criam os canais pelos quais o poder criador e gerador pode fluir.(...)


No Grau Bárdico abrimo-nos para o que significa viver na Terra com a capacidade de ser criativo. Embora este seja o primeiro estágio de treinamento do druida, seus propósitos alcançam o fundo do coração do druidismo que é o desenvolvimento do domínio dos poderes da geração. 

No nível bárdico isso envolve a produção de trabalhos criativos: música, canção, poesia e arte em todas as suas formas. No trabalho dos ovados e druidas nos relacionamos com esse poder da mesma maneira, mas nos interessamos também em gerar cura e amor, idéias e luz. 

O conhecimento que o bardo tem do poder da Palavra, e sua capacidade de lidar com esse poder, torna-se mágico com o druida: por entender a força criadora do som, a Palavra é usada para gerar sementes de luz que repercutem por toda a criação."

Fonte: Capítulo "Bardos, Ovados e Druidas" do livro: "Elementos da Tradição Druida", de Philip Carr-Gomn (imagem) 



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

'Novo Amigo', prefácio de Emmanuel para obra Espírita 'Nosso Lar'


Prefácio da Obra Espírita 'Nosso Lar', psicografada por Francisco Cândido Xavier e atribuída ao espírito André Luiz:

"Os prefácios, em geral, apresentam autores, exaltando-lhes o mérito e comentando-lhes a personalidade.

Aqui, porém, a situação é diferente.

Em vão os companheiros encarnados procurariam o médico André Luiz nos catálogos da convenção. Por vezes, o anonimato é filho do legítimo entendimento e do verdadeiro amor. Para redimirmos o passado escabroso, modificam-se tabelas da nomenclatura usual na reencarnação.

Funciona o esquecimento temporário como bênção da Divina Misericórdia.

André precisou, igualmente, cerrar a cortina sobre si mesmo.

É por isso que não podemos apresentar o médico terrestre e autor humano, mas sim o novo amigo e irmão na eternidade.

Por trazer valiosas impressões aos companheiros do mundo, necessitou despojar-se de todas as convenções, inclusive a do próprio nome, para não ferir corações amados, envolvidos ainda nos velhos mantos da ilusão. Os que colhem as espigas maduras, não devem ofender os que plantam a distância, nem perturbar a lavoura verde, ainda em flor.

Reconhecemos que este livro não é único. Outras entidads já comentaram as condições da vida, além-túmulo...

Entretanto, de há muito desejamos trazer ao nosso círculo espiritual alguém que possa transmitir a outrem o valor da experiência própria, com todos os detalhes possíveis à legítima compreensão da ordem que preside o esforço dos desencarnados laboriosos e bem-intencionados, nas esferas invisíveis ao olhar humano, embora intimamente ligadas ao planeta.

Certamente que numerosos amigos sorrirão ao contato de determinadas passagens das narrativas. O inabitual, entretanto, causa surpresa em todos os tempos. Quem não sorriria, na Terra, anos atrás, quando se lhe falasse da aviação, da eletricidade, da radiofonia?

A surpresa, a perplexidade e a dúvida são de todos os aprendizes que ainda não passaram pela lição. É mais que natural, é justíssimo. Não comentaríamos, desse modo, qualquer impressão alheia. Todo leitor precisa analisar o que lê.

Reportamo-nos, pois, tão-somente ao objetivo essencial do trabalho.

O Espiritismo ganha expressão numérica. Milhares de criaturas interessam-se pelos seus trabalhos, modalidades, experiências. Nesse campo imenso de novidades, todavia, não deve o homem descurar de si mesmo.

Não basta investigar fenômenos, aderir verbalmente, melhorar a estatística, doutrinar consciências alheias, fazer proselitismo e conquistar favores da opinião, por mais respeitável que seja, no plano físico. É indispensável cogitar do conhecimento de nossos infinitos potenciais, aplicando-os, por nossa vez, nos serviços do bem.

O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é a sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.

O intercâmbio com o invisível é um movimento sagrado, em função restauradora do Cristianismo puro; que ninguém, todavia, se descuide das necessidades próprias, no lugar que ocupa pela vontade do Senhor.

André Luiz vem contar a você, leitor amigo, que a maior surpresa da morte carnal é a de nos colocar face a face com a própria consciência, onde edificamos o céu, estacionamos no purgatório ou nos precipitamos no abismo infernal; vem lembrar que a Terra é oficina sagrada, e que ninguém a menosprezará, sem conhecer o preço do terrível engano a que submeteu o próprio coração.

Guarde a experiência dele no livro d'alma. Ela diz bem alto que não basta à criatura apegar-se à existência humana, mas precisa saber aproveitá-la dignamente; que os passos do cristão, em qualquer escola religiosa, devem dirigir-se verdadeiramente ao Cristo, e que, em nosso campo doutrinário, precisamos, em verdade, do ESPIRITISMO e do ESPIRITUALISMO, mas, muito mais, de ESPIRITUALIDADE."

EMMANUEL e Chico Xavier (Pedro Leopoldo, 3 de outubro de 1943)







terça-feira, 24 de agosto de 2010

Findhorn: uma rosa florescendo em pleno inverno



Findhorn é o sinônimo de uma deliciosa experiência ecológica da Nova Era, onde os seres da natureza, cooperando com pessoas de boa vontade , transformaram uma gleba de areia estéril em terra fecunda, mostrando ao mundo como os territórios devastados pela imprudência e a maldade humana poderão ser reconquistados e transformados em regiões produtivas e belas, bastando para isso que os homens ouçam o que esses seres têm para ensinar e com eles colaborem!

Em 1962 quatro escoceses que trabalhavam num hotel de luxo perderam seus empregos. Eram Peter Caddy, sua esposa Eilen, Dorothy Maclean e Lena Lamont. Não havia razão aparente para essa simultânea perda de empregos mas o que causou ainda mais estranheza é que, apesar de serem profissionais eficientes , essas pessoas não conseguiam outro trabalho .

Depois de inúteis tentativas , resolveram esperar que a adversidade amainasse e foram viver em dois trailers que possuíam. Como eram pessoas que não só trabalhavam mas estudavam e tinham-se submetido a um treinamento espiritual, não se afligiram indevidamente e entregaram-se à vontade do plano superior.

Eilen era também uma sensitiva, procurou orientação e nessa procura recebeu instruções para que ela e seus companheiros rumassem para a baía de Moray, no Norte da Escócia , um lugar mais próximo do Circulo Artico do que a cidade russa de Moscou .

Lá havia um local perto de um acampamento para caravanas, denominado Findhorn . Situado num pequeno cabo, era varrido por ventos glaciais e naquela parte do ano (novembro) os dias eram curtos e quase sem sol. Difícil imaginar um lugar mais inóspito mas, pensavam eles - que já o conheciam - seria uma parada curta, temporária, enquanto aguardavam os esperados empregos! Para lá se dirigiram. E acamparam.

Como eram pessoas com conhecimentos espirituais, compreenderam que algum motivo deveria existir para essa mudança brusca de destino e moradia, e não desprezaram a oportunidade do isolamento obrigatório para prosseguir com seus estudos. Eileen, continuando com suas meditações diárias, quase que imperceptivelmente entrou em sintonia com os seres da natureza que começaram a dar instruções ao grupo.

Quando a primavera chegou - eles ainda em Findhorn e ainda sem emprego - sabiam o que deveriam fazer e como proceder: trabalhar o solo para melhorar o ambiente e seu cardápio! Haviam sido instruídos como enriquecer o solo sem colocar produtos químicos. Possivelmente por serem totalmente inexperientes em jardinagem e horticultura, não tinham idéias preconcebidas quanto à qualidade paupérrima do chão que, sendo composto de areia e pedregulho com uma fina camada de terra por cima, dificilmente se prestaria ao plantio de verduras! Puseram mão à obra e começaram a preparar o local para a horta.

Saíram à procura de produtos orgânicos naturais para enriquecer seu cantinho de areia e o primeiro tesouro encontrado foi um montão de capim apodrecido que transportaram para o acampamento. Pouco depois um conhecido que criava cavalos ofereceu um lote de estrume e permitiu que apanhassem o esterco que encontrassem nos pastos. Arrancavam as algas marinhas que ficam presas aos rochedos perto do mar, trabalho duro e até perigoso mas compensador, pois essas algas continham grandes quantidades de produtos químicos que fertilizavam o solo.

Estavam precisando de palha para ajuntar ao montão de lixo que tinham conseguido, quando foram procurados por um vizinho que perguntou se não gostariam de apanhar um fardo que havia caio ao lado da estrada! Uma destilaria ofereceu seus resíduos de cevada, outro poderoso fertilizante natural. Andando pelos arredores, Peter Caddy, o chefe da operação, viu um carneiro que havia se enroscado no arame farpado da cerca. Soltou-o e avisou o fazendeiro que, agradecido, presenteou-os com um carregamento de estrume.

Uma mercearia deu um lote de batatas e verduras estragadas e um vizinho que estava desmanchando seu barracão , ofereceu o madeiramento que o grupo de Findhorn precisava para construir uma cerca. Tudo que necessitavam vinha às suas mãos como que por "milagre", mostrando que uma força inteligente trabalhava segundo um plano preestabelecido. Eram os espíritos da natureza que se faziam conhecer através das instruções que a sensitiva recebia e que davam ao solo a energia vital, sem a qual a Operação Findhorn teria fracassado!

Aqui fazemos uma curta digressão pois temos que apresentar ROC, uma pessoa que foi levada a Findhorn depois que o grupo inicial havia se instalado. Era um ex-operador de um navio de transportes durante a Segunda Grande Guerra Mundial . Quando a guerra terminou, ROC (R. Ogilvie Crombie) ingressou na Universidade de Edimburgo, na Escócia, mas por ter sido vitimado por grave moléstia foi forçado a abandonar os estudos.


Durante sua longa convalescença começou a interessar-se por assuntos relacionados aos poderes paranormais do ser humano e quando sarou, voltou a morar na cidade de Edimburgo onde teve uma experiência nesse campo que revolucionou a sua vida . Conta ROC que, como gostava de lugares ermos, passava longas horas no Jardim Botânico e certo dia, sentado na relva, encostou-se a uma arvore.

Uma estranha paz invadiu-o no tranquilo silencio , ele observava a natureza que o cercava. repentinamente viu uma curiosa figurinha, meio gente, meio animal, que saltitava na grama. Pensando que estava sofrendo de uma alucinação, fechou os olhos mas com os olhos cerrados não via o fauno. Quando os abria, lá estava ele que aos poucos se aproximava. Quando chegou bem perto, ROC cumprimentou-o dizendo:

"Alô"
Assustado o fauno deu um pulo e perguntou :
"Você me pode ver? "
"Sim!" - respondeu ROC .
"Mas os humanos não nos vêem!" - retrucou o fauno.

Assim os dois começaram a se compreender e entabularam uma relação de amizade, o pequeno fauno iniciando um trabalho de grande importância que tinha que fazer com ROC - prepará-lo para um encontro decisivo em sua vida, que se deu da seguinte forma:

Voltava ROC para casa à noitinha e, passando por uma das tranquilas ruas de Edimburgo, sentiu que penetrava num ambiente diferente, singular . Parecia que estava nu e que o ar ficara tão denso que o sentia na pele, morno e vibrante como leves choques elétricos ou delicadas teias de aranha a roçar contra o seu corpo. Quando aproximou-se de um espaço entre duas casas , sentiu que algo ainda mais estranho estava para acontecer . De repente viu um ser gigantesco caminhando a seu lado - meio homem , meio animal - que irradiava uma enorme força. Era um outro fauno , mas não podia ser seu pequenino amigo que havia crescido a tais proporções...

Naquele instante o fauno virou-se para ROC e começou a conversa mais curiosa que se pode imaginar. Apresentou-se em primeiro lugar. Era o grande Pã que a mitologia grega cita e que a Igreja Cristã havia usado para exemplificar, erroneamente, aquele ser que ela chamava de Satanás! O grande Pã, conhecendo o terro que muitos cristãos tem por sua figura , o que muito o entristece, queria saber se ROC também o temia ou se lhe inspirava repulsa.

ROC assegurou-lhe que não e de seus sentimentos profundamente fraternos pelos seres da natureza! Mais aliviado , Pã continuou a conversando e acompanhou ROC até a porta de seu apartamento quando se tornou invisível. ROC , apesar de não poder vê-lo, sentia sua presença dentro de casa. Esse foi o primeiro encontro . Outros seguiram e os dois tornaram-se bons amigos, Pã explicando os seus planos que estavam relacionados a Findhorn, para onde ROC deveria dirigir-se. ROC não hesitou - partiu para lá e integrou-se ao grupo de Peter Caddy . Pã, por sua vez , iniciou sua parte na tarefa de reconstrução de Findhon.

Sendo pequena a área e como era, também, uma experiência novel, o grupo reuniu-se para decidir com o que iriam iniciar a horta. Resolveram que seria com repolhos e calcularam que , se vingassem e pesassem mais ou menos dois quilos cada, teriam uns quinze quilos que bastariam Plantaram , pois, oito sementes mas o resultado foi desconcertante, pois alguns repolhos chegara a pesar mais de vinte quilos cada! E uma semente de brócolos, plantada ao mesmo tempo, deu uma arvore de brócolos que serviu para alimentar o grupo durante semanas .


Quando o talo precisou ser arrancado , o peso era tanto que Peter Caddy quase não teve forças para carregá-lo Nessa primeira estação o grupo plantou 65 qualidades de verduras, 42 de ervas de cheiro e 21 de frutas, algumas que não era naturais a lugares frios.

Os resultados conseguidos começaram a ficar conhecidos e Findhorn foi por fim visitado por um representante do Departamento de Agricultura que pediu licença para tirar uma amostra da "terra" . Quando a examinou imediatamente declarou que precisaria de pelos menos 80 gramas de sulfato de potássio por metro quadrado.

Caddy explicou que não empregava fertilizantes artificiais ou químicos em Findhorn, ao que o digno representante do Departamento da Agricultura respondeu que os produtos "naturais" eram inadequados para suprirem as deficiências do solo e para explicar os motivos de sua abalizada e técnica opinião levou duas preciosas horas.

Enfim, levaria a amostra para ser examinada pelo Departamento Técnico em Aberdeem. Seis semanas mais tarde voltou trazendo o resultado da analise - Não havia deficiências no solo. Perplexo, convidou Caddy a explicar num programa de TV quais os métodos adotados em Findhorn que tornava os métodos adotados em Findhorn que tornava areia estéril em terra fértil!

A fama de Findhorn começou a correr o mundo e pessoas de todos os ápses o visitavam . O grupo de Caddy acabou recebendo uma oferta para trabalhar num belo lote de terra, completamente cercado , com grandes estufas de vidro ( e dinheiro , bem entendido ) mas apesar de sentir-se tentado , o chefe do grupo recusou , pois todos já haviam percebidos que os resultados obtidos em Findhorn não eram normais, que havia um plano por detrás de tudo.

Compreenderam enfim por que não conseguiam empregos ! Era preciso que se dedicassem inteiramente à experiência novel que estava sendo feita em Findhorn que resultaria em benefícios ao mundo inteiro tão necessitado de recuperação ecológica.

Até então só verduras e plantas rasteiras haviam sido plantadas. Como a tentativa havia sido coroada de êxito, outra fase foi iniciada: a do plantio de arvores de maior porte - de sombras e frutíferas - e arbustos. Com a chegada da primavera Caddy achou de iniciar-se essa segunda etapa com uma castanheira e alguns arbustos já escolhidos.

Pã foi consultado e prometeu a sua cooperação. A castanheira cresceu normalmente apesar do verão que se seguiu ter sido excepcionalmente quente e seco, e os arbustos , que haviam sido colocados na mais pura das areias ( o fertilizante natural já havia acabado ) , floriram.

Anos mais tarde, quando o grupo de Caddy já havia adquirido um lote de terra vizinho a Findhorn , perto de seiscentas faias foram plantadas para cercar a área, e sobre essas faias Caddy conta uma curiosa história. Alguém havia visto um anuncio oferecendo árvores já crescidas em oferta especial. Mandaram o dinheiro e nove dias mais tarde foram avisados que as arvores estavam na estação. Seu estado era deplorável - as raízes e folhas, secas e enrugadas, mas Pã foi convocado e ele e os devas prometeram um cuidado todo especial para elas. Foram também plantadas na areia e vingaram e floresceram!

Um pomar foi formado e os que visitaram o lugar exclamavam que jamais haviam visto tanta abundancia e frutas e verdura tão saborosas. Sobre esse pomar também contam outro incidente curioso. As arvores cresciam e o lugar precisava de uma capinada, mas o "mato" estava em plena florescência. Assim mesmo cortaram as plantas . ROC, que viajara , chegou logo após a chacina e ao descer para a praia, sentiu-se perseguido por uma legião de irados elfos que pediam satisfação por terem tido seus lares destruídos . Viviam nas flores, diziam eles, e agora não tinham onde morar. Não trabalhariam mais em Findhorn ! Quando ROC descobriu o que havia acontecido, pediu desculpas e explicou aos elfos que os humanos não sabiam que as flores eram habitadas.

Com essa explicação os ânimos exaltados se acalmaram e mais tarde a sensitiva recebeu uma mensagem que dizia que, sendo Findhorn uma experiência pioneira, a cooperação entre os homens e os seres da natureza era bidirecional e era imprescindível que todos se abstivessem de desagradar a quem quer que fosse! Não bastava "acreditar" e pedir ajuda. Era preciso respeitar os seres da natureza e sua obra - as plantas . .

Os antigos aceitavam a existência dos seres da natureza, mas os supersensíveis órgãos que permitem a sua percepção atrofiaram-se no homem moderno que desenvolve unicamente o seu intelecto. Para eles, esses seres não passam de figurinhas em histórias para criança sou, então, lenda da mitologia! Mas o breakthrough - a penetração em território desconhecido - representado pela experiência feita em Findhorn mostra que os seres da natureza existem e mostra, também, que se os homens se ligarem mais a eles e escutarem seus ensinamentos, a nossa triste e violentada Terra terá condições de volta à sua primitiva beleza.

Todos os ensinamentos recebidos pelo grupo deram resultados excelentes . Quando seu auxilio era solicitado, não negavam sua cooperação - assistência que prestavam era exatamente aquela que as plantas precisavam , mostrando que conheciam as deficiências e tinham não só o poder mas o conhecimento técnico, qualidade tão apreciada hoje em dia pelos grandes capitães da industria...

Entre todos os ensinamentos prestados ao grupo , um que foi mais enfatizado é que a Terra precisa de arvores , muitas e de grande porte , pois arvores são para esse planeta o que a pele é para o homem . E se os humanos se afastarem deles e continuarem a transgredir as leis que mantêm o equilíbrio ecológico , esses seres se retirarão , levando consigo o poder de curar , sanar , transforma nosso solo doente e sobre a Terra se abaterão as forças destrutivas que ela não terá mais condições de conter !

Extraido de um texto de Elsie Dubugras (foto) – 1976

Fonte: http://holosgaia.blogspot.com/2008/11/findhorn-sucesso-com-agricultura.html

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Árvore sem raíz



"Milhões de pessoas no mundo permanecem imaturas, infantis, pela simples razão que elas não sabem como se comprometer. Elas permanecem sem raiz. E sempre que uma árvore fica sem raiz, você pode deduzir o que lhe vai acontecer.

Pouco a pouco, toda a energia irá desaparecer da árvore, porque ela já não está conectada a qualquer fonte de energia. A seiva não irá mais fluir nela, todo o seu verde será perdido, ela não ficará mais jovem e viva. Ela perderá o seu lustre, a sua grandeza, o seu brilho; ela perderá toda a sua luminosidade e não irá desabrochar. Primaveras virão e irão, mas ela permanecerá ali, morta e seca." ~ Osho Rajneesh 

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domingo, 22 de agosto de 2010

O Zen e a Experiência Mística (Alan W. Watts)

Prefácio do livro 'O Zen e a Experiência Mística', de Alan W. Watts



"Embora escritos em épocas diferentes, durante os últimos quatro anos, os ensaios aqui reunidos têm um mesmo enfoque central – a experiência espiritual ou mística e suas relações com a vida material de todos os dias. Tendo dito isto, imediatamente tomo consciência de ter usado as palavras erradas e, mesmo assim, não vejo alternativas satisfatórias.

As palavras espiritual e mística sugerem coisas incomuns, de outro mundo e de uma religiosidade sublime, oposta à vida material corrente, que é, simplesmente, prática e trivial. O propósito principal destes ensaios é mostrar a falácia dessa oposição e a impossibilidade de separar o material do espiritual, o maravilhoso do rotineiro.

Temos, acima de tudo, de nos desembaraçar dos hábitos de falar e pensar separando as duas coisas e impossibilitando-nos de ver que isto – a experiência imediata, cotidiana e presente – é ISSO, a razão total e última para a existência de um Universo...

Não sou um pregador, nem um reformador, pois gosto de escrever e falar sobre essa maneira de ver as coisas do mesmo modo como as pessoas cantam no banheiro ou mergulham no mar. Não há, portanto, de minha parte, nenhuma missão a cumprir nem qualquer veleidade de converter ninguém, mas acredito que, se esse estado de consciência se tornasse mais universal, o pretenso absurdo que passa por negócios sérios deste mundo acabaria numa gargalhada.

Deveríamos enxergar logo que os elevados ideais, pelos quais estamos nos matando e subjugando uns aos outros, são substitutos vazios e abstratos para os milagres despercebidos que nos rodeiam – não apenas os milagres óbvios da Natureza, mas também o fato esmagador e fantástico da simples existência.

Não acredito, nem por um instante, que um despertar como esse nos privasse da disposição e do interesse pela vida em sociedade. Ao contrário, metade do seu encanto – embora o infinito não tenha metade – consiste em reparti-lo com os outros, [...]"





sábado, 21 de agosto de 2010

Salmo XII: “O fiel está a desaparecer”

Leia este Salmo para receber a graça de viver um grande amor, repleto de compreensão, demonstrações de carinho livres de falsidade; atrair boas energias e boas companias para seu círculo, afastando falsas amizades e purificando-se.




I. Salva-nos, Senhor, pois não existe mais o piedoso; os fiéis desapareceram dentre os filhos dos homens.
II. Cada um fala com falsidade ao seu próximo; falam com lábios lisonjeiros e coração dobre.
III. Corte o Senhor todos os lábios lisonjeiros e a língua que fala soberbamente,
IV. os que dizem: Com a nossa língua prevaleceremos; os nossos lábios a nós nos pertencem; quem sobre nós é senhor?
V. Por causa da opressão dos pobres, e do gemido dos necessitados, levantar-me-ei agora, diz o Senhor; porei em segurança quem por ela suspira.
VI. As palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada numa fornalha de barro, purificada sete vezes.
VII. Guarda-nos, ó Senhor; desta geração defende-nos para sempre.
VIII. Os ímpios andam por toda parte, quando a vileza se exalta entre os filhos dos homens.

Livro: Salmos - Salmo 12 / Imagem: Salmo 12 recitado em Ebreu

Comentário:
(22 ago 2010 - 3h30P.M. - RSSJ)

Penso que se há mais de 2 mil anos ele estava a desaparecer, hoje, finalmente, está a despertar. Acorde você também! Fé unida a conhecimento avançado, e pragmático, suplantam a mistificação arrebanhadora. Nessa Era, estamos rompendo, finalmente, com paradigmas insalubres, ultrapassados, ingressando em definitivo na esfera una da consciência plena, universal.

As palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada numa fornalha de barro, purificada sete vezes(Salmos XII-VI), sem dúvida alguma se tratam do conhecimento pleno, aliado a sagacidade em penetrar a natureza da realidade, através da prática e da lógica nativas na consciência humana. O alvo não está no final e sim  no início de nosso túnel de realidade, no âmago da forma como vemos, ouvimos, sentimos e interagimos com o mundo.

Para ouvir, ver e sentir esse conhecimento, e dele tirar proveito, precisamos da fé, pura, livre de dogmas. Quanto mais nos desprogramarmos e limparmos nossa mente, através da virtude e meditação transcendental, mais sintonizados a essa Voz Cósmica estaremos. Rezar também é meditar, meditar é rezar, orar, falamos mas na verdade ouvimos. Acredito que os salmos incitam a imaginação, são metáforas ligadas diretamente ao cerne da Lei Cósmica, Cármica.

As respostas estão bem a nossa frente, no livro da Natureza. Os ímpios o são por ignorância, os fiéis o são por conhecimento e pelo mesmo são perseguidos pelos primeiros, que hoje são os últimos. De nada adianta agradarmos ao próximo, à sociedade, se não agradamos a nós mesmos. Estando em dia com a Consciência, estamos em dia com Deus.

A realidade é agora, nós somos um, em ressonância com o Universo.

Axé, Namastê, Shalom, Amém, Aleluia! As-salamu Alaikum! 


☆(¯`☪.¤•°Eternal ♂♥♀ Life°•¤..•☮´¯)☀

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Salmo XI: “Que pode fazer o justo”

Leia este salmo para anular as influências malignas e negativas, conquistar justiça, paz interior e tranquilidade na vida.

I. No Senhor confio. Como, pois, me dizeis: Foge para o monte, como um pássaro?

II. Pois eis que os ímpios armam o arco, põem a sua flecha na corda, para atirarem, às ocultas, aos retos de coração.

III. Quando os fundamentos são destruídos, que pode fazer o justo?

IV. O Senhor está no seu santo templo, o trono do Senhor está nos céus; os seus olhos contemplam, as suas pálpebras provam os filhos dos homens.

V. O Senhor prova o justo e o ímpio; a sua alma odeia ao que ama a violência.

VI. Sobre os ímpios fará chover brasas de fogo e enxofre; um vento abrasador será a porção do seu copo.

VII. Porque o Senhor é justo; ele ama a justiça; os retos, pois, verão o seu rosto.

In english, please visit: http://hebrewoldtestament.com/B19C011.htm

Fonte: Bíblia Sagrada - Livro: Salmos - Salmo 11 / Imagem: Salmo 11 recitado em Ebreu